Afficher le menu
Information and comments (0)
<<   1, 2   >   >>

Info:
Dom Matheus walked with his wife on ruins of a castle on Montemor. Time later, Martinho Albernaz listened a storyteller in a square of the village, told by an old man who heard that story from Dom Matheus. Language: portuguese. Time: 12/Jul/1459 to 02/Aug/1460.

[RP] Um passeio no castelo (Montemor)

1000faces


Regressado a Montemor, para encontrar a sua amiga Earyna, Matheus deixa os companheiros de viagem, Heloisa e Pedrominhoka, a cuidar da carroça e depois de um breve olá a alguns amigos na taverna, pega na sua amiga aveirense, e leva-a visitar o Castelo.

Olha, foi em Montemor que nasci. Foi aqui que aprendi os primeiros passos, que fiz os primeiros amigos, que tive as primeiras lições, e que vivi o meu primeiro amor. Hoje já parece tudo muito distante, mas ainda guardo algumas saudades desta terra, e do seu castelo altivo.

Vem comigo, e mostro-te como embora em ruínas ainda é imponente e sobranceiro.













Diz-se que foi destruído num longínquo cerco, e na fuga os ocupantes esconderam todo o seu tesouro aqui debaixo. Há quem diga que ainda cá está. Há algum tempo escrevi uma história sobre essa lenda. Mas para mim o verdadeiro tesouro é a vista que se tem cá de cima sobre Montemor lá em baixo.



E quando Matheus e Earyna voltaram à praça principal, viram uma pequena festa de jograis e saltimbancos, e ali ficaram uns momentos a vê-los.


_________________
Fé, honra e tradição. Eis os Templários!
Earyna


Earyna caminhou com o seu querido amigo Matheus, que lhe fez uma visita guiada ao castelo de Montemor, um sitio lindissimo e no qual nunca lá tinha estado.

Após apreciar a vista do alto do castelo sempre acompanhada com seu amigo Matheus, e de pararem um pouco na praça para a pequena festa de jograis e saltimbancos Earyna virou-se para Matheus e disse:
Estou a adorar este passeio, com estas vistas que se tem do castelo já ganhei para o susto.-Earyna sorrio pra Matheus e continuou: E se fosse-mos beber uma cerveja, com o calor que fez hoje estou mortinha de cede, ah e o ultimo a chegar é que paga.
- Ea começou a correr rua fora enquanto Matheus ficara especado com cara de quem não havia entendido.

_________________

"O coração de uma mulher é um oceano profundo cheio de segredos.."
1000faces


Matheus pensa que uma cerveja é a forma ideal de continuar o dia. Após um momento de hesitação corre pela colina abaixo acompanhando Earyna.

_________________
Fé, honra e tradição. Eis os Templários!
Earyna


Depois de chegarem a tasca os dois em sintonia e em sonoras gargalhadas Earyna virou-se para Matheus e disse:

-Que achas de depois irmos dar uma volta pelo pomar? Ouvi dizer que é um sitio com muitas historias, e poderiamos fazer um piquenique, eu levo a toalha e as bebidas



_________________

"O coração de uma mulher é um oceano profundo cheio de segredos.."
1000faces


Perante tal convite, Matheus sorri, e corre à sua carroça para trazer alguma comida, prepara um cesto e vai até ao pomar.

_________________
Fé, honra e tradição. Eis os Templários!
Earyna


Depois de uns dias fora de Montemor, e de conhecer o resto das cidades do Reino Earyna e Matheus voltam a Montemor. Enquanto passeavam pela cidade de braço dado Earyna comentou com Matheus:

-Querido já reparas-te que esta cidade esta cada vez mais sombria? Um pena pois é uma cidade bem centrada.


-Earyna continuou o seu passeio com Matheus, de braço dado pela cidade de Montemor

_________________

"O coração de uma mulher é um oceano profundo cheio de segredos.."
1000faces


Matheus sorriu a Earyna e no seu pensamento apenas tem a ideia "nenhum lugar onde estejas é completamente sombrio", mas opta por dizer outra coisa.

Isso lembra-me uma lenda que em tempos aqui escrevi, sobre o o Castelo e sobre Montemor, explicava porque a povoação é sombria. Se calhar devia contá-la de novo aos mais novos e a quem nunca a ouviu.

_________________
Fé, honra e tradição. Eis os Templários!
Earyna


Earyna ao ouvir as palavras de Matheus olhou a volta e viu um banquinho num pequeno jardim:


-Porque não nos sentamos alem e me contas essa lenda?

Propôs Earyna a Matheus que adorava ouvir as suas historias.

