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Aforas da Cidade do Porto - Paço dos Arcanjos

Yochanan


Após o brinde, o Viana sentou-se novamente e escutou com atenção o relato de seu convidado, e sorriu quando este terminou, pois naquelas palavras não percebeu qualquer malicia ou inverdade, mas a voz honesta de um homem que verdadeiramente estava encantado por uma moça.

- Assim foi, Vossa Graça. - respondeu o Prior ainda sorrindo ligeiramente. Já o havia observado na tasca, e visto como se comportava sua irmã junto a ele, e começava a formar uma ideia do que estaria no porvir daqueles dois. Havendo ele também já terminado sua caneca, serviu outra ronda do liquido fresco e dourado que o alcobacense tanto apreciava e continuaram por assuntos mais triviais, como as noticias que trazia o nobre das terras ao sul. E assim foi que em meio aquele conversar, entrou outro jovem também de cinzento e anunciou que a ceia estava servida.

- Acompanhem-me por favor ao outro salão. - pediu o Prior levantando-se e indicando uma porta que se abria na parede a esquerda do que ingressa naquela sala por onde eles entraram. Por ali cruzaram um pequeno corredor e ingressaram na Sala das Duas Colunas, onde em uma mesa colocada entre duas colunas o javali assado os aguardava sobre uma bandeja de prata no centro da mesa. Acompanhava-o batatas e cenouras assadas e varias verduras verdes cultivadas nos campos do Paço, assim como algumas maças. - Por favor, tomem assento. - disse o Viana indicando os dois lugares postos a um lado da mesa, enquanto dava a volta e sentava no lugar ao outro lado. - Gostaria de dizer as graças, Vossa Graça? - ofereceu o Prior ao Careca.

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Abraz
Abraz,entra numa sala imponente onde se encontrava varias iguarias onde se destaca um belo javali assado que ele tanto gosta,batatas assadas e varios tipos de legumes.O Careca e Johnrafael sentam-se nos lugares indicados pelo o Prior...quando o Marialva julgava que iria meter os seus dentes naquela bela xixa,Yochanan diz.. - Gostaria de dizer as graças, Vossa Graça? - ofereceu o Prior ao Careca.

O Alcobacense fica meio sem jeito pois ele nunca foi de "dizer graças" em qualquer ocasião e concerteza que não iria mencionar a Deusa nesta altura..então fazendo um ar compenetrado responde...

Meu ilustre anfitrião fico muito lisonjeado por me dar a oportunidade de dar as graças nesta nossa refeição mas gostaria que fosse sua senhoria a dar as ditas eu para lhe ser sincero não sou um exemplo de grande fiel do Jah...
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Bakita


Serviu-se de cerveja moderadamente. Não tinha o estômago do Conde de Marialva para o álcool, e a noite anterior ainda não deixara-o completamente. Sua presença não era realmente relevante ali, mas gostava do paço, e também queria manter sua ligação com a parentela.

Enquanto o Conde apresentava seus motivos para cortejar Marih, Irmã do Anfitrião, os dois ouviam atentamente. Mesmo que não tivesse poder algum nas decisões relativas à suas tias, fazia-lhe bem escutar, pois do sangue dos Viana haviam saído muito poucos homens. Em sua geração, apenas ele e seu irmão, Dragão. Participar destas conversas era essencial para quando Yochanan fechasse os olhos.

Logo estava servida a ceia. Javali com batatas, acompanhado de legumes, tudo isso regado a mais cerveja. Postos os convivas em seus devidos lugares, Yochanan ofereceu ao Conde o direito de fazer as graças pela refeição, o que tornou a situação um pouco estranha. Na mesa, cada um cria em uma coisa. Johnrafael era Aristotélico (mas há quanto tempo não acompanhava uma missa?), Abraz louvava à Deusa, e Yochanan cultuava os misteriosos Nove. Vendo que nenhum dos senhores levantava-se para as graças, começou ele próprio.

-Agradecemos por esta refeição. Que Jah nos Abençoe, que a Deusa nos Guarde e que a Luz dos Nove nos proteja. Amén.

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Yochanan


À sua frente o Conde assumiu um ar compenetrado ao responder: "Meu ilustre anfitrião fico muito lisonjeado por me dar a oportunidade de dar as graças nesta nossa refeição mas gostaria que fosse sua senhoria a dar as ditas eu para lhe ser sincero não sou um exemplo de grande fiel do Jah..."

