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Aclamação de SMR Ana Catarina de Monforte

Eudoxio


Vigorosos raios laranja rompiam o límpido e azul firmamento, com brilho e pujança tais que era fácil adivinhar por tais condições do astro-rei que aquele não seria certamente um dia comum, mas, antes pelo contrário, um dia de tamanha importância que seguramente ficaria para sempre na história do Reino registado.

Eudóxio ajeitou-se no cavalo e, retirando os olhos dos céus, contemplou o ambiente que o rodeava. O cortejo avançava lentamente... O Faro Monforte seguia ao lado do Capelão-Régio e à frente da Rainha e do Príncipe-Regente. À frente distinguia o estandarte real, transportado pelo Mestre-de-Armas, e, logo atrás, o Condestável do Reino e o Primeiro Marechal, seguidos depois pela Alta Nobreza e os Patriarcas das mais importantes Casas do Reino, juntamente com os restantes Oficiais da Coroa. Atrás da Rainha seguia a Média e Baixa Nobreza e os Patriarcas das restantes Casas lusitanas. Todo o cortejo era acompanhado, a pé, por numerosos soldados, arautos e populares.

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Aristarco



Tudo ao redor estava em verdadeira polvorosa, afinal, não é sempre que eventos daquele porte e daquela importância aconteciam, ninguém queria perder, uma pronunciação, uma visão ou qualquer cousa que o valha: praças, lugares públicos, vias de passagem para o cortejo, tudo já bem repleto de gentes de todos os tipos, uma mistura de cores, sons, vozes, movimentos, chapéus empenados, adornos femininos e o que mais a imaginação pudesse alcançar a dimensão do ajuntamento que se dava.
A soldadesca protegia o caminho, a formar um grande cordão impenetrável (de couraças, piques e elmos reluzentes e todos os paramentos bélicos cerimoniais), ainda que as gentes ali, não rompessem, tampouco quebrasse a ordem dos acontecimentos, e a exaltação era mais de temperamento e ânimo como bem convinha.

Aristarco tinha o espirito impaciente assim mesmo, não era diferente de qualquer um que ali se encontrava, para presenciar o cortejo de aclamação.
Estava o trovador junto daqueles outros também de parte de sua grey, reunidos em um grupo compacto formado de grandes mercadores, vários artistas e intelectuais flamengos que habitavam ao Reino lusitano: mais se falava ali a língua flamenga naquele momento do que a local, com muita curiosidade em ver Sua Majestade naquel’ passagem determinada; incomodavam Aristarco continuamente, para se saber dos acontecimentos em Valladolid além da especulação de que benesses poderia trazer à comunidade flamenga, aquela nova soberana; havia excitação e esperança de dias melhores e mais propícios, rogavam.
O trovador tentava responder aquilo que (pouco) sabia, mas o próprio ajuntamento de gentes dificultava qualquer prosa organizada ou inteligível.

Pieter Lombard (Pêro Lombardo) lhe atarantava de quando em quando, por poucas notícias ter enviado da viagem, recriminando-o com bom humor, e em um alto flamengo (compreendido apenas por aqueles) fazia alguma troça de Aristarco, ah sim, nada melhor do que um bom humor, às vezes picante quanto um pique na barrigada, ao que parecia (por falar em soldadesca).
Mas o trovador sequer se incomodava com aquilo, afinal cada um expressa afeição e amizade do jeito que lhe é particular e cumpre a sabedoria não criar tamanha expectativa sobre os comportamentos alheios, oras, cada um é vasto “mikròs kosmós”, como já alertavam os escritos gregos daquela época do divino Platão até aos estoicos e epicuristas; se há que balizar medida para equilíbrio a visar correção, não se pode negar a natureza d’alma em tamanha diversidade (e o que dizer do mundo projetado na própria diversidade do ser diminuto...).
E quanto mais alimentar expectativa, ai do homem, condenado à inquietação e desassossego em um mundo já tão mui desassossegado: “exiguum natura desiderat, opinio immensum”, já alertava o velho Sêneca estoico em suas cartas sobre a Moral, quanta sabedoria, sem dúvida.

