Afficher le menu
Information and comments (0)
<<   <   1, 2, 3, ..., 12, 13, 14   >   >>

[RP] Residência do Conde de Óbidos em Aveiro

Sylarnash
O decorrer dos dias em Aveiro transformara-se num simples e aborrecido conjunto de acções previamente planejadas, repetititvas e cansativas. Nada de extraordinário ou de diferente se tinha desenvolvido nas últimas semanas e o tédio começava a pairar no ar.

Um dia comum de Sylarnash passava, pela manhã, por um curto passeio pela cidade, uma visita à Igreja Paroquial e, por fim, durante um longo par de horas, até ao início da tarde, a tratar de alguns documentos de caracter administrativo. Todos os dias, sem excepção, documentos chegavam dos mais diversos locais. Ora d'Óbidos e das diversas fazendas e propriedades espalhadas pelo Reino de Portugal, ora das várias instituições onde Sylarnash desempenhava funções. Já na segunda parte do dia, o Conde de Óbidos dividia o seu tempo entre ler e estudar e ainda, se assim se verificasse necessário, para despachar alguns documentos que tenham ficado por tratar durante a manhã.

Em suma, pouquíssimo tempo era deixado para espairecer ou tomar algum tempo para si. Uma terrível e tremenda rotina, desmorecia, dia-após-dia, a vida de Sylarnash, até que um dia algo acontece numa estranha chuvosa tarde de Outono. O Conde não tinha podido sair da propriedade durante o dia todo, nem sequer para a sua rotina de orações, com a imensa água que descia dos céus tinha sido recomendada a permanência no interior da propriedade.


- Mandai-me chamar o Rodrigo Capelo - Requisitou em tom pacifico, o Conde Sylarnash que se fazia presente no enorme Salão de Estar da Residência de Aveiro e tinha em mãos alguns documentos selados e algumas cartas, que pelo trato que Sylarnash lhes dava deveriam ser documentos importantes.
_________________
Rodrigo_capelo


Rodrigo, apesar de já possuir uma considerável idade e uma extensa lista de afazeres em Óbidos tinha-lhe sido pedido para passar algum tempo em Aveiro a cuidar dos afazeres do conde enquanto o mesmo estivesse ausente. Embora já tivessem passadas algumas semanas desde que o Conde Sylarnash tinha regressado da sua viagem ao Condado do Porto, ainda não tinha sido dada autorização para que Rodrigo Capelo, o fiel Senescal e zelador das propriedades de Óbidos, saísse de Aveiro e voltasse aos seus afazeres.

Ao Senescal Condal tinha sido entregue um dos quartos de hóspedes, e era lá que o mesmo se encontrava quando de repente... Knock...Knock...Knock...
O velho homem caminhou alguns metros até que abriu a porta e deu de caras com a velha governanta.

- Senhora Margarida, em que a poderei ajudar? - Perguntou o velho homem obidense

Em poucas palavras, e num tom apressado, a governanta da Residência de Aveiro, lá respondeu - O Conde Sylarnash pediu a sua presença no Salão de Estar - Logo após a mulher fez uma curta vénia a Rodrigo Capelo e seguiu o seu caminho.

Já o Senescal após ouvir o que a governanta tinha a dizer, despediu-se de forma breve, regressou ao interior do quarto por alguns momentos e saiu em direcção ao salão.


_________________
Sylarnash
Alguns minutos se passaram desde que o conde pedira que Rodrigo fosse chamado à sua presença. O tempo de espera fora passado entre esfolhear alguns papeis e observar a triste paisagem chuvosa que no exterior, e visível pela enorme janela envidraçada, decorria.

Sylarnash apesar de considerar a época das chuvas como um problema e um cansativo período onde todo o tipo de inexperadas situações tenderiam a acontecer, observar, do interior e agasalhado, a chuva sempre fora algo que o tranquilizara e ajudara a pensar. Grandes ideias e soluções tederiam a fluir em maior e melhor quantidade quando tidas a observar descontraidamente a chuva a cair.

Com o passar do período de espera Sylarnash finalmente agarrou o documento que tinha acabado de redigir. Leu-o, releu-o, fez uma pequena emenda no texto e, com um pouco de cera quente verteu-a sobre o papel, retirou o seu fio do pescoço onde continha um objecto dourado e prensou-o contra a cera.

_________________
Rodrigo_capelo


O Velho Senescal após ter sido chamado demorou alguns minutos nos seus aposentos, uma terrível dor de costas mal o deixara mover-se. Os sinais da velhice já se começavam a mostrar muito para além da aparência exterior, essa não enganara ninguém mas, com o decorrer do tempo, o cansaço do corpo, também esse, começava a dar sinais de fraqueza.