Era verdade que em Portugal o culto a Jah era forte, e abrangia a maioria da população, salvo alguns grupos no sul, na região de Lisboa, que seguiam os ensinamentos de Averróis, outros poucos em Coimbra, principalmente em Alcobaça, cidade de origem do Conde, que cultuavam a Deusa, e no Norte, a pequeníssima minoria que conhecia e seguia o culto aos Nove, minoria esta da qual o Viana era parte, e que não ia além que alguns poucos iniciados no seio da Ordem. É claro que o Prior não ocultava o credo que seguia, e até mesmo evitava falar o nome de Jah ou das demais deidades, mas tratava os seus seguidores com respeito. E que a causa das roupagens da Ordem, eles eram por vezes confundidos com monges ou homens do sacerdócio, algo que eles nunca diziam ser, mas que pouco esforço faziam em corrigir.

Ainda em seus pensamentos ouviu a voz de John dando as graças: "- Agradecemos por esta refeição. Que Jah nos Abençoe, que a Deusa nos Guarde e que a Luz dos Nove nos proteja. Amén."

Ao ouvir essas palavras o Prior sorriu, e então disse: -Que assim seja sobrinho. Comamos antes que comece a esfriar tão bela ceia.

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Abraz
Abraz sente um pequeno alivio ao ver que Johnrafael tinha tomado a iniciativa de dar as graças e ao ouvir a voz de Yochanan..-Que assim seja sobrinho. Comamos antes que comece a esfriar tão bela ceia....sorri pois finalmente iria saciar a fome que tinha acumulado durante toda a viagem até ao Paço dos Arcanjos e os três se começam a servir do belo petisco que estava sobre a mesa,enquanto mais canecas de bjeka chegavam...

Hummm que bela carne Dom Yochanan,acredito que este animal tenha sido caçado recentemente e quiça nas suas terras..diz o Alcobacense enquanto vai apreciando as iguarias....mas já há algum tempo que o Marialva andava intrigado com um certo assunto e tendo ele concluido que seria aquela a altura certa para puxar o assunto diz...desculpe a minha curiosidade caro anfitrião mas tenho me vindo a questionar sobre algo desde que cheguei á cidade do Porto e penso que estou perante a melhor pessoa para me esclarecer...faz uma pausa para dar mais uma garfada e continua...do que se trata essa Ordem dos Nove?Já ouvi dizer que acreditam em Jah mas por outro lado já sei que têm membros que não são os melhores dos exemplos para quem é fiel ao dito Deus?Será que pode me esclarecer,Prior?
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Yochanan


Decerto assim foi - respondeu o Viana com relação ao javali. - Meus homens o trouxeram ontem pela manha dos bosques ao leste daqui. - E enquanto a ceia continuava regada a cerveja e conversa frugal, chegou um momento em que o Marialva perguntou sobre a Ordem.

O Prior sorriu e respondeu: - Meu bom Conde, a Ordem da Cruz de Azure tem uma historia que antecede o próprio Aristóteles, ainda que em nenhuma memoria fora de nosso seio exista qualquer registro explicito de nossa antiga existência. Os Nove foram os Primeiros, os fundadores de nossa Ordem, e a eles devemos muito mais do que alguns sequer chegam a imaginar, e assim cultuamos a Sua Luz para que nela jamais percamos o nosso Caminho, seja ele qual for. - O Prior fez uma pausa antes de continuar. - Em sua pluralidade são a totalidade, e em sua totalidade excedem a soma de suas partes. E enquanto cada um dos cultos existentes e por existir são falhos, pois falhos são os homens que cultuam, quem somos nós para julgar a que cultua cada homem, se no final serão as suas ações, será o caminho que cada um escolheu, dedicados ao deus que for, que pesarão em suas almas. Assim nos foi ensinado pelos Nove. - Concluiu o Prior com a voz suave e um sorriso, como se fosse uma plegária.

- Mas agora, Vossa Graça, se me permite a pergunta, quais são as vossas intenções para com minha irmã? - Perguntou o Viana com a mesma voz suave e calma de antes.

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Abraz
Abraz ouve atentamente as palavras de Yochanan sobre a tal Ordem da Cruz Azure e na verdade ele gostou do que ouviu principalamente quando o Viana diz"..quem somos nós para julgar a que cultua cada homem, se no final serão as suas ações, será o caminho que cada um escolheu"..o Careca na verdade ficou com "sede" de saber mais sobre a tal Ordem e concerteza oportunidades para tal não iriam faltar.

