Sylarnash
O Baronete dos Mares e Rios sempre tivera o desejo de conhecer novos lugares além-fronteiras. Infelizmente o tempo que entregou aos conselhos, aos portos, às cidades e o tempo que passou nos exércitos provinciais e reais em nada colaboraram com seu interesse em pisar territórios estrangeiros. É certo que Sylarnash tirou algum tempo livre nos seus afazeres nas cidades, nos condados e no reino, e conheceu novos locais nacionais, porém não era bem isso que ele tinha em mente e, a curiosidade e profundo desejo em viajar se manteve.
O final de 1459 e o ano de 1460 prometiam um novo começo. Novembro de 1459 fora o início de uma nova jornada na vida de Sylarnash. Não apenas porque durante esse mês foi nomeado para uma nova missão que era o concretizar de um sonho - o Sacerdócio -, mas também porque iria visitar novos lugares, novas pessoas e novas culturas, os Duques de Palmela tinham aceite que Sylarnash se juntasse a ele e à sua comitiva numa das suas longas viagens.
No fundo seria um novo começo, depois de vários anos, 35 para ser mais exacto, até que saberia bem uma mudança, e nada melhor como marcar e relembrar um recomeço que regista-lo por escrito. Desde o dia da sua ordenação que o Cónego da Diocese de Coimbra procurou registar, por escrito, a maior parte dos momentos marcantes e importantes da sua vida.
Jah sabia o quão importante era para Sylarnash este novo começo, não só o sabia como concebeu e o proporcionou. Apesar das experiências de vida que Sylarnash tivera, apenas uma coisa se transpôs para esta nova jornada, e não em igual força quando comparado com a vida antes, mas muito mais intenso e ocupante. De facto não ocuparia, seria a nova vida. A fé e a total entregue a Jah e à Igreja Aristotélica e Romana.
Acompanhado por Araj, Marih, Thegold, Adini, Mr.andre, Natthalie, Raad, Zacarias (pnj), Gregório Brás (pnj), Josué (pnj) e outros serviçais, o Cónego da Santa Inquisição iniciou a sua aventura ainda no Reino de Portugal viajando de norte a sul do reino, visitando Santarém, Lisboa entre outras cidades e voltando em finais de Dezembro de 1459 ao Condado de Coimbra onde festejou o natal na companhia dos seus familiares e amigos.
O mês de Janeiro, depois do reembarque na cidade do Porto ao terceiro dia do mês, foi passado em territórios franceses. A onze de Janeiro: Mimizan, Ducado de Gascogne. A dezoito de Janeiro: Tréguier, Ducado da Bretanha. E a vinte e sete de Janeiro: Bertincourt, Condado de Artois. Apesar do pouco praticado francês, e parco conhecimento da cultura francesa o primeiro mês oficialmente em viagem poderia ser avaliado de forma mediana. Como pontos fortes poderiam sublinhar-lhe os diversos locais visitados que enriqueceram o Cónego e os seus acompanhantes, e ainda as transacções comerciais criadas, já como pontos fracos sobressaiu-se a falta de resposta e hospitalidade de alguns dos territórios visitados, e a comunicação que foi, infelizmente, terrível. Janeiro fora ainda o mês em que Sylarnash soubera da triste notícia do falecimento de sua mãe, uma doença súbita levara-a de perto da família, amigos e conhecidos para junto de Jah.
Em Fevereiro de 1460, ao contrário do mês anterior, foi passado em territórios ingleses. Houvera logo à partida uma maior facilidade de comunicação. Sylarnash recebera desde bastante cedo aulas de inglês em feudos do seu pai, o que o colocaria ainda novo numa posição de diplomata com chancelarias de língua inglesa. Logo à chegada à primeira das duas cidades do reino inglês o Cónego notou que a população da cidade de Dover em Susseux era composta em grande parte por pessoas de idade avançada, o que talvez esteja na causa de a cidade, apesar de em óptimas condições económicas e arquitectónicas, se mantenha bastante fechada e isolada. Por outro lado a segunda cidade visitada em terras inglesas, Liverpool em Westmorland respirava saúde e segurança em realmente todos os sentidos, contudo o rei inglês morrera entretanto e Sylarnash marcara presença nas cerimónias fúnebres do monarca.