Endireitando-se com uma enorme dificuldade, mesmo tendo com o auxílio da sua bengala de madeira, e colocando grande parte das suas forças sobre a mesma mesmo tentando-se manter-se recto, Rodrigo saiu do quarto onde permanecia grande parte do tempo quando hospedado em Aveiro. O homem andou lenta e demoradamente até chegar ao salão onde o conde se encontrava, ao encontrar-se perto do mesmo fez uma pequena vénia com a cabeça, era visível que jamais poderia naquele estado fazer uma vénia digna de um conde. Então o Senescal tomou a palavra.

- Caro Conde mandou-me chamar? - Perguntou o velho homem obidense


_________________
Sylarnash
Sylarnash levantara-se ao verificar a chegada do Senescal. Não era muito comum um membro da nobreza demonstrar, daquela forma, respeito por um mero serviçal, no entanto naquele caso era justificável, a cumplicidade de Sylarnash e Rodrigo ultrapassava as margens que os separavam, ambos já se conheciam e trabalhavam juntos à vários e longos, desde antes de Sylarnash ter qualquer título de nobreza.

Após fazer um pequeno gesto com uma das mãos confirmando que o tinha chamado e entregando a Rodrigo a possibilidade de se sentar num dos cadeirões ali presentes, ambos se sentaram frente a frente. O Conde observou o interlocutor por curtos segundos, Rodrigo mostrava-se debilitado. De imediato, Sylarnash sentiu-se na obrigação de repensar os seus planos, no entanto convinha perguntar a Rodrigo sobre o assunto. Dessa forma, o Conde de Óbidos encostou-se no seu cadeirão e iniciou a conversa.

- Senhor Rodrigo, tenho alguns assuntos a necessitarem de atenção nas propriedades do norte, no entanto as minhas funções cá no Condado de Coimbra não abonam a favor da mesma necessidade e não poderei viajar tão cedo até ao Condado do Porto. - após parar um par de segundos o Conde de Óbidos retomou a conversa com o seu fiel amigo - Pensei em vos pedir que fosses até lá acima e dar alguma atenção às propriedades, mas reparei que estais mais fraco e não quero abusar da vossa boa vontade em ajudar.

Enquanto o nobre conde se pronunciava um serviçal aproximou-se, transportava um jarro com uma bebida de cor escura no interior e de imediato serviu ambos os senhores ali presentes, então assim que terminou a sua frase o Conde levantou o cálice e bebeu um pouco.

_________________
Rodrigo_capelo


Rodrigo tinha-se sentado e ouviu atentamente o discurso do Conde. No fim tomou ele próprio a palavra.

- É verdade que estou um pouco doente, estas dores de costas tendem a aparecer e desaparecer, e desta vez parecem mais fortes, mas espero que seja apenas mais uma dor passageira e não seja já o meu final. - gracejou sorrindo o Senescal - Por mim, é uma questão de fazer os preparativos e partir. Mas quando desejais que eu parta?


_________________
Sylarnash
O Conde sorrira. A força de vontade de Rodrigo em ajudar sempre fora fora do normal, por momentos Sylarnash lembrara-se de como sempre o aquele velho amigo se mantinha ao seu lado.

- Pois bem, assim seja. - Sylarnash já saberia que Rodrigo não iria aceitar um não como resposta, pelo que nem tentou mudar Rodrigo de ideias, e enviar outro homem ao Porto, de forma a mantê-lo sobre olhar atento - Acompanhar-lo-a uma escolta de cinco homens. Dois cavaleiros a cavalo, e três a pé, nunca é demais prevenir.

Dito isso o Conde de Óbidos aproximou-se de Rodrigo sentando-se na poltrona ao seu lado, e colocou-o a par do que era necessário fazer nas propriedades do Porto, momentos depois levantou-se e aproximou-se da mesa que se encontrava ali presente.

- Eis aqui o seu Salvo-Conduto. - Regressando para junto do Senescal, Sylarnash entregou o documento selado e comentou - Amanhã de manhã, antes de sair, passe pelo escritório para receber o dinheiro a levar, caso não seja eu a entrega-lo, faça boa viagem. - disse sorrindo



Sylarnash wrote:


    SALVO-CONDUTO COMERCIAL
    Nós, Monsenhor Sylarnash Manuel de Albuquerque, Conde do Condado de Óbidos, Cónego da Santa Inquisição da Diocese de Coimbra, Núncio Apostólico da Província de Coimbra e Inspector de Capelas da Zona Linguística de Portugal,

    Dá-mos pelo presente documento entregue a
    Rodrigo Monsanto Capelo, a autorização de levantamento e transporte de meia dezena de Barris de Vinho, desde a cidade de Braga onde detemos o extenso vinhal e as duas adegas nossa propriedade, para a propriedade em Aveiro.

