Investiduras de Junho

No terreiro do Paço Real tudo estava pronto para a cerimónia que ali teria lugar e na qual seriam investidos D. Vitor Pio de Monforte e Monte Cristo, como Conde, D. Richelieu Lencastre Lobo, como Barão, D. Goblins de Flandres, como Conde, D. Rhyannon Camões de Alcântara Monjardim como Baronesa, D. Sylarnash Manuel de Albuquerque, como Conde e D. Ricardo Miguel de Albuquerque, como Visconde.

A cerimónia fora anunciada em todo o Reino e Eudóxio Faro de Monforte reparava, satisfeito, que no terreiro se iam acumulando já bastantes pessoas. Junto ao palanque de madeira que havia ao centro, com estandartes reais e armas do Reino de cada lado, e no qual estavam dispostos três únicos assentos, nos quais se sentariam o Capelão Régio, o Mestre-de-armas e Sua Majestadee uma almofada cerimonial, encontravam-se os nobres, por ordem de título. Separando-os do resto do povo, dos comuns, havia uma linha de guardas, deixando bem clara a diferença de classes.

O coche do Conde de Vilar Maior parou frente ao Paço Real. Um dos funcionários do Conde desceu do coche apressado, estendendo o braço para que o velho clérigo se apoiasse.

O Conde-Vigário vestia-se em seu habitual traje eclesiástico Romano. O preto em sua grande capa e em seu barrete, significando sua dignidade de clérigo ordenado, e o violáceo de sua batina símbolo de sua dignidade de Alto-funcionário Romano.

- Jah o abençoe, meu jovem. Agradeceu o Conde ao funcionário. - Por favor, as minhas jóias.

O funcionário retirou uma almofada de dentro do coche e ofereceu-a ao clérigo. O clérigo colocou seu anel de Conde, o colar em peças de ouro e por fim retirou o Ceptro, representando sua ligação entre o Papa e a Rainha.

- Obrigado. Tornou a agradecer e com passos lentos iniciou seu caminhar até os lugares reservados aos nobres.

Enquanto caminhava, cumprimentou os amigos Dom Goblins e Dama Amber, sua esposa, e sua filha Dama Rhyannon. Depois cumprimentou o Conde de Soure, sua noiva, a bela Dama Liz, e o bravo filho Horacius.

- Vossa Alteza, posso me sentar ao vosso lado? Perguntou o clérigo ao afilhado, sorrindo-lhe.

O anadel Vitor Pio que já ostentava as armas do feudo de Avintes e já tomara posse de suas terras bem como de seu título chegara à cerimónia que iria oficializar a decisão colegiada realizada em outrora.

Logo ao chegar ao Palácio de Monsanto, faz sinal ao arauto para que seu nome não seja anunciado, mas que simplesmente faça o sr. Secretário Real saber que já estava presente, o que já bastava.

Seguranda as mãos suaves da esposa senta-se num lugar discreto e, vítima de uma dor na cabeça que mais parecia uma guerra civil entre neurônios, limita-se a suportar o fim da cerimónia ao lado de D. Biat, seu único conforto.

- Tão logo esta cerimónia acabar, creio que precisaremos nos hospedar em qualquer estalagem em Lisboa, minha querida - disse ele à esposa - Sinto não estar em condições para suportar outra viagem até o norte. Um dia acompanhado de orações, vinho e vossa presença serão tudo o que preciso. - termina o sussurro que era destinado aos ouvidos atentos da sra. baronesa de Torre do Moncorvo.

Ricardo, que estava já sentado, aguardando o começo da cerimónia, é surpreendido pela chegada de sua Eterna Comandante Local, Fllora.

- Rick! Meus cumprimentos meu caro amigo é uma honra para minha pessoa poder prestigiar esse dia mui importante. - diz a CL ao chegar.

-Fllorinha, ainda bem que vieste - Diz levantando-se e dando um suave beijo na mão de Fllora. - Agradeço muito a tua presença. Chegaste bastante a tempo ainda, pois não começou sequer. Mas senta-te, é uma felicidade ter-te presente. - conclui, sorrindo.

Preocupada com a indisposição de D. Vitor, a Baronesa de Torre de Moncorvo pede uma taça de água fresca a um dos pajens do Paço Real que transitam entre os nobres convidados, prontos a atendê-los em suas necessidades e caprichos...

