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Aforas da Cidade do Porto - Paço dos Arcanjos

Celestis_pallas


Celestis alegra-se ao saber que a madame ainda não havia sucumbido à doença. Entretanto, o pesar na voz de John Rafael denunciava que tal momento infeliz estava muito próximo. Era um momento muito difícil para todos, principalmente porque as tragédias pareceram assolar aquela família sobremaneira, uma vez que Yochanan estava preso, inclusive, em vias de ser condenado à morte. E se Celestis soubesse, certamente já estaria aos prantos, sem conseguir mover uma palha.

- Muito bem, tragam algo muito leve e revigorante, uma sopa! Eu ajudo a madame a se alimentar - ofereceu-se a menina. Queria ser o mais solícita possível com aquela senhora tão bondosa - e 0 herbolário, onde está? Digam para que ele faça o impossível, já que todo o possível fora feito até então!

Celly era sempre muito exigente com todos. Mesmo sabendo que a mulher não resistiria, estava se empenhando ao máximo para preservar sua saúde até a chegada de Sissi. Um pouco de esperança também fazia com que ela acreditasse que, por um milagre, aquela vida ainda fosse salva.

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Bakita


Após suas últimas palavras, Madame Dumond fechou seus olhos. Johnrafael uniu as mãos da mulher sobre o peito e curvou a cabeça para uma prece silenciosa. Não demorou mais de um minuto para que a prima voltasse, trazendo um prato de sopa.

-Celestis, não... - e afastou cuidadosamente a moça de Madame Dumond. Saiu por um instante da cabeceira da cama, apenas para escrever algumas linhas para a prima Sissi.

Quote:
Minha mui querida prima Sissi Edelweiss,

Custam-me estas linhas. Em tão mau momento hão de chegar. Vossa tão amada Madame Dumond partiu para o Sol, onde a aguardava a filha que um dia teve. Tratarei pessoalmente de suas exéquias.

Que Jah a Conforte e a guarde, minha querida.

John Rafael de Viana


Foi até a porta, onde chamou mais um mensageiro, para que fizesse chegar a Sissi as tristes novas. Voltou por fim para dentro do quarto, e após cobrir a recém-finada com um lençol, apagou as velas e saiu.

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Celestis_pallas


O gesto sutil, porém seco de John a assustou. Ainda com o prato de sopa na mão, fitou a senhora, que se encontrava já não mais tão curvada, a tossir, mas sim, dignamente disposta sobre a cama de maneira que suas mãos repousavam em gesto fúnebre sobre o peito.

Percebendo a sua ausência de reação, um cozinheiro retirou delicadamente o prato das mãos da menina, antes que a mesma o derrubasse. Notando que John já se retirava para redigir uma custosa carta à sua prima, deixou-se desabar no cantinho da cama, aos pés daquela senhorinha. Porém, antes mesmo que suas lágrimas caíssem, John tratou de cobri-la com o lençol. E assim, Celly já não podia mais contemplar seu rosto, a não ser na cerimônia do enterro.

- Insensível... - pensou. Chegava a ser redundante, aliás, chamá-lo assim, já estava deveras acostumada com seu temperamento.

Dirigiu-se para fora, decidiu tomar um pouco de ar. Escasso foi o seu pranto, pensava que ainda teria de guardá-lo para ocasião ainda pior: o julgamento final de seu pai.

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Bakita


#música sugerida

A última manhã de 1462 amanheceu cinzenta. Na noite anterior e John procedeu o mais rápido com as exéquias. Ao amanhecer, o corpo já havia sido colocado no melhor caixão que se conseguiu fazer durante a madrugada. Era sólido e impediria a doença de sair.

Quando o féretro saiu para o cemitério onde se enterravam os homens de Azure, Acompanhavam-no os dois Vianas que haviam ali. Celestis era a legítima herdeira daquelas terras, agora que o destino de Yochanan parecia selado. John Rafael era, em teoria, seu primeiro Intendente, mas como primos, haviam sido criados como irmãos. Era sua responsabilidade manter tudo ali.

