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Aforas da Cidade do Porto - Paço dos Arcanjos

Sissiedelweiss
Sissi ouve o que Rafael lhe fala, e pensa: "Papá iria gostar muito dessa fala de Rafael, pois ele me diz a mesma coisa..."

Enquanto encaminham para o desjejum, de braço com John, Sissi percebe que é a hora de contar de um hábito seu, muito antigo, que muita causa preocupação ao seu pai...

-Meu noivo, gostaria de lhe contar algo que faço e que deves saber para que não te assustes quando nos casarmos..

Rafael encara a noiva com uma interrogação no rosto...

-Eu tenho o hábito de andar à cavalo a noite, um hábito antigo meu, que causou, mas não causa mais preocupação ao meu pai... Gosto de correr pelos campos em Escarlate, sentir o vento frio em meu rosto... é meu momento de pensar em minhas coisas, organizar meus pensamentos.. não é sempre, mas amo muito fazer isso.. Por ter esse hábito, se perceberes, não tirei a minha capa, que tornasse um vestido, pois estou com roupas de homens e cabelos presos, exatamente pelo hábito de cavalgar à noite...Não quero que te preocupes, pois sempre estou armada e tenho treinamento militar...

Esperava ver qual seria a reação de Rafael...

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Bakita


Andava de braço dado com sua noiva, mesmo dentro de casa. Sinal de que havia bastante amor ali, e ainda mais. Bom para os intendentes e as cozinheiras que logo teriam uma senhora para lhes dar ordens e organizar aquele ambiente, que mais parecia um acampamento militar que um lar. Ouviu Sissi falar de seu hábito de cavalgar a noite. Aquilo era um hábito? Bem, podia ser. Não que não fosse perigoso, para os olhos de um noivo preocupado, mas John habituaria-se àquilo. Logo respondeu:

-Minha amada noiva. Compreendo que goste de cavalgar e sentir-se livre. Não lhe cercearei o direito de fazer o que lhe agrada. Pensei em acompanhá-la, mas sendo esta uma hora sua, não o farei. És livre para cavalgar o quanto quiser. No entanto, se o matrimônio em si priva-nos de algumas liberdades em nome do convívio, peço-te que penses um pouco no preocupado marido que terás em casa, ao sair para estas cavalgadas. O Paço dos Arcanjos é grande e seguro, mas não posso dizer o mesmo do bosque e do caminho até a cidade. Longe de mim subestimar tua força, meu sol e estrelas. Mas isto preocupa-me.

Sentaram-se à mesa para o pequeno-almoço. Esta primeira refeição podia ser, para alguns, um convite ao pecado da gula. Mas ali estavam um ferido em recuperação e uma viajante presumivelmente cansada, que coincidentemente era sua noiva. Aquela refeição era providencial. Na mesa, havia pão de trigo, queijo e vinho. A primavera aproximava-se. Logo teriam também frutas.

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Sissiedelweiss
Sissi não retrucou o que Rafael havia falado. Era verdade, o casamento lhe pediria isso, abdicar de algumas liberdades.., mas assim era a vida.. ganharia em troca a presença permanente do homem que sempre amou, não valeria a pena?

Sissi e Rafael fizeram o desjejum mantendo uma conversa tranquila, falaram da família, de Celly e seu amor, Lockee, da família de Sissi em Leiria.. de amenidades...

Após o desjejum, Sissi e Rafael decidiram andar um pouco pelo Paço, andavam de braços dados, conversando alegremente, observando o nascimento das flores e o degelo... o chão, com isso estava com um pouco de lama.

Sissi dá um passo e perde o equilíbrio, Rafael apesar de ferido, puxa a noiva contra si, para evitar que caia... Seus corpos ficam muito próximos, seus rostos também.. os olhos dos dois se encontram...

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Bakita


Estendeu os braços, enrolando em volta da cintura da noiva. Seu corpo pequeno ainda quis pender, mas ele a abraçou mais apertado. Os olhos aproximaram-se, os rostos ruborizaram. Na mente de John, meio segundo de pensamento se desenrolou: "Quero beijá-la, mas não devo, mas nos amamos, mas não quero constrangê-la, ela compreenderá."

Os olhos fecharam e os lábios tocaram-se, por um segundo apenas.

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Sissiedelweiss
Quando sentiu os braços de Rafael em sua cintura, Sissi teve a impressão que iria desmaiar..

