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Giraldo, a história de um homem santo

Vilacovense



Ao ouvir as histórias de Giraldo, Vilacovense lembra-se de uma que ouviu quando era novo contada pela Madre Bellina.

Conta a lenda que Giraldino foi um dia pregar à cidade de Aveiro, em Coimbra. Dizia-se que os seus sermões eram ouvidos por mais de 500 pessoas de cada vez e que, por isso, era obrigado a pregar ao ar livre. Estavam todos em silêncio a ouvir o Santo quando desabou uma grande tempestade sobre a multidão, que ficou atemorizada pela violência dos raios e dos trovões. Giraldino, porém, aconselhou os ouvintes a ficar, assegurando-lhes que, com a ajuda de Jah, nem uma gota de chuva os atingiria. O local onde estavam os ouvintes ficou enxuto, enquanto, à volta, ficou completamente encharcado.

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Gwenhwyfar


Gwen parou para reflectir, ao ouvir falar de Giraldo.

- Giraldo... -repetiu, lentamente. Recordava-se vagamente de ouvir o pai falar do Sem-Pavor, Giraldo Giraldes, que se dizia não ter medo de mouro algum, profundamente devoto a Jah, mas um guerreiro. Seria este Giraldo a que se referiam?

Ergueu-se e pigarreou antes de dizer:

- Ouvi realmente falar de um Giraldo, quando era apenas uma garota sentada nos joelhos do meu pai. Relatava um homem intrépido, fabuloso guerreiro, indómito de espírito, o qual se dizia possuído por uma febre de guerra verdadeiramente inacreditável. Enquanto ia conquistando terras aos mouros, tão depressa dava uso à espada como à astúcia, e por mais de uma vez os mouros falaram do seu nome com pavor. Segundo reza a lenda, este homem, que enfrentava destemidamente a morte e era o primeiro a atirar-se de cabeça para as confusões, ia a cavalo a caminho de Lisboa, por um monte inóspito e estéril, num dia de trovoada, quando viu um mendigo deitado à beira da estrada, pronto a morrer.

Parou para tomar fôlego e reorganizar as ideias e depois continuou:

- Parou o cavalo junto do corpo e apercebeu-se que ainda vivia mas estava severamente desnutrido e meio morto de frio. Tirou a sua capa e cobriu-o com ela, mas ao fazê-lo, apercebeu-se do símbolo do crescente tatuado na testa do homem. Era um infiel e o seu primeiro instinto foi passá-lo a fio de espada. Mas depois cobriu-o com a sua capa, deu-lhe água do seu cantil e dos seus alforges tirou a sua merenda e entregou-lha. O mendigo estava prestes a entregar a sua alma ao Criador, e puxou Giraldo pela braço, murmurando qualquer coisa incoerentemente. E assim Giraldo viu que ele trazia consigo uma criança, um bebé minúsculo e tolhido de frio. O homem morreu e Giraldo viu-se a braços com um recém-nascido, mas nem por um momento o terrível matador da moirama pensou em abandoná-lo. Deu um enterro aristotélico ao infiel, embrulhou o bebé na sua manta e deu-lhe água com mel diluído, para que o bebé não fraquejasse. Conseguiu aguentar-se até chegar a uma quinta e encontrar leite para o bebé. De onde vinha? Seria mesmo filho do infiel? Giraldo não o sabia mas, no meio do seu coração guerreiro, não conseguia abandonar aquele ser inocente. Trouxe-o para o rei, a quem contou a sua história, e adoptou-o como filho. Treinou-o nas artes da guerra e, quando o sentiu preparado para assumir o seu lugar, retirou-se para um monte recôndito, onde uma sepultura solitária era praticamente invisível já aos olhos incautos, e fundou um mosteiro, retirando-se do mundo.


E num último fôlego:

- Essa Ordem ainda hoje existe e treina os melhores guerreiros do Reino, na condição que assumam o hábito aos 35 anos - a mesma idade que Giraldo - e se retirem do mundo.

Olhou para o peregrino e concluiu:

- Mas não sei se estaremos a falar do mesmo Giraldo...