Em alguns instantes, alcançaram o Campo Santo. Já havia uma cova aberta, de dez palmos de profundidade, por receio dos homens de Yochanan de se infectarem da doença. "Estes simplórios tem medo de tudo, por Jah." Colocaram o caixão sobre o chão de grama e deram-se um instante para meditar sobre a época negra a qual passavam todos os Vianas.

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Celestis_pallas


Antes que depositassem o caixão da pobre senhora dentro da cova, Celestis interrompeu os homens e ordenou que fosse feito um pronunciamento, bem como, algum gesto de respeito. Percebera também que os cavaleiros pareciam assustados com uma possível infecção por pneumonia, algo que Celly descartara, justamente, por conhecer minimamente acerca de tal enfermidade. Porém, para não causar alardes desnecessários, não pediu para que abrissem o caixão.

- Estamos aqui reunidos em nome da senhorita Sissi Edelweiss, que não pode comparecer, bem como, em memória dos familiares da senhora Dumond, onde quer que eles estejam. De antemão, pedimos desculpas por termos conseguido reunir apenas dois membros da família Viana neste funeral, mas fez-se o possível. Sem mais delongas, eu, Celestis Pallas Korinthielis Viana, encomendo a alma de Madame Brigitte Marie Dumond aos anjos para que os mesmos intercedam junto a Jah pela alma de tal senhora. Desejo também que madame Dumond obtenha o descanso eterno, tão ansiado por qualquer alma vivente após a morte. Peço também desculpa às entidades celestiais pela ausência de um padre ou membro da igreja a recomendar sua alma, pedindo, encarecidamente, que façam das minhas palavras o caminho necessário para que madame possa seguir em paz. Esta senhora - estende delicadamente a mão espalmada em direção ao féretro - cuidou com empenho e amor de nossa prima Sissi, merecendo todas as nossas honras e o nosso respeito, bem como, as nossas lágrimas. Sobretudo, esta senhora tinha-nos também como membros de sua família, tornando tal relação completamente recíproca e a fazer de nossas vidas algo suportável em meio às dificuldades...

Apesar de ter proferido discurso pomposo e longo, sua respiração denotou que dispensaria mais algumas palavras, o que não fora possível devido à sua emoção, bem como, seu abatimento diante dos problemas que seu pai enfrentava.

- Por favor, cerrem o caixão. Depositem-na com respeito sob a terra. Tu - apontava para um guarda qualquer - corra buscar algumas flores, as primeiras que encontrar e alguém faça o favor de arremessá-las sobre o tampo.

Na ausência de mais forças para prosseguir, deixou o local, com um lenço à mão, talvez, para secar alguma lágrima que pendesse de seus olhos, já frios diante de tantas adversidades. Entrou em um dos aposentos e recomendou que não a despertassem antes de pelo menos duas horas de sono. Depois, estaria pronta para rumar ao Porto, onde mais problemas a aguardavam.

Emocionado, um dos guardas chorou.

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Bakita


Depois que Celestis partiu, sobrou aos homens que acompanharam o discreto funeral fecharem a cova com terra, enquanto outros trouxeram uma tábua de pedra que depois lhe cobrisse a cova e serviria de lápide. Um mais sábio em entalhes gravara a identificação da mulher.

Code:

BRIGITTE MARIE DUMOND
    30-XII-1462


Feito isso, o jovem Viana deixou o cemitério com um sentimento estranho. Amedrontava-o a possibilidade de ter de enterrar mais alguém ali em breve.

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Bakita


O temor virou certeza, a certeza virou dúvida, a dúvida virou esperança. Depois do cerco malsucedido ao castelo, as noites se passavam sem que o cadáver fosse encontrado. Ava também não era vista. Sem cadáver, não havia morte provada, e a mente de Yochanan era um completo enigma para qualquer um. O homem podia estar até mesmo vivo, quem podia provar sua morte sem um corpo sepultado?

Os dois dias viraram cinco, que viraram dez, que viraram vinte. Sem novidades, só restava a esperança. A vida voltou a seguir. Cansou-se da solidão. Escreveu a Fllora no convento. Ela não tinha intenção de sair. A amizade aristotélica sucumbira, pois não havia como prosseguir sem trabalharem juntos para o mesmo fim. Pôs-se a procurar os papeis do divórcio.

