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[RP] Casa da Babilónia

Violeta , roleplayed by Maria_madalena
Violeta sorriu para o homem e voltando-se depois para ir buscar a caneca com cerveja. Encheu o recipiente de metal com o líquido amarelado e depois voltou a aproximar-se, dobrando-se ligeiramente de forma a que o seu rosto ficasse ao nível do dele.

- Os vossos desejos são ordens... - sussurrou-lhe juntou ao ouvido.
Valjean.
Valjean deleitava-se com os movimentos sensuais e jogos de sedução da mulher. Pegou a caneca de cerveja, e pagou, tirando um cruzado do bolso e colocando no decote de Violeta, que se aproximara bem de si. Na roupa leve, a moeda deslizou e caiu no chão.

Assim que a moça abaixou para pegar, a mão de Valjean desceu junto, deslizando por suas costas até suas ancas, as quais apertou levemente. Mãos másculas, mas lisas, frias da caneca de cerveja. Não era nenhum trabalhador braçal para ter mãos cheias de calos. Seu instrumento de trabalho era outro. Deslizou com elas até as ancas da rapariga, e quando ela apanhou a moeda, puxou-a de volta, e sentou-a em seu colo. Com os dedos, fazia-lhe festinhas no cabelo, como se fosse um rei com uma de suas concubinas.

-Então, querida, pode conseguir um lugar para que nos banhemos?- disse, enquanto acariciava-lhe o colo.
Violeta, roleplayed by Maria_madalena
O homem à sua frente não era particularmente bonito, mas as feições tipicamente masculinas e o olhar arrogante, eram características que Violeta apreciava. O odor que lhe enchia as narinas era pujante e varonil, quase intoxicante para os seus sentidos.

A moeda fria que Valjean lhe depositou entre os seios deslizou pelo seu corpo, acabando por cair no chão. A reacção da meretriz foi instintiva, de pele arrepiada, abaixou-se para a apanhar, as mãos frias e viris dele deslizaram até às suas ancas, apertando ligeiramente a carne na região e Violeta gargalhou de contentamento, enquanto era puxada para o colo dele. Os carinhos que ele lhe fazia nos cabelos loiros ondulados eram um pouco desconcertantes e nada condicentes com a ferocidade do olhar, não havia dúvidas de que ele era um boémio habituado a seduzir mulheres.


- Claro que sim, uma bom banho de água quente... - Violeta beijou-o nos lábios, um beijo calmo e meigo - Mas garanto-lhe que não seria preciso o banho para o aquecer ou relaxar... - disse-lhe enquanto a sua mão direita descia lentamente pelo tronco dele.
Valjean.
-Claro que sim, uma bom banho de água quente... Mas garanto-lhe que não seria preciso o banho para o aquecer ou relaxar...

-Mesmo assim, um banho não iria mal, querida. O som da água deslizando pelo seu corpo, imagina que sensação maravilhosa. Que tal? - os olhos se fulminavam e os corpos se tocavam. Valjean embebedava-se em cerveja e em Violeta.
Violeta , roleplayed by Maria_madalena
Violeta enterrou o rosto no ombro de Valjean por alguns momentos, na sua mente as palavras dele davam origem a imagens decadentes e tentadoras. Para ela, ele era mais do que um cliente, havia um desejo genuíno e um calor naqueles abraços e carinhos. A jovem levantou-se e puxou-o pela mão até um dos quartos mais espaçosos da Babilónia, no centro uma cama de dossel e ao seu lado uma banheira redonda e grande o suficiente para caberem os dois. Sorriu-lhe de forma travessa e retirou a camisa de noite arrastando-o para perto de si. Deu-lhe um beijo e passou-lhe a mão pelo peito que agora estava desnudo.

- Vou colocar água a aquecer... - disse-lhe enquanto colocava alguns baldes com água em cima do suporte sobre a lareira acesa.

Depois, aproximou-se dele novamente, provavelmente o banho ficaria para depois.

O desejo queimava na pele de Violeta.
--Zeca
Doía-lhe a cabeça e o mundo estava envolto em escuridão.

Zzzzzzzzzzzzzzzzzzz

O zumbido incessante de moscas e varejas era tