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[RP] O Encontro

--_narrador_


A senhora Cecilia levou um susto enorme com o que aconteceu. O espaço da sua casa sempre foi um espaço seguro, e ela possuía preocupação e zelo com isso.

Aquilo certamente causou-lhe um choque, que aumentou mais quando ela olhou para Beatrix que segurava uma espada na mão, e aparentemente não havia se dado conta de que estava ferida.

Cecilia: - Beatrix, minha filha, você está machucada. É você que está sangrando, criança.

Ela disse e foi até ela com um lenço, para estancar o sangue que escorria pelo rosto da sua neta. O corte aparentemente não era grave, mas o local e o fato de Beatrix ter a pele fina e clara tornavam o contraste do sangue sobre seu rosto em algo assustador.

Cecilia encostou o lenço na testa da neta e ele logo se tingiu de vermelho, mas em pouco tempo isso fez o corte parar de sangrar.

Em seguida Cecilia recuperou a calma e deu ordens para que os guardas do palacete fizessem o que Beatrix havia sugerido. Eles deram uma busca no jardim e nas imediações da mansão, mas não encontraram ninguém.

Graça veio até o escritório e trazendo uma bandeja com copos de água. Ofereceu para a senhora Cecilia se acalmar e depois ofereceu o mesmo para Nicole ao notar que ela também parecia nervosa. Também ofereceu um copo de água para Beatrix que segurava o lenço sobre o corte.
Adrian.c
No momento em que Adrian ia responder a Beatrix ouviu um som de vidro partido, e sentiu no seu braço algo cortar a sua pele, não lhe doía mas tornava se incômodo, a sua preocupação era a Moon que estava aterrorizada.

Desconfiava que teria sido algum dos seus supostos familiares, a Moon só ficava naquele estado de terror se envolvesse os Casterwill.
Tirou lhe o papel das mãos e leu a frase em voz alta:
"I'll give you nightmares before I hunt you down...*"

Adrian não era dado a afetos apenas aquela criança o fazia sentir algum sentimento sem que fosse desprezo, abraçou a jovem Nicole que um a tomou como sua irmã.

-Nic...não é ele, eu vi o seu corpo, mas...- Adrian pronunciava se na sua lingua materna- é a primeira vez que algo assim acontece?



Vou dar te pesadelos antes de eu te caçar
Beatrix_algrave


Beatrix tomou o copo d'água, mais para fazer a vontade da tia, do que realmente por estar nervosa. Ela estva inquieta e curiosa, pois ninguém explicou exatamente o que estava acontecendo. Ela depositou o copo de água sobre a mesinha e concentrou sua atenção na senhora Cecilia que estava se acalmando aos poucos.

Quando recebeu a notícia de que não havia ninguém no jardim, ela ficou aborrecida.

Beatrix: - Como assim não acharam ninguém? Um lugar desses tão bem vigiado? Um jardim sem lugares onde alguém possa se esconder além de um gazebo. Para mim isso indica que há alguém dos guardas daqui envolvidos nisso.

Ela diz e se dá conta de que está dando ordens na casa alheia. Então ouviu a frase que Adrian pronunciou em voz alta em inglês, e percebeu o estado de nervos de Nicole. As palavras que o homem disse eram assustadoras.

Beatrix: - Quem afinal quer te fazer mal?

Ela questionou Nicole não se importando muito se era intrometida ou não, usando o seu estilo direto e franco.

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Lady_moon
Nicole não conseguia ouvir ninguém, como se ela não estivesse com os presentes no escritório.

-Não quero Graça.

Nicole recusou o copo de água, seguiu até à secretária de Cecília, agarrou a garrafa de whisky e verteu o seu líquido favorito num copo.

Olhou para Adrian enquanto bebia a sua bebida, tentava pensar numa desculpa para evitar aquela conversa.


-Depois...- Murmurou para Adrian.

Caminhou para a janela mais calma, analisou os estragos e observou os guardas à procura do desconhecido.

- É normal que não o tenham encontrado Bea.

-Porque diz isso?- Nicole olhou para aquele guarda que tentava não maltratar a filha da sua senhora por duvidar da competência da guarda.

-O simples facto de ele ter conseguido entregar a mensagem da sua senhora, estou curiosa... o que ele ofereceu à guarda para conseguir entrar no palacete? E respondendo à sua pergunta, ele é um mercenário e dos melhores.

-Saiam todos, reforcem a segurança mas façam isso com algum plano.-Nicole ordenou aos empregados e a alguns guardas.

-Alguns dos meus familiares Bea, inclusive a minha avó biológica.

Nicole volta a encher o seu copo com Whisky.
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Nicole NÓBREGA DE ANDRADE
Beatrix_algrave


Beatrix ignorou a cara feia do guarda. Se a desculpa não era a corrupção, parecia que ali reinava a incompetência. Contudo, como se dava conta novamente que estava em casa alheia, conteve seu comentário ofensivo aos guardas de sua avó.
Ela apenas aguardou que Nicole entornasse o gole de whiskey e perguntou.