Voltou a visitar as tascas. Aqueceu-se, animou-se. Tudo voltou a ganhar vida para John Rafael. Após uma noite animada na tasca, embriagou-se por dois dias.

Sem poder trabalhar, "ora, com os soluços acabo errando tudo...", andava pelo Paço. Contemplava sobre a natureza divina e lia os textos aristotélicos, entre soluços. Era hora de recomeçar a viver.

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Bakita


Passara dias sem ler as cartas. Se não viesse relativo a Yochanan, não interessava. Mas ainda assim, já havia uma boa quantidade sobre a mesa. Pegou-as e analisou os envelopes. As cartas de condolências, atirava displicentemente sobre a mesa, até achar no meio do pequeno volume um pedaço de papel escrito, sem envelope.

-E esta aqui, Eduardo? - perguntou ao escudeiro

-Este foi o relato dos mensageiros que estiveram em Leiria.

Quote:
Sissiedelweiss está bem e segura, cuidando de sua tia Sbcrugilo, ferida em combate. Manda informar que virá ao Paço prestar luto à Madame Dumond assim que sua tia estiver recuperada, o que não deve demorar.


De sorte os recursos eram fartos e o paço era praticamente autossuficiente. Mesmo que o ambiente parecesse exremamente funesto, poderiam acolhê-la e fornecer-lhe abrigo.

-Receberemos uma convidada. Vá aos intendentes e lhes diga que preparem pouso para a senhorita Edelweiss, que deve vir ainda este mês.

Lembrou-se ainda das últimas palavras de Madame Dumond, dos pertences que havia deixado para Celestis, para Sissi e para si próprio. Foi então até o quarto onde a mulher falecera, para buscar o baú, que acabara sendo esquecido naqueles dias tão angustiantes.

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Celestis_pallas


Há dias Celestis encontrava-se no Pinhal do Ruivo sem notícias do corpo de seu pai e sem intenções de sair dali. Os guardas que seu primo solicitara pouco a pouco iam voltando para o Paço, pois o risco de que o crime de Yochanan respingasse sobre a filha ia se dissipando.

Recebera, entretanto, uma carta de seu pajem Otto para que se lembrasse de retornar àquele local. Como era de Otto custou a abrir. Pensava que fosse ainda alguma dívida com aquele pequeno ganancioso. Surpreendeu-se ao perceber que o pajenzinho parecia ainda ter alguma consideração à sua patroa.

Arrumou-se com certo pesar. Ainda trajava negro, era um respeito necessário ante o criminoso desaparecimento do corpo de seu pai. E rumou para o Paço acompanhada de dois soldados da Ordem de Azure. Assim que adentrou o sítio, notou que John estava em posse do baú.

- Boas, primo. Se não fossem essas pequenas prendas eu jamais teria retornado.

Conjecturava, mesmo sem saber ao certo o que aquele artefato de madeira ocultava. Ofereceu-se para abri-lo. Havia ali uma pequena carta, quase um bilhete. Era como se Madame Dummond não quisesse pensar no dia de sua morte, apesar de saber que era deveras necessário.

Num dos recônditos da caixa, uma diminuta bolsa. Desatou o cordão. Era um rico anel de prata, cravejado com uma enorme pedra de rubi. A lapidação era precisa e a joia brilhava mesmo em ambiente lúgubre. Instintivamente, provou-o nos dedos de modo a servir perfeitamente em seu indicador. Aquilo animou-a, como uma brisa suave em um dia muito quente. Sussurrou:

- Creio que alguém vá gostar disto!

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Bakita


Para si, havia um saco de cetim carmesim e cinco cartas de Sissi. Decerto, todas datadas de 1460, de antes do seu casamento. Dentro do saco havia um pingente de prata, que abria-se como um relicário. Abriu-o e havia uma figura da prima.