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Jujuba
Olhando para um e para outro que contavam as experiências sobre o santo, Leila lembra de quando era criança (e nem faz tanto tempo assim) e ouvia as criadas da família já exaltarem "São Geraldo" e invocarem seu auxilio nas mais diversas situações. Se uma criança caísse doente, se a massa do pão empelotasse, se algumas moedas se perdessem, para muitas coisas as senhoras tão elementares e porém tão sábias do povo se apegavam ao dito "santo" e murmuravam seu nome num ingênuo misto de santidade e pecado, como se fosse a coisa mais natural do mundo se apegar a alguém que transmitia tanta paz e bondade e como se fosse sacrilégio falar alto demais e mostrar a devoção perante um entendido da igreja. Leila, atenta a tudo oque se conversa, porém calada, lembra do semblante das velhas senhoras que nada escondiam na presença das crianças, como se as crianças fossem cúmplices de suas marotices espirituais... Era como se lá no céu estivesse tudo certinho e bem dividido e fosse muito natural chamar o tal senhor Geraldo de santo, mas ao mesmo tempo fosse tudo muito complicado de explicar para os entendidos da religião. Era um paradoxo muito divertido aos olhos da menininha de tranças loiras que acostumada ao ambiente dos doces e das delicias da cozinha conhecia das histórias do santo e já guardava no seu coração uma devoção que veio junto com o colo quente das criadas, seus gritos, murmurios, cheiros... A sensação de estar protegida sob a mesa com os dedinhos e rosto envoltos em qualquer manjar suculento, acolhida num mundo simples em que o carinho era palpável e degustável e portanto verdadeiro, trazia a certeza da santidade de São Geraldo e de suas manifestações simples e cotidianas junto daquelas mulheres do povo tão simples, palpáveis, verdadeiras.
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1000faces


Matheus, junto à sobrinha Jujuba, ouve a história, e como os demais, admira o peregrino e a tudo aquilo que nos veio contar.

Relembra histórias antigas que ouvia contar, e retira uma medalha que traz ao peito.



É uma medalha de Giraldo, o defensor de Évora, foi-me dada pela minha madrinha, a saudosa Dama Xtempestadex, após o meu baptismo.

E dito isto decidiu ir procurar um padre. Neste momento era necessário alguém da igreja para guiar o bom peregrino ao seu destino.

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Fé, honra e tradição. Eis os Templários!
Duquezezere


O Arcebispo de Évora que não andando muio longe dali foi chamado por um acólito seu que tinha ouvido o que contou o peregrino.
Ao chegar perto dos presentes o Arcebispo logo diz.


Podeis acreditar em tudo o que este homem disse.
A história de Giraldo que ele contou é de facto real. Posso afirmá-lo com base em relatos que existem na Catedral de Évora relativos à conquista desta cidade.
Aliás, existe mesmo uma pequena capela em Évora onde prestam culto a Giraldo, embora não seja nada por aí além, já que ele não é (ainda) reconhecido como Santo pela IA.
Mas tal como podem ver, Giraldo foi um grande homem que espalhou a palavra de Jah sem recorrer às armas. Aliás, ajudou a tomar uma cidade com recurso apenas à palavra e à sua fé!


Dirigindo-se ao peregrino Mons. Alexandre pergunta:
Se quiserdes posso acompanhar-vos a Évora e indicar o caminho para a dita Capela. E podeis também ficar alojado nas traseiras da Catedral onde os monges acolhem os peregrinos que passam por Évora.

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Cardeal-Arcebispo de Évora
Conde de Tomar
Prefeito de Évora
Peregrino, played by 1000faces


O peregrino, sentado nas escadas da igreja, levantou-se com ajuda daqueles que o ouviam, e caminho vagarosamente para Monsenhor Alexandre. Curvou-se numa vénia e beijou-lhe o anel, falando de seguida.

Monsenhor, seria uma honra ser escoltado por vós para o local que é o meu destino de peregrinação. Após uma longa vida, em que Jah pode não me ter dado fama ou fortuna, mas deu felicidade e carinho de todos, decidi que era hora de visitar a última morada daquele que sempre me inspirou.