Beatrix: - E por que querem te matar? Algumas vezes tive a impressão que nos seguiam na estrada. Agora estou em dúvida se era esse seu amigo ou se era o mercenário assassino. Ou quem sabe, talvez ambos.

Ela diz para Nicole e ao final encara Adrian. Nicole parece confiar nele, mas Beatrix não confia em ninguém.

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--_narrador_


O guarda que recebeu aborrecido a ofensa do questionamento de Beatrix saiu dali apressado, pois antes que retrucasse mais, recebeu um olhar de reprovação da senhora Cecilia que indicava claramente qual deveria ser sua postura em relação a Beatrix.

Diante da repreensão ele deixou a sala e retornou ao jardim onde com o auxilio de outros guardas iniciou uma busca mais minuciosa que a anterior.

Ainda que não houvesse de fato sinal do homem, em lugar nenhum do jardim, mas a busca permitiu encontrar sinais de sua presença.

Fantasmas não deixam pegadas, e fantasmas não quebram galhos de roseira, nem deixam fragmentos de tecido presos em galhos.

Assim que obteve esses detalhes, o guarda retornou triunfante, para relatar essa descoberta a senhora Cecilia e aos demais presentes.


Guarda: - Ele esteve bem perto da roseira, aquela roseira, que a senhorita estava mexendo hoje de manhã. Havia ali apenas as marcas dos sapatos das senhoritas e dele. Ninguém mais foi por ali.
Lady_moon
-Era o mercenário, eu achava que o tinha assassinado nas terras nórdicas, mas agora apercebo me que apenas o feri.

Nicole olha para Cecília que nada dizia, apenas a observava.

-Eu assassinei o meu tio, e a minha avó amava o tanto que declarou guerra contra mim. Irônico declarar guerra a uma jovem de 17 anos.

Nicole riu sarcasticamente.

- E porque o assassinaste?

Nicole sorriu para Cecília, Estava aborrecida, e decidi o degolar...

É interrompida por um guarda, Nicole perdeu a pouca paciência que ainda lhe restava.

-Não sabe pedir autorização para entrar??!! Esta casa ainda não virou um bordel!! Saia imediatamente!

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Nicole NÓBREGA DE ANDRADE
Cecilia_de_andrade
Cecília observava a sua neta inconscientemente a dar ordens aos incompetentes da sua guarda.

Depois da saída do guarda, olhou para a Nicole.

-Irônico Nicole, tu sempre entras sem pedir... Quero saber sobre a tua vida fora de Portuga.Já chega de esconderes o teu passado, não pode voltar acontecer este tipo de situações para a nossa segurança!
Beatrix_algrave


Beatrix se limitou a observar o guarda que saiu, depois de ser praticamente enxotado por Nicole. Em outro momento ela certamente iria interroga-lo para saber o que ele de fato havia encontrado nos jardins do palacete.

Mesmo sendo curiosa, Beatrix não era uma pessoa intrometida e desagradável. Só questionava quando achava que poderia ajudar, e sua intenção final era boa. Por mais que a avó fosse gentil, aquele momento parecia ser algo particular dos Nóbrega de Andrade e talvez dos Casterwill e ela ainda não se sentia propriamente parte de nenhum dos dois. Então, se dirigiu às duas mulheres.

Beatrix: - Se quiserem posso me retirar e deixar as duas a sós para conversarem mais a vontade.


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Lady_moon
Nicole distraída com os seus pensamentos, tentava escolher quais detalhes sobre a sua vida diria, decidiu por fim contar a versão curta dos factos

-Não é necessário Bea, és da família e eu ia contar te quando chegássemos a Lisboa.

Nicole tranca a porta para não ser interrompida uma segunda vez, e bebe o seu terceiro copo de whisky.

-Cecília como sabe nasci em Inglaterra, sou órfã de mãe blah blah, acho que essa parte não interesssa, o que posso contar é que a minha vida por lá era pelicular, e um belo dia de verão, decidi cavalgar com o meu cavalo pelas terras do meu avô, tentaram tornar me numa vitima.- Nicole estremece com as recordações.-Mas o meu agressor tornou se a vítima e quem diria que ele seria o meu amado tio Derek.- Nicole pronuncia o nome de seu tio com escárnio.

-A manipuladora da minha avó conseguiu com que uma parte da familia não acreditasse em mim, pobre Nicole ninguém acreditava numa criança com uma paixonite platônica pelo seu tio e ao ser recusada pelo nobre Derek, decidiu assassiná lo. A minha avó sempre teve o dom para ser dramática.-Nicole continuava a sua história com ironia enquanto olhava para o Adrian- Foram poucos que acreditaram em mim, acho que foi essa a história que contaram ou se inventaram outra. Eu fugi, não deixaria enforcarem me por causa de um murderous* como o Derek, até chegar a Portugal sobrevivi com o dinheiro que o meu avô ofereceu antes de eu partir de Bristol. Elisabeth contratou mercenários depois da minha fuga, e num dos reinos nórdicos eu encontrei James o mesmo que entregou este aviso.