Ao receber a taça, mergulha nela seu fino lenço de cambraia de linho bordada e com toda discrição e suavidade aplica a compressa fresca na testa e na nuca de seu amado, na esperança de que possa assim amenizar seu sofrimento.

E enquanto aplica a compressa, diz-lhe baixinho:

Claro que ficaremos em Lisboa, amado esposo. Tão logo termine a cerimônia iremos a uma estalagem onde jantaremos e repousaremos. Só seguiremos viagem depois de vossa total recuperação...

E mais uma vez faz sinal ao pajem.

Depois de indicar-lhe sua ama, que acompanha a festa no meio do povo, pede que transmita a ela sua ordem para que deixe imediatamente a festa, reserve o melhor quarto possível em uma das estalagens de Lisboa e acompanhe pessoalmente a limpeza e arrumação do cômodo, bem como a preparação de um jantar leve e do agrado do Conde d’Avintes.

Volta então integralmente sua atenção para D. Vitor disposta a garantir-lhe, com cuidado, carinho e amor, o maior o conforto possível de modo a que vença a longa solenidade sem que piore seu mal estar.

Depois de várias horas de viagem uma carruagem pára à frente do Paço da Ribeira, dela desce Luna de Miranda, Baronesa de Estremoz, com um traje por si confeccionado com muita dedicação de propósito para esta ocasião.

Vendo outros nobres conhecidos aproxima-se e os cumprimenta tentando encontrar algum lugar onde pudesse ver de perto a entrega do título de seu colega e amigo Richelieu.

Enquanto espera o inicio da cerimónia Luna vai petiscando uns biscoitos que trouxera consigo numa pequena sacola.

A noite cai sobre a cidade de Lisboa,quando a Condessa de Viana Foz do Lima chega aos Paços da Ribeira.
A carrugem pára em frente da escadaria do magestoso edificio e logo se aproxima um mordomo para ajudar Anna e a sua ama Mariazinha a sair,da mesma...Anna sorri ao gentil rapaz,que parece um pouco timido e sobe a escadaria que dá acesso ao salão onde se irá realizar a cerimónia de investidura de Richelieu, seu grande amigo de longa data,Conde em funções no Porto ...
Ao entrar a Condessa é acompanhada por um mordomo que a leva até um cadeirão confortável,de onde poderá assistir à cerimónia na perfeição.
Anna,sorri aos convidados presentes perto dela,transmitindo sua felicidade...pois dentro de momentos Richelieu será o Barão de Monte Córdova!

O dia ainda não havia amanhecido quando Richelieu e sua esposa Vivian já estavam acordados. Precisavam terminar a viagem até ao Paço da Ribeira, local em que seria realizada a cerimónia de investidura dos novos nobres, onde o próprio Rich seria agraciado com um Baronato. Conversou com a esposa durante a restante viagem, observando por vezes a sobrinha que constantemente se debruçava à janela para ver a paisagem.
Feita a chegada e assim que o coche parou, prontamente desceu trajando um fato azul marinho com detalhes em dourado extremamente elegante e de acordo com a ocasião. Em seguida, ajudou como era já habitual a esposa oferecendo-lhe a mão para que não tropeçasse com o vestido, fazendo o mesmo com a pequena sobrinha, Celestis.
Enquanto caminhava em direção ao terreiro viu o filho John Rafael a despachar um mordomo de forma autoritária. Olhou automaticamente para a esposa, a qual franzia o cenho e lançava um olhar intimidador ao filho.
Por fim, alcançou o local da cerimónia e à medida em que ia cumprimentando os presentes, felicitava aqueles que tal como ele seriam agraciados com um título, dirigindo-se até ao lugar que lhe estava destinado para o inicio da solenidade.

A alvorada chegou, fazendo com que os primeiros raios de sol batessem no rosto de Vivian, que imediatamente fechou a cortina da janela do coche para que não tivesse que ficar fazendo caretas enquanto conversava com o marido. Durante a viagem, sentia o trepidar das rodas na estrada poeirenta e às vezes com buracos, que fazia-a se sentir tonta. Observava a sobrinha Celestis, que vinha sentada olhando a paisagem e brava com a tia por ela não ter-lhe deixado abrir mais as janelas.

