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[RP] Audiência com o Conde eleito de Coimbra

Anne_laura


Sentada no Gabinete do Secretário Real, Anne sentia-se ainda perdida no meio de tantas cartas e papeis. A época das colheitas estava no seu auge e a Rainha recebera inúmeras cartas sobre os problemas que se sentiam nas várias povoações. Estava tão absorvida no trabalho que lhe tinha sido delegado que nem reparou na entrada do arauto.

- Senho... - Anne olhou rapidamente pelo meio dos papeis para o arauto de armas, que embaraçado corrigiu imediatamente - Menina Anne, está tudo pronto para a audiência ter inicio.

A rapariga sorriu e levantou-se do seu lugar, acompanhando o arauto pelos corredores até à Sala do Trono, enquanto arranjava os bocados de cabelo que insistiam em sair do sitio. Ao abrir as portas, uma quantidade de damas bem vestidas virou o olhar na sua direcção, porém depressa o contentamento e a esperança se transformaram em decepção. Intrigada, Anne continuou o seu caminho até ao seu lugar onde esperou a presença da Rainha.

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Ana.cat
Avisada que estava tudo pronto para dar inicio a mais uma audiência, Ana Catarina abandonou os seus aposentos privados e caminhou pelos corredores do Paço acompanhada por uma simbólica escolta até entrar na sala de audiências. Ali deparou-se com a presença da jovem Anne Laura, que se encontrava a fazer as vezes de Secretária Real e a quem de imediato endereçou um cumprimento caloroso antes de se dirigir ao trono, onde se sentou a aguardar a entrada do Conde eleito de Coimbra.
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Med pa varvin-me kreiz ar Brezel, interit me e douar santel | Mas se morrer em combate, que me enterrem numa terra bendita
Sylarnash
O Conde de Coimbra apresentara-se, conforme solicitado, no Paço da Ribeira naquele dia quente de verão, consigo viera um pequeno grupo de Guardas d'Óbidos e um jovem escudeiro que lhe transportava alguns documentos. Ao se aperceber do sinal de um dos guardas do castelo informando que já teria sido chamada a sua presença no interior, Sylarnash entrou na Sala de Audiências calmamente em posição segura e recta seguido pelo pequeno escudeiro.

Aproximando-se de Sua Majestade, o Conde fez uma longa vénia em sinal de saudação formal à Rainha Ana Catarina.

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Ana.cat
Vendo o conde de Coimbra entrar e tomar o seu lugar a rainha não perdeu tempo para lhe dar as boas vindas e iniciar a audiência.

- Seja bem vindo Monsenhor, espero que a viajem tenha decorrido sem percalços de maior, acomode-se como mais lhe convier.

Concluída a conversa introdutória Ana começou:

- Vossa graça, pelas minhas contas o vosso mandato como conde do condado de Coimbra está a chegar ao seu término, sendo este um condado onde a política e os conflitos de ideias são por vezes conduzidas até ao extremo, e digo-o com conhecimento de causa pois já residi na boa cidade de Coimbra cerca de um mês - diga-me, como está o ambiente em Coimbra? Que medidas a nível financeiro ou económico tem adoptado o conselho que Vossa Graça dirige? Perdoe-me as minhas questões, sei que exigem alguma complexidade no trato da resposta.
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Med pa varvin-me kreiz ar Brezel, interit me e douar santel | Mas se morrer em combate, que me enterrem numa terra bendita
Sylarnash
- Exacto Majestade - confirmou o conde - Em pouco mais de uma semana terminará o XXVIII Conselho do Condado de Coimbra e consequentemente o meu mandato como Conde.

Observando com atenção a Rainha, Sylarnash ouviu com ainda mais atenção as questões e concluiu

- Tem toda a razão minha Rainha, em Coimbra, talvez mais que nos outros dois condados o conflito político é extremado de forma por vezes inimaginável. - o conde mostrou uma expressão mais séria mas tranquila e continuou - Actualmente, a facção política que não se encontra no Conselho do Condado acalmou, felizmente, as suas intervenções públicas, intervenções estas que, por vezes, e infelizmente, culminaram na injúria e ofensa gratuita ao Conselho e aos Conselheiros, algo que condeno veemente. - conclui

O Conde quase que adivinhara, a rainha teria, com certeza, interesse nas políticas económico-financeiras desenvolvidas pelo conselho que presidia e então fez sinal ao jovem escudeiros para lhe fazer chegar às mãos alguns dos documentos que trouxera

- Majestade, depois de vários meses e inúmeros conselhos, foi este conselho quem colocou finalmente em prática um conjunto de medidas no sentido de reduzir os gastos tidos, nomeadamente com as refeições. - o conde então explicou - Este assunto tomou de imediato a atenção dos conselheiros desde os primeiros dias, e depois de algumas discussões e votações determinantes para o sucesso e legalidade da iniciativa, o Plano Director de Gestão de Refeições em conjunto com a Decisão Relativa à Isenção de Impostos dos Trabalhadores Voluntários foi implementado em meados de Agosto.