O Marialva dá um gole na caneca de bjeka e de seguida coloca a ultimo pedaço de carne na boca,estava satisfeito e é então que o anfitrião diz..

- Mas agora, Vossa Graça, se me permite a pergunta, quais são as vossas intenções para com minha irmã? -

O Alcobacense já se sentia mais á vontade,afinal Yochanan era um Homem cheio de formalidades mas acessivel e facil de dialogar e então sorrindo responde...Caro Prior diga-mos que quero fazer de si meu cunhado e num futuro não muito distante lhe dar mais um sobrinho..faz uma pausa e diz..é a Marih tratar dos assuntos que tem pendentes e formalizaremos o nosso relacionamento...e de seguida dá mais um gole na bjeka.
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Yochanan


A ceia havia findado, a resposta havia sido dada, no momento o Prior se limitou a sorrir brevemente e então disse. - Caro Conde, me acompanhas em uma breve caminhada? - O Viana percebeu que o Conde não contrariaria um pedido de seu anfitrião, então antes mesmo de receber uma resposta começou a caminhar até uma porta ao outro extremo do salão. Por ali eles sairiam pela parte posterior da villa onde uma varanda cercada por uma fila de colunas cercava um pátio aberto em cujo extremo ocidental havia uma pequena fonte entre duas das colunas.

Quando o Conde alcançou o Prior este começou a falar, sua voz adquirindo um tom de grande seriedade: - Meu caro Conde, não vos conheço há muito, mas como muitos nobres deste nosso reino, vossa reputação vos precede, e grato fiquei que tal não fosse uma de infâmia. - o Viana fez uma pausa olhando o céu estrelado. A noite estava fresca naqueles lados, e o céu límpido e estrelado quase não tinha uma única nuvem a cobrir os astros. - O que surgiu de nossa conversa hoje apenas elevou a estima que agora tenho por si, e espero que deste dia em adiante aceites que vos chame de meu amigo. - Yochanan fez uma segunda pausa, e um ar solene caiu sobre os dois quando finalmente ele disse. - Esta noite não vi nenhuma mácula em vossos sentimos para com minha irmã, mas alerto-vos Conde de Marialva, chegais a causar-lhe qualquer mal a ela ou ao bom nome de nossa família, e não haverá montanha que fique em pé quando vos dê caça. - Nos olhos do Prior havia um brilho que mostrava que aquele aviso não era descabido ao passo que uma sombra escurecia sua face, ou teria sido apenas um reflexo da luz do luar liberto naquele momento pela única nuvem que ousava cruzar o prístino firmamento noturno? A dúvida permaneceria pois momentos depois o Viana já estava sorrindo novamente quando disse: - Assim que vocês têm a minha benção para quando minha irmã concluir os assuntos que tem pendentes. Se desejares podeis passar a noite conosco, ou se preferir posso dispor de uma carruagem para o vosso regresso ainda esta noite. O que me dizes?

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Abraz
Enquanto caminham Abraz ouvia atentamente as palavras do Prior e chegou a uma conclusão...mais do que um cunhado tinha ganho um amigo e concerteza que o Careca não iria perder a oportunidade de a fortalecer em futuras viagens á cidade do Porto.

- Assim que vocês têm a minha benção para quando minha irmã concluir os assuntos que tem pendentes. Se desejares podeis passar a noite conosco, ou se preferir posso dispor de uma carruagem para o vosso regresso ainda esta noite. O que me dizes?

O Marialva sorri ao ouvir as palavras de Yochanan...caro amigo,é com agrado que sei que eu e Marih teremos a sua benção quando chegar a hora de contrairmos matrimonio,permita-me que o abraca...o Alcobacense obtem como resposta um pequeno aceno como que dando permissão e de seguida Abraz dá um abraço a Yochanan....e assim selaram uma amizade que acabara de nascer.

