O trovador observava com certa surpresa o que ocorria naqueles dias (inda que grande pitada de ceticismo,) e enquanto perambulava à praça, ouvindo opiniões e coletando informações, não pode deixar de prestar atenção ao também templário Promail, a parecer deveras preocupado com as cousas que aconteciam.
Assim que aquele se pronunciou, Aristarco fez uma vênia para pedir licença a falar e assim se expressou:
- Caros lisboetas, gostaria aqui de dar uma perspectiva, aproveitando o tema levantado pelo sr. Promail...
Respirou fundo e disse então:
- Em virtude da crise instalada às portas do Parlamento lusitano, poderia aqui o Conselho vir a esclarecer (no sentido de clarear, porque não se esta aqui a cobrar algo) toda esta questão para que nós lisboetas pudéssemos ter melhor noção do que se passa àquela câmara. Disto, faço coro às palavras do concidadão Promail, nada original de minha parte; contudo, uma cousa é acompanharmos (com olhos e ouvidos) o que se passa ao Parlamento, algo possível a qualquer cidadão, outra cousa é ter o exame disto com conseqüências para o Condado lisboeta isto sim, julgo de maior interesse para todos nós , de maneira que a ajuda que aqui e agora nosso Conselho viria a dispor, seria um esclarecimento com análise do impacto (se houver) para todos nós.
Incomodado com aquela questão, da aridez da política, parou por um momento a tomar fôlego; prosseguiu:
Não menos, já gostaria de dar uma sugestão, aqui para o Conselho fazer valer voz concreta do povo deste Condado, fazer-se mui bem representado por matéria (e não só por forma, segundo uma velha perspectiva dos filósofos antigos):
- levantar junto com o povo (ooc: neste tópico)
quais as ações diretas a serem tomadas, com as mesmas conseqüências nelas atreladas. E mesmo que seja um assunto em construção (ooc: portanto tópico em atualização)
, já reescrevendo as opções a serem tomadas.
Um exemplo de algo imediato como opção (apenas de caráter hipotético e preliminar) enquanto houver tal contestação às portas do Parlamento:
1º - prosseguir a atividade dos conselheiros normalmente ao Parlamento (análises, votações, etc.);
2º - suspender parcialmente a atividade dos conselheiros junto ao Parlamento (diretamente acerca de votos; porque análise e levantamento sobre qualquer assunto sequer precisa necessariamente de presidente da câmara);
3º - suspender totalmente as atividades dos conselheiros junto ao Parlamento;
4º - quaisquer outras opções que aparecessem ao diálogo público.
Poderia isto ter um prazo como por exemplo, três (ou x) dias, para o debate e formação concreta das opções.
Em seguida, assim que houvesse um quadro formado de opções, x dia(s) para uma votação nominal dos cidadãos do Condado (ooc: talvez no mesmo tópico, com o poll simultaneamente com a expressão da personagem postada).
Suponho que seria uma boa oportunidade para fazer o Conselho a verdadeira voz de todos nós lisboetas, nesta circunstância, uma verdadeira representação.
Já contrafeito por falar o que falara (afinal se dava mais bem com rimas e trovas do que qualquer outra cousa), encostou-se à roda duma carroça ao seu lado, cruzando os braços e aguardando algo (um não sei o quê) destes assuntos.
Inda sim, Aristarco notoriamente humanista lembrava (quase saudoso) das épocas das repúblicas entre os antigos helênicos e romanos, onde os acontecimentos assim seriam mui diferentes daqueles dias com suas monarquias e trejeitos peculiares.
Pensava consigo, como seria esta situação naquelas distantes repúblicas italianas.
Coçou o queixo, um tanto pensativo...
_________________
| Scholar: humanist thinker | Minstrel of al-Gharb al-Ândalus | Flemish-breton of Iberia: al-Musta'rib |