Aristarco
Caros lisboetas,
Estava eu em viagem quando resolvi angariar algumas informações, nada mais usual do que todo e qualquer viajante bem o faz, quando me deparei com a eleição do sr. Drakes para a prefeitura de Setúbal.
E tão rápido quanto foi apurada a eleição, com sua vitória 56,8% dos votos , ocorreu a tomada da Casa do Povo pelo ex-prefeito o sr. BigBangue.
Tudo isto soa muito mal aos meus ouvidos, porque justamente após a apuração, tal medida do ex-prefeito sequer poderia ter sentido legal algum, haja vista a simultânea eleição da Câmara Condal ou Conselho, em mesma data portanto, além do facto cabal e inequívoco da inexistência dum Conde que sequer se tornou um primus inter paris, ou em outras palavras, sequer inda foi escolhido na Câmara Condal/Conselho, tanto quanto os demais cargos de conselheiros definidos, para emitir tal ordem de ação de tomada da Casa do Povo da vila sadina, assim como comunicar isto por meio de seu Porta-Voz (ainda indefinido).
Em visto disto, como súdito natural deste Condado, portanto lisboeta, e por enquanto súdito sadino (setubalense), venho solicitar as devidas explicações da legitimidade disto.
Ao prefeito legítimo pelo voto sr. prefeito Drakes, peço que atenta-te para tomar quaisquer medidas legais necessárias, ainda mais quando podes ter um condado inteiro como testemunha, mas não sem antes aguardar ao menos alguma justificativa do sr. ex-prefeito Bigbangue.
Pois é mui simples: conhece-se mui bem o trabalho do sr. ex-prefeito em mais de ano à frente da Casa do Povo sadina, e devemos supor que haja algum bom motivo para isto tudo acontecer, afinal havia sido o mesmo mui probo na sua administração citadina.
Ao ex-prefeito sr. Bigbangue, pede-se que venha à praça condal mostrar suas razões para tal gesto, creio que deves isto não somente aos sadinos, mas a todos nós lisboetas, para não dizer lusitanos.
É uma grande oportunidade para desfazer um possível mal entendido e corroborar o atestado de sua integridade político-pessoal, afinal não se trata aqui dalgo qualquer, mas da cousa (e causa) pública que diz respeito a cada um dos súditos.
Caso contrário, é de se esperar que pelo Conselho eleito hoje, assim que definidas as cadeiras e atribuições, entre imediatamente com todo o aparato legal a desfazer esta hipotética usurpação de cargo a quem acabara de ser um prefeito eleito legitimamente. Inclusive, se o ex-prefeito for um nobre, que se faça a análise e medidas pelo órgão de nobreza competente caso haja definição do caso como um ato ilegal tal tomada da Casa do Povo.
Atenção: digo hipotética usurpação, porque se está a dar aqui a voz para o sr. Bigbangue a esclarecer sua atitude, um voto de confiança e transparência moral que pode se mostrar ilibada.
Sr. ex-prefeito Bigbangue: por favor, esclareça-nos.
Ademais, se não houver qualquer explicação clara, além de qualquer medida que normalize esta situação, deixo imediatamente de pagar impostos à Casa do Povo de Setúbal, por não compactuar não apenas pela razão de minha consciência contrária à obscuridade que aparenta estar vigendo , mas também por supor, enquanto o ex-prefeito não vem a público expor seus motivos, inexistir legalidade ou obrigação da minha parte a pagar algo a uma Casa do Povo ilegítima.
E cada súdito sadino que aja segundo sua consciência, a lembrá-lo que se verificada a irregularidade ou estado sub judice, não há qualquer obrigação do pagamento de uma Casa do Povo que não seja aquela que foi eleita legitimamente (para o momento: sob guarda do sr. Drakes) ou restituída à legalidade sob ordem do Conselho: tirai-vos suas próprias conclusões.
Por fim, que se fique mui claro que não se está aqui a fazer qualquer difamação, injúria ou calúnia: mas pedidos de esclarecimentos.
Porque se estes não houver, ainda sim não existirá qualquer questão de injúria, difamação ou cousa que o valha, mas bem isto: crime.
Crime duma tomada da Casa do Povo de maneira ilegítima.
E se isso for devidamente esclarecido, só me restará desculpar-me pelo incômodo ao sr. Bigbangue, por conta dessas aparentes obscuridades todas, aqui e agora, ao caso sadino, mas que parecem povoar esta pátria como um todo, já rota por inúmeros motivos (ou por suas próprias entranhas: seus súditos/cidadãos).
Afinal, há de se entender que se tem grande amplitude (para não dizer até absurda) para pensar e especular causas quaisquer, especialmente quando nada se é informado, nada esta transparente, nada se encontra em terreno franco. Lamentavelmente é assim.
Com a palavra, o sr. Bigbangue, o ex-prefeito de Setúbal, fazer o favor.
