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[RP] [Justas] I Torneio Real de Justas - Bancadas

Jadhe


Sobre seu cavalo prestes a atacar o oponente novamente Jadhe observa seu filho Persiano chegar a bancada. Acenando lhe joga beijos rindo do que ele diz.

Entao sente que Lunna está agitada . Colocando maos em seu ventre diz:
É o torneio de justas linda...logo logo estarás do lado de á verás com seus proprios olhos.

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Segrel






Iago acabara de soltar um urro, assim como toda aquela massa de gente que o circundava naquelas bancadas destinadas às gentes simples.

Apesar de repleto, os convivas ficavam bem acomodados e organizados em todo aquele madeiro (deveriam ter levado muitos dias na construção), enquanto que mercadores e vendedores de gêneros se preparavam não mui distante dali, para acudir as mais diversas necessidades durante os intervalos.
Enquanto grande parte se divertia, outro grupo trabalhava, aproveitando a ocasião singular, não poderia ser diferente, porque rendia boas moedas aos negociantes; fervilhavam ceitis, espadins, reais e cruzados de mãos em mãos, sem detença. Não se duvidaria se até dinares lá aparecerem repentinamente, vai se entender d’onde os homens brotam com seus arranjos.

Aquilo tudo era fantástico aos seus olhos, não apenas porque admirava a habilidade dos cavaleiros, mas também pela coragem por se posicionarem diante as terríveis lanças; de fato não eram tão terríveis assim, porque eram armas cortesas, portanto sem gume, fio ou qualquer cousa que pudesse ferir adversário, inda que não se evitasse de todo os ferimentos e quando mui desafortunadamente, alguma fatalidade.

O trovador de Galiza fazia mui gosto de ver seu amigo lusitano naquel’ desafio, nada mal para um trovador e “um irmão d’Arte”, pensava consigo, mas não se colocaria – nem em imaginação – ao lugar daqueles cavaleiros todos, porque seu negócio era no máximo com alabardas, piques e cousas do gênero, porque gostava era “terra firme”, algo muito mais seguro como o bom e velho chão, ora de terra gramada ora de pedra, segundo sua opinião.
Ganhara experiência nas infantarias daquelas terras mais ao norte, quando já bem servira barões e outros nobres ao chamado inevitável (tempos difíceis por lá, desafortunadamente).
Não tinha lá jeito com cavalos de batalha não...

Já bem ali nas bancadas, os comentários aconteciam todos em espírito de excitação nos intervalos de passagem dos contendores, enquanto se encontravam em seus flancos respectivos na liça; ouvia-se de tudo, muitos rogos e palavras de incentivo, apostas também – a dizer que com todas as gentes ali por testemunhas... havia que se pagar de imediato, dado o encerramento de ronda ou de todo o desafio; sim, estes eram os costumes... –, para não dizer até manifestações d’algum escárnio ou ironia, quando um cavaleiro lhes frustrava os planos. Decerto que não malqueriam os autores (ou atores) daquele grande palco bélico, apenas que reclamavam pela falta de sorte ou ter escolhido o cavaleiro que se encontrava com revés.
Tudo isso se dava naquele breve momento do aguardo enquanto os contendores se preparavam para ronda ou na espera das apresentações típicas.

E quando os contendores davam comando para suas montarias a fazer correria de galope, silêncio imediato se instaurava em grande expectativa, imaginai, bancadas silenciosas como aqueles lugares meditativos e afastados de ermitões, ninguém dava um suspiro ou algo brusco sequer.
Contudo, para compensar isto, culminavam em um grande estrondo de vozes, aplausos, burburinhos e ovação, quando os cavaleiros se entrechocavam, uma sensação de grande satisfação e admiração.