Por mais rápido que tenha sido, ao sentir os lábios de John contra os seus, a ruiva sentiu que em seu estomago haviam borboletas, de tão mágico que foi para ela aquele beijo. Instintivamente fechou os olhos

Sentiu quando Rafael retirou seus lábios dos seus, e os olhos abriram-se, os corpos afastaram-se.. Sissi ainda envolvida naquela emoção, diz:

-Obrigada... ao perceber que essa palavra ficaria sem sentido ou poderia ter outro sentido, afasta-se de Rafael e diz:

-Acho que devemos entrar, estás te recuperando ainda e eu preciso descansar um pouco para ir...


A ruiva, sem notar coloca seus dedos nos lábios, como se fizesse um carinho e sorri... seu primeiro beijo acabara de acontecer...

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Bakita


Sissi parecia caminhar nas nuvens. Seus pés caminhavam tão suavemente que nem pareciam tocar o chão. Deu-lhe o braço e voltaram a entrar no Paço. Em sua abeça, pensava em tudo o que ocorreria após aquele beijo. Será que tinha feito certo em beijá-la tão cedo?

-Posso acompanhá-la até a porta de teus aposentos, meu amor? - perguntou retoricamente, sabia que Sissi não se oporia. Acompanhou-a pelos corredores até o quarto que havia sido preparado para ela. Chegando à porta, a qual abriu para a noiva, John tomou as mãos de Sissi entre as dele e beijou-a.

-Meu amor. Deves descansar. Tivemos bastante emoção para um início de manhã. - depois, com um sorriso de adolescente apaixonado concluiu. - Sobre o beijo... há de ser o primeiro de muitos.

Aguardou que ela entrasse para deixar a porta. Por dois segundos quis continuar lá, e quiçá espiar pela fechadura, mas espantou aquela ideia com um aceno de cabeça. Querobim o faria em pedacinhos se soubesse daquelas ideias. Indo de volta aos seus aposentos, encontrou Eduardo, em desabalada carreira.

-Senhor, uma mensagem do Porto, da senhora vossa mãe.

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Sissiedelweiss
-Meu amor. Deves descansar. Tivemos bastante emoção para um início de manhã. - depois, com um sorriso de adolescente apaixonado concluiu. - Sobre o beijo... há de ser o primeiro de muitos. disse Rafael

Sissi apenas sorriu.. Não tinha palavras para dizer o que sentia. Desde que Rafael havia lhe beijado, tudo havia mudado.. as borboletas em seu estomago continuavam a voar e ela junto..

Deitou-se na cama de roupa. Iria apenas descansar algumas poucas horas para ir embora do Paço..

Ao deitar-se colocou a mão sobre os lábios, e disse baixinho, com medo que alguém pudesse ouvir...

- Ainda bem que esse é o primeiro de muitos... gostei muito de ser beijada por Rafael.. e riu uma risada gostosa e infantil...

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Vivian


Havia algum tempo que Vivian não escrevia ao filho. As funções que desempenhava, a cada dia, tomavam-lhe mais tempo. Mas ela gostava do que fazia e gostava de se dedicar por completo a tudo que se propunha a fazer.

Assim, sentada em seu gabinete da Procuradoria Pública, no qual passava a maior parte de seu dia, lembrou-se da carta que estava escrita desde cedo e que precisava ser entregue. Então, solicitou que seu cocheiro Venceslau a levasse até o Paço dos Arcanjos, a nova moradia de John Rafael.

- Senhor Venceslau, por gentileza, entregue essa carta ao meu filho John. Há tempos não mando notícias... - disse ao entregar-lhe um pergaminho.

Quote:
Querido John,

Como tem passado?

Sei que há muito não te escrevo e que, desde aquele duelo, eu não te vejo. No entanto, creio que você deva entender a minha situação e as minhas funções, que exigem de mim o meu melhor, do jeito que sou e gosto de ser.

Escrevo-lhe, basicamente, para dizer que está tudo bem e que, mesmo atarefada, encontro-me com boa saúde e feliz na casa de meu sobrinho Querobim. Os dias têm sido agradáveis e, embora o cansaço esteja me consumindo aos poucos, sinto-me viva outra vez.

Infelizmente, não consigo visitá-lo, não por falta de vontade ou tempo em si, mas porque ir à casa de meu falecido irmão Yochanan traz-me muita tristeza. Por isso, prefiro evitar por enquanto.

Enfim, devo fazer uma visita à cidade de Braga muito em breve. Sinto falta do pomar, do cheiro e do sabor das frutas. Não quer se juntar a mim?