Março como planeado fora passado entre An Mumhain, onde Sylarnash é embaixador e decidira participar nas festividades locais, e a viagem de regresso a terras lusitanas. Depois do Reembarque em An Mumhain, e apesar de o Navio Santa Maria ter apanhado uma Tempestade Sylarnash, os Duques de Palmela e os restantes tripulantes chegaram ao Reino de Portugal a 27 de Março, mais concretamente ao porto e cidade de Santarém onde depois de alguns dias de descanso partiriam novamente, em direcção ao Condado do Porto onde seriam deixados Sylarnash e Thegold. Ainda no mês de Março Sylarnash fora nomeado Camareiro do Real Ofício do Registo Civil do Reino de Portugal, onde passaria a ter como função tratar da genealogia e registo dos cidadãos portugueses, e ainda Secretário Real após a ausência do seu antecessor.
Durante o mês de Abril, o Monsenhor viajou pelas cidades a norte do Reino de Portugal na companhia do seu Tio Guido e do Bispo Thegold. E fora em Chaves que Sylarnash celebrou uma cerimónia religiosa, a primeira em muitos meses desde que viajara. Depois da viagem de regresso a Aveiro marcada e da chegada à cidade de residência, o sacerdote manteve-se muito atento à política local, era visível que algo não seguia o rumo que deveria seguir, apesar da recuperação económica comparando o estado financeiro actual com o de à alguns meses atrás, e apesar de a nível externo tudo parecer mediano, a verdade é que rumores assolavam a Província de Coimbra, o conselho mantinha alegadamente um clima intenso e preocupante. E, fora então que Sylarnash decidira que talvez estivesse na altura de voltar, ainda que tentando sempre manter-se independente de partidarismos e politiquice, à política e trabalho pela população e pela Província de Coimbra.
Tal como esperado o mês de Maio e Junho foi sinónimo de trabalho, empenho e um aumento da dedicação de Sylarnash. A candidatura às eleições da Província de Coimbra não correram como esperado mas nem por isso se mostraram como perdidas. O Conselho trabalhou em coesão e Sylarnash deu especial atenção às minas de Coimbra. Apesar de tudo isso o primeiro mês mês fora imensamente marcante, por razões que apenas Jah é conhecedor, Sylarnash perdera três grandes ícones familiares e de Portugal. Surgiu inesperadamente a Morte de um Rei, Dom Nortadas seguida pela morte do tio Cardeal-Arcebispo Miguel e o assassinato do tio Dom Harkonen.
No mês seguinte Sylarnash recebera de herança o título de Conde de Óbidos referente ao seu falecido Tio Dom Nortadas, ao mesmo tempo apesar da imensa dor e tristeza, para Sylarnash, para a Família Albuquerque e para o Reino de Portugal o orgulho em tornar-se conde foi imenso.
Julho, Agosto e Setembro foram, tal como os meses que se antecederam, sinónimo de bastante trabalho e empenho, no entanto, a Eleição da Lista CP para o Conselho do Condado de Coimbra e a Eleição e Coroação de Sylarnash como Conde de Coimbra trouxera mais desapontamentos que outra coisa. Apesar do óptimo desempenho dos conselheiros e das diversas formas de progresso a nível económico e social que foram implementadas durante a governação de Sylarnash, a facção política adversária actuara de forma, incorrecta, inadequada e opressivamente durante todo o mandato, desde o primeiro ao último dia. No entanto o balanço no Fim XXVIII Conselho do Condado de Coimbra é positivo e a vitória sobre a entidade opressiva e o progresso atingido suplanta qualquer má palavra ou boato criado.
[Este tópico retrata a vida de Sylarnash depois da sua ordenação através a utilização de uma narrativa em forma de diário. Como é óbvio a divulgação e utilização dos textos bem como a participação neste local estão condicionadas à aceitação e confirmação por parte do seu autor. Sublinhe-se que o facto de o/a jogador/a puder ler este tópico não significa que o personagem saiba do mesmo ou dos acontecimentos nele retratados. O site oficial e onde se mantêm os originais do RP é: http://sylarnash.wordpress.com visite-o e conheça mais. Bom RP!]