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Manual de Intrigas

Harkonen
Fiat Justitia, et Pereat Mundus
Que morra o mundo, desde que se faça justiça.

Não sou dado a questões pessoais e trocas de acusações.
Porém, tendo em conta o cenário de pesadelo que foi este Conselho, venho despejar o que tenho escondido há dois meses.

O meu silêncio tornou-se insuportável e, agora que já não é necessário, vou fazer ouvir a minha voz bem alto!

Faço-o agora por dois motivos:
- Começaram as eleições para o Conselho, e todo o mal que podiam fazer já o fizeram
- Para quem gosta de conspirações e jogos de bastidores, não há nada pior do que ser exposto

Não irei omitir nada!


Convidei a Dama Amber para entrar na minha lista do Conselho.
Não é verdade que lhe propus cargos, ao contrário do que circulou por aí.

Ofereci-lhe um posição económica, que era a que mais necessitávamos, mas ela recusou alegando que dava muito trabalho!
Ela disse que aceitaria Porta-voz ou Capitão.

Após a eleição, contactei-a para ser Porta-voz, mas, ao que parece, ela tinha mudado de ideias e agora exigia ser capitã.
Aliás, todos os outros eram incompetentes para o cargo, com a exceção da digníssima Dama.
Nesse dia começaram os problemas.

Subitamente, Dom Goblins, na qualidade de Prefeito de Alcobaça meteu um pedido que o próprio tinha recusado em Conselho, tal como o anterior Conde, Dom Sam.
Quase todo o Conselho levantou grandes problemas a este pedido.

Dom Goblins, por mero acaso, é casado com a Dama Amber!

A ilustre Dama veio em privado acusar um Conselheiro de furtar bens ao Condado. Supostamente, teria provas disso. É claro que não tinha provas nenhumas e como estou farto de boatos, confrontei diretamente o dito Conselheiro.
Curiosamente, o conselheiro tinha tido uma posição de destaque na recusa do Conselho a Dom Goblins.

Um dia, fui confrontado por um cidadão com coisas que eu teria dito na Sala Conselho. Só não atuei porque não tinha e continuo a não ter provas para acusar ninguém. No entanto, esta fuga de informação é um facto!

Por outro lado, em Alcobaça alguém lançava a ideia de que o Conselho estava totalmente contra a cidade e conspirava contra ela. O que era absurdo.
Recordo que a única pessoa de Alcobaça no Conselho era a Dama Amber!

O prefeito de Alcobaça garantia que os cidadãos não estavam a fazer greve às minas pois o assunto com o Conselho já estava resolvido. Isto lançava a ideia que, enquanto o problema não estava resolvido, os alcobacenses estavam de facto a fazer greve e, pior ainda, que o Perfeito, no mínimo, teria alguma relação com isso.
É que a única forma de os Alcobacenses saberem o que o Conselho achava era por intermédio do próprio Perfeito, que era quem negociava.

Se isto não for verdade, então ainda é pior! O Perfeito tentou deixar no ar uma ideia que, no mínimo, era uma forma encapotada de chantagem! Eu interpretei o que o Perfeito disse da única maneira possível: Agora que o Conselho já fez o que eu queria, já posso apelar aos cidadãos de Alcobaça irem à mina!

Em plena crise da pedra, o Prefeito veio a terreiro dizer que ninguém tinha apelado à presença de mineiros.
No entanto, esta informação era duplamente falsa. Não só o Conselho já tinha apelado publicamente, como o próprio Prefeito de Alcobaça tinha sido avisado.
Até hoje, não o vi pedir desculpas!


A determinada altura, corria um boato absurdo de que o Conde e a CDC andavam a negociar pedra às escondidas!!!

A intenção de vender pedra era do conhecimento do Conselho e, tendo em conta a nossa posição desesperada, era a única hipótese. Nada foi feito às escondidas e, assim que o negócio passou a ter números oficiais, o Conselho foi avisado.

Foi também nesta altura que soube que, assim que meti a candidatura para o Conselho, a dita Dama gritou por aí que eu era um incompetente.
É claro que, que quando entrou na lista, parou de o fazer.
Mas foi momentâneo, e, imediatamente depois de não ter ficado Capitã, voltou ao mesmo.
Começou a chamar-me incompetente quando o Conselho ainda não tinha uma semana e continua até hoje.

