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[PORTUGAL] O Assassínio de Harkonen

Harkonen
Regras do RP:
Este RP não é bélico nem se destina a armar confusões com personagens externas a ele.
Não vão ser mencionadas ou sugeridas personagens que não participem diretamente no RP.

O PNJ do assassino será jogado por 1000faces e só ele conhece ou revela as intenções e motivações da personagem.

O PNJ do narrador será meu, mas ele só anuncia as personagens e situa a acção.
Não conhece antecipadamente as acções ou pensamentos das personagens.

Só se aceitam neste RP pessoas que sejam convidadas ou que me peçam para entrar e tenham sido devidamente autorizadas.

A participação só é livre depois de aparecer a palavra FIM
--O_narrador


Harkonen de Albuquerque acabara de lavrar a sua carta de demissão e de a lacrar com o selo Real.
Retira o anel real do dedo e junta-o à carta. Ambos vão ser entregues pelo próprio na Câmara do Parlamento do Reino.

Observa, pela última vez, o retrato de Dom Nortadas, o Reformador, recentemente falecido.
As bandeiras da Mansão de Albuquerque ainda se encontram a meia haste e domina um silêncio sepulcral.

A esta hora, grande parte dos Albuquerque já seguiu para Lisboa, com vista a acompanhar as exéquias fúnebres do Rei, e os restantes estão a desfrutar uma noite de sono.
Harkonen decide partir sem avisar ninguém, e aproveitar a fresca brisa nocturna para iniciar a longa viagem entre Aveiro e Lisboa.
Tenciona também passar pelo Condado de Óbidos, que lhe foi legado por Sua Majestade, para aí designar um terratenente que resolva os problemas quotidianos.
Chama apenas o seu Guarda Pessoal, o fiel Baratheon, e manda-o preparar os cavalos.

Abandonam o Paço dos Albuquerque ainda a noite vai alta.

Não o sabem ainda, mas nenhum dos dois voltará a ver este Palácio.
Harkonen


Harkonen, montado no seu cavalo, atravessa as serranias da Beira em direcção a Lisboa.

Está uma noite escura como o breu e, não fosse o facto de conhecer estas estradas como a palma da sua mão, jamais se atreveria a fazer semelhante percurso numa noite destas.
Lembra-se de percorrer estas estradas como secretário do comércio de Aveiro, a mando de Dom Vilacovense, ou para acorrer aos muitos ataques que Alcobaça sofria nestes tempos já distantes.
Recorda ainda uma imensidão de viagens em serviço militar, como soldado, capitão de Batalhão, oficial ou mesmo General. Ao atravessar o rio Mondego a vau, numa parte relativamente baixa, vislumbra o local que o General Satyrus, ele próprio, o General Psycorps e, mais tarde o General Zatarra utilizavam para acampar.

É com um sorriso no rosto que pensa nos tempos em que viajar no Condado de Coimbra não era empresa para uma ou duas pessoas. Só um louco se atreveria a atravessar estas serras sem a companhia de um bando armado até aos dentes. Assaltantes de estrada agora míticos, como o casal dos Coxos, roubavam sem dó nem misericórdia qualquer viajante menos cauteloso. Além disso, por vezes, um pobre mercador via-se perante um bando de saqueadores de Casas do Povo, que logo o aliviava da sua valiosa carga.
Foram precisos anos de sangue, com exércitos a varrerem as estradas e tribunais a condenarem à morte sem hesitações, para que as estradas ficassem seguras. O odor, das cabeças em decomposição dos bandidos, que serviam de decoração à Praça de Coimbra, ainda hoje lhe faz lembrar a morte.

Subitamente, enquanto estava perdido nos seus pensamentos, o fiel Baratheon interrompe a marcha do seu cavalo, assaltado por uma suspeita. Desde que saíram do Palácio dos Albuquerque que julga pressentir uma presença estranha. Primeiro, julgou que se tratava de algum cão vadio ou um lobo, mas, agora, começa a suspeitar que se trata de algo mais.
Tenta vislumbrar alguma ameaça, mas a escuridão e a ausência de lua parecem conspirar contra ele.