-Um presente? - Cartas escondidas e agora um presente? Agora tudo fazia um pouco mais de sentido. Por isso Sissi parecia tão aflita após tanto tempo, quando encontraram-se meses antes. Havia escrevido-lhe cinco cartas, da primavera ao outono de 1460 decerto falando de seus jovens sentimentos, os quais um desavisado só veio conhecer anos depois. Não havia mais cartas depois dali, que foi quando Johnrafael casou-se. Mas as cartas nunca haviam chegado. Madame Dumond as escondera consigo, para que a sua protegida não cometesse algo que julgava irresponsável. E quem podia julgá-la? Não fazia mais do que o correto.

Guardou as cartas dentro da camisa e seguiu para seus aposentos. abriu a primeira e leu:

Sissi Edelweiss wrote:

Meu querido primo,

Não te esqueças de mim. O senhor meu pai mandou-me para Leiria, para viver com minha tia e sua filha moça. Peço-lhe perdão por não ter dito antes, mas compartilho por vós o mesmo sentimento que revelaste por mim. Acredito que se puderes convencer o meu pai, ainda teremos o direito de estarmos juntos, um dia. Peço-lhe que ao menos tente falar com ele.

Para que não te esqueças de mim, envio-lhe uma figura minha, neste pequeno pingente que vai junto à carta.

Saudades de sua prima,

Sissi Edelweiss.


Pobre Sissi, teve suas esperanças iludidas e ceifadas por Madame Dumond. Decerto nem chegara a saber que John nunca recebera suas cartas. Os anos passaram-se com cada um pensando que o outro fora indiferente para consigo, tudo porque nenhuma mensagem chegara a seu destino.

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Celestis_pallas


Percebendo que John se ausentara do quarto com as cartas escondidas sob os fatos, Celly desconfiou que era algo merecedor de sigilo. Reabriu o bilhetinho de Madame Dummond, não o lera na íntegra, tamanha a ansiedade em abrir seu mimo:

Quote:
"...e para ti, John Rafael, as cartas de Sissi Edelweiss, que tanto custou-me esconder! Entretanto, não quero entregá-las somente no momento de minha partida, mas se isso se der, estarei por satisfeita. Há também um belo relicário, para que te lembres de sua amada prima."


- Hum, então era isso. Realmente viam-se além do parentesco.

Passou pelos aposentos de John, nos quais o presenciou a ler as cartas. Despediu-se sem olhar muito para o primo, não queria passar a impressão de alcoviteira. Recomendou-lhe saúde e saiu. Já ao lado de fora, ria de maneira travessa.

- Sissi tem um segredinho! Danada!

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Bakita


Quote:
Meu querido primo,

Será que pensas em mim como penso em vós? Não tive notícias vossas desde que vim para Leiria. Será que tens já outra pessoa e esqueceste-me? Será que meu pai descobriu vossas cartas e por isso não tenho notícias tuas? Esta falta de respostas me entristece. Está tudo bem no Porto, com vossos pais e Celestis? Espero que apenas boas notícias venham como resposta. E que venham.

Saudades de sua prima,

Sissi Edelweiss.


Quote:
Oh tão cruel amado,

Por que é que não respondeis a minhas mensagens? Madame Dumond diz que tenho de esquecê-lo, que não és homem para mim. Nenhuma letra de teus dedos escreve-me. Rogo-te, por Jah. Se não me queres, escreve-me. Não judie de meu coração. Não o posso esquecer, por mais que isto machuque-me.

Desta sua pobre apaixonada,

Sissi Edelweiss.


Oh, se tivesse recebido aquelas duas cartas. Era só um rapazote, mas teria sido homem de ir até Leiria atrás de Sissi, mesmo se fosse escarnecido, humilhado e surrado por Querobim.

Ler todas aquelas cartas o fez compadecer-se dos pobres jovens que eram anos antes, afastados e sofrendo pela incerteza de um sentimento. Pelos fins corretos, trilhara o caminho errado.

-Criança tola...

O que lhe acalmou o coração foi lembrar que Sissi estaria vindo ao Porto em alguns dias. Explicaria-lhe todo o inconveniente, e não haveria mais nenhum motivo de constrangimento entre os dois.