Cumprimentos lisboetas,
Aristarco
_________________
|Scholar: humanist thinker|Minstrel of al-Gharb al-Ândalus|Flemish-breton of Iberia: al-Musta'rib|
Estava eu em viagem quando resolvi angariar algumas informações, nada mais usual do que todo e qualquer viajante bem o faz, quando me deparei com a eleição do sr. Drakes para a prefeitura de Setúbal.
E tão rápido quanto foi apurada a eleição, com sua vitória 56,8% dos votos , ocorreu a tomada da Casa do Povo pelo ex-prefeito o sr. BigBangue.
Tudo isto soa muito mal aos meus ouvidos, porque justamente após a apuração, tal medida do ex-prefeito sequer poderia ter sentido legal algum, haja vista a simultânea eleição da Câmara Condal ou Conselho, em mesma data portanto, além do facto cabal e inequívoco da inexistência dum Conde que sequer se tornou um primus inter paris, ou em outras palavras, sequer inda foi escolhido na Câmara Condal/Conselho, tanto quanto os demais cargos de conselheiros definidos, para emitir tal ordem de ação de tomada da Casa do Povo da vila sadina, assim como comunicar isto por meio de seu Porta-Voz (ainda indefinido).
Em visto disto, como súdito natural deste Condado, portanto lisboeta, e por enquanto súdito sadino (setubalense), venho solicitar as devidas explicações da legitimidade disto.
Ao prefeito legítimo pelo voto sr. prefeito Drakes, peço que atenta-te para tomar quaisquer medidas legais necessárias, ainda mais quando podes ter um condado inteiro como testemunha, mas não sem antes aguardar ao menos alguma justificativa do sr. ex-prefeito Bigbangue.
Pois é mui simples: conhece-se mui bem o trabalho do sr. ex-prefeito em mais de ano à frente da Casa do Povo sadina, e devemos supor que haja algum bom motivo para isto tudo acontecer, afinal havia sido o mesmo mui probo na sua administração citadina.
Ao ex-prefeito sr. Bigbangue, pede-se que venha à praça condal mostrar suas razões para tal gesto, creio que deves isto não somente aos sadinos, mas a todos nós lisboetas, para não dizer lusitanos.
É uma grande oportunidade para desfazer um possível mal entendido e corroborar o atestado de sua integridade político-pessoal, afinal não se trata aqui dalgo qualquer, mas da cousa (e causa) pública que diz respeito a cada um dos súditos.
Caso contrário, é de se esperar que pelo Conselho eleito hoje, assim que definidas as cadeiras e atribuições, entre imediatamente com todo o aparato legal a desfazer esta hipotética usurpação de cargo a quem acabara de ser um prefeito eleito legitimamente. Inclusive, se o ex-prefeito for um nobre, que se faça a análise e medidas pelo órgão de nobreza competente caso haja definição do caso como um ato ilegal tal tomada da Casa do Povo.
Atenção: digo hipotética usurpação, porque se está a dar aqui a voz para o sr. Bigbangue a esclarecer sua atitude, um voto de confiança e transparência moral que pode se mostrar ilibada.
Sr. ex-prefeito Bigbangue: por favor, esclareça-nos.
Ademais, se não houver qualquer explicação clara, além de qualquer medida que normalize esta situação, deixo imediatamente de pagar impostos à Casa do Povo de Setúbal, por não compactuar não apenas pela razão de minha consciência contrária à obscuridade que aparenta estar vigendo , mas também por supor, enquanto o ex-prefeito não vem a público expor seus motivos, inexistir legalidade ou obrigação da minha parte a pagar algo a uma Casa do Povo ilegítima.
E cada súdito sadino que aja segundo sua consciência, a lembrá-lo que se verificada a irregularidade ou estado sub judice, não há qualquer obrigação do pagamento de uma Casa do Povo que não seja aquela que foi eleita legitimamente (para o momento: sob guarda do sr. Drakes) ou restituída à legalidade sob ordem do Conselho: tirai-vos suas próprias conclusões.
Por fim, que se fique mui claro que não se está aqui a fazer qualquer difamação, injúria ou calúnia: mas pedidos de esclarecimentos.
Porque se estes não houver, ainda sim não existirá qualquer questão de injúria, difamação ou cousa que o valha, mas bem isto: crime.
Crime duma tomada da Casa do Povo de maneira ilegítima.
E se isso for devidamente esclarecido, só me restará desculpar-me pelo incômodo ao sr. Bigbangue, por conta dessas aparentes obscuridades todas, aqui e agora, ao caso sadino, mas que parecem povoar esta pátria como um todo, já rota por inúmeros motivos (ou por suas próprias entranhas: seus súditos/cidadãos).
Afinal, há de se entender que se tem grande amplitude (para não dizer até absurda) para pensar e especular causas quaisquer, especialmente quando nada se é informado, nada esta transparente, nada se encontra em terreno franco. Lamentavelmente é assim.
Com a palavra, o sr. Bigbangue, o ex-prefeito de Setúbal, fazer o favor.
Cumprimentos lisboetas,
Aristarco
_________________
|Scholar: humanist thinker|Minstrel of al-Gharb al-Ândalus|Flemish-breton of Iberia: al-Musta'rib|