_________________

"O coração de uma mulher é um oceano profundo cheio de segredos.."
1000faces


Matheus e Earyna sentaram-se no banco do jardim. Matheus respirou fundo, bebendo a magia do local, e buscando na memória aquela história antiga. Após um momento, começou a contar:


A Lenda do Tesouro de Montemor

Contam os antigos, que há muitos, muitos anos, os senhores do sul de Portugal, encontrando-se ameaçados pelo avanço da tropas mouras combinaram um encontro secreto em Montemor, para delinearem uma estratégia de defesa comum.

Não foi fácil promover tal encontro, dadas as desavenças de gerações, ódios e desconfianças que existiam entre os senhores locais. Mas por fim o trabalho de diplomacia deu frutos. Todos os nobres da região marcaram presença, e vieram delegações de cidades do norte, algumas há muito quase sem comunicação com o sul do país. No dia combinado todos chegaram ao castelo de Montemor para o encontro secreto.

A cidade fora escolhida pela sua localização numa ronda de caminhos de fácil acesso a todo o sul. Era pequena e discreta, fora do alcance dos olhares dos espiões mouros, e tinha um castelo bem localizado, de onde a vista alcançava o horizonte em todas as direcções.

As negociações foram difícieis. O facto de todos terem trazido parte do seu tesouro pessoal, com vista a contribuir para a criação de um exército comum era a causa de toda a tensão. Ninguém queria confiar o seu dinheiro à guarda daqueles que tinham sempre sido seus inimigos. Ninguém queria ver um rival a comandar um exército em que os seus homens participassem. Cada um tentava fazer valer a suas ideias e influências, cada um tentava que a sua opinião não contasse menos que as dos outros.

Passou-se uma semana e não se tinha chegado a nenhuma conclusão, e todos estavam exaustos, fisica e psicologicamente, quando um arauto entrou ofegante na sala de reuniões gritando que os mouros vinham aí.

Uns acharam que foi apenas uma coincidência, outros afiançaram que algum dos participantes na reunião alertou os mouros, para que estes viessem e matassem todos os seus rivais. De uma forma ou de outra o pânico e dissenção instalaram-se, e começaram as acusações e lutas ainda dentro do castelo, onde vários nobres se mataram uns aos outros.

Quando os sobreviventes conseguiram impôr a calma era demasiado tarde para preparar uma defesa. Alguém lembrou que existiam túneis secretos que levavam do castelo ao sopé da colina, permitindo que um grupo pequeno e ligeiro fugisse, encoberto ao abrigo das árvores de fruto. Mas a pergunta que todos faziam era, o que fazer ao imenso tesouro ali reunido, uma vez que seria impossível que os sobreviventes o transportassem numa fuga bem sucedida.

Decidiu-se por enterrá-lo no castelo, de modo a que os mouros nunca o encontrassem e os seus proprietários pudessem vir recuperá-lo mais tarde. Enterrado o tesouro foi feito um pacto de sangue entre todos: se morressem as suas almas não teriam descanso e assombrariam para sempre quem voltasse para roubar o tesouro que não era seu. Amaldiçoaram ainda a cidade para que não conhecesse paz, até que pudessem recuperar o que era seu.

Selado o pacto, todos seguiram silenciosamente pelo túnel, mas reza a lenda que não foram longe, pois alguém alertara os mouros para a passagem secreta e eles esperavam os nobres do outro lado, tendo matado todos ou quase todos.

Do tesouro nunca mais se ouviu falar.

Passaram muitos anos até que um dia, um jovem pastor que guardava as suas ovelhas na encosta do velho castelo, viu algo brilhante no chão. Ao recolher o objecto constatou que se tratava de uma moeda de ouro. Correu a casa para a mostrar à sua velha avó, com quem morava, e para sua surpresa esta logo se prostrou no chão rezando a Jah por protecção.

Embora o pastor jurasse segredo sobre o evento, e prometesse nunca mais subir a colina do castelo à procura de mais moedas, rumores da história começaram a propagar-se por Montemor. Alguns relembraram a lenda antiga do tesouro perdido, outros contavam a maldição dos nobres. A maioria ria destes contos de fadas. Mas ninguém lhes ficava indiferente, ao ponto de se tornar uma história contada à lareira a todos os viajantes que pernoitam em Montemor.

Diz-se que o tesouro talvez ainda lá esteja, esperando ser encontrado. Diz-se ainda que as almas daqueles a quem pertenceu, e que foram barbaramente chacinados na fuga, ou assassinados pelos seus pares ainda no castelo, continuam lá em cima velando pelo tesouro, mantendo a sua jura de vingança sobre quem o resgate contra a vontade dos donos. Dizem outros que esse espírito de ambição e desconfiança paira sobre Montemor, encarnando em todos os aventureiros que chegam à procura de fortuna fácil. Diz-se que os atrai à cidade, os transforma, os torna desconfiados dos seus amigos, e impiedosos para com os seus rivais.

