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Aforas da Cidade do Porto - Paço dos Arcanjos

Raphael.viana


-Toma, leva isto. Tende cuidado. - catou o pergaminho novamente. - Diz-lhe que a letra é de seu pai, que evidentemente está vivo em algum lugar, mas se esconde. Esta uma está cada vez pior. Estou meio cansado. Acompanha-lhe por mim.

Era ainda cedo, mas deitou e dormiu. Sem ainda saber ao certo porque.

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Baronete da Casa do Infantado
Sissiedelweiss
Sissi sai do quarto com o pergaminho.. Quanta responsabilidade tinha em suas mãos.. Mas que Jah lhe desse forças...

Encontrou Celly nas escadas...

-Prima, não andes tão rápido assim.. Ainda bem que estou no começo da gravidez e ainda estou ágil...
E sorri.. Queria conversar contigo três coisas... Mas vamos ao jardim, ele está tão lindo.. Tenho cuidado dele com muito carinho e com a ajuda de Céu e Madalena..

Caminham juntas chegando a um banco do jardim, cercados de rosas... Acomodaram-se e a ruiva pegou a mão de Celly e começou a falar:

-Sei que estas brava com Raphael.. Ele foi rude com você em nosso quarto.. Lhe peço desculpas por ele.. Raphael acha que deve cuidar de você, pois é como se fosse irmã dele e és mais próxima dele que Mantie.. Perdoe, ele acha que você continua sendo aquela menina que foi morar no Solar de Telhas Azuis.. Ele preocupa-me demais com você, mas do jeito dele, que algumas vezes é rude.. Perdoe..


Esperava alguma manifestação da prima..

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Celestis_pallas


A menina sorria. Fazia gosto de lembrar-se da época no Solar, das brincadeiras com Sancha e Sissi, esta que era um pouco mais velha... E embora seu pai vivesse ausente, ora porque estava ocupado com a Ordem de Azure, ora porque simplesmente desaparecia, seguiu uma infância tranquila, sob a proteção de Raphael.

- Sim, eu o compreendo, prima! - tentando tranquilizá-la - mas se ele faz questão de ser tão desagradável não posso demonstrar outra reação senão o aborrecimento!

Depois, fitou-a novamente e abriu outro sorriso, ainda mais simpático:

- Mas, diz-me, Raphael a trata bem? Se não tratar terei de falar com ele! - investigava, a demonstrar cuidado.

Celly parecia aberta a diálogos, mesmo os delicados. Sissi tinha um pergaminho em mãos. Curiosa, Celestis indagou-a:

- E isto aí? É uma cartinha? Posso ver?

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Sissiedelweiss
Sissi riu..

-Seu primo me trata muito bem.. por sinal, nossa única briga por enquanto teve sua participação.. Por favor, não mandes nem de brincadeira o Otto vir aqui.. todos aqui no Paço não querem vê-lo.. foi nossa única briga... então senhorita comporta-se!! Ou senão, terás de aguentar ou ele ou eu e um bebê morando contigo.... e ri.. Mas vamos falar desse pergaminho... e mostra o pergaminho a prima.. Eu e Raphael recebemos este pergaminho no dia de nosso casamento, reconhecemos na hora a letra do Yo, seu pai.. É o mesmo que ele te enviou no dia de teu noivado.. Achamos estranho um presente de seu pai, pois, ele já estava morto quando fiquei noiva.. Ele, antes de morrer, nem sabia que eu e Raphael firmaríamos casamento. Então, desconfiamos que ele esteja vivo...Eu sei que é muita coisa, mas estamos muito desconfiados que ele esteja vivo e escondido em algum lugar da ordem...

Sentia-se aliviada em contar para a prima.. agora era esperar sua reação...

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Celestis_pallas


Celestis fechou o cenho ao ouvir pela própria boca de Sissi que ela andava a ser o pivô de brigas entre o casal. Cogitou dizer algo, mas resguardou-se. Era preciso observar bem a prima e ir percebendo se ela não estava saindo ao marido.