Contudo, apesar de reconhecer que a Natureza fazia requisição de mui pouco, enquanto o homem criava expectativa ao infinito, segundo o filósofo romano, era um tanto difícil ficar tranquilo ali, naquele instante: o cortejo se iniciara com suas pompas e trejeitos, com uma sonora manifestação do povo de contentamento; até mesmo aqueles flamengos, não conseguiam se conter, e agora, já se pronunciavam com satisfação e cousas de espíritos inquietos e curiosos.

O velho termo “non expectationis” já havia sido extirpado de longe, Aristarco meneava a cabeça positivamente de que era compreensível aquilo tudo em seu pensamento, e as cousas humanas são assim mesmo, paciência (e um pouco de leveza benfazeja, certamente).

Quando viu o amigo Eudoxio Monforte, logo á frente com sua montaria, começou a narrar um tanto para Lombard sobre aquele cavaleiro, dizendo sobre alguns acontecimentos na remota Bretanha ou ainda pelos caminhos até Valladolid, daquel’ comitiva salaciense; e não menos, sobre trovas e aqueles assuntos que povoavam o intelecto e sensibilidade sobre reminiscências. E também era a punição ao trovador por não ter enviado cartas a respeito, restando-lhe cumprir com observações diante o cortejo.

Pieter Lombard, ao ouvir sobre o cavaleiro, animou-se:

- Ah, de “favoriete zoon” van Valladolid!
(O “filho favorito” de Valladolid!)

Respondeu-lhe o trovador, com um sorriso:

- Ja, ja! Zo sprak de Castiliaanse dames...
(Sim, sim! Assim diziam as damas castelhanas...)


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| Scholar and philosopher: humanist thinker | The minstrel of the al-Gharb al-Ândalus | The flemish-breton of the Iberia: al-Musta'rib |
Aka_amber


A Condessa de Cantanhede, como Condestável Real que era, seguia logo atrás do Mestre-de-armas, ao lado do Primeiro Marechal, acompanhando o cortejo de aclamação da Rainha de Portugal, Sua Majestade Real Dama Ana de Monforte.

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Johnrafael
Era uma amena manhã de início de verão. O sol estava teimoso, brincando de se esconder e aparecer por trás das nuvens prateadas, que pareciam formar um delicado dossel de seda por sobre a cidade. Uma brisa leve e fria corria por todos os lados. da Ribeira à Catedral, pela Praça e pelo Castelo. Era um ventinho agradável.

Da janela da estalagem, John Rafael olhava para a praça, que já estava quase pronta para a aclamção de Sua Majestade a Rainha Ana. Criados preparavam o caminho, retirando qualquer resquício de lixo, para que a passagem do cortejo não tivesse de ser interrompida. John também não tardaria a ficar pronto. Já banhara-se e tomara seu desjejum, um prato de caldo bem quente, acompanhado de pão de trigo e um pedaço de queijo. Era comida para dar “Sustância”, segundo a senhora Branca.

Branca, dona da estalagem, era uma senhora muito atenciosa, de seus cinquanta ou cinquenta e cinco anos. Não casara nem tivera filhos. Herdara a casa da antiga dona, uma nobre que morrera sem deixar família, e decidira transformá-la numa hospedaria, para que pudesse ganhar seus cruzados da única forma que sabia, que era arrumando camas e preparando refeições. John sempre se hospedava lá, não por ser a melhor hospedaria da cidade, pois não era, mas sim porque tinha lá uma excelente vista da Praça.

Vestiu-se despreocupadamente, de vez em quando achegando-se à varanda triangular para ver a quantas andava a movimentação nos arredores. Logo teria que descer e ocupar seu lugar à frente do desfile. E ainda tinha que esperar sua prima Celestis Pallas. Sabe-se lá Jah como, a mocinha convenceu John que a deixasse ser sua pajem durante a procissão. E não adiantou John dizer que ela teria que fazer todo o percurso a pé, vestida com as armas de primo. Ela disse que não se importava. Logo estava todo pronto. Camisa, calças, meias e sapatos, pareciam ráfia barata diante da beleza do tabardo cerimonial. John vestia as armas de Portugal, dignidade máxima para um arauto.