Quando o fiel cocheiro Vesceslau gritou, anunciando a chegada, sentiu-se aliviada por finalmente terem chegado. Naquele dia, estava particularmente ansiosa e ao mesmo tempo orgulhosa do marido, que finalmente seria investido Barão de Monte Córdova.

Desceu do coche ajudada por Rich, vestida à rigor com um belíssimo vestido azul marinho também com detalhes em dourado para combinar com o traje do marido, feito especialmente para a cerimônia. A poucos passos dados, avistou o filho John Rafael e chegou até ele a tempo de vê-lo a despachar um mordomo de modo imperativo, o que não a agradou. Lançou-lhe um olhar aniquilador, tendo certeza de que o filho entenderia sem sequer precisar dar uma palavra. Deu-lhe um beijo à testa e seguiu junto da família para o terreiro, pois não deveria tardar em começar a solenidade.

Já havia muitos presentes, entre eles muitos conhecidos e amigos. Cumprimentou-os a todos com um leve aceno de mão e um sorriso no rosto como era habitual, mas assim que avistou seu grande amigo Guido, Conde de Vilar Maior, pediu licença rapidamente a seu esposo e foi até ele para beijar-lhe o anel episcopal, como sempre fazia desde que Vivian era pequena. Trocou algumas palavras com Guid, como gostava de chamá-lo carinhosamente, e depois retornou para perto de Richelieu, que estava em companhia do Conde de Avintes e sua esposa, a Baronesa de Torre de Moncorvo, sua colega no conselho do Porto. Assim, aguardou o início da cerimônia, sem antes deixar de acenar para sua cunhada Coroniella, que havia acabado de chegar.

O tradicional coche negro da casa de Linhares pára defronte ao paço. Dois pagens rapidamente saltam para fora do veículo e enquanto um coloca uma escadas ao pés da portinhola outra abre-a. De dentro do coche sai o Conde de Linhares completamente vestido de preto como lhe é costume. Apoiado numa bengala trabalhada e onde se encontra embutido o escudo dos Sousa Coutinho, o Conde ainda bastante afectado pela doença que o prostrara até à pouco aproxima-me da Condessa de Cantanhede:

Minha cara condessa espero que se encontra bem e de melhor saúde que eu. Enfim assistimos à merecida investidura da dama Rhyannon. Um título apenas a confirmar uma já sempre nobreza de carácter quer me parecer.

Ricardo, que estava junto daqueles que assistiam, repara na entra de seu primo, Sylarnash de Albuquerque, o qual vem na sua direção...

Quando chega junto de si, Sylarnash comenta algo que, apesar de em tom baixo, Ricardo entende..

- Nervoso? - dizia ele.

- Não era para estar? - comenta Ricardo, enquanto ambos se deslocam para o estrado de madeira, em frente aos convidados..

Entretanto Ricardo repara na chegada de alguém que lhe é querido.. Era a sua Tia Sophiia que havia chegado.

- Com licença primo, Vou ali e já volto - diz sorrindo

Ricardo sai da bancada destinada aos Cidadãos que seriam, naquela noite, Investidos, e vai até junto de sua Tia Sophiia..

- Tia Soph! Que bom vê-la

- Coisa mais rica da tia! - afirma puxando as bochechas vermelhuscas do sobrinho e, num abraço apertado felicita-o. - Muitos parabéns!

- Ainda bem que veio.. Espero que goste da cerimónia.. Eu vou retomar para o meu lugar, e convido-a a sentar-se, mas quando tudo terminar falamos, não me esqueço - diz piscando um olho à sua querida Tia Soph e retomando para o seu lugar, junto de seu primo Sylarnash.

Acompanhando o pai, Anne sai do coche da casa de Linhares. O seu vestido branco contrastava com a negritude dos trajos do Conde.

Preocupada ainda com o estado de saúde de seu pai, a rapariga segue atrás dele até encontrarem a Condessa. Anne sorri-lhe e com um abraço diz, completando o seu pai:

- Que orgulho Amber! Vai ser uma cerimónia linda.

Num coche da família Albuquerque, Aligs chega ao Paço da Ribeira.