Pegando em mais um conjunto de documentos o conde continuou

- Foi, também, desde o início e, em continuação do trabalho iniciado por mim enquanto Intendente das Obras e Minas do conselho antecessor dada especial atenção às Minas do Condado de Coimbra, mais concretamente à necessidade de optimização das mesmas. - Sylarnash entregou mais um conjunto de documentos e retomou o discurso - A optimização das minas apesar de um importante passo para a eliminação dos prejuízos causados pelo sector foi e mantém-se um tanto condicionado. Foi feito um pedido de Diminuição da Capacidade da Mina da Guarda mas até ao momento não fomos correspondidos pela entidade responsável. Apesar disso a ideia prosseguiu após se proceder à votação de aceitação de Optimização das Minas, mas a inactividade de alguns conselheiros e a consequente necessidade de nomeação do Intendente das Obras e Minas como Procurador, condicionou ainda mais esta medida. Espero, no entanto, que os próximos conselheiros não descartem esta importante medida para o sucesso da recuperação financeira. - Referiu o conde

- Na vertente fiscal, este conselho aprovou o novo Decreto do Imposto Condal sobre a Propriedade, que veio proteger as Casas do Povo das cobranças indevidas. Até então, as Casas do Povo eram obrigadas a pagar o imposto dos incumpridores e inactivos, isso deixou de acontecer. Actualmente, as Casas do Povo apenas entregam o dinheiro que recebem, sem prejuízos. Está, ainda, em debate, um projecto de revisão das taxas de mercado que, se aprovado, irá reduzir a taxa de 35 produtos, garantir isenção de taxa a outros 34 produtos e aumentar, em 1%, a taxa de 2 produtos. A redução de taxas teria como objectivo transferir a carga fiscal das taxas de mercado para o imposto condal, aliviando a pressão fiscal sobre os mercados e incentivando a actividade económica. É mais fácil para os contribuintes pagar o imposto condal, quinzenalmente, do que as taxas de mercado diariamente. Para o Conselho também é preferível, pois o dinheiro colectado com o imposto pode ser reutilizado e imediatamente injectado nos mercados, para adquirir bens necessários. A isenção de taxas incidiria, essencialmente, sobre os produtos de luxo e matérias-primas de construção de navios, com o intuito de atrair o comércio de luxo para Coimbra, que não existe no momento, e de promover o sector naval. O aumento de taxas incidiria apenas sobre o pão e o milho, de 2% para 3% (um aumento residual de 0,05cz e 0,03cz, respectivamente), com o objectivo de promover o consumo nas tavernas das Casas do Povo, aumentado os seus rendimentos e garantido a sua solidez.

Analisando por fim a recente proposta de alteração ao código portuário o conde continuou

- Ainda no domínio económico, mas na vertente portuária, está também em debate um projecto de lei que visa legalizar a concessão de portos. Com este projecto, pretende-se concessionar os portos de cidades às respectivas Casas do Povo e os portos de nós a grupos privados que se dediquem ao seu desenvolvimento. As concessões às Casas do Povo são feitas sem custos e em regime permanente, enquanto aos privados é efectuado leilão e a licença de exploração possui prazo. Se aprovado, o conselho terá de manter uma vigilância e supervisão da actuação das diversas capitanias, de forma a assegurar o cumprimento da lei e das obrigações contratuais, cuja violação resultará em anulação da licença de exploração. Este projecto tem como objectivos aproximar as Casas do Povo às administrações dos portos, criar condições para finalmente construir os portos em nós, dinamizar os portos e gerar uma receita extra para o condado.

E então concluiu

- Fora tudo o resto que foi feito noutros domínios, essas são as principais medidas no domínio económico e financeiro.
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Ana.cat
A rainha escutou com atenção cada palavra do Conde e analisou cada documento apresentado por aquele.

- Vejo que este conselho dedicou grande parte dos seus esforços às áreas financeiras e económicas. Embora não tenha referido a influência destas alterações legislativas no saldo do Condado de Coimbra creio que a intenção por trás delas é boa. No entanto há-que ter em atenção que nestes tempos de dificuldades económicas não podemos virar a nossa atenção apenas para a dívida, são as pessoas que formam o condado, são elas o seu maior tesouro, e deve ser para elas que os conselhos devem trabalhar, pelo menos é essa a minha visão.
Tenho algumas dúvidas quanto à eficácia da diminuição das taxas nos produtos de luxo, creio que esta medida é algo precoce pois não existem ainda rotas comerciais com o norte e centro da Europa. E há ainda que ter em conta o agravamento, embora ligeiro, que estas medidas poderão trazer para as já desertificadas populações do interior.
- Apesar destas minhas observações (que valem o que valem), na generalidade pareceu-me que foram tomadas boas decisões para reverter o actual estado da dívida do condado. E o conselho que vos deixo é precisamente sobre isso. É preciso ter atenção não só aos números mas principalmente às pessoas, é necessário dar-lhes condições para viverem condignamente. Sei que no Condado de Coimbra a contestação aos governos condais é uma constante, quem quer que esteja no poder. É impossível agradar a gregos e a troianos, é verdade, mas um conselho serve toda a população e como tal deve estar aberto a todas as criticas, sugestões ou meros pedidos de informações. E o resto, que reine e boa educação e o bom senso.


Ana Catarina levantou-se com a ajuda de uma bengala que lhe amparava o peso sobre a perna que ainda sarava de uma fractura. E acrescentou:

- Obrigada pela sua presença Monsenhor e pelas informações deveras detalhadas que aqui nos trouxe! Que Jah o guie e vele por todos nós.
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