- Tens desconfiado de minhas atitudes. Não te preocupa, Otto não aparece mais por cá, mesmo porque, nem sei se está vivo depois daquela confusão homérica com os Torre!

Celly gargalhava. Só diluiu a expressão quando Sissi tocou no assunto do pergaminho. Sim, de novo aquela história, aquele assunto que para a menina já estava literalmente morto e sepultado.

- Façam favor, não queiram ressuscitar meu pai! Aliás, evitem tocar em seu nome como se ele estivesse vivo! Os mortos devem descansar, é o destino último de todo ser vivente nestas terras. Yochanan era muito esperto, sabes disso. Era também um pouco mago... nem faço gosto de tocar no assunto, mas era o falario que corria! Não me espanta que tenha adivinhado o enlace de vocês e pedido para que algum soldado entregasse. Emengardo mesmo poderia ter feito isso, ele é muito bom em ocultar-se por aí! Sabe o que mais? Já me soa perigoso. Alguém infiltrado nestas terras, a imitar sua caligrafia, poderia promover imenso estrago. Já imaginaste?

Ao refutar as prováveis conspirações de Sissi, ela mesma se deixava levar por suas próprias conspirações e tudo sem perceber que caia facilmente nas armadilhas de sua mente. Depois, reconsiderou e tentou entrar em acordo com a prima:

- Investiguem. Não é comum que este pergaminho tenha surgido tão de repente. Peçam a alguém de muita confiança e se precisarem de mim, estarei à disposição. Mas não conte comigo para supor que meu pai esteja vivo, uma vez que considero isso quase impossível!

Já cultivara a dor do luto e por mais de uma vez. Seria fatigante em demasia reaver os laços com o pai e depois, anos mais tarde, vir a saber de sua derradeira morte. Era-lhe mais cômodo ter o pai como morto, só assim sua alma teria algum descanso.

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Sissiedelweiss
Sissi olhou para prima e respondeu:

-Não podemos ressuscitar quem nunca morreu. Sempre tive minhas dúvidas sobre não podermos ver o corpo de seu pai. Apenas te avisamos para que quando ele apareça de maneira inesperada, como sempre foi e voltou, não ache que é alma penada.. Fizemos nossa parte, tens o direito de duvidar... Vou ver como está o preparo do jantar... Janta conosco? Depois peço para Eduardo ou Sorrento te levarem de carruagem e Tânder junto..

E afasta-se da prima, lhe dando um beijo na testa. Não gostava de admitir ou concordar que Raphael estava certo, mas algumas vezes Celly vivia mais no mundo das suas imaginações..

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Celestis_pallas


Quote:
Fizemos nossa parte, tens o direito de duvidar...


Celestis já não sentia mais o beijo carinhoso de sua prima repousado sobre a testa. Entretanto, tais palavras ainda martelavam em sua cabeça. Era um forte indício de que tanto Sissi quanto Raphael sabiam de algo. Mas poderia ser que a comoção ao toparem com o pergaminho tenha mexido com as emoções dos dois, muito embora Raphael não fosse inclinado a sugestionar-se com tanta facilidade.

- Espera, vou contigo!

A morena saiu logo atrás da prima que tinha ido ver como andava o jantar. Seria mesmo verdade? A recomendação era para não assustar-se. Celestis seguia como sombra atrás de Sissi, atormentando-a sobremaneira:

- Mas se ele estivesse mesmo vivo já teria aparecido. Ou não? Por que pensas que ele fez uma cousa dessas? Por que essa mania de sempre sumir? Não quero estar sozinha caso ele me apareça, não quero levar um susto tão grande! E se for tudo suposição? Não quero cultivar esperanças...

Seguiu com o monólogo até alcançarem o interior da casa. Foi quando Celly aquietou-se a fim de que aquele burburinho não alcançasse os criados.

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Sissiedelweiss
Sissi antes de entrarem no casarão, suspirou.. Foi até a Céu, que lhe disse que o jantar estava pronto a ser servido.