- Já chegamos meu jovem senhor. - Diz o cocheiro, saltando do coche e abrindo a porta.

- Muito obrigado Borges, mas não precisava ter saltado desta forma, já não esta mais em idade para tais peripécias, posso muito bem abrir a porta.- Sorri em agradecimento ao velho criado e conclui.- Assim que terminar o evento estarei a sua espera aqui mesmo.

Borges, já em cima do coche novamente, sorri para Aligs, faz um aceno com a cabeça e libera a entrada para os próximos coches.

Aligs segue em frente adentrando ao Paço, contemplando tamanha beleza da decoração que fizeram, logo a frente encontra alguns rostos conhecidos e segue cumprimentando a todos.

- Muito bom vê-la por aqui Condessa Amber. - vênia e sorri em cumprimento à dama.

Seguindo vê seu tio Monsterguid e evidentemente vai cumprimentá-lo.
- Tio Guido, como esta? Sempre um prazer encontrar contigo.- Da um abraço ao tio.

Mais a frente encontra seus primos, Ricky e Sylar.
- Até que enfim os encontrei.- Diz abraçando os primos.- Meus parabéns a ambos fico muito feliz com este momento, bem ja foi dado o inicio da cerimonia, depois falamos.

Aligs senta-se ao lado de seu tio Guido a fim de assistir a cerimonia de investidura.

Um segundo toque soou e uma vez mais o Arauto se pronunciou, fazendo novo anúncio:

- Representando a Heráldica Portuguesa, o Mestre-de-Armas John Rafael Viana Lobo.

Los Señores de Picassent viajaban raudos por los caminos hispanos. El carruaje se deslizaba saltando por los baches del suelo entre los árboles de los bosques, atravesando varios ríos y las carreteras sinuosas entre las montañas. Debían atravesar toda la península, de este a oeste, desde Valencia hasta Portugal.

En pocos días, su buen amigo Sylarnash sería premiado por su trabajo ejemplar al servicio del Reino de Portugal y sus gentes. Según le había informado sería el nuevo Conde de Óbidos, una región costera al norte de Lisboa. Buscando entre los libros de su biblioteca había encontrado una referencia a aquella zona, que le había traído el recuerdo de unas grandes murallas que habían visto desde el “Picassent I” en su viaje por costas portuguesas.

Óbidos… - le dijo a Franciska, que miraba entretenida por la ventanilla del carruaje – La ciudad fortificada…Eso significa. Nos costará apoderarnos de ese Condado – bromeó – Así que será mejor que casemos algún hijo para heredar de algún modo… ¿Tendrá hijos Monseñor Sylarnash? La verdad no lo creo… - se preguntó.

El viaje continuó durante varias jornadas hasta llegar al Palacio Real de Monsanto, donde bajaron del vehículo y un guardia les guió hasta la sala adecuada por los pasillos.
Todo estaba preparado para el comienzo de la ceremonia. Había mucha gente y parecían estar nerviosos. Tomaron asiendo donde les correspondía y quedaron a la espera del comienzo de la ceremonia.

¡Mira Francis! – le dijo a su esposa – ¡Allí adelante está el nuevo Conde! Parece contento. Me alegro mucho por él. Jah le premia por su valía, estoy seguro de ello.

Os Senhores da Picassent viajando rápida pelo hispânicos estradas. O carro deslizou saltar buracos do solo entre as árvores da floresta, atravessando vários rios e estradas sinuosas pelas montanhas. Tive que atravessar a península de leste a oeste, de Valência para Portugal.

Em poucos dias, o seu bom amigo Sylarnash ser recompensado por seu trabalho exemplar no serviço do Reino de Portugal e seu povo. Como ele havia sido informado seria o novo Conde de Óbidos, uma região costeira ao norte de Lisboa. Navegando os livros em sua biblioteca tinha encontrado uma referência a essa área, que havia trazido a memória de alguns grandes paredes que tinham visto a "Picassent I" em sua jornada através do litoral Português.

Óbidos ... - disse a Franciska, entretendo a olhar pela janela do carro - A cidade fortificada ... o que significa. Vai custar-nos aproveitar esse Condado - ele brincou - Então é melhor você se casar com um filho para herdar de alguma forma ..., os filhos Monsenhor Sylarnash? Eu realmente não acho que ... - ele perguntou.

