[PORTUGAL] Saudações à nova Rainha!

Mr.Gustavo estava indo para a pesca quando na rua ouve gritos estridentes, que rapidamente associa a eleição da nova monarca.
Então de uma lufada só, Gustavo grita: - Longa vida à Rainha Ana Catarina!

- Viva! Viva! Longa vida à Rainha Ana Catarina!!

Pieter Lombard, ou simplesmente Pêro Lombardo, o artista flamengo há muito radicado na velha Lusitânia, acelerara o passo quando acabara de sair de sua casa, porque não sabia o que naquele dia fazia comover as gentes, tamanho burburinho que se ouvia na praça e vias públicas: pessoas indo e vindo, berros aqui e acolá, parecia até que havia um gran assalto por piratas naquel’ cidade se não fossem os semblantes abertos.

Foi quando se apercebeu do que se passava, d’algo que era esperado, mas tão esperado que muitos se rebentavam de tanto gosto por conta daquelas notícias; a novidade sobre a Rainha espalhava-se, e depois daquele interstício de cousas da sucessão, o coração que havia pausado por breve tempo voltava a bater em Portugal, apesar da grande ferida da perda ulterior d’El Rei.
Lombardo pensou imediatamente na comitiva salaciense que se encontrava em Valladolid e como estaria seu amigo Aristarco que não mandara carta a respeito daqueles assuntos; e seria duramente admoestado quando regressasse.

Juntou-se a um conhecido lusitano (com expressão estabanada, mas mui feliz) que lhe segurou os braços fortemente quase sem conseguir falar. Apenas dizia muitos "vivas!" entre os risos.

Até que se ouviu um coro geral de muitas pessoas, que inevitavelmente o flamengo foi tomado impulsivamente a repetir em brado:

– Vida longa à Rainha! Vida longa!

Depois d’algum tempo com o conhecido (e depois de ver mui outros também) saiu na mesma rapidez para contar as novas à comunidade flamenga, porque certamente aquilo indicava, como já sabia, um vento norteado para os negócios, transações comerciais e especialmente o convite para que outros artistas e intelectuais de Flandres pudessem continuar a migrar naquelas plagas ibéricas.
E provavelmente os seus, saberiam já daquelas notícias, mas que importava?

E naquele caminhar acelerado, não conseguia se desfazer do próprio sorriso.

Quando entrou alvoroçado na casa de representantes das cousas dos flamengos a escancarar sonoramente as portas, chamando a atenção para si; abriu completamente os braços com punhos cerrados e mirando o olhar no teto (inda sorridente), soltou então um berro trovejante que se fez ressoar dentro do edifício, no mesmo significado que os portugueses expressavam, apesar da língua distinta:

– Lang leve de Koningin! Lang leve de Ana van Portugal!

- Longa vida à Rainha Ana Catarina!

Puck, escutando os à uma nova rainha, sente a alegria do povo português e decide dedicar uma ode à ela...



E para que seu poema seja visto, na mão de Amber de Camões aparece no momento em que Puck, num piscar d'olhos, desaparece.

A praça era um burburinho ardente naquela manhã de primavera. John comprava alguns itens para a prima Celestis Pallas... "Mas o que aquela menina quer com dez quilos de arroz e tantas linhas de costura?". Após terminadas as compras, John preparava-se para voltar para Sintra, para continuar com os trabalhos da heráldica, quando ouviu brados efusivos. Ouviu vozes conhecidas bradar por Ana de Monforte. Os gritos de Viva a Rainha ecoavam por toda a cidade, do Palácio de Monsanto ao Castelo, à praça e por todos os lados. Esta perspectiva o deixou feliz. Nutria grande respeito e admiração pela Matriarca dos Monforte, que sempre o tratara muito bem. Montado no cavalo, gritava a plenos Pulmões:

VIVA! VIVA! VIVA ANA DE PORTUGAL!

Longa vida á Rainha de Portugal Ana Catarina !!!

- Longa vida à rainha ANA CATARINA!