Sissi pediu para Madalena organizar a mesa para três pessoas. Nisso foi chamar seu marido, mas antes falou a prima:

-Celly, se o pequeno Miguel chorar, por favor, cuide dele.

Foi até o quarto, e lá, viu o marido dormindo:

-Amor, por favor, acorde, o jantar está pronto.. Arruma-se.. Por que está tão cansado?

Esperando que o marido levanta-se.

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Celestis_pallas


Celestis manuseava a louça como quem já fosse comer. Na verdade, tentava encontrar uma maneira de distrair-se. Estava irrequieta. Depois, lembrou-se de que tinha modos e parou com aquilo.

Miguel chorou. Bastou Sissi lembrá-la de que isso poderia ocorrer para que acontecesse.

- Não é necessário atribular-se, Madalena! Vou Ninar o Miguel...

Pensava em como devia ser difícil trabalhar e ter filhos pequenos. Enquanto o embalava, ouviu a prima falar com Raphael:

Quote:
-Amor, por favor, acorde, o jantar está pronto.. Arruma-se.. Por que está tão cansado?


Revirou os olhos. Imaginava que talvez Raphael agora estivesse inclinado para a preguiça. Logo ele, sempre tão agitado e trabalhador. Para não perder o costume, ralhou com ele de onde estava:

- Anda, eu estou a sentir imensa fome!

Chacoalhava o bebê em seus braços, mas este não parava nunca de choramingar. Celly esperava Madalena terminar de ajeitar a mesa para entregá-lo à mãe, certamente precisava ser amamentado.

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Raphael.viana


Estranho. Raphael não era de ter sono durante a tarde. Por vezes, passava muito da noite acordado. Três, quatro horas após o por do sol, a lua alta no céu e lá estava. O que será que causara aquilo?

Antes de ser incomodado por Eduardo, estivera vasculhando a biblioteca, sendo atingido por saraivadas de poeira.

-Desculpe, minha esposa. Estava em busca de alguns livros na biblioteca, mas caíram-me alguns livros na cabeça, e estava mesmo doendo. - Não havia caído lido nenhum, mas o que diria? Que suspeitava que havia alguma erva entre os livros, para protegê-los de ladrões, que magicamente se dissiparia com a poeira, entrando pelas narinas e causando cansaço e sonolência? Até ele próprio mal conseguia formar aquela teoria tão maluca. - Já estou melhor.

Levantou e bochechou um pouco de vinho para despertar, enquanto ouvia as já tradicionais reclamações da prima.

- Celestis, te juntarás a nós em nossa refeição? Fico feliz por isso.

Bateu nas roupas, para desamassar, e em seguida fez menção de sair rumo ao salão de jantar menor.

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Baronete da Casa do Infantado
Celestis_pallas


Celestis sorriu ao ouvir o primo. Aparentava sonolência em seu tom de voz, mas era certo que se preparava para as refeições. Miguel, por sua vez, parecia ser uma criança adorável, mas já aborrecia a jovem, acometida pelo mal humor do jejum.

- Madalena, vais demorar com isso? Desculpa-me, não quero ser rude. Mas teu filho chora cada vez mais alto e estou a ficar um pouco zonza!

Impaciente, ajudou a criada a dispor a loiça com a mão que estava livre. Assim, pode destinar o rebento para a sua mamada. Sentaram-se então as duas, uma de frente para a outra. Uma calmaria estranha, mas agradável, pairava no ambiente. Celly contemplava a cena com a cabeça reclinada sobre sua mão esquerda.

- Agora ele parece tão doce! Como criança é uma cousa engraçada...

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Sissiedelweiss
Sissi chegava na sala quando ouviu a fala da prima.. Riu..

-Bebês são como a gente, com fome ficam irritados.. Agora vamos nos sentar para fazer a refeição. Céu, podes servir por favor..