É curioso que eu fosse incompetente como Conde ainda antes de ter sido sequer Conde.
É ainda mais curioso quando, em todos os cargos eleitos que ocupei, nunca tive grandes reclamações e, na maior parte deles, tive até um impacto muito positivo.
Mas...opiniões cada um tem a sua!
Eu nunca aceitaria integrar a lista de um incompetente, mas...ética cada um tem a sua!

Subitamente, o Conselho e o Conde, antes sequer de começarem a trabalhar, já tinham que provar que não eram incompetentes. Tinha-se invertido o ónus da prova!


A suspeita que lançou sobre um Conselheiro dividiu de imediato o Conselho.
De facto, o grande trabalho da Dama e onde ela revelou toda a sua competência foi esse.

Foi extraordinariamente bem sucedida nessa missão, criando e promovendo guerras entre conselheiros, que depois se reflectiam nas relações com outras pessoas do Condado.

No entanto, para atirar estrume contra uma parede basta que se tenha bom braço.
Difícil mesmo é construir paredes!


Tal como me tinha ameaçado em tempos, ela está para ajudar ou para tramar.
Só não está é para servir o Condado!

Com um Conselho dividido e em que a desconfiança entrou, a única coisa a fazer foi tentar manter o barco e impedir o colapso. Conseguimos manter o barco!

Quase todos os Conselheiros foram direta ou indiretamente afetados por este clima.
Muitos Conselheiros foram apanhados no fogo cruzado, entre as campanhas caluniosas da Dama Amber e a justa desconfiança de todos os que foram vítimas dela.

Não há nada pior do que a intriga e foi uma campanha de intrigas que atacou todo o Conselho.

Não ando atrás de tachos e já me demito 3 vezes de Conselhos.
Sempre que achei que o meu trabalho não era bem-vindo ou que as condições de confiança eram nulas, eu demiti-me.
Porém, nunca fiquei num Conselho com a manifesta intenção de intrigar

Será que a Dama se demitiu?
De maneira nenhuma, antes pelo contrário.

Apesar de não contribuir em nada, lançou boatos e a sua presença continuou a servir para fomentar intrigas.

Ao longo da minha longa vida, já a ouvi dizer que quase toda a gente era incompetente, menos ela, claro!!!
Já a ouvi gabar-se de coisas que não fez!
Gabava-se de me ter enviado imensos soldados, durante a Guerra Genovesa, quando eu sabia a origem de quase todos os membros do meu exército. O grupo da Dama Sccm, o grupo da OCT, o grupo de Dom Biagio, e o grupo de Dom Satyrus, que eu contactei pessoalmente! Havia apenas um grupo que eu não tinha contactado pessoalmente e, tanto quanto sei, nem todos eram do ERP.

Há quem sirva o Condado e há quem se sirva a si mesmo.
Há quem trabalhe e há quem utilize a intriga ou tente recolher créditos alheios!


Faço isto apenas porque o silêncio beneficia os verdadeiros inimigos do povo, especialmente aqueles que se mascaram de amigos.

Faço isto porque fui obrigado a aceitar a imobilidade do Conselho, mas ninguém me obriga ao silêncio.

Faço isto em nome dos meus conselheiros que foram apanhados nesta malha e foram vítimas de retaliações por uma guerra que era e sempre foi da Dama Amber.

Todos os boicotes e campanhas caluniosas têm um autor.
A autora deste foi uma Dama que ficou zangada por não ser Capitã, algo que ninguém lhe tinha prometido!


É com prazer e orgulho que pagarei o preço de expor intrigas e intrigazinhas.

Agora, que venha o coro do costume, que eu acabei de afiar a pena!
Harkonen
O Intriguista invisível.

Este na hora de mais um capítulo deste manual e é sobre a principal característica de um intriguista: a invisibilidade.

Se o primeiro capítulo era sobre um caso prático, uma praticante da intriga ao mais alto nível, este é mais geral e inclui algumas tácticas habituais de todos os intriguistas para garantirem que permanecem invisíveis.

Estratégia 1: Eles são todos homens honrados
Esta é baseada num famoso discurso do romano Marco António às massas.
A ideia é dizer que determinadas pessoas são honradas, ao mesmo tempo que se apresentam todos os argumentos possíveis de que não são. O objectivo é que seja o próprio ouvinte a chegar á conclusão que o orador quer, sem que este o tenha que dizer directamente.
No final, todos passam a dizer que determinada pessoa é um bandido, com a excepção daquele que realmente os convenceu e que, de facto, nunca o chegou a dizer.