Lenda ou realidade, Montemor, hoje ainda uma cidade situada numa ronda de caminhos, nunca mais viu o seu castelo florescer, e continua a ser local de cobiça de toda a gente com ambições escondidas. O tesouro, esse nunca foi encontrado, mas a paz... também ainda está longe da cidade.


_________________
Fé, honra e tradição. Eis os Templários!
Earyna


Earyna ficara ali a ouvir a Lenda de Montemor, e quando Matheus acabou Earyna ficara maravilhada. E encostando-se a Matheus sussurrou-lhe ao ouvido: Espero que as almas que por ai andam perdidas não me venham puxar os pés. -E rindo-se de suas palavras Earyna continuou sentada a apreciar a vista com Matheus

_________________

"O coração de uma mulher é um oceano profundo cheio de segredos.."
1000faces


Em nova passagem por Montemor, Matheus não resiste em voltar a subir ao castelo. É sempre bom voltar onde se é feliz.

O ar fresco de Outono acorda os sentidos, e traz uma excitação interior, pelo tanto que está para vir. Apertando a mão a Earyna, Matheus sabe que todo o calor de que precisa, está ali ao seu lado.

_________________
Fé, honra e tradição. Eis os Templários!
Earyna


-Earyna caminha lado a lado com Matheus, num dos que seriam um de muitos passeios que iriam dar juntos. Earyna senti-o um arrepio que lhe subi-o pelas costas, mas esse arrepio não provinha de frio, mas sim da excitação. O coração de Earyna palpitava mais depressa, assim como a sua respiração acelerava de cada vez que sentia o calor da mão de Matheus na sua!

_________________

"O coração de uma mulher é um oceano profundo cheio de segredos.."
Earyna


-Depois de algum tempo presos em Santarém por causa das suas oficinas/trabalhos, e o tempo ter sido escasso por causa dos preparativos do seu casamento Earyna e Matheus regressavam a Montemor, mas agora unidos pelo matrimónio.

Após descarregarem a carroça e colocar algumas coisas em ordem no castelo dos templários Earyna com um sorriso traquina disse a Matheus:

-Meu querido marido, estava aqui a pensar que poderia-mos aproveitar e ir dar um passeio como outrora o fizemos. Temos nos dedicado ambos tanto ao trabalho e aproveitado tão pouco o tempo que nos resta juntos.

Matheus estava atolado em papeis, e de tal forma concentrado que Earyna pensou que ele não a ouvira.

_________________

"O coração de uma mulher é um oceano profundo cheio de segredos.."
1000faces


Mesmo com o nariz enfiado nos papéis, o seu coração estava sempre com Earyna. Matheus sorriu ao ouvi-la e respondeu-lhe.

Minha querida, tens toda a razão. A Chancelaria não acaba se eu pousar o trabalho por umas horas. Vamos subir a colina do outro lado do castelo, e espreitar o rio Almançor. Ouvi dizer que neste Inverno o seu caudal é digno de ser visto.

E de seguida acrescentou:

Sabias que o pequeno rio que banha Montemor ganhou o seu nome de um antigo general mouro que dominou a península Ibérica? Chamava-se: Abu Amir Muhammad Ibn Abdullah Ibn Abi Amir, mas auto-intitulou-se Al-Hajib Al-Mansur (O Vitorioso). O nome que ficou para a história foi o aportuguesamento: Almançor.

Quando eu era pequeno costumava fugir da povoação, e vinha sozinho sentar-me na margem do Almançor a ver o rio correr. Imaginava que ele tinha histórias antigas a contar. Vem, está frio, mas aquecemo-nos um ao outro, e vamos ver se o rio ainda conta histórias de antigamente.

E dando a mão a Earyna, Matheus conduziu-a em direção à margem do pequeno rio.

_________________
Fé, honra e tradição. Eis os Templários!
1000faces


Novamente passando por Montemor, deta vez regressados de Elvas, Matheus chamou a esposa Earyna à orla a colina onde se erguia o castelo, e disse-lhe.

Aqui era onde eu em pequeno vinha brincar. Escondia-me das minhas madrinhas, e ficava aqui por horas a apreciar a paisagem.

E dizendo isto colheu uma das poucas flores silvestres que se viam nesta altura do ano, e entregou-a a Earyna.

Porque a maior beleza é sempre a silvestre e indomável, única, como tu.

_________________
Fé, honra e tradição. Eis os Templários!
See the RP information <<   1, 2   >   >>
Copyright © JDWorks, Corbeaunoir & Elissa Ka | Update notes | Support us | 2008 - 2024
Special thanks to our amazing translators : Dunpeal (EN, PT), Eriti (IT), Azureus (FI)