Os três sentaram-se a mesa. A refeição era batatas, cebolas, cenouras e carne assada. Acompanhado de pão e vinho. Os três conversavam amenidades. Sissi perguntou a prima:

-Celly, gostaria de passar alguns dias conosco? Teu noivo poderia vir e assim, eu e Raphael poderíamos conhecê-lo melhor. O que acha? Concordas, meu marido?

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Raphael.viana


-Celly, gostaria de passar alguns dias conosco? Teu noivo poderia vir e assim, eu e Raphael poderíamos conhecê-lo melhor. O que acha? Concordas, meu marido?

Não gostava daquelas ideias de Sissi. Seu jeito impetuoso tornava difícil aceitar alguns planos da esposa. A primeira fora mais calma, menos ativa. Levaria um pouco até reaprender que no casamento há sempre de se fazer umas concessões.

Miguel chorava muito, parecia inquieto, será que via algo? Madalena chegou para buscá-lo. Pegando-o nos braços, notou um brilho incomum ao longe. Era uma chama acesa ao longe, na colina onde Yochanan estava sepultado. Raphael levantou.

-Senhoras, terei de deixar a refeição. Algo estranho está acontecendo na colina, tenho de ir até lá. Céu, por favor, peça a Eduardo para armar-se e selar dois cavalos.

-Sim, senhor.

Esperava que Sissi levantasse e se prontificasse a ir junto. Negaria, mas sabia que não teria como conter a esposa. Nesse mesmo instante, o rapaz Sorento apareceu na sala, ofegante e cansado.

-Raphael, um grupo de soldados se aproxima dos Portões do Paço!

-E mais essa agora, meu Jah... Sorento, peça a um dos antigos guardas de meu tio que vá diante desses homens, descobrir quem são. Também acenderam os archotes nas velhas ruínas. Tudo isto me dá arrepios.

Fez menção de deixar o lugar e aprontar-se. Uma patrulha, uma batalha? Algum inimigo dos Azure havia descoberto o repouso final do Prior? Aquelas tropas eram inimigos? Ou será que...

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Baronete da Casa do Infantado
Sissiedelweiss
Sissi levanta-se da mesa e vê acesa uma luz na colina aonde tio Yo estava enterrado. Seu ímpeto era ir junto com o marido para ver o que estava acontecendo, mas ficou temerosa pelo bebê que esperava e por deixar Celly sozinha, sem nenhuma defesa. E ainda a chegada de um grupo.. As pessoas da casa precisavam de proteção.

-Raphael, vá com Eduardo. Eu fico aqui na retaguarda com os guardas. Cuide-se. Não deixe que nada te aconteça.. Eu e o bebê esperamos por ti..


E dizendo isso, passa sua mão no rosto do marido e lhe dá um breve beijo nos lábios.

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Celestis_pallas


Estava tudo calmo demais no Paço dos Arcanjos. Yochanan nunca gostou daquele ar ameno, Celestis se lembrava bem. Ela, por sua vez, era mais dada ao conforto e tranquilidade. Quanto àquilo, não saíra ao pai.

- O que está acontecendo? - proferiu sobressaltada, levantando-se.

Mal tinha dado tempo de todos comerem. E foi tudo muito rápido. Quando a menina caiu em si, percebeu que Sissi já despedia-se de Raphael. A regra era protegerem-se no interior da residência.

- Sissi, por Jah, tu estás grávida! Espero que não tenhas prometido ao Raphael em vão! Fiquemos mesmo por aqui, é mais seguro!

Miguel, assustado, chorava, mesmo depois de ter mamado. Celestis pegou na mão de Madalena, a fim de acalmá-la. Mas ela mesma estava um tanto nervosa com o imprevisto.

- Sei que pode parecer exagero de minha parte. Mas temos aqui duas crianças, uma em plena saúde e outra por nascer. Chamem os empregados que cá ficaram e vamos nos esconder em algum aposento.

Rapidamente, a jovem encabeçou uma fuga pelo interior da casa. Enquanto corriam, Celly planeava onde seria mais seguro. Foi quando pensou na biblioteca.

- Os móveis são pesados, podemos empurrá-los até a porta!
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