    Deverá ser trazido, ainda, entre os seguintes barris, um alqueire de uvas frescas.
    • Dois Barris de Vinho do Porto
    • Dois Barris de Vinho Ourense
    • Um Barril de Whiskey

    O presente homem, levará, ainda, para o governador da nossa propriedade na cidade-capital do Condado do Porto, uma soma de setecentos e cinquenta cruzados a ser utilizada na compra de material e contratação de mão-de-obra para o conserto do lado oeste do vinhal que sofreu um aluimento da armação após o incidente de carroça ocorrido.

    Damos fé por este homem, nosso Senescal e amigo de longa data, na esperança que o mesmo seja tratado de tal forma como se de nós próprio se tratasse.


    Redigido em Aveiro aos XII dias do mês de Outubro do anno de graça MCDLX de Nosso Senhor.




      Monsenhor Sylarnash Manuel de Albuquerque
      Cónego da Inquisição de Coimbra - Conde de Óbidos


_________________
Sylarnash

_________________
O Guarda, roleplayed by Sylarnash


Tudo corria de forma normal na Residência do Conde de Óbidos em Aveiro. No exterior um guarda fazia a sua ronda perto dos portões, e é quando ao longe observa um intruso, um larápio tentando forçar a entrada nas suas costas.

- ALTO! PARAI! - Exclamou ferozmente o guarda de serviço ao verificar que um desonesto e sujo homem atravessava os portões principais. Desembainhando a sua espada, e reaproximando-se do portão por onde acabara de passar, o guarda interrogou o homem. - Onde pensais que ides? Qual o vosso assunto aqui?

Notara-se alguma experiência naquele tipo de situações, o gatuno sorriu, deliberada e propositadamente, fazendo pouco do guarda que o apanhara naquela situação e mantendo-se em silêncio.

- Irá me responder? - questionou o guarda - Volto a perguntar: Onde pensais que ides? Qual o vosso assunto aqui?

Mesmo tentando manter a calma, o guarda mostrara-se cada vez mais furioso com a atitude desafiadora do agiota. O guarda olhou novamente para a face daquele homem e foi quando notou uma marca que já tinha visto antes.

- Eu bem me parecia que a tua cara não me era estranha. - disse o guarda - Foste tu que tentaste assaltar na semana passada a residência dos Pereira nesta mesma rua!

Dito isso o guarda agarrou no braço do gatuno virando-o para a rua e então deu um acertado pontapé no rabo do ladrão, fazendo este cair. - Da próxima vez não usarei o pé, podes contar com isso! - resmungou o guarda ao ver o ladrão levantar-se e fugir.
Sylarnash
[Aveiro, tarde de 27 de Fevereiro de 1461]

O Conde preparava-se para sair. Dado que, no exterior, uma forte ventania se fazia sentir e, as nuvens no céu ameaçavam a chegada de uma forte chuvada, apercebendo-se o Conde regressou aos seus aposentos e trajou-se com um dos seus compridos casacos de inverno e umas botas bastante quentes e felpudas que tinha arrecadado pela época natalícia.
Ao passar pela Biblioteca enquanto se dirigia para o escritório para levantar algo, Sylarnash cruzou-se com um homem a quem dirigiu algumas palavras.

- Ficarás encarregue das coisas. - exclamou o Conde Sylarnash ao seu fiel Senescal Rodrigo Capelo - Irei à Igreja de Aveiro pedir que um dos acólitos do Reverendo Luís leve este documento à Primaz, já que ao fim do dia alguns dirigir-se-iam à mesma.

O homem assentiu com um sorriso característico de quem se encontrava confiante, e de quem sabia do que se tratava. Sylarnash deu mais alguns passos rápidos em direção ao exterior. A sua carruagem já se encontrava pronta, momentos antes tinha dado instruções precisas para que preparassem tudo para sair, e o resultado estava à vista.

Sylarnash apressou-se a entrar na carruagem. Os guardas, atentos ao exterior e interior da residência notaram a saída breve de uma carruagem e em sintonia ambos se aproximaram e abriram os enormes portões que faziam face para a estrada. O condutor do veículo puxado pelo par de cavalos deu ordens para que iniciassem a marcha e Sylarnash saiu em direção à vila. No interior o Conde Sylarnash segurava com um enorme cuidado uma pasta feita de papel grosso, onde no interior alguns documentos - pelo grau de cuidado que lhes tinha provavelmente importantes - eram guardados.

__
_________________
O Guarda, roleplayed by Sylarnash


Os dias sucediam-se e, como tudo infelizmente, a heráldica caía, também, em decadência. Os trabalhos demoravam a ser apresentados, pedidos eram esquecidos ou entregues incompletos e quem perdia com tudo isso era a população, era o Reino de Portugal.