De repente, vinda não se sabe de onde, uma seta encontra o caminho para o pescoço do fiel Baratheon. Este cai do cavalo já inanimado.


Harkonen desce de imediato do seu cavalo e, quando se aproxima de Baratheon, apercebe-se que uma flecha, disparada provavelmente de uma besta, tinha acertado em cheio na jugular do seu fiel companheiro. O sangue jorra com abundância e, em poucos segundos, Baratheon, que o servira durante tantos anos, enfrentando mil perigos, morre à sua frente.

É nessa altura que Harkonen se vira e vê um vulto.
Trata-se de um homem encapuçado, com uma espada na mão direita e um punhal na esquerda.

Harkonen aborda-o directamente:
-Quem és tu?

O homem não responde e permanece imóvel.
Harkonen puxa da sua espada e avança contra ele.

Após o primeiro embate, e a agilidade com que o seu adversário se esquiva, Harkonen percebe que não está perante um ladrão de estradas, mas sim alguém altamente experimentado nas artes da guerra.


Só a muito custo, Harkonen consegue resistir ao embate do assassino, que parece ser detentor de uma técnica muito apurada e, provavelmente, o melhor espadachim que alguma vez enfrentou.

Depois de quase dez minutos de combate, com Harkonen a resistir ao embate do inimigo e a ver os seus golpes serem frustrados pela mestria do assassino, sente um toque no braço.
Sorri ao ver que a lamina do punhal do assassino tinha cortado, ao de leve a pele do seu braço.


Lança uma gargalhada e diz ao seu adversário:
- Vai ser preciso mais do que isso para me matares!

Porém, repara que o assassino se afastou alguns passos e se limita a observar Harkonen, como se o desfecho deste combate já estivesse decidido.

É neste momento que sente um gosto a enxofre na boca.
Olha para o pequeno corte no braço e repara que a ferida está negra.

Percebe, finalmente, que a lâmina do punhal estava envenenada e nunca tivera a mínima hipótese de vencer este confronto.

De súbito, é atravessado por uma convulsão arrebatadora e tomba sem forças.
Tenta falar, mas já não consegue.

Vê o assassino aproximar-se lentamente e, reunindo todas as suas forças, cospe-lhe no rosto. De seguida, já sem forças, expira.

Assim morreu Harkonen de Albuquerque, em tempos Juiz-Mor do Reino, Presidente da Corte dos Nobres, Baronete, Visconde de Monsanto, Conde de Coimbra e Príncipe Real.
--Michelotto


Embora fosse estranho à região, Michelotto não descurara nenhum pormenor, e passara alguns dias calcorreando as estradas, encapuçado para que não reparassem muito no seu rosto. Era um rosto fácil de memorizar, pela extensa cicatriz que ostentava na face direita, ferida de um outro recontro. Mas não duvidassem aqueles que lhe viam a cicatriz, o homem que a fizera não respirara nem mais um minuto.

Michelotto possuia informação sobre o caminho a fazer pela sua vítima. Tinha-lhe sido entregue com o dinheiro. Procurara o melhor local para desferir o seu golpe mortal, e encontrara-o num troço de estrada que lhe agradou. Era mais estreita, numa curva que parecia penetrar na floresta, e fazia os cavaleiros quase parar.

No dia previsto, chegou-lhe um pombo dizendo que o tal Harkonen ia viajar para Lisboa. Michelotto, espiou a casa, e viu-o sair, acompanhado apenas de um guarda. Seria mais fácil que o previsto. No seu modo quase invisível, que apurara ao longo de tantos anos de perícia, Michelotto seguiu o par de cavaleiros a distância confortável, até perceber que chegavam ao ponto por si escolhido.

Puxou o capuz para a cabeça e esporou o cavalo, cavalgando sobre a erva farta, para não ser ouvido. Habitualmente preferia usar o seu punhal, arma com que era hábil, e com que nunca fora vencido. Mas para não perder o efeito de surpresa, seria melhor livrar-se rapidamente de um oponente. Sem deixar o cavalo, empunhou a besta, e disparou, atingindo mortalmente o acompanhante da sua vítima principal.

Viu que o tal Harkonen descia do cavalo. Melhor assim, não precisaria de o perseguir. Saltou para a sua frente, empunhando a sua espada.