A viagem continuou por vários dias para chegar ao Palácio Real de Monsanto, que saiu do veículo e um guarda levou-os para a sala adequada nos corredores.
Tudo estava pronto para o início da cerimônia. Havia muitas pessoas e parecia nervoso. Eles levaram apreensão onde eles pertenciam e estavam aguardando o início da cerimônia.

Veja Francis!- Ele disse à esposa - Lá na frente é Conde novo! Ele parece feliz. Eu estou feliz por ele. Jah recompensados pelo seu valor, eu tenho certeza.

Ao longe avista-se já o Paço da Ribeira, edificio imponente e majestoso que vai albergar a cerimónia. O coche com as armas dos Monte Cristo pára e Nefertarii, que havia chegado atrasada, corre para a porta. Veste um longo vestido preto debruado a prata que não ajuda na situação.
Ao chegar à porta, pára e acalma-se durante uns instantes. Logo hoje havia de se atrasar. Entra na majestosa sala sem que deem por ela pois não quer atrasar a cerimónia onde o amigo Richelieu vai receber o titulo de Barão. Cumprimenta quem se encontra perto. acena ao amigo e senta-se para assistir.

Nem se apercebera do nervoso com o que abanava bendito leque até que a mãe o tomara. Apertando a mão da mãe, se acalma e ao olhar ao lado vê que a amiga Sbcrugilo acabara de chegar e acena para ela.
Logo depois chegam mais alguns nobres, amigos e conhecidos, entre eles D. Mr.Ricky que a cumprimenta e felicita.

- Obriga D. Ricardo, felicitações a vossa senhoria também.

Nesse momento vê seus avós, os Marqueses de Vila Real, entrarem no Terreiro do Paço e abre um largo sorriso.

Viu que o que Conde de Linhares acabara chegar seguido de perto da filha Anne que parecia preocupada com o pai e os dois estavam conversando com sua mãe.

Quando ouve as trombetas, sinal de que a cerimonia irá se iniciar, e o Arauto realizava os primeiros anúncios, seu amigo Thalles se aproxima nesse momento e a parabeniza também ao que ela agradece muito aliviada de não estar próxima de lago algum.

Enquanto aguarda ser chamada, fica ao lado de seu padrasto assistindo todo o protocolo que envolve o cerimonial de investidura.

A cerimônia estava movimentada. Primeiro chegara o Conde de Soure, sei filho Horacius e a noiva Liz. Amber acena a eles e cumprimenta com um sorriso. Em seguida veio o querido Monsenhor Monsterguid, a quem a loira cumprimenta com um beijinho carinhoso em cada mão.
Depois, enquanto segurava a mão de Rhyannon, Amber vê a entrada da amiga Sbcrugilo com a querida sobrinha Sissi. A Condessa acena a elas e manda um beijo discreto.
Dom Vitor e Dama Biat entram discretos, mas não o bastante para que Amber não os notasse e, por isso, a Condessa apenas lhes acena com a cabeça. É quando Ricardo de Albuquerque aproxima-se.

- Comandante Amber, que bom vê-la.

- Boa noite, meu jovem Ricardo, é um gosto vê-lo. Meus parabéns pela investidura no Viscondado, torço para que faça bom uso do título que lhe é investido e sei que fará.

Com um meneio e um sorriso, Amber observa o jovem Sub Comandante Local se afastar, no momento exato em que vê os avós entrarem discretamente. A loira sorri, pois sabe que só por muito amor o casal Camões sairia de seu lar e, com certeza, isso deixaria Rhyannon muito contente.
Os pensamento da Condessa são interrompidos quando a Almogavar e amiga Fllora bate continência em cumprimento a si.

- Descansar, querida Fllora. - diz com um sorriso gentil.

Quem aparece em seguida é o gentil rapaz Aligs de Albuquerque, namorado da querida amiga Clarissa.

- Muito bom vê-la por aqui Condessa Amber. - diz o rapaz fazendo uma vénia.

- É um gosto vê-lo também, Dom Aligs. Mande um abraço para Clarissa, por favor. - diz sorrindo ao rapaz.

Alguns momentos depois, quem aproxima-se é o Conde de Linhares, Dom John de Sousa Coutinho, acompanhado de Anne Laura.