Neste exato momento, sua carruagem apareceu, ainda um pouco longe, a coisa de meia milha. Não fosse o aposento alto em que ficava, não teria visto a bandeira das flores-de-lis tremulando ao longe. Desceu rápido para a porta, esperando que o miúdo dos cavalos lhe trouxesse Tristan. Neste meio tempo, a Carruagem parou, trazendo Celly, que vestia um vestido com as armas do primo. Mas aquele tecido lhe era muito familiar. Passou a mão sobre o veludo, e de súbito reconheceu.

-Prima, foi com minha bandeira de toneio que se fez este vestido?

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Celestis_pallas


O clima era ameno e Celestis Pallas até podia sentir uma brisa fria que transpassava a janela do coche. Felizmente, seus trajes de pajem eram de um veludo muito macio e espesso, daqueles que aquecem até a alma da gente!

- Quero ver como será quando o sol raiar no topo do céu e eu ainda estiver vestida com toda esta roupa calorenta!

Por sorte, lembrou-se de que o casaquinho poderia ser removido, restando ainda a parte de cima do vestido que era composta de um corpete de seda muito leve e mangas ligeiramente bufantes. Ainda sem o casaco, manteria-se a postura e a função adornadora das roupas, pois as armas de flor-de-liz do primo John Rafael apresentavam-se reluzentes em um bordado salpicado de pó de ouro na parte de baixo.

Tão logo adentrou o recinto, o primo estava vermelho, com as veias do pescoço quase a saltar sobre sua presença! Estava a doer-se pelo fato de que a saia fora confeccionada com parte de uma de suas bandeiras de armas.

- Oras, o que faríamos? Se tu tivesses avisado-me com antecedência, pediria à Céu para que bordasse um outro tecido. Não te amues, não vês como está tudo perfeito! Ai, como é difícil agradar-te! Assim nunca vais te casar!

A frase ecoou feito trovoada nos ouvidos de John. Aquilo o incomodara. Desceram e foram à praça para acompanhar de perto os preparativos. Havia já muita gente ali, à espera da Rainha Ana Catarina de Monforte. Enquanto a anfitriã não chegava, os camponeses limitavam-se a observar sem cerimônia os nobres e os auxiliares da celebração, tal qual John e Celly, que já se encontravam por lá.

- Ai, que primo bobo. Nem reparou que mudei o penteado, trago brincos de pérolas e caprichei na maquilagem!




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Anne_laura


Anne acordara de manhã cedo para se preparar. Tinha ficado numa estalagem em Vila Franca de Xira durante a noite e ainda faltava meio dia de viagem até Lisboa. Faltar ao inicio das festividades estava fora de questão, tinha trazido o seu melhor vestido branco embrulhado, e queria mostra-lo a toda a sociedade. Já vestida olhava-se e movimentava-se pelo quarto, até que olhou pela janela. Lá em baixo, o seu cavalo Gouveia estava deitado no chão. - Ahh que cavalo tolo... - pensou a sorrir, mas depois, lembrou-se... - Gouveia!! Levanta-te! Tcs Tcs! Estás todo sujoo... - apercebeu-se que as pessoas na rua estavam a olhar para a sua janela e voltou para dentro. Estava envergonhada por estar a falar com o bicho mas não queria que o seu vestido se sujasse com a poeira do cavalo...

- Ora, porque é que não vim de carruagem com a avó.- disse ao pensar na sujidade que iria transparecer no vestido. Levar o vestido velho que tinha usado durante a viagem toda estava fora de questão, seria uma vergonha para os Sousa Coutinho.

Dirigiu-se à cozinha e pediu à estalajadeira uma manta para levar. - Eu devolvo-a. Deixo no meu quarto as minhas coisas porque regressarei esta noite. Sim sim... tenho dinheiro para pagar mais um dia. - a rapariga pensou no dinheiro que tinha... -
talvez fosse melhor pedir algum à avó, já que a vou encontrar em Lisboa... Lisboa! Vou despachar-me!

Desceu até à entrada e colocou a manta sobre o Gouveia. Colocou também um o manto sobre si, para não apanhar a poeira do ar, e fez-se à estrada. Anne não contou que ficaria tanto calor com o trote, por isso tanto ela como o cavalo chegaram à capital cansados e cheios de calor.