Lutaram algum tempo, pois Michelotto gostava de dar às suas vítimas uma pequena ilusão de que poderiam escapar. Esgrimiram com vigor e habilidade, já que Harkonen mostrava ser um guerreiro treinado, mas não estava à sua altura. Quando Michelotto se cansou, golpeou Harkonen com o seu punhal, e afastou-se. Este sem perceber riu:

- Vai ser preciso mais do que isso para me matares! - disse.

Mas logo de seguida o veneno fez efeito. Michelotto adorava ver aquele olhar de surpresa nas suas vítimas depois de brincar um pouco com elas.

Viu-o cair no chão e aproximou-se. Num último espasmo de raiva, Harkonen cuspiu em Michelotto, e morreu. Michelotto confirmou a morte do oponente, triunfante, e arrancou-lhe o medalhão e o anel que provariam o bom termo da sua missão. Era agora hora de regressar, e recolher o resto do dinheiro que lhe fora prometido. Limpou o punhal no manto de Harkonen, recolheu a espada na bainha, montou o seu cavalo, e desapareceu na noite.
Gwenhwyfar


Algo se passava, Gwen estava certa disso. Acordara repentinamente a meio da noite, possuída por uma incerteza e um temor perfeitamente injustificados para a época de paz em que viviam.

Olhou para a figura adormecida do marido a seu lado, e não foi capaz de voltar a conciliar o sono. Por fim levantou-se, observando a madrugada pincelar o céu de cor de rosa e resolveu iniciar o dia.

Não tinha a certeza do que vinha aí, mas intimamente sabia que o dia ia ficar menos cor-de-rosa à medida que ia avançando. E ela queria estar preparada.

_________________
--O_narrador


Godofredo Bolhão vinha a descer a serra, montado no seu cavalo quando, subitamente, reparou num cavalo sem cavaleiro, parado junto à estrada.
Chega-se a ele e, dando-lhe uma festa na garupa, diz:
-E então? O que andas a fazer por aqui sozinho e a estas horas?

Observa a estrada e rapara, ao longe, numa figura que não consegue identificar.
A noite está demasiado escura e não tem a certeza se é um homem ou um cavalo.
Aproxima-se lentamente e é então que percebe que se trata de mais um cavalo. Perante isto, puxa de imediato, mas o seu cavalo tropeça em algo. Quando olha para o chão repara que é um corpo.

Desce do cavalo e apercebe-se que estão dois corpos no chão.
Aproxima-se do primeiro e exclama espantado:
-É Dom Harkonen!!!

Godofredo nascera na cidade de Coimbra e lembrava-se bem de quando Harkonen se tinha mudado para lá, na altura era Visconde de Monsanto. Seu palácio era junto ao Castelo e bem próximo do da sua irmã, a Dama Gwen. Durante a Guerra Genoves, um dos seus filhos tinha servido em Viseu como Pajem do próprio Harkonen. Uma cunha que tinha metido com a generosa Dama Gwen, para garantir que o rapaz não iria ficar na linha da frente.

Depois de uma breve reza a Jah, o misericordioso, Godofredo monta o seu cavalo e parte em direção á noite escura. Sabe bem onde se deve dirigir.

Em poucas horas, está à porta do Castelo da Feira, Feudo dos Albuquerque, a bater nas albardas.

Pede que acordem Dom Sylarnash, pois tem notícias graves para ele e para toda a família!
Sylarnash
Depois de tantos conflitos e batalhas, e apesar de agora Sylarnash ser um membro do clero, a sua habitação sempre estivera muito bem guardada, contudo dadas as recentes e inesperadas mortes do Monarca e do Cardeal Albuquerque nunca era demais ter um bem formado grupo de guardas no palácio a tratar da defesa e extraordinariamente tinham sido destacados 5 guardas para efectuar a defesa da habitação do Monsenhor.