Nicole apontou para o papel que Adrian possuía nas mãos.

-Gostaram da história da minha vida?

Nicole sorri ironicamente.


murderous=assassino

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Nicole NÓBREGA DE ANDRADE
Adrian.c
-O que aconteceu com o James? Ele supostamente não estava morto? O William sabia da tua fuga???

Apesar da sua face não demonstrar qualquer sentimento com o que foi dito pela Nicole, Adrian sentia se culpado por não a ter apoiado, e nem de ter la ajudado quando mais precisava.
Lady_moon
-O avô foi quem financiou e a segurou se da minha segurança para Portugal, foi o único que acreditou em mim, e não digas que acreditaste em mim porque é mentira, bem eu e o Arnold ficamos uns dia por terras nórdicas a fugir dos mercenários, não havia rastos deles por aquela aldeia, Arnold decidiu tentar encontrar algum transporte para partimos para França. Na sua ausência, James conseguiu encontrar me, as aulas de defesa serviram naquele dia, consegui trespassar uma adaga no coração e gira-la como ensinaste, mas não devo ter conseguido.


Nicole suspira frustrada consigo mesma e pensa pedir novas aulas ao Adrian.

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Nicole NÓBREGA DE ANDRADE
Beatrix_algrave


Beatrix ouviu com atenção as palavras da prima. Não era possível perceber claramente o que ela pensava a respeito do relato de Nicole, ou pelo menos sua expressão facial não demonstrava isso. Ao ouvir Adrian citar William, lembra do irmão, mas imagina que deve ser outro homem.

Beatrix- Tem certeza que é o mesmo mercenário? Posso ver o bilhete?

Ela pediu e em seguida complementou.

Beatrix: - Seja esse tal James ou um outro mercenário, certamente vai encontrar a morte se não te deixar em paz.

Ela pareceu muito segura em confiar em Nicole. Sabia no entanto que essas rixas de família podem ser intermináveis. Com a morte de James, a avó de Nicole talvez enviasse outro mercenário, e mais outro, até ter a vingança pretendida.

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Cecilia_de_andrade
Cecília apenas observava o comportamento de Nicole e de Beatrix, olha para o bilhete que Adrian entrega a Beatrix.

-Sim tenho, a letra é a mesma.O problema é que são difícil de os encontrar, como sombras.

A história que Nicole contou era apenas uma pequena versão, Cecília temia descobrir mais, já ouvira rumores sobre o historial dos Casterwill, mortes misteriosas, desaparecimentos de jovens, nunca pensara seria verídico.

-Beatrix tem razão, na viagem de volta levarão convosco guardas, e iremos investigar quem é o misterioso mercenário. Cecília abriu a porta e pediu a um dos guardas que chamasse o chefe de segurança do palacete.

-Nicole antes de partires quero falar contigo a sós.

Cecília fica de frente para Beatrix e analisa o seu ferimento.
Beatrix_algrave


Beatrix já havia esquecido completamente o ferimento. Aquilo para ela não representava grande coisa. Já tivera ferimentos mais graves combatendo bandoleiros nas estradas do reino ou defendendo sua vila. Nunca entretanto, estivera em uma guerra de verdade.

Enfrentando combatentes menos experientes, sempre obtivera êxito sem dificuldades, e apenas em casos de desvantagem é que acabara se ferindo. Se julgava uma excelente espadachim, e tinha orgulho disso. Certamente era boa, mas não tanto quanto acreditava ser. Isso é claro, é bastante comum entre os jovens, e Beatrix era muito jovem e pouco experiente. Não era tão inocente a ponto de ignorar as maldades do mundo, mas certamente não tinha experimentado os horrores pelos quais Nicole passara. Ao menos era isso que seus límpidos olhos verdes demonstravam enquanto ela analisava o bilhete.

Beatrix: - Isso não é tinta, ele escreveu com sangue.

Beatrix disse surpresa com o requinte de maldade do mercenário, enquanto Cecilia observava que o ferimento era um talho grande em sua testa que ficaria melhor lavado com vinho e ervas, e costurado com ao menos uns dois pontos de linha para melhor cicatrizar. Parecia haver ainda ali algum fragmento de vidro, que seria preciso tirar com cuidado antes de tratar do corte. Com a expressão de preocupação de Beatrix, o corte estava abrindo novamente.

Beatrix sentiu um leve ardor mas não se incomodou. Ela notou que na manga da camisa de Adrian também havia sangue.

Beatrix: - O senhor também se feriu, seria melhor tratar seu corte agora.

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