Quanto ao seu convite para passar a noite aqui terei que o declinar pois ainda esta madrugada irei partir para terras do sul e antes quero me despedir da sua formosa irmã....faz um sorriso malandro e continua...mas se for possivel colocar a tal carruagem á minha desposição ficaria agradecido mas teriam que emparelhar o meu garanhão Trovão na mesma,será possivel?
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Marih


Marih acorda cedinho e pede para Bunifácio selar sua égua Estrela, ela tenciona ir até a casa do seu irmão Yochanan.
Como o caminho é longo e pouco seguro, Marih leva consigo sua espada, queria levar sua filha menor para visitar seu mano, mas lembra-se das palavras do irmão, alertando-a dos perigos na estrada..
Marih vai o mais depressa que pode, perdida em pensamentos, atravessa a mata fechada..Após algum tempo, finalmente ela avista a residencia do irmão..
Marih para na frente da imponente costrução, meio extasiada com tamanha beleza. Depara-se com alguns homens vestidos de preto e pergunta se o irmão se encontra.. ao ouvir a afirmativa, Marih desce da égua e espera que abram o portão para ela entrar.

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Yochanan


Alguns dias haviam se passado desde a reunião com o Conde de Marialva, e naquele entretempo o Prior foi alcançado por um terrível resfriado que o deixou convalescente por alguns dias, e apenas agora Mestre Teodoro lhe havia permitido retomar as atividades normais.

Ao final da tarde, chega a noticia que ele já esperava, sua irmã estava nos portões. Sem demora desceu pessoalmente a colina para receber-la.

Assim que foi chegando, deu logo a ordem de que abrissem os portões e encontrou com a mais velha dos Viana esperando de pé junto a égua.

- Bons olhos a vêem minha irmã. - disse abraçando a irmã - Que a trás a estes paramos neste belo dia? Faz muito tempo que não me visita...- Foi dizendo o Prior com um sincero sorriso fraternal, colocando-a a distancia do braço com as mãos apoiadas nos ombros de Marih. - Mas deixe, venha venha, entre, já teremos tempo de conversar. Levemos esse belo animal a que o cuidem nos estábulos. - cortou-lhe antes que a irmã pudesse dizer qualquer coisa...

E assim cruzaram ao interior daquele pequeno mundo que era o Paço dos Arcanjos, sede do Priorado da Ordem da Cruz de Azure...

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Marih


O irmão chega para recebe-la e Marih o abraça, cheia de saudades e curiosidade em ver onde ele mora e passa maior parte de seu tempo. Yoch pergunta a Marih o que ela havia ido fazer lá e ela balança a cabeça sorrindo..Mano, dia desses vc me disse que precisava muito falar comigo..eis-me aqui..esqueceu é?? ta ficando velho heim?? fala sorrindo e puxando a barba do mano..
Enquanto conversa com o irmão, Marih olha todo o ambiente, e acha meio magico, meio misterioso..o ambiente é bem a cara dele..pensa Marih..

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Yochanan


Mano, dia desses vc me disse que precisava muito falar comigo..eis-me aqui..esqueceu é?? ta ficando velho heim??

Pois é irmã minha, com as atribulações destes últimos dias, acabou que esqueci realmente. - o Prior fez uma pausa. - Estamos preparando uma viagem a Chaves para passar alguns dias por lá, e pensei que com todas as atribulações que estais a viver com o assunto do Duque, seria uma boa distração para si. O que achas?

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Marih


Estamos preparando uma viagem a Chaves para passar alguns dias por lá, e pensei que com todas as atribulações que estais a viver com o assunto do Duque, seria uma boa distração para si. O que achas?
Marih escuta o convite do irmão e abre um sorriso enorme..obvio que ela aceita ir a Chaves, era mesmo bom pra descansar e esquecer os problemas diários..no que responde prontamente a Yoch..Claro que sim, aceito e ja tou indo arrumar minha mala.. Diz marih animadissima..

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Yochanan


Claro que sim, aceito e ja tou indo arrumar minha mala.. Diz marih animadissima..

- Muito me alegra minha irmã, mas não vou deixar que partas sem comer nada.. oras.. - E dizendo isso, o Viana caminhou com a irmã para dentro da Villa onde compartiram a refeição e conversaram de assuntos mundanos e familiares. Ao cair da tarde Yochanan acompanhou a irmã até os portões onde uma escolta já estava a aguardar junto de Estrela para acompanhar a irmã do Prior de regresso à cidade.

- Nos vemos em breve irmã minha, passaremos por si amanhã antes que o sol esteja muito alto. - Lembrou-lhe o Prior acenando desde os portões. A um lado do caminho, ainda dentro da propriedade uma carruagem e uma carroça estavam sendo preparadas para a viagem...

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