Desejo muito ir a Évora e ver essa capela. Estou pronto para partir convosco, Monsenhor!


E virando-se para o povo acrescentou.

E quem quiser, que venha também, e sintamos juntos a bondade do santo homem.
Gwenhwyfar


- Pois se aprouver a Vossas Mercês - disse Gwen, levantando-se.- Irei convosco. Jah sabe o quanto estou necessitada de sentir que ainda existe bondade no mundo.

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Luznik



-Segui a via da Igreja pelas palavras sábias e cheias de esplendor de meu estimado Mestre Monsenhor Rodericvs.
Mais tarde descobri a obra de Giraldo e seus dizeres tornaram-se a força e o alento para continuar a caminhada. O seu exemplo , a coragem , o desprendimento dos bens mundanos em troca de uma vida de Evangelização mesmo em território hostil, tantas vezes perseguido e tentado mas mantendo sempre a força e a fé têm-me servido de lição e animo para caminhar e lutar pela fé Aristotélica.

Os seus milagres são um verdadeiro sinal dos céus , um sinal de que apesar das dificuldades Jah está com o nosso Povo.
Sigamos o exemplo deste Santo Homem. Abracemos com confiança a Fé Aristotélica!

E dito isso Luznik junta-se ao grupo que segue para a Capela de Évora

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Gazeta de Setúbal: http://reinos.bignetwork.org/jornal/
Aka_amber
Amber chega-se ao grupo.

- Uma vez, quando eu era bem jovem ainda. Antes mesmo de encontrar minha família. Eu estava caminhando perdida em direção a Alcobaça. Eu encotnrei uma velha senhora que me deu alguma informação, mas poucos passos depois, eu acabei por desmaiar. Era menininha, não tinha ne, 10 anos ainda. Enquanto eu estava desacordada vinham lapsos de memória do meu passado e ao fundo eu me lembro de ouvir uma voz. Era um homem de voz suave e caridosa. Ele apertava minha mão e rezava por mim. Não me lembro de muito, mas sei que ouvi o nome Giraldo quando balbuciei o meu nome.


"Quem é você menina?"..."Ambar..."..."Seja feliz Ambar, sou Giraldo. Agora feche os olhos novamente e depois acorde. Vai caminhar até Alcobaça e encontrar seu destino".

- Bem...me parece que encontrei. Encontrei uma família, construi uma carreira política e militar. Passei por todas as experiências que poderia. Formei uma linda família e hoje sou uma mulher feita.

Encolhendo os ombros, a loira sorri e deixa seu relato sobre a experiência com Giraldo.

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"Alguém me perguntou se eu conhecia você, um milhão de memórias passaram pela minha mente e eu sussurrei: não mais..." (emprestada da Persefone.)
John_of_portugal


O Conde de Linhares ao ver uma multidão de pessoas que se haviam ali juntado aproxima se para ouvir o que está a ser dito.

Olhando para o seu tio Matheus diz lhe:

- Interessante. Em minha casa conta se que quando fui Conde eleito de Lisboa a primeira vez de eu ter caído gravemente enfermo entrando num estado de murmuração e alucinação, dando me já toda a gente por perdido e tocando o sino da capela já a finados. Então uma serviçal de minha casa que me acompanhava me à beira daquele que todos pensavam ser o meu brevemente leito de morte diz ter me escutado bater à porta de minha casa, indo até lá encontrou um senhor idoso que lhe disse chamar Giraldo e dizendo lhe para me dar de beber águas da pequena ribeira de Avis com seiva de uma árvore específica do nosso pomar. Ela assim fez, com uma pequena taça foi até ao dito ribeiro e recolheu a água, foi até à dita árvore e colheu a seiva. Deu me então de beber aquela água. As minhas murmurações e alucinações de imediato pararam e no dia seguinte encontrava me completamente restabelecido. Nunca encontrei o dito Giraldo para lhe agradecer aquele remédio.

Ao ver a multidão a mover-se segue juntamente com ela encontrando a sua filha no meio das pessoas cumprimentando a efusivamente.

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1000faces


Já em Évora, Matheus segue a multidão de devotos até à citada Capela, onde Dom Alexandre espera que todos se agrupem para uma pequena oração.