De sua mãe,

Vivian

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♛ Royal Princess of Portugal - Countess of Porto - Baroness of Póvoa de Varzim ♛
Bakita


Quote:
Minha amada mãe,

Aguardo ansiosamente o momento quando possamos conversar, mesmo que muito o tema. Há assuntos que não poderei ignorar, e que decerto lhe causarão bastante desconforto com a minha pessoa. Mas quero reforçar-lhe que és e sempre serás a pessoa que mais amo em todo este mundo, e que por vós entrei e entrarei em quantos duelos forem necessários.

Entristece-me profundamente que não tenhas dado-me sequer um cuidado ou uma palavra em todos estes dias de repouso forçado. Mas compreendo que como mentora, tens de agir como uma mãe para todos os recém-chegados que não possuem uma família bonita como a nossa. Entendo a nobreza desta tarefa. Isto me deixa orgulhoso.

Compreendo também a dor da perda por nosso amado Yochanan. Nem parece que já se vai tanto tempo. O Paço dos Arcanjos ainda é um lugar sem vida por sua ausência. Ausência que passarei a tentar suprir com o amor de minha noiva Sissiedelweiss. O amor dela é tão puro, que nem mesmo em sua viagem a Leiria deixou de escrever-me. Até mesmo veio diretamente ao Paço dos Arcanjos para ver como eu estou a recuperar-me, antes mesmo de ir à sua própria casa. Está dormindo neste presente momento, em um dos quartos do Paço dos Arcanjos. Jah abençoou-me com uma esposa maravilhosa.

Acredito que Braga será interessante. Sinto que preciso viajar e desanuviar. O sabor das frutas também se faz escasso por estas paragens. Seria ainda uma oportunidade de conviver um pouco mais com Sissi. Falarei-lhe desta viagem e se ela concordar em acompanhar-me, poderíamos ir, toda a família, e viver como uma família.

Com carinho,
de seu filho,

Rafael.


Carta lida e respondida. Foi até a porta de Sissi. Braga seria uma oportunidade ótima de estarem juntos. Quem diria que não seria mesmo um treinamento matrimonial?

-Sissi? Podes atender-me? Tenho algo a propor. Estás acordada? - e bateu à porta.

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Sissiedelweiss
Sissi observava pela janela o Paço. Poucas vezes, havia vindo ao Paço quando o tio era vivo. Mas já havia percebido que após o casamento com Rafael, o Paço seria sua morada. Aliás, ele precisava de um olhar feminino...

É despertada de seus pensamentos pela voz de Rafael.


-Sissi? Podes atender-me? Tenho algo a propor. Estás acordada? - e bateu à porta. diz Rafael.

Sissi desloca-se até a porta e abre. E Diz:

-Por favor, entre. Estava acordada olhando pela janela o Paço..

O noivo entra. A moça não havia percebido que não estava com sua capa vestido por cima da roupa. Estava com roupas masculinas, que usava quando cavalgava sozinha ou viajava à cavalo.

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Bakita


Sissi usualmente vestia calças masculinas. por serem mais cômodas para equitação. O fato de ela sempre estar de capa impedia as pessoas de verem, mas suas roupas eram justas e sem excesso de tecido, assim, seu único foco era cavalgar sem preocupar-se se as roupas iam incomodar. Ou era ao menos aquilo que Rafael imaginava, para tentar justificar-se de alguma forma o seu rubor diante de visão tão estonteante.

Sissi era esbelta como um lince, e curvilínea como uma lira. Ombros esguios, quadris largos e pernas fortes, requisitos clássicos para o corpo de uma boa mãe, estavam todos presentes na jovem Ferreira de Queirós. Mas homens são homens, e Rafael tentava não pensar em aspectos impróprios, pois a jovem agia naturalmente, mesmo que seu corpo estivesse evidenciado pelos trajes. Foi então diretamente ao assunto:

-Meu amor, minha mãe escreveu-me, falando-me de novidades relativas a Braga. Soube que há grande escassez por lá, e que as pessoas estão a precisar de suprimentos. Tenho itens que posso levar e vender, e ao mesmo tempo, posso ainda seguir recuperando minha saúde comendo peras, framboesas e mirtilos, laranjas e nêsperas, maçãs. Está chegando a estação das frutas. Gostaria que pedir-lhe que viesse comigo. Minha mãe deve ir também em breve.

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Sissiedelweiss
Após a entrada de Rafael em seu quarto, Sissi percebe o olhar dele sobre ela, era um olhar de cobiça, analisando-a... Quando, lembra-se que está sem sua capa vestido.

