[Justas] Meias-Finais: Necasboy vs Cavaleiro Negro

O fim do torneio estava cada vez mais perto, nesta fase só constavam os melhores dos melhores, a fina flor da cavalaria portuguesa.
O arauto inspirou o frio ar de inverno, não chovia e só isso era suficiente para justificar um óptimo combate que iria opor, dois dos favoritos do torneio, até ao momento ambos podiam-se gabar de não terem sofrido qualquer derrota.
O arauto caminhou pelo terreno para verificar o estado do terreno, era o melhor. A areia estava solta e bem espalhada.
Assim que os cavaleiros se mostraram preparados para darem entrada e a assistência se compunha para assistir a um dos mais emocionantes combates do torneio, o arauto posicionou-se e levou a trombeta aos lábios. Soprou-a com força, numa melodia simples, e deu inicio às apresentações:

- Em defesa da sua honra, o cavaleiro Necasboy Camões, da Nobre Casa Camões e identificada com as suas armas pessoais, terciado em pala; 1º e 3º de or, 2º de gules; sobre tudo um cacho de uvas da sua cor.

De seguida esticou o braço na direcção de onde se esperava surgir o segundo cavaleiro e anunciou:

- Em defesa da sua própria honra, o misterioso cavaleiro negro, de ascendência desconhecida e sem armas identificativas da sua linhagem ou proveniência.

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O Cavaleiro Negro ao ouvir o seu nome sobe para o seu cavalo e dirige-se para a Arena.
Quando entra na Arena cumprimenta o publico, Sua Majestade e em seguida o seu adversário com um aceno para demonstrar respeito.
Assim que termina de cumprimentar os presentes coloca-se em posição para iniciar o duelo.

O Cavaleiro Negro assim que recebe o sinal cavalga em direcção ao seu adversário, no meio de tanta poeira e barulho sente que tinha acertado no escudo do seu oponente.
Quando pára o cavalo repara que o seu adversário tinha ficado meio atordoado e com a confirmação do Arauto percebeu que tinha mesmo acertado e pontuado neste assalto.

O Cavaleiro aproxima-se das bancadas erguendo a sua lança, em sinal da sua vitória no assalto. Acabando os festejos, volta para o seu lugar e aguarda o inicio do próximo assalto.

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O arauto voltou a ocupar a sua posição no centro da liça enquanto os cavaleiros se recompunham para uma nova investida e trocavam lanças.
Quando finalmente os julgou prontos o arauto avançou mais dois passos e ergueu o estandarte, dando inicio à segunda e decisiva ronda.
Assim que os cavaleiros se puseram a galope de lanças em riste o arauto correu para fora da liça e aguardou o resultado final, que não tardou a evidenciar-se.
Num duelo muito equilibrado o cavaleiro negro fora mais certeiro que o seu opositor e acertara no seu escudo, fazendo 3 pontos que lhe garantiam a vitória no combate.
O arauto virou-se então para a tribuna real e questionou a monarca:

- Vossa majestade, considerais este resultado verdadeiro e limpo à luz das antigas normas da cavalaria?

O Cavaleiro Negro coloca-se de frente para a bancada e aguarda a palavra de SAR.

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Ana Catarina já estava de pé quando os cavaleiros se dirigiram à tribuna, aquele tinha sido - no seu entender - o combate mais esperado do torneio até àquela altura.

- Meus senhores a vossa postura em combate equivaleu sem dúvida à vossa prestação ao longo deste torneio, sois um exemplo para todos nós, desde o mais simples plebeu ao mais ambicioso dos escudeiros. Podeis, e deveis, estar orgulhosos da vossa exímia prestação neste torneio! - virou a sua atenção para o Barão de Nelas - Tenho que o congratular em especial pela sua actuação, é uma pena não o podermos ver mais uma vez no combate decisivo - olhou para o Cavaleiro Negro - Pois esse está-lhe destinado por direito, parabéns!
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Med pa varvin-me kreiz ar Brezel, interit me e douar santel | Mas se morrer em combate, que me enterrem numa terra bendita