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Adriano_ii


Adriano que estava ao ladode seu fiel escudeiro Zurick se aproxima e observa manifestação de fé dos fiés a Giraldo, então lembra de um milagre que presenciou quando garoto e fala a Zurick

"Sabe Zurick meu amigo, lembro-me de João da Roca, um sujeito estranho porém bom que andava aqui pelo reino, ele devia ter seus setenta anos, andava coberto, mal dava para ver seu rosto, suas mão viviam enfaixadas, não sabiamos de onde vinha e para onde ia, maspor um tempo andava por aqui mesmo. Lembro-me dele me dar uma moeda de ouro,depois que lhe dei pão e agua fresca, eu nao queria aceitar, mas ele insistiu. Os meninos ora temia ele , ora implicavam com ele. Um dia Zurick, João da Roca estava ao lado de uma arvore, gemendo, saía gritra por ajuda ninguém se manifestou, mas um homem se aproximou de e levou a mão até o capuz de João, esse percebendo a intenção do moço se afasto ue perguntou quem era, o homem mansamente dise que se chamva Giraldo e que queria ajudá-lo, João ficou impressionado com Giraldo, mas acho que nao ficou mais impressionado que eu após Giraldo tirar o capuz dele, imagina João tinha o rosto em feridas, fiquei assombrado por dias com isso, Giraldo disse a João que se tratava de lepra e joão confirmou coma cabeça, Giraldo soriu meigamente e se ajoelhou e fez uma prece, Zurick, juro pelo que é mais sagrado nunca vi coisa igual, uma luz imensase formou diante dos dois, que eu caisentado pois não enxergava mais nada, não sabia se era coisa divina ou do pertubento de chifres. Claro que essa dúvida foi sanada quand oa luz desapareceu, João da Roca estava curado, não havia sequer uma mancha, ele se levantou e eu fiquei ali no chão de olhos esbuguelados, João tentou agradecer, mas Giraldo se negou a aceitar e dissea jõaoa que viva a servir a Jah sempre, depois disso Giraldo foi embora, eu obvio corri léguas, pois mesmovendo ser um milagre, assim que sai do transe por medo corri o maxim oque pude e só parei quando cheguei em casa e me escondi debaixo da cama."

Zurick ouviu isso atento e ficou ali a imaginar o seu mestre correndo apavorado, sorriu por dentro mas nao deixou transparecer e junto a seu mestre seguiu os fiéis

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1000faces
OOC: este RP deveria ter terminado com uma missa RP celebrada pelo Arcebispo de Évora, Duquezezere. Uma vez que passados estes meses todos ele não o pode fazer, vou passar a escrever o texto final para enviar a Roma, obrigado a todos os que participaram.

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Fé, honra e tradição. Eis os Templários!
Duquezezere


Vendo a pequena peregrinação chegar à Capela o Cardeal-Arcebispo abre o seu Livro das Virtudes e começa uma pequena oração pela alma de Giraldo.

Eu acredito em Jah, o Altíssimo Todo-poderoso,
Criador do Céu e da Terra
Do Inferno e do Paraíso,
Juiz da nossa alma na hora da morte.

E em Aristóteles, seu profeta,
O filho de Nicomaque e de Phaetis,
Enviado para ensinar a sabedoria
E leis divinas do universo aos homens perdidos.

Eu também acredito em Cristo,
Nascido de Maria e de José.
Que dedicou sua vida para nos mostrar o caminho do Paraíso.
Assim, depois de ter sofrido sob Poncius,
Ele morreu em martírio para nos salvar.
Entrou para o Sol onde O aguardava Aristóteles à direita do Altíssimo.

Eu acredito na acção divina;
Na Santa Igreja Aristotélica Romana, Una e Indivisível;
Na comunhão dos santos;
Na remissão dos pecados
Na vida eterna.

ÁMEN

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Cardeal-Arcebispo de Évora
Conde de Tomar
Prefeito de Évora
Peregrino, played by 1000faces


Visivelmente comovido, chegado ao seu destino, o peregrino, juntou-se à oração.

Ámen!
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