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Audiência com a Condessa eleita de Lisboa

Eudoxio


Raios fortes de luz atravessavam as várias janelas do Paço, alumiando os vastos corredores por onde Eudóxio caminhava descontraído, aproveitando aquele tempo livre de que dispunha para colocar pensamentos em ordem e descansar um pouco de todo o nervosismo e cansaço do dia-a-dia. Claro que esse processo de descanso e organização da mente era perturbado por todos os criados e guardas que iam passando pelos corredores a passo rápido ou a passo pesado (era, aliás, engraçado tentar perceber até onde iam ou quão urgente era o que tinham a fazer através do ritmo e pujança que impunham às suas passadas), mas era algo a que Eudóxio se tinha de habituar… Afinal de contas, não podia reservar os corredores só para si e descansar no seu gabinete estava fora de questão, pois acabava por adormecer e, convenhamos, não seria lá muito agradável alguém entrar no gabinete e dar com o secretário real a roncar (e, quiçá, a babar-se sobre cartas e documentos reais)… Além do mais, aqueles passeios pelos corredores eram também úteis para estar atento ao que se ia passando no Paço, ou melhor dizendo, nos seus corredores, e essa sensação de controlo e omnisciência, apesar de ser completamente falsa e, consequentemente, fútil, começava a agradar-lhe…

- Que Jah me impeça de alguma vez eu chegar ao poder de alguma coisa! - murmurou para si próprio, cortando com a corrente de pensamentos que o conduzira até à sensação de “Senhor dos Corredores” – Eu daria um tirano do pior… - olhou através da janela e observou as calmas águas do Tejo, reparando então no surgir de um pequeno sorriso malicioso reflectido no vidro – um sorriso seu - e acrescentou, soltando uma pequena gargalhada – Se bem que até seria interessante…

- Senhor, está tudo pronto para se dar início à audiência.

Eudóxio voltou-se calmamente e observou o jovem pajem durante alguns momentos, questionando-se se este ouvira o seu pequeno devaneio, agradecendo por fim o aviso e avançando até à sala onde se realizaria a audiência, a um passo rápido e vigoroso.

A sala estava já repleta de pessoas que tencionavam assistir à audiência. Eudóxio avançou por entre elas de encontro ao arauto-de-armas, dando-lhe, seguidamente, instruções para que anunciasse a rainha assim que ela estivesse pronta.

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Arauto_de_armas


O Arauto assentiu com a cabeça enquanto ouvia as instruções do Secretário Real, ficando depois a aguardar até que um dos pajens lhe fizesse sinal da chegada da rainha. Assim que o esperado sinal surgiu o Arauto fez suar uma corneta, anunciando de seguida, numa voz poderosa e solene:

- Sua Majestade D. Ana Catarina de Monforte, Baronesa de Vila Nova de Ourém, Condessa de Ourém e Rainha de Portugal.
Ana.cat
Ao escutar o anúncio do arauto a rainha ultrapassou o umbral que separava a sala do trono do corredor que a antecedia. Em passo seguro, embora algo apressado, Ana Catarina dirigiu-se ao seu lugar e ali se sentou. Desta vez o trono estava devidamente almofadado o que a deixou mais à vontade para a audiência que daí se seguiria.
Após lhe terem sido entregues as reais insígnias e arrumado o manto de arminho ela dirigiu um olhar ao arauto no sentido de dar continuidade ao seu trabalho.

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Arauto_de_armas


Assim que a rainha lhe fez sinal para prosseguir o Arauto voltou a tomar a palavra e, mantendo-se no registo de voz solene, nele constante e característico, anunciou:

- Sua Graça, D. Kiarinha de Almeida e Miranda de Sousa Coutinho, Baronesa do Rio Zêzere e Condessa eleita de Lisboa.
Anne_laura


- Atchim! - o espirro repentino da Baronesa fez Anne assustar-se e acordar ainda dentro da carruagem.

- Alguém deve estar a falar de si avó...- disse a rapariga estremunhada. - Se tivesse trazido o Gouveia certamente teria chegado mais cedo. Estes cavalos já não correm como no tempo do paizinho. Ficaram preguiçosos como ele. - A Baronesa sorriu e voltou a olhar para a janela com um olhar cansado e pensativo. Tinha sido ela a pedir que a neta a acompanhasse até ao Paço, talvez para dar algum apoio, pois Anne não sabia o que ia na cabeça da avó. O trabalho no conselho ocupava todo o tempo da Baronesa e pouco meditou sequer na morte do seu pai. Talvez esta viagem lhe tenha dado algum tempo de repouso.

Passado algum tempo, a carruagem parou com alguma brusquidão e o cocheiro anunciou a chegada ao Paço Real. Anne reconheceu imediatamente o edifício. O exterior encontrava-se igual, mas tinha dúvidas se o interior se mantivera desde a sua construção. Com um suspiro voltou à terra e ajudou a avó a sair da carruagem. Deu-lhe o braço e entrou no palácio, onde lhe disseram que estavam à espera da Condessa de Lisboa.

- Teremos de nos apressar.

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Kiarinha


A baronesa do rio Zezere, houve a sua netinha, e esboça-lhe um sorriso, e continua a olhar a paisagem, até que chegaram ao paço, acordou bruscamente do seus pensamentos,e aceitou ajuda da sua netinha.
Netinha ajuda-me com esta pasta , para que nada fique para trás.
Dizendo estas palavras a baronesa sobe as escadas do paço acompanhada pela sua neta, e preparam-se para a audiencia com sua Magestade, ao chegarem a porta são recebidas, por um dos pagens, e são encaminhadas a sala de audiencias.
Ao chegar a sala a baronesa direge-se a Sua Magestade faz uma venia.
Sua Alteza Real D. Ana Catarina de Monforte, Baronesa de Vila Nova de Ourém, Condessa de Ourém e Rainha de Portugal, estou na presença de sua Magestade , com a ajuda da minha neta, para quando a sua Magestade achar oportuno iniciar a audiencia, estarei como semrpe ao dispor de Sua Alteza Real.
Após cumprimentar respeitosamente sua Magestade a baronesa aguarda serenamente pelo inicio da audiencia.