Também se repetia excitação (com muitos aplausos e urros) aquando a monarca lusitana proferia palavras finais d’algum desafio, nesses instantes os rogos já inexistiam em favor d’algum campeão, mas tão somente o prazer daquela estimada tradição que espelhava coragem, já no findar d’um desafio.
Não menos, riam a valer quando algum escudeiro se esquecia d’algo a tomar ralho reverberante, apesar de ser algo mais raro de ocorrer: eram prevenidos em maioria, não se esquecendo de temperamentos dos seus senhores por alguma falha que pudessem cometer a contrariar ânimo dos cavaleiros.
Mas havia outras ocasiões também: a comoção lamentosa (e ruidosa) do povo ocorria justamente quando ferimento qualquer tirava contendor da ativa, ou quando algum cavaleiro lhe era despregado violentamente da sela...

Ninguém passava alheio ao evento, eis aí uma verdade inolvidável.
Era tudo fantástico para aquel’ galego, a admirar os cavaleiros em plena disputa de habilidade e perícia.


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Lucas


Ao termino de mais uma luta, acena das bancadas buscando chamar Jadhe para se recompor...

- Parabens, esteve fantastica ♥

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Biat


A caminhada desde as tendas pelo campo aberto, à mercê do vento um tanto frio, deixara rubras as faces da Baronesa de Torre de Moncorvo, que apressa-se a ocupar o primeiro local vago que encontra na arquibancada, para só então preocupar-se em sujar o traje amarelo claro que vestira. Deveria ter trazido uma almofada, pensa tardiamente, enquanto procura ajeitar-se o mais comodamente possível no assento para acompanhar as finais do torneio.

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Biat


Biat aplaude a vitória do Cavaleiro Negro, que demonstrou sua perícia durante todo o torneio e, lembrando da curiosidade que sentira sobre a identidade do misterioso cavaleiro desde o anúncio dos primeiros grupos, aguarda que o campeão finalmente deixe-se reconhecer.

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Aristarco




Aristarco, o trovador, ajeitou-se como lhe fora possível em um lugar estabelecido, inda que as dores ao braço sinistro lhe apoquentassem deveras; contudo, já estava melhor pela limpeza em que fora cuidado, antes mesmo do físico (médico) visitá-lo.
Encontrava-se em condizente aspecto para assistir a peleja derradeira daquel’ gran evento do Reino, o verdadeiro ápice de dois verdadeiros senhores do campo, que derrotaram galhardamente tudo e todos, ultrapassaram quaisquer obstáculos até o fim.

E o fim era ali e naquel’ instante, porque se bem saberia quem teria seu brasão marcado ao campo de honra e nome entoado em cantigas ou rimas: de um lado, um cavaleiro portuense mui conhecido, especialmente aos nortenhos que vibravam a clamar sua vitoria, do outro lado, o misterioso cavaleiro que nada se sabia a respeito, com paramentos negros à armadura...

E na hora chegada, deu-se tão aguardado embate.
Daquilo tudo, a inspiração fez-se e assim nasceu uma trova:



REDONDILHA

Campeão

Mote


“Galhardia co penhor:
Tomou o campo, um grão-senhor.”

Voltas

“Como esta Aclamação
Viu-se igual jamais,
De Castela vizinha
Até üa Leste nação,
Tamanha cintilação:
As façanhas que demais
Prestaram à Rainha.”

“Gentes da mui Lusa terra
De todos os recantos
Co mui garbo almejaram
Candente ardor da guerra
Que ao coração tão berra
D’armas soaram cantos
Co brio pelejaram.”

“Então co gran mestrança
Que em campo honrado,
Brotou força de leão:
Um dia de pujança
Vai ficar a lembrança
Daquel’ feito aclarado
D’animoso campeão.”



A cantiga mais tarde foi apresentada várias vezes pelo trovador, alhures nas terras lusitanas, quando alguém falava das memoráveis Justas d’Aclamação de Sua Majestade, a Rainha Ana Catarina de Monforte (que Jah lha abençoe), a chamarem-no “pois canta, canta algo da Justa!”, acerca do nobre Barão da Costeira (que Jah lho guarde), que tão bem derribara mui altaneiros cavaleiros.


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| Scholar: humanist thinker | Minstrel of al-Gharb al-Ândalus | Flemish-breton of Iberia: al-Musta'rib |
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