Ana.cat
O grupo entrara em plena serra d'Aire, os seus imponentes montes de rara vegetação, quase inóspitos, transmitiam uma estranha sensação de paz. Por entre os vales um vento frio levantou-se e acolheu os viajantes. Não era uma sensação desagradável, a brisa até podia ser fria e chegar-lhe quase aos ossos mas era pura, lembrava-lhe aquele som inconfundível das águas dos pequenos ribeiros de serra, aquela água gelada que corria desajeitadamente por entre as montanhas e saciava a sede de pastores e animais.
A estrada ali era pedregosa e a sua acentuação também não era a melhor para os avanços das carroças, mas a Ana isso já não importava, eram daqueles inconvenientes que ela já deixava de dar importância. Mais importante que o estado da estrada era a conservação das carroças, elas há muitos dias que circulavam sem parar e por sorte ainda não tinham tido qualquer acidente de maior. Ramos presos, buracos eram incómodos menores, o pior mesmo que a Monforte temia era que as rodas se partissem perante o peso das pedras e o mau estado da via. Isso sim, poderia atrasar irremediavelmente a chegada a Lamego.
Quando o sol atingiu o seu pico o grupo decidiu fazer um pequeno desvio até um escasso casario construído numa encosta e ao qual se dava o nome de Reguengo da Magueixa*. Ali os viajantes comeram e beberam numa pequena tasca local, Ana Catarina experimentou um naco de cabrito no forno acompanhado de castanhas e grão. Não fora com certeza um festim nem nada que se parecesse mas caiu-lhe como tal, tanto ela como os restantes membros do grupo estavam enjoados das papas de milho de todos os dias.
- Vamos voltar à estrada? - perguntou a Monforte num tom que soava mais a uma ordem do que a uma pergunta.
Ela levantou-se da mesa e entregou o seu prato ao taberneiro, do outro lado do balcão, apenas deixara ossos e algumas castanhas que ela considerou não estarem nas melhores condições, afinal, os vermes não estavam de certeza na sua lista de iguarias predilectas.
No resto do caminho bastou seguir os sons e o trajecto do Liz, que nascia algures naquela serra. Ao final do dia avistaram o imponente rochedo que dava albergue a um dos castelos mais românticos do Reino, verdadeiramente de cortar a respiração. Remodelado no longínquo reinado de D.Dinis, o castelo abraçava Leiria com as suas muralhas e portões fortes, numa eterna vigia que, queria Ana crer, duraria muitos séculos.
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A estrada ali era pedregosa e a sua acentuação também não era a melhor para os avanços das carroças, mas a Ana isso já não importava, eram daqueles inconvenientes que ela já deixava de dar importância. Mais importante que o estado da estrada era a conservação das carroças, elas há muitos dias que circulavam sem parar e por sorte ainda não tinham tido qualquer acidente de maior. Ramos presos, buracos eram incómodos menores, o pior mesmo que a Monforte temia era que as rodas se partissem perante o peso das pedras e o mau estado da via. Isso sim, poderia atrasar irremediavelmente a chegada a Lamego.
Quando o sol atingiu o seu pico o grupo decidiu fazer um pequeno desvio até um escasso casario construído numa encosta e ao qual se dava o nome de Reguengo da Magueixa*. Ali os viajantes comeram e beberam numa pequena tasca local, Ana Catarina experimentou um naco de cabrito no forno acompanhado de castanhas e grão. Não fora com certeza um festim nem nada que se parecesse mas caiu-lhe como tal, tanto ela como os restantes membros do grupo estavam enjoados das papas de milho de todos os dias.
- Vamos voltar à estrada? - perguntou a Monforte num tom que soava mais a uma ordem do que a uma pergunta.
Ela levantou-se da mesa e entregou o seu prato ao taberneiro, do outro lado do balcão, apenas deixara ossos e algumas castanhas que ela considerou não estarem nas melhores condições, afinal, os vermes não estavam de certeza na sua lista de iguarias predilectas.
No resto do caminho bastou seguir os sons e o trajecto do Liz, que nascia algures naquela serra. Ao final do dia avistaram o imponente rochedo que dava albergue a um dos castelos mais românticos do Reino, verdadeiramente de cortar a respiração. Remodelado no longínquo reinado de D.Dinis, o castelo abraçava Leiria com as suas muralhas e portões fortes, numa eterna vigia que, queria Ana crer, duraria muitos séculos.
*Actualmente é conhecido por Reguengo do Fetal
[frp: Este RP faz parte de uma série que estou a fazer em cada cidade por onde passoo nesta viagem.
http://www.univers-rr.com/RPartage/index.php?page=lv&id=1984 /frp]
[frp: Este RP faz parte de uma série que estou a fazer em cada cidade por onde passoo nesta viagem.
http://www.univers-rr.com/RPartage/index.php?page=lv&id=1984 /frp]
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