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Ana.cat
- Sejam bem-vindas - cumprimentou a Condessa eleita à sua neta que a acompanhava - Antes de mais - dirigiu-se à Baronesa de Rio Zêzere - Deixe-me endereçar-lhe os meus parabéns pela sua eleição em Lisboa, mais uma vez o Povo depositou a sua confiança em si para conduzir os destinos do Condado, creio que isso diz muito do trabalho que tem sido desenvolvido nos últimos meses em Lisboa.

Ana Catarina remexeu-se no trono (agora almofadado, graças a Jah e para conforto das suas nádegas!) e então disse:

- Tenho percorrido o Norte do Reino nos últimos tempos e tenho perdido um pouco o contacto com o que se vai passando no Condado de Lisboa. Diga-me nobre Kiarinha, e desde já peço desculpas por começar desta forma, com que problemas se tem deparado no Condado? Temo que a desertificação das cidades do interior e da capital a par do saldo negativo do Condado e de algumas CP's ainda sejam os "espinhos" que lhe causam mais preocupações.
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Anne_laura


Anne faz uma prolongada vénia à Rainha e senta-se num dos bancos da audiência, acompanhando em silencio o decorrer da mesma.

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Kiarinha
A baronesa do rio Zêzere após fazer respeitosa vénia a SAR, prepara-se para responder-
SAR , como já não é novidade , na realidade temos as nossas cidades do interior desertificadas, sendo as mais fustigadas por esse flagelo as cidade de Crato e Elvas.
Em relação a economia tem sido uma preocupação constante, com muito esforço tem-se vindo a diminuir a divida do condado , mantendo o plano mineiro, procurando vender os nossos produtos quer no mercado interno, como no externo, mantemos as refeições dos conselheiros , pois evitamos mais essa despesa. Para angariar mais fundos apelamos as doações e á lotaria . Em relação as cidades que estão endividadas os prefeitos dessas mesmas cidades têm desenvolvido acordos com privados, no sentido de diminuir a divida ,e posso mesmo salientar que actualmente o Crato já desceu para menos de metade a divida da casa do povo, o prefeito da cidade tem desenvolvido um bom trabalho. Elvas está também a descer, com muito esforço do prefeito e seu mentor. Montemor continua na sua caminhada de redução do passivo, é uma longa caminhada mas tenho esperança que se vai chegar ao dia que cidades e condado endividados faram parte do passado.
O maior problema com que me deparo e muitas vezes é conseguir motivar todos em participar activamente nas suas cidades e no condado, no entanto sei que cada vez ha mais gente despertas para tornar os problemas das cidades como seus e não como um problema dos prefeitos.
Outro problema que também me preocupa é a segurança das cidades e como consequência do condado, pois para que não corramos riscos, há cidadãos a manter as cidades protegidas ,mas com muito esforço da parte deles ,se houvesse mais gente seria muito mais fácil dividir por todos e assim não ser tao penoso para alguns .
SAR creio que em traços gerais referi as maiores preocupações e também tentei de forma muito resumida, colocar sua SAR de como está o nossos condado, se SAR achar por bem mais algum esclarecimento terei todo gosto em o fazer.

Apos terminar o seu discurso a baronesa pede permissão para se sentar a aguardar por alguma indicação
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Ana.cat
Após a participação da Condessa eleita, Ana tomou novamente a palavra.

- De facto o combate à dívida, tanto dos Condados como das CP's é e será por bastante tempo, infelizmente, a maior preocupação dos conselhos condais de Lisboa e dos restantes condados. Acredito que Lisboa esteja a recuperar, isso vê-se claramente nos relatórios da tesouraria, temo é que uma excessiva fixação pelo combate à dívida afaste um pouco os cidadãos da vida social ou de alguma forma os desanime. Já lá vai o tempo em que cada cidade tinha um conselho municipal dinâmico ou grupos de exploração de recursos activos, esses movimentos sociais agitavam as cidades e as suas tavernas, com o tempo isso perdeu-se assim como grande parte da nossa população. Bom, queria deixar só esse apontamento como algo a alcançar não só por Lisboa - pois este não é algo que se deve restringir apenas a doze conselheiros - isso deve ser um trabalho nacional.

A rainha encostou-se às costas almofadadas do trono e acrescentou por fim.

- Agradeço-lhe o relato sobre a situação de Lisboa, a Coroa estará permanentemente disponível para auxiliar o Condado, o contrário também se deve suceder, sempre num clima de lealdade e cooperação.
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Eudoxio


Terminada a audiência, as cornetas voltaram a soar e todos se levantaram, enquanto a rainha se erguia do trono, depois de uns pajens terem recolhido as reais insígnias e de lhe terem entregue o manto de arminho, e atravessava, com passadas majestosas e calmas, a sala, abandonando-a de seguida e avançando pelos corredores do Paço.

Aos poucos a sala se foi esvaziando e Eudóxio lá permaneceu, observando as pessoas a abandonar a sala, mas com pouca atenção, perdido novamente em pensamentos, até que por fim apenas restavam ele e alguns pajens e arautos. Então, também ele se retirou, no seu típico passo rápido e discreto.

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