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Bakita


Quote:
Meu primo,

Profundamente resignada escrevo-lhe. Não sei se o sentimento que nutrias por mim era uma mentira tramada para seduzir-me ou apenas definhou até acabar-se pela minha ausência. Entretanto, não compreendo a vossa falta de respostas.

De toda forma, escrevo-lhe esta como um adeus. Não voltaras a ter notícias minhas. Estou decidida a permanecer em Leiria indefinidamente.

Desejo-lhe felicidade e um bom futuro.

Sissi Edelweiss


A quarta carta fora mesmo a definição de Sissi em abandonar tudo. E por aquela razão ela parecia tão estranha no banquete de Yochanan. Apanhou a quinta carta, mas não conseguiu abrir o envelope sem rasgá-la. Em algum momento, aquela mensagem caiu em uma poça de água, borrando-se e ficando perdida. O responsável pelo acidente parece ter tentado contornar a situação pendurando a carta ao sol, o que tornou o papel seco e amassado como uma folha de outono. Todas as letras eram apenas borrões.

Na mente de John, as imagens da prima a sofrer por um amor que nunca vinham deixavam-no um pouco constrangido. Julgava também ter culpa por não ter escrito a Sissi. Mas mesmo se o tivesse feito, Madame Dumond teria guardado consigo também essas cartas.

-Bom, só me resta mesmo aguardar que ela venha, e deixamos tudo em pratos limpos.

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Sissiedelweiss
Sissi chega à cavalo no Paço. O dia recém nascia. Sissi vestia a roupa de montaria com uma capa vermelha forrada de pêlos, para a proteger do vento gelado do inverno. Seu pajem Carlos a acompanhava.

Ao chegar as portas do Paço e ser interpelada pelo guarda, identifica-se:

-Sou Sissi Edelweiss, sobrinha-neta do Prior falecido. Quero falar com John Rafael.

O guarda, deixou ela e seu pajem adentrarem o Paço. Chegando próximo a entrada do casarão, Sissi desce de seu cavalo e o entrega para que Carlos o cuide de Escarlate, e diz:

-Carlos, por favor, fique por aqui com o Escarlate. Não ficaremos aqui, iremos ao túmulo de madame Dumond, só preciso saber o local.

Quando termina de falar, um pajem está a sua espera na porta do castelo.

-Senhorita Sissi, entre. diz o pajem.

-Obrigada, mas gostaria apenas de saber aonde foi enterrada madame Dumond, para que possa lhe prestar uma homenagem. diz Sissi.

-Senhorita, peço que aguarde, pois Dom John, vai acompanhá-la. Aceita um chá? diz o pajem.

-Sim, por favor. diz Sissi

Sissi, desde da cavalgada e antes disso tentava evitar ficar na presença ou ver John. Seus sentimentos sempre eram confusos na presença dele, mas já que tinha que esperar, poderia preparar-se. Não seria pega de surpresa como na última festa do tio Yochanan.. Perdida em seus pensamentos, e tomando chá, aguardava a chegada de John.
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Bakita


Como previsto, a prima apareceu no dia seguinte, enquanto Johnrafael estava na forja do Paço. Recebera o pedido de uma pá na noite anterior, vindo de sua mãe, e logo cedo lá foi colocar o ferro para fundir.

-John, a senhorita Sissiedelweiss, sobrinha-neta do Prior, deseja vê-lo. Ela está a esperá-lo no salão. - um mensageiro trouxe-lhe as novas.

-Sim. Ela deve ter vindo visitar o túmulo de sua finada tutora. Já encaminho-me para lá. - vestiu um par de luvas e deixou a forja aos cuidados dos aprendizes. Subiu até seus aposentos, onde calçou botas de montaria em lugar das botas de forja. Procurou também uma camisa decente, que não era de bom feitio aparecer com os andrajos que usava na labuta. Desceu de volta para onde Sissi o aguardava e entrando pelo salão, cumprimentou-a.

-Bons olhos a veem, senhorita minha prima. Rogo-te que me perdoe a demora. Como estão os senhores seus pais? Há muito não os vejo. Estive aguardando-a para levá-la à sepultura de Madame Dumond, e entregar-te alguns pertences teus que ela trazia consigo.

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