No Reino de Portugal isto costuma ser feito ao contrário.
O intriguista começa por aprovar a nomeação de uma pessoa para um cargo ou título, mas, depois, apresenta todos os motivos e mais alguns para a pessoa não ser nomeada. Como é óbvio, vão ser os ouvintes a levantar dúvidas e, se a coisa for bem feita, o intriguista até vota contra, mas com a certeza que os outros vão fazer o que ele quer.


Normalmente, os argumentos que o intriguista utiliza são muito genéricos, que é para não serem contrariados facilmente.
Além disso, o intriguista omite que está directamente envolvido nos problemas que levanta. Por exemplo, se tiver existido uma discussão entre o intriguista e a outra pessoa, o intriguista vai dizer que ela é conflituosa, que insulta nobres ou que é pouco diplomática. O truque é omitir o envolvimento do intriguista e transformar um problema pessoal numa coisa colectiva.

Está há cerca de uma semana decorrer um caso destes no Conselho de Nobres, em que o objectivo é que, no final do meu mandato, me atribuam um senhorio, em vez de um Condado ou de um Marquesado.
O que me colocaria mais ou menos ao nível de um saqueador de Condados!



Estratégia 2: A Pausa
Esta tácita é muito utilizada em câmaras privadas e atingiu o extremo em Sintra.
Basicamente, basta que a votação não tenha um período certo para o seu encerramento e que o intriguista que a controla não feche a votação.


Assim, o intriguista pode esperar até que existam condições para vencer e só então encerra a votação ou arranja uma desculpa para fazer uma nova.
Há decisões em Sintra que tiveram duas e três votações, mas apenas o último resultado foi publicado.

Havia uma variante disto que era utilizar a falta de quórum para bloquear decisões.
Eu e a maior parte dos legisladores conseguimos alterar isto e impedir este tipo de truques. No entanto, na passagem entre Conselhos e nos locais em que as votações são informais, este truque ainda é utilizado.


Estratégia 3: A Arma Secreta
Esta estratégia é muito simples e requer apenas que um coitado qualquer se exponha.
Quando se espera uma decisão polémica, estranhamente, ela começa por não o ser.
Até ao momento em que, subitamente, um coitado qualquer, normalmente alguém menos conhecido, apresenta um texto muito extenso. Frequentemente, é o texto mais longo que essa pessoa alguma vez escreveu e conjuga opiniões pessoais com generalizações.
Só depois desta carta é que os intriguistas avançam e, aparentemente, tomam a sua decisão com base nela.

Assim, quem se queima é o coitado e alguns intriguistas até se dão ao luxo de votar em branco.

Estratégia 1: A Facada no Escuro
Esta varia muito em relação a Lisboa e Coimbra.

Em Coimbra passa pela ampla divulgação de boatos e mentiras.
A determinada altura, ouvimos dezenas de pessoas a dizer a mesma coisa, mas, na realidade a fonte é só uma.
Trata-se de uma opinião pessoal que, á medida que se vai propagando, começa a parecer uma opinião generalizada!

Uma moda que felizmente já passou, era convencer determinados grupos criminosos a atacarem uma certa cidade e criar a ideia que o Perfeito era incompetente.
Há uma família que foi arrasada com esta prática.
No tempo em que Alcobaça era a capital da nobreza do Reino foi várias vezes vítima disto e, mais tarde, foi a vez de Viseu.

Em Lisboa a estratégia é mais literal.
Por exemplo, garantir que um Conselheiro de outra lista muda de lado e impede a eleição do seu cabeça de lista como Conde, como aconteceu recentemente.

Na prática, é o conselheiro que se expõe, enquanto o intriguista que assume o Condado pode sempre clamar inocência.
Neste caso até viu o seu título reconhecido por Sintra!

Outra prática semelhante ocorreu durante a famosa guerra com a OCS.
Foram enforcados alguns cabecilhas e uma grande quantidade de gente pouca importância tinha.

No entanto, alguns comandantes do exército rebelde nunca foram sequer a tribunal.
Os intriguistas seleccionaram quem iria a julgamento e quem não iria utilizando critérios que nada tinham que ver com o peso do acusado na revolta.
--Observador
Pois, homem, já não era sem tempo de acordares! Acabaste de descrever o Nortadas de cabo a rabo. Quem não lembra dele usando nosso condado para teste e dizendo que era tudo coisa do Goblins? Muitos parabéns, que finalmente conseguiste ver o que tava na cara de todos!
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