- Minha cara condessa espero que se encontra bem e de melhor saúde que eu. Enfim assistimos à merecida investidura da dama Rhyannon. Um título apenas a confirmar uma já sempre nobreza de carácter quer me parecer.

- Sim, finalmente a merecida investidura de Rhyannon. Apenas um complemento à nobreza de caráter de minha filhota.

- Que orgulho Amber! Vai ser uma cerimónia linda. - dia Anne.

- Estou mesmo orgulhosa, Lau! - diz dando uma beijoca na amiga querida. Em seguida, voltando-se para John: - Mas me diga, andas adoentado, Dom John? Que se passa?

Abancada em seu vestido branquíssimo, todo adornado de flores primaveris, estava Celestis Pallas Korinthiellis Viana. Ao seu lado, Vivian Viana Lobo, sua tia e praticamente, mãe de criação.

- Veja, titia, não é Conde Vitor? Será que ele se lembra de mim?

Apontara. Depois, arrependida, tenta disfarçar, a enrolar uma mecha negra de seus cabelos, que já passavam os ombros! A família contratara uma tutora para ensinar-lhe a ser uma mocinha, pois criança já não era. Mas velhos hábitos eram difíceis de serem esquecidos! Havia apenas tido poucas lições, principalmente, de como se portar à mesa. Estava um pouco apreensiva, temia passar por constrangimentos. Por sorte, tivera muito boa educação e nada de espalhafatoso faria com que todas as atenções voltassem negativamente para ela.

Ainda a pensar no conde, que conhecera de criança, também avista a dama Biat. Ele não parecia muito confortável em seu assento, também reservado para a ocasião. Acenou-lhe discretamente e pôde vê-lo acenando de volta, com uma expressão de dor na face.

- Pobre conde, que terá ele?

Sua prima Sissi Edelweiss e Sbcrugilo também se encontravam no recinto. Vivi advertiu-a para que deixasse os cumprimentos para quando a cerimônia toda terminasse, seria menos trabalhoso. Celly estava feliz em ter novamente com a tia, há tempos não se viam, ficando a menina aos cuidados de seu primo John Rafael no Porto.

John Rafael estava deveras cômico! Queria parecer sério, naqueles trajes pomposos. A menina ria-se e utilizava um lequezinho de plumas de ganso para disfarçar! Era difícil controlar o riso solto na altura de seus doze anos!

- Titia - sussurrou - estou tão ansiosa quanto tio Richelieu por este momento! Bom, ele deve estar nervosíssimo. E se ele desmaiar de costas?

Vivi não se conteve! Celestis Pallas dizia cada coisa! Andava terrível e incontrolável naquela idade... Richelieu também pareceu esboçar um sorriso meio descontraído! A cerimônia começaria a poucos minutos.

Ajeitou o decote do vestido, para que não revelasse nada além de seu colo inocente e pálido. Não tirava os olhos das movimentações, queria acompanhar tudo. Mas algo acabou desviando-lhe a atenção. Um rubor tomou-lhe as faces e seu lequezinho agitava-se involuntariamente...Vivian pôs-se a procurar com o olhar, o que seria?

Sheila chega a cerimónia, abraço seus companheiros. Entretanto apercebes da presença dos seus pais e vai para juntos deles.

Ao receber sinal da rainha, o Arauto prosseguiu com a cerimónia, projectando novamente a sua voz solene por todo o terreiro:

- Damas e Cavalheiros, povo de Portugal, é hoje um dia auspicioso, pois homenagearemos aqueles que muito fazem pelo Reino. O Nobre sonha, todo nobre é um sonhador, ele sonha com um Reino melhor, com um Reino mais forte. Não há nobreza sem sonhos. A nobreza é antes de tudo um caracter do espirito do homem e é sem desistir de seus sonhos que o nobre avança, cultivando a nobreza de Jah em suas virtudes.

Fez uma pequena pausa, anunciando e chamando, depois, o primeiro nobre que seria investido naquela cerimónia, para que avançasse até ao palanque:

- Sua graça, D. Vitor Pio de Monforte e Montecristo.

Da cidade invicta chega Actoze, depois de uma longa viagem o Barão de Vinhais chega finalmente a cerimonia de investidura de seu irmão Richelieu.