Ao longe um dos sentinelas do palácio avista um cavaleiro a aproximar-se a grande velocidade, este parecia estar a fugir de algum grupo de assaltantes, e àquela hora tratando-se de algo anormal, o homem de vigia fez de imediato sinal para que os guardas se mantivessem alerta enquanto inquiria o cavaleiro.
Ao notar o ar amistoso do cavaleiro que havia desmontado do seu cavalo e colocado-se em linha recta, o sentinela aproxima-se contudo com imensa cautela, e interpela o homem que ainda se mostrava ofegante:


- Ei! Vós! - exclamou o guarda - Que assuntos vos trás aqui a estas horas?
_________________
--O_narrador


Godofredo ajoelha-se perante Dom Sylarnah e, no tom mais grave, dirige-se a ele:
- Meu Senhor…tenho uma notícia terrível.

Depois de uma curta pausa, para, temeroso observar o rosto inquisidor de Dom Sylarnah, continua o seu relato:
- Estava eu a seguir para Leiria quando, subitamente, encontrei dois corpos e…

Godofredo hesita, enquanto pensa numa forma de dar a notícia, mas, de repente, decida ser abrupto:
-Dom Harkonen está morto!

Perante o espanto de Dom Sylarnash, Godofredo começa a contar como encontrara o corpo, a descrever a cor estranha que este apresentava e o fio de negrume que saía da sua boca.
- Veneno ou Magia! – concluiu.
Gwenhwyfar


Gwen continuava possuída de uma inquietação à qual não conseguia dar nome. Passeava impacientemente pela sala, sentava-se e tentava ler, acabava por fechar o livro e retomar a passeata.

Por Jah, algo se passa! pensou, tomada de uma terrível angústia.

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Sylarnash
Depois de ter sido abordado a meio da noite com a notícia de que um cidadão traria notícias de extrema importância, Sylarnash recebe-o, e ao ouvir que "-Dom Harkonen está morto!" (...) "- Veneno ou Magia!" o mesmo desfalece mas por sorte um dos serviçais o ajudou e segurou-o.
Era o terceiro familiar seu a morrer ou ser morto num espaço de pouco mais de duas semanas, todos eles de extrema importância e valor na vida do Monsenhor e do Reino de Portugal.

Já recuperado, mas ainda a tremer com a situação Sylarnash chama o seu Alferes-Mor e ordena

-
Quero que chames de imediato a Sétima Companhia, não há mais razões para adiar o inadiável, alguma conspiração ou tramóia está em curso, morreram mais familiares meus em 3 semanas que em um ano e a segurança de todos pode estar em risco.

Sylarnash jamais havia voltado a contactar os famosos cavaleiros da Sétima Companhia, a sua fama percorria a Europa e o grupo era a elite militar. Era o grupo de elite militar onde secretamente Sylarnash participara, e mesmo apesar de ter deixado o grupo para se dedicar ao Altíssimo, frequentemente chegavam notícias do mesmo.
Depois de alguns minutos fora o Sacerdote chama o seu mensageiro e entrega-lhes algumas cartas. Entretanto Sylarnash procurava no seu interior uma solução sobre como anunciar à família a notícia.



    --- Entre os pergaminhos selados encontravam-se três cartas aos generais, ao Araj, ao Satyrus e ao Psycorps.


Quote:

    Caro General,

    Escrevo-vos ainda em choque com a notícia que esta noite assolou a minha habitação e toda a viv'alma nela presente.

    Algures perto de Leiria foi encontrado o corpo do Príncipe-Regente, o corpo inanimado de Dom Harkonen junto com o do serviçal que o acompanhava na viagem.

    Esta notícia caí sobre todos nós como a queda de todo um reino de esperança e alegria. Solicito-vos que reúnam as vossas espadas e montem uma caça ao homem, uma caça ao assassino do nosso Príncipe-Regente.

    VINGUEM DOM HARKONEN!


    Monsenhor Sylarnash de Albuquerque

_________________
--O_narrador


O tempo era escasso e, se queriam apanhar o autor de tão hediondo crime, teriam que se despachar.

Enquanto todas as velas do castelo são acesas e os sinos da sua Capela tocam, saem pelos portões dezenas de homens com tochas e cães. É grande o alvoroço e, em pouco tempo, toda a povoação do Feudo sai de casa para se juntar ao grupo que irá dar caça ao assassino.

Quase se diria que vão caçar gamos, javalis ou faisões, e não um homem.