Foi com alegria que tirou o manto ao chegar ao Rossio. O mercado estava movimentado pela agitação destes dias. Sem saber para onde ir, Anne seguiu em direcção ao Tejo, onde estaria mais fresco.

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--Rodrigo.capelo
Apesar de terem partidos juntos, o Senescal do Condado de Óbidos deixou a formação que saíra do Castelo do Rochedo, com Sylarnash, mal se aproximaram da entrada na Praça. Apesar de se encontrar já um pouco velho para grandes cavalgadas fora o próprio Rodrigo Capelo que se propusera para representar o Conde no cortejo até às imediações do local da cerimónia.

O Senescal após sair da formação ainda cavalgou durantes uns largos minutos até se cruzar com a comitiva real que se mostrava, ainda, pequena, mas ,apesar de tal, Rodrigo tinha a certeza que cresceria ainda durante a passagem até à Praça. Sem grande cerimónia ou hesitação e com cordura o homem juntou-se ao conjunto de senhores feudais e patriarcas familiares que seguiam à frente da Rainha e, num passo ordinário, Rodrigo Capelo que se apresentava com um traje avermelhado e com um manto coberto de pequenas flores-de-lis, seguiu com o cortejo.

As feições amenas do Senescal tentavam esconder com a ajuda da sua barba grisalha, a honra que era para o mesmo cavalgar ali, representando o Condado de Óbidos, e junto da rainha e da nobreza de Portugal. O velho homem lutara desde que se lembra por um pouco de apreço e reconhecimento pelas suas acções, Óbidos fora a sua casa e a casa do seu Senhor desde pequeno e sempre auxiliara e colaborara com o condado mas sem grande reconhecimento, até à chegada de Sylarnash onde tudo mudara.


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Kiarinha


A Baronesa do Rio Zêzere acompanhada do seu marido Mgcadv, chegam a Lisboa, para esperar por SAR,quando chegam vêm a netinha Anne.
A baronesa ao ver a sua netinha com o vestido todo desalinhado , exclama:
Netinha meu anjo , olha como está o teu vestido, ai meu JAH, nao queres nunca deixar o teu cavalo Gouveia, depois ficas nesse estado, vinhas mais confortavel na nossa companhia.Ai esta juventude sempre a procura de novas aventuras.
A baronesa dirige-se a sua dama de companhia :
Miquelina tras as nossas malas, e põe no quarto que está reservado ao lado da minha netinha.
Meu esposo, vamos com a nossa netinha ver as ruas enfeitadas para receber SAR e vamo ao Tejo para nos refrescarmos
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Ana.cat
Ana Catarina colocou-se lado a lado do Príncipe-Regente e tocou o cavalo para iniciar a marcha até ao local onde por ordem de Eudóxio haviam sido instalados os estrados para a parte mais formal da cerimónia. O céu limpo e brilhante davam-lhe boas perspectivas para o resto do dia, caso chovesse a pompa e alegria do cortejo poderia-se desvanecer de algum modo com a água.
No topo do seu andaluz a rainha seguia confortavelmente atrás dos Ofíciais da Coroa, Alta Nobreza e patriarcas das mais nobres Casas do Reino, à sua retaguarda seguiam os restantes nobres, fidalgos e patriarcas das restantes famílias com nome firmado no Reino. Ana de algum modo temia que aquelas divisões e restrito protocolo não fosse entendido por todos, mas tratava-se de um costume antigo, dos alvores da nacionalidade e do tempo dos primeiros reis, era uma espécie de homenagem que pretendia fazer aos fundadores do Reino, jamais poderiam ser esquecidos, apesar das gerações que os separavam.