Ao entrar na cerimonia Actoze avista alguns familiares e conhecidos, com um pequeno aceno de mão cumprimenta-os e procura um lugar disponível para assistir a cerimonia de seu irmão.

A devoção da esposa fazia-o suportar com o mínimo de dignidade a cerimónia, a dor ainda permanecia, mas apesar de calafrios frequentes devido a uma baixa em sua pressão, conseguiu se pôr de pé quando ouviu o arauto pronunciar seu nome erroneamente, uma vez que o digno nome de seu pai era composto, isto é, a leonina casa de Monte Cristo e não Montecristo como ouvira bem ainda que não distinguisse o arauto muito bem no jogo de cores do palanque.

Quando se levantou sentiu que D. Biat num ímpeto se pôs de pé para ajudá-lo a fazer o percurso até o palanque, mas colocou a mão em seu ombro e com um sorriso forçado no rosto piscou-lhe o olho direito.

Durante o interminável percurso precisou se recompor por exactas quatro vezes e na última delas apoiou-se instintivamente nos ombros de D. Rhyannon que permanecia sentada. Após desculpar-se por tamanha indelicadeza, chega finalmente ao palanque onde faz saudosa vénia à Sua Majestade Real, a Rainha.

Biat, que acabara de sentar-se depois de levantar-se à entrada SAR Ana Catarina, pôs-se novamente de pé ao ouvir o arauto de armas anunciar o nome de D. Vitor, chamando-o à frente da rainha.

O sinal delicado mas firme do marido indicou porém á Dama que ele, apesar do profundo mal estar, desejava percorrer sozinho a distância que o separava do palanque.

E foi sentada e preocupada que acompanhou atenta cada passo de seu amado D. Vitor que, pareceu-lhe, sentira algumas vertigens na caminhada mas conseguira vencer a pequena distância e apresentar-se com elegância e dignidade diante da rainha.

Biat suspirou aliviada e ficou esperando que sua voz tão querida fizesse o juramento, orgulhosa, sim, mas pronta para quebrar qualquer protocolo e correr em auxílio de seu amado caso ele sucumbisse à indisposição.

Algumas pessoas ainda chegavam ao Terreiro do Paço e logo o Arauto anunciara a Rainha fizera sua entrada e dera a ordem para que prosseguissem com a cerimonia. E assim o fez, convocando Dom Vitor ao palanque.

Este fez um lento percurso até o palanque, vez por outra parando no caminho como que para ganhar forças. Em dado momento, quando passava por si, o nobre lhe segurara o ombro para se apoiar. E para lhe segurar, levou a mão imediatamente a seu braço para firma-lo olhando-o preocupada. D. Vitor lhe pediu desculpas, ergueu os ombros novamente, terminou o trajeto até o palanque onde saudara a Rainha e fez seu juramento.

Em todo momento Rhyannon acompanhou a cena com admiração pela força e postura honrada demonstrada pelo nobre.

Celestis acompanhava tudo com extrema curiosidade, a prestar atenção nos nobres tecidos dos trajes e nos gestos da cerimônia. John Rafael já se encontrava a postos e, tão logo fosse chamado, executaria sua função com maestria. Era deveras perfeccionista e às vezes chegava até a ser um pouco entediante por conta disso, mas era seu modo de ser.

O silêncio reinava absoluto, tal qual ou até mais do que em uma catedral. Apenas alguns pássaros gorjeavam, a levantar voo sobre o recinto. Era um clima de paz, mas também, de apreensão, pois era-lhe estranha aquela sensação cujo tempo parecia estagnado e concentrado nas ações de uma única pessoa. Era como se o mundo todo tivesse parado para apreciar aquelas investiduras. Seu coração enchia-se de alegrias tristes; decerto que era emoção.

Aos poucos, os que seriam contemplados depois de Conde Vitor já pareciam menos rígidos. E o alívio de suas comoções aliviava também àqueles que estavam ali a apreciar tal momento nobre. Celestis, no entanto, percebera uma movimentação irregular, que se concentrava aos poucos, ao redor da figura do Conde. Parecia que algo não ia bem e que mais pessoas foram recrutadas a fim de assegurar o bom andamento de tudo. Aquilo, estranhamente, também lhe enchia o peito de comoção.