Enquanto Rafael fala de sua proposta, a ruiva vai até a cadeira e veste sua capa vestido e fecha os botões. Percebe que o olhar do noivo, torna-se mais sereno. Após isso, responde ao que lhe foi questionado.

- Seria maravilhoso ir contigo à Braga. Lembra-se que foi numa dessas viagens em família, há muito tempo, que querias me dizer o que sentia e madame Dumond não nos deixava sozinhos.. Lembro-me de você rondando meu quarto... e dá uma gargalhada... E agora nós viajaremos juntos, noivos... como a vida é engraçada.. partiremos quando? Tenho de passar em casa, pegar minhas coisas.. com tia Vivian indo junto acho que meu pai permitirá..

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--Otempo
O tempo com ventos fortes passa pelo Paço dos Arcanjos.. Esses ventos trazem muitas novidades.. que serão avaliadas pelos personagens pertencentes a família Viana de diversas formas.. tragédias, comédias, desavenças e muitas surpresas....
Sissiedelweiss
Uma carruagem para na frente da casa do Paço dos Arcanjos. Dela desce Querobim, Sissi e Maria do Céu.

Sissi fica a contemplar o Casarão, e lembrar de sua última visita. Sorriu, as lembranças eram as únicas coisas que ela tinha de John neste momento.

Entraram no casarão e viram que estava um pouco abandonado. Os guardas informaram que usavam seus alojamentos e não entravam no casarão.

Sissi informou aos guardas e aos demais empregados que Maria do Céu, seria a governanta da casa até Celestis ou John chegarem. Que ajudassem ela com tudo que fosse necessário.

Maria do Céu foi ver o que era necessário para começar a limpeza da casa, que estava empoeirada.

Querobim, foi até a biblioteca ver como estava e olhar a propriedade.

Sissi foi com Carlos até o quarto de John, para organizar as coisas de seu amado, e procurar Brun.

Ao entrar no quarto, parecia que o ar estava impregnado com o cheiro de Rafael. Entrou e abriu a janela. Começou a organizar e a procurar Brun.. logo achou o bichano, perto da lareira que havia no quarto. Pegou o bichinho no colo e lhe disse:

-Brun, meu querido, você irá comigo.. Vou cuidar de você, até seu dono voltar..Aceita? disse fazendo um carinho em sua cabeça.

Brun, havia aceitado Sissi, pois não havia mordido ela e ficou em seu ombro o tempo todo.

Após organizar a bagunça do quarto de John, foi arrumar a cama.. Ao pegar um dos travesseiros, vê uma peça de ferro.. acha estranho.. ao levantar as cobertas, acaba achando outra peça, que pareciam ser do mesmo partes de uma chave. Uma delas dizia:"ad legunt verum" (para ler a verdade)...

Sissi reuniu as peças, e começou a montar a chave.. Carlos, que varria o quarto, traz mais uma peça achada embaixo da cama..

-Ad legunt verum.. para ler a verdade.dizia Sissi enquanto montava as peças.

Sissi percebeu que em uma das peças tinham a cruz dos Azures e uma terceira, um símbolo que já havia visto.. há muito tempo atrás.. lembrava-se até do local.. num dos barcos de seu pai..

Vai até o corredor e vê seu pai.. chama por ele:

-Papá!! Papá!! Venha aqui por favor...

Quando o pai de Sissi entra no quarto, Sissi mostra a peça e diz:

-Papá, conhecemos esta figura, tens algo a me explicar?


figura lembrada por Sissi: https://fbcdn-sphotos-h-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xpf1/v/t34.0-12/11158133_850865504993059_142499327_n.jpg?oh=10b3c3c007a8933e0ef24f7d230ccdd4&oe=553ACDE3&__gda__=1429900158_c618c32f186977f5e1200600cdc1f42b
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Querobim


Querobim atende ao chamado da filha e ao ver a figura que Sissi tem na mão ele surpreende-se.

-- Onde encontrou isso, Sissi?

O pai escuta com atenção a história da filha. Usou aquele tempo para refletir sobre a resposta mais acertada. Mais uma vez Yochanan fazia falta.

-- Sissi, nessa vida todas as coisas tem uma explicação. Nada acontece por acaso. No entanto, esse ainda não é o momento, muito menos o lugar para essa conversa. Se esse desenho chegou a si. Se essa chave encontra-se em sua posse agora, guarde-a. Vamos conversar em casa.

O Ferreira de Queirós levanta-se e caminha até a janela, sabe que uma hora ou outra esse momento aconteceria. Virando-se para a filha conclui.

-- Seu tempo está chegando, minha menina, e em breve compreenderá.

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