Seguindo as instruções de Dom Sylarnash, saem cavaleiros em todas as direcções do Condado, transportando a carta de Dom Sylarnah, com a notícia de que Harkonen Albuquerque tinha encontrado a morte, às mãos de um assassino, nas escuras estradas de Coimbra.
As suas armaduras quase não brilham, numa noite escura e que tarda em se desvanecer, mas a velocidade dos cavalos e as espadas na mão anunciam a seriedade das informações que transportam.

Dirigem-se aos acampamentos do Barão Psycorps, do Visconde Satyrus e do Duque Araj.
Cavalgam em fúria, animados pelo espírito de vingança e na expectativa que estes bravos comandantes assistam na tarefa de castigar o assassino do seu senhor!
--Michelotto


Michelotto cavalgou ao abrigo da noite. Sabia que cedo seria dado o alarme. Sendo ele uma figura estranha naquelas paragens, havia sempre o risco de ser notado. Para que isso não acontecesse o melhor seria ir para uma grande cidade, onde mais facilmente passaria despercebido. Não Aveiro, onde seria mais procurado. Talvez Coimbra. Ficava mais longe do local combinado para receber o resto do pagamento, mas era mais seguro.

Cavalgou sem parar. Conhecia uma pessoa que vivia perto de Coimbra, e podia pedir-lhe que desse algo de comer e beber, tanto a si como ao cavalo.

Não reparou que deixou cair o medalhão de Dom Harkonen.
Psycorps


PsyCorps encontrava-se com o exército em manobras na cidade da Guarda.
Por vezes e para manter os seus homens em forma, este General e os seus soldados treinavam arduamente nas encostas da serra da Estrela.
Devido a esse facto, os soldados do IIº Exército Condal de Coimbra eram conhecidos pela sua temeridade em batalha e respeitados e temidos por todos criminosos!
Não era em vão a fama que esses valentes e corajosos soldados tinham no Reino, pois haviam tornado o Conselho de Coimbra um dos mais seguros para os viajantes, tal como eram estimados no Porto e Lisboa pela sua prontidão e camaradagem que prestavam pela mesma pátria!

Era fim do dia. Um longo dia de treinos exaustivos para todos.

PsyCorps era diferente de muitos outros Generais: o que o soldado mais raso do exército fizesse, o mesmo fazia o General sem protestar.
A sua lei era simples: somos todos iguais e irmãos em batalha.
Desse modo era estimado e amado por todos, pois já não tinha sido a primeira vez que tinham tido o General a os salvar no campo de batalha, como os mesmos já tinham também salvado a vida do General no campo de batalha. O que resultava de todos serem mais uma família unida do que graus sociais e deveres cegos que resultavam noutros locais em deserções.

PsyCorps e os restantes soldados e oficiais estavam a tomar um banho nas águas frescas e retemperantes do Zêzere, de modo a se limparem do suor e pó acumulado durante o dia de exercícios e manobras.

Nisto chega um sentinela do campo e diz,
General, chegou um mensageiro da família Albuquerque extenuado por ter vindo a toda a brida.
Não quis explicar o que se passou para tamanha pressa, mas trás uma mensagem urgente para o General que apenas pode ser entregue em mão própria!
Entretanto esta na messe a retemperar as forças com algum queijo, leite e mel, enquanto aguarda pela sua presença.


PsyCorps sorri e diz,
Fizes-te bem meu amigo, já irei ver o que é que se passa.

PsyCorps não se sentiu apressado, apesar de estranhamente sentir um peso estranho na alma desde a noite anterior. Isso devia-se ao facto de que o seu velho amigo Harkonem de Albuquerque de vez em quando lhe mandar mensageiros "urgentes" para o "obrigar" a ir aturar algumas belas cortesãs no Palácio Real em algumas festas de gala.

Desde a morte da sua amada esposa Cissa, PsyCorps dedicara-se de corpo e alma ao exército, cortando desse modo diversos laços com o resto do mundo. Os restantes amigos de PsyCorps ao se aperceberem disso, procuravam de todos os modos o trazer de novo à vida civil e o fazer esquecer a dor da morte da sua amada esposa e filhos. Entre eles se destacava Dom Harkonem, amigo fiel de longa data, que sempre que podia organizava um baile, um sarau ou uma festa para apresentar a PsyCorps alguma bela dama ou cortesã que o fizesse acreditar de novo na vida e no amor.