Quando o cortejo virou para uma rua menos larga e composta por largas filas de população que saíra à rua para ver passar o cortejo, o seu cavalo pareceu enervar-se com o barulho e aperto, talvez tenha dado um coice ou até não tenha feito nada, mas Ana sentiu-o demasiado ansioso como se pensasse que vinha aí guerra, sendo ele um animal de combate tais comportamentos eram normais e até estimulados, a bravura de uma montada de guerra dava mais garantias de sobrevivência ao seu cavaleiro do que um simples cavalo de trabalho. Mas não se tratava da véspera de um combate e Ana percebeu que o equino tinha que ser controlado, tocou-lhe na longa crina farfalhuda de pelos espessos e negros e acariciou-o, chegando-se mais para a frente - ignorando a postura severa e indecifrável que deveria adoptar no cortejo - sussurrou às orelhas do animal palavras doces que nem mel. O cavalo pareceu acalmar-se e rapidamente se habituou às estreitas ruas da capital, que apesar de terem sido criteriosamente preparadas para o cortejo ainda mantinham o seu forte cheiro a... hmm... o seu cheiro característico...

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Amigo.solitario
Após ter seu cavalo devidamente tratado pelos Cavalariços do Paço da Ribeira, Amigo Solitario montou em Relâmpago e posicionou-se. O Cortejo em breve começaria. Enquanto esteve ali, o Solitario distraiu-se um pouco ao lembrar por toda a trajetória que passara no Reino. Desde tempos longíquos até hoje, detentor de alta posição no Reino.

Seus pensamentos, entretanto, foram cortados pela agitação que se sucedeu no Paço. Não demorou muito para que o motivo da azáfama se mostrasse: Sua Majestade, a Rainha Ana montada em seu Andaluz preparava-se para iniciar o cortejo.

Ao posicionar-se a seu lado, Amigo Solitario fez uma venia a Rainha em cumprimento. A seguir, o Príncipe-Regente alinhou-se ao lado da Monforte na marcha pelas Ruas da Capital.

Muitos eram os nobres, Fidalgos, Autoridades e até mesmo, membros do povo que acompanhavam o cortejo. Era um momento único, de festa e alegria, mas também de respeito e recordação dos antigos costumes.

Adoraria ter sua Liz ali, a seu lado, mas sabia que estava ali, acompanhando a Rainha pela natureza de sua posição. Seria reprovável quebrar os Protocolos instaurados para o bom andamento do cortejo.


Amigos, então? Vamos participando. Acheguem-se. Povo, nobres, vamos participar. Este RP tem o mesmo efeito das coroações na Catedral e vai terminar com a bênção do clero, mas foi um jeito mais elaborado e RP que a jogadora Ana conseguiu para, aproveitando este momento da eleição real, promover mais RP entre os jogadores.

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Joanokax


Felizmente o dia estava limpo e sem grandes nuvens o que poupava os seus sapatos. O cortejo avançava lentamente em direcção ao local onde iria decorrer a cerimonia.
Joanokax seguia orgulhosa atrás da Rainha ao lado de Spot e como nao podia deixar de ser tinha o seu amigo Blacky ao seu ombro com as suas lindas penas negras a brilhar ao sol.

- Quuack

- Hum este corvo vive para se mostrar - pensou.

Spot trazia um espelho de bolso que nao parava de tirar para fora com medo que o vento lhe estragasse o penteado. Ao notar que Joanokax olhava para ele murmurou:

- São as damas... as damas...

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Eudoxio


Eudóxio ajeitou-se novamente no cavalo. Tinha a sensação de que, por mais que montasse a cavalo, coisa que fizera por diversas vezes e bastante tempo durante a sua passagem por terras bretãs, nunca se habituaria àquilo. Progressos tinham sido feitos, claro, mas não muitos. Era falta de jeito... e vontade não lhe faltada de descer de cima do animal naquele preciso momento e continuar o resto do cortejo a pé, mas, por questões óbvias, não o podia fazer. Apesar de tudo conseguia fazer boa figura, pois possuía um bom equilíbrio que o impedia de cair abaixo do cavalo e ir de encontro ao chão, sem que tivesse de ir agarrado ao pescoço do equídeo ou abaixado. Só mesmo ele próprio se conseguia aperceber da sua falta de mestria na arte de andar a cavalo.

Eudóxio resmungava consigo próprio quando sentiu garras cravarem-se no ombro.