Fazia alguns dias desde que Sylarnash tinha contactado o antigo Sigilógrafo Real com quem havia trabalhado alguns meses antes no Reinado de Dom Nortadas. Era escusado entregar qualquer pedido à heráldica, significaria que iria suceder-se uma espera infernal e incomoda e, o mais certo era o pedido não ser atendido da forma certa. Por isso o Conde de Óbidos tomou medidas e contactou uma fonte externa, era a mais assertiva escolha.
Por coincidência, naquele momento em que o Conde pensava em quando chegaria a encomenda, é anunciada a chegada do Sigilógrafo.

- Monsenhor - anunciou o guarda de serviço - Eis o Antigo Sigilógrafo Real, segundo entendi, o qual esperais.
Sylarnash
O Conde esboçou um leve sorriso - era como que por segundos os seus pensamentos se tivessem tornado reais e o Sigilógrafo tivesse magicamente aparecido.

- Não façamos o homem esperar! - reclamou Sylarnash - Pelo que percebi pelas cartas que trocamos tem tido imenso trabalho por isso não o façamos perder tempo, manda-o entrar. - concluiu o Conde de Óbidos levantando-se e ajeitando as suas vestes

_________________
Sylarnash
Logo que anunciado, o Antigo Sigilógrafo Real apressou-se a entrar nos aposentos onde o Conde de Óbidos se encontrava instalado. Após fazer as devidas reverências, retirou dois dos três objetos confiados para que servissem de molde para selo. Um terceiro manteve-se selado no interior de um pequeno cofre.

Um primeiro objeto, um sinete, cintilante e aparentemente em prata fora colocado sobre a mesa. Após se aproximar o conde pegou-o em suas mãos e colocou-se a analisar o gravado. Na base era possível ver-se que tinha sido cuidadosamente esculpido à mão, e devidamente timbrado com as insígnias de Sylarnash, as flores-de-lis. Em volta podia-ser ler: Sigillum : Sylarnash : de : Albuquerque : Conde : de : Obidos.
Um segundo sinete fora colocado sobre a mesa, este confecionado pelo próprio Sigilógrafo e tratava-se de um modelo padrão. As mesmas insígnias e dizeres que o primeiro sinete repousavam sobre o mesmo.
Já quanto ao terceiro objeto este ficara devidamente guardado no interior do cofre em que viera, Sylarnash olhara-lhe mantendo a caixa entreaberta por segundos mas de imediato fechara-a.

- Excelente trabalho! - exclamou Sylarnash num tom extremamente satisfeito - Ficou tudo perfeito!

Ao dizer estas palavras notou-se a presença de um terceiro homem a aproximar-se, tratava-se do Velho Senescal que ainda em Aveiro se encontrava, e trazia consigo um pequeno cofre que entregou ao Conde de Óbidos e que este colocou sobre a mesa.

- Ora aqui está o seu pagamento, a quantia tal como acordado. Espero puder voltar a fazer negócios consigo em breve. - disse esticando a mão sobre a mesa.

Então o Antigo Sigilógrafo Real apoderou-se do seu pagamento, despediu-se dos presentes e rumou ao sul onde mantinha a sua pequena propriedade. Já Sylarnash de imediato se apressou a testar os seus objetos, com o intuito de satisfazer a sua curiosidade.


_________________
Sylarnash

_________________
Sylarnash
Decorria o décimo sexto dia do último mês de calor, Sylarnash encontrava-se no escritório e propositadamente com a porta de entrada para tal divisão aberta, com a janela aberta e, ao mesmo tempo, com a porta uma leve brisa fazia frente ao calor daquele dia.

- Senhor! Senhor! - gritava escritório adentro um serviçal da propriedade do Conde de Óbidos em Aveiro - Tem uma mensagem para si! - gritou finalizando e corrigindo o seu tom de voz quando frente a frente com Sylarnash

Tendo à sua frente a dita mensagem Sylarnash rifou-a suavemente da mão do serviçal, agradeceu-lhe e dispensou-o. Envolvido na abertura da mensagem, apesar desta não ter selo era obvia a sua origem, era de um dos homens do conde em Valência, Sylarnash fitou finalmente a sua dobragem, abriu a mensagem e leu-a por breves segundos.

- Sei de alguém que poderá estar interessado em participar neste Torneio de Justas - suspirou o Conde

Era importante fazer o Condado de Óbidos ser representado, seria mais uma forma de incentivar a interação socioeconómica do condado com o exterior, e por isso mesmo Sylarnash contactou de imediato o seu cavaleiro do costume, Lopo Díaz.

_________________
See the RP information <<   <   1, 2, 3, ..., 12, 13, 14   >   >>
Copyright © JDWorks, Corbeaunoir & Elissa Ka | Update notes | Support us | 2008 - 2024
Special thanks to our amazing translators : Dunpeal (EN, PT), Eriti (IT), Azureus (FI)