Vendo que D. Vitor Pio de Monforte e Monte Cristo, agora Conde de Avintes, regressava ao seu lugar o arauto anunciou o próximo nobre a ser investido:

- Sua graça, D. Richelieu Lencastre Lobo.

O Arauto esperou até que D. Richelieu avançasse e se encontrasse em frente à Rainha e repetiu as palavras que já antes pronunciara:

- O nobre é humilde e prostra-se perante o seu Senhor. O nobre é humilde no uso de suas facultades, devendo usá-las sempre para o bem do Reino e jamais para proveito próprio, pois o nobre sabe que quando o reino é próspero, ele também prosperará.

Fez uma pequena pausa e, em voz solene, prosseguiu:

- Vossa Graça, deve agora fazer vosso juramento de nobre.

Ainda em meio a calmaria anterior, Celestis sente seu coração sobressaltar-se quando anuncia-se a investidura de seu querido tio Richelieu. Sua tia, Vivian, esposa do futuro investido, recebe o beijo de seu companheiro no dorso da mão e, ao sentar-se, aperta a mão de Celly com a outra mão que não fora beijada:

- Te aquietes, titi! Levará um sopro de tempo!

Mal sussurrou tais palavras, Richelieu Lencastre Lobo era mais um estimado nobre português. Celly toma o lencinho de rendas e o mantém à postos, em caso de sua emoção escapar-lhe aos olhos.

- Sim, titi! Mas, não me lembres disso, não quero borrar minha maquilagem!

Enfim, todo o clima de apreensão dissipara-se com o comentário de Celestis Pallas! Vivian, ainda um pouco emocionada, soltou discretamente das mãos da sobrinha para recompor-se. Celly destinava uma piscadela ao primo John Rafael, assegurando-lhe de que estava a cumprir primorosamente sua função.

Amber beija a mão do marido amado, Goblins, e sussurra: - É a sua vez, meu amor.

Com um largo sorriso, a Condessa acompanha a caminhada do marido em direção ao local onde era aguardado para ser empossado Conde.

Em voz solene o Arauto prosseguiu com a cerimónia:

- O nobre é humilde e prostra-se perante o seu Senhor. O nobre é humilde no uso de suas facultades, devendo usá-las sempre para o bem do Reino e jamais para proveito próprio, pois o nobre sabe que quando o reino é próspero, ele também prosperará.

Fez uma pequena pausa e continuou:

- Vossa Graça, deve agora fazer vosso juramento de nobre.

Ao ser chamada pelo Arauto, Rhyannon se dirige a frente do palanque e com uma mesura cumprimenta a Rainha e aos demais que ali se encontravam.

Rhyannon ouve as palavras do Arauto atentamente e quando solicitado, com voz clara e com orgulho faz seu juramento.

- Eu, Rhyannon de Camões Alcântara Monjardim, agora Baronesa de Quintela, juro obediência à minha Rainha e à minha Pátria. Prometo defender as Leis de Portugal e contribuir para o seu desenvolvimento próspero. Prometo lutar contra a malícia e tirania com todas as minhas forças e usar humildemente o meu título.

Amber sorri muito orgulhosa de seus dois amores, Goblins e Rhyannon. Jah sabia o quanto ambos mereciam os títulos.

Tendo D. Rhyannon de Camões Alcantara Monjardim, Baronesa de Quintela, regressado ao seu lugar, o Arauto anunciou o nobre seguinte:

-Sua Graça, D. Sylarnash Manuel de Albuquerque.

Dirige-se uma vez mais a fileira de escudos, com mais uma rima cantarolada:

"Trouxeste feito tu próprio, para que mal não se ache
Que todos vejam e reconheçam armas de Sylarnash
trazes as lises, de prata angelical
sob o fundo de azul celestial,
e sobre elas,mais uma cruz, da prata mais pura
corre de seu centro até sua moldura."
Contemplai vossas Armas, Conde de Óbidos.

Aproximando-se o fim da cerimónia o Arauto fez sinal para que novamente soassem os trompetes, avançando depois uns passos e fazendo a sua última intervenção, na sua já habitual voz solene e possante:

-Sua Majestade D. Ana Catarina de Monforte, Rainha de Portugal.