- Quuack

Blacky pousava alegremente no seu ombro. Eudóxio olhou para trás, reconhecendo Johanna, a dona do pássaro, atrás da rainha e do príncipe-regente. Desde que fora encontrado, durante a Corrida de Sacos de Alcácer do Sal, por Johanna, que posteriormente o adoptara, o corvo sempre tivera um certo fascínio por Eudóxio, não resistindo nunca a cumprimentá-lo ou, pelo menos, a tentar irritá-lo, coisa que conseguia fazer demasiadas vezes.

- Quuack - repetiu o pássaro, observando-o atentamente.

- Olá Blacky, olá...

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Senhordeleiria
Monsenhor Rafael depois de montar a sua égua branca de raça lusitana, coloca-se à frente da Condestável Real e do Primeiro Marechal. Após de algum tempo na tentativa de amansar a égua, ouve a voz de um dos oficiais da guarda real, mandando abrir os portões para que o cortejo começasse. Seguindo então o percurso programa até à Praça Pública onde Sua Majestade Real Ana Catarina, seria aclamada Rainha de Portugal.
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Pein_x


Tudo indicava que seria um dia memorável. O tempo, o ambiente, as sensações. Pein Xerxes caminhava lentamente pelo caminho seguindo aquela vasta multidão de fidalgos.

- Será que conseguirei ver alguém importante - fala ele consigo mesmo em voz baixa. - Espero que sim.

E prossegue a caminhada até a Praça Pública, onde aconteceria a parte principal do evento.
Celestis_pallas


Celly ia toda orgulhosa de si bem à frente, a sustentar um enorme sorriso, mais por orgulho mesmo do que obrigação. Claro, também não ficaria nada bonito desfilar carrancuda, ainda mais tão jovenzinha, no auge de seus doze anos!

A menina carregava os bastões de seu primo e mestre de armas John Rafael. Jhon seguia ao seu lado e Celestis Pallas era a única do cortejo que seguia a pé. Ainda era o início, mas seus pés já apresentavam um pouco de dor, algo que para uma mocinha era deveras incômodo.

- John, não tinha jeito ir montada no meu potrinho Tânder?

O mestre de armas, em sua função, não poderia perder a compostura para responder a retóricas. De queixo erguido e inabalável, seguia sem sequer olhar para os lados.

- Ai, mas ele leva a sério mesmo! - pensava a irrequieta Celly.

Na mão direita, o bastão vermelho, adornado de diminutos castelos. Na mão esquerda, o branco, com sua estampa de escudetes. O acabamento de ouro em forma de coroa era o que trazia toda a beleza dos artefatos. Os cotovelos permaneciam devidamente flexionados em um ângulo de aproximadamente noventa graus, algo que fatigava um pouco, mas nada que encostar os braços levemente contra o corpo não resolvesse. A princípio, aquela rigidez trouxe-lhe certas dorezinhas inconvenientes, mas depois, a perceber que poderia relaxar os músculos sem perder a altivez, sua caminhada foi tomando ainda mais forma e graciosidade.

Ao contrário de seu primo, às vezes permitia-se fitar a população heterogênea que se aglomerava ao redor. Eram mães com filhos de colo, a resmungar um pouco, trabalhadores cujas mãos estavam sujas de carvão, lenhadores portando os seus machados, jovens camponeses de semblante sereno com suas esposas, inúmeros jovens, alguns, não tão atentos ao cortejo, mas sim, a outros jovens que lhe interessavam e, principalmente, havia a presença de muitos idosos, que se lembravam com carinho e saudosismo das tradições.

Um maluco qualquer avançava, prestes a atirar um tomate em quem quer que fosse. Rapidamente, fora detido pelos próprios populares, que zelavam também pela segurança daqueles que tornavam o país um lugar bom para se viver. Por pouco, Celestis não prossegue seu caminhar, realizando uma discreta parada brusca, mais por instinto do que temor. Tal inconveniente fê-la sentir um calor repentino, mesmo porque, o sol já começava a despontar bastante radiante.

- Posso retirar meu casaquinho? - indagava a pequena. John sempre tinha peninha da prima, que tanto zelava. Mas pediu encarecidamente para que suportasse mais um pouco, afinal, ainda nem estavam na metade do caminho. Além disso, não fazia tanto calor assim.

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