Desse modo, e tendo essa experiencia de algumas urgencias para o animar, PsyCorps sorriu e pensou com os seus botões enquanto se vestia,
O meu velho Harkonem passou a me mandar mensageiros da sua familia? Mau... já sabe que quando é do Palácio o faço esperar para fugir aos convites de gala...

Sorrindo então, subiu a encosta em direcção à messe onde se encontrava o mensageiro e meditando como iria desta vez se desculpar para evitar mais um daqueles saraus de damas empoeiradas que lhe obrigavam a contar historias de guerra vezes sem conta e esperançadas por deitar a mão às terras da sua amada e falecida esposa.

_________________
Sylarnash
[No Palácio de Sylarnash]

Os mensageiros com as cartas para os generais tinham saído e Sylarnash mantinha-se irrequieto no escritório da sua habitação. Não sabia o que fazer, saber sabia tinha sido incumbido de notificar a sua família do falecimento do seu tio, o que não sabia era como o fazer, a notícia não seria nada fácil de sair da sua boca e ainda mais difícil seria de ouvi-la.

Após longos minutos movimentando de um canto ao outro do salão onde se encontrava, o Monsenhor chama um dos guardas que guardava o local:


- GUUAARDA!!! - logo após o berro de Sylarnash aparece um homem munido de uma armadura reluzente, com uma tocha na sua mão esquerda e com a mão direita no punho da sua longa espada - Quero que vás avisar os serviçais que partirei de imediato para Coimbra. Necessito de um coche pronto a partir o mais rápido possível, preciso que vás chamar os nossos melhores dez cavaleiros - ordenou Sylarnash continuando de seguida - E ainda dois escudeiros.

O Guarda vacilou, na sua mente pairava se aquilo seria uma boa ideia, a tais horas da noite e depois do sucedido jamais se saberia da segurança daquelas estradas fora das muralhas, mas o guarda não comentou sequer, talvez por receio de uma repreensão, talvez devido ao entendimento do que fora o sacerdote incumbido.
E conforme ordenado, um par de horas depois da decisão ter sido tomada Sylarnash partiu para Coimbra.




********** - **********



[Às Portas do Solar dos Monte Cristo]

Depois de longas e perigosas horas de viagem, já o Sol ia alto, e os perigos das estradas da província tinham ficado para trás. A caravana rapidamente organizada pelo clérigo aproximava-se a grande velocidade do Solar dos Monte Cristo, seguindo as ordens dadas minutos antes um dos cavaleiros deixa a formação militar defensiva em torno da carruagem de Sylarnash e arreda o passo e segue a galope até ao solar.
Desmontando do cavalo, o cavaleiro dirige-se a um dos serviçais dos Monte Cristo.


- Jovem venho anunciar a chegada do Monsenhor Sylarnash.
- enquanto o serviçal de Dom Zatarra observada a vestimenta do cavaleiro viu no horizonte um par de bandeiras com as insígnias do sacerdote e tomou as palavras ditas pelo cavaleiro de forma mais séria - Dom Sylarnash faz questão de se reunir com os Condes de Seia, o assunto é de extrema importância - tentou o cavaleiro elucidar o guarda.
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Gwenhwyfar


O dia fora passado numa angústia silenciosa. O torno em volta do coração de Gwen ia-se apertando cada vez mais, deixando-a ansiosa. Ouviu o som de cascos no pátio e aproximou-se da janela. Não reconheceu o mensageiro, mas reconheceu a libré.

- Dom Sylarnash faz questão de se reunir com os Condes de Seia, o assunto é de extrema importância.

Sentiu tonturas. Se fosse uma mera reunião familiar, o sobrinho ter-lhe-ia aparecido de surpresa, sem escolta, com um sorriso malandro nos lábios. Um mensageiro de libré só poderia trazer más notícias.

Chamou Maria, a sua fiel aia, e disse-lhe:

- Manda chamar meu esposo e pede-lhe que se reúna comigo na biblioteca.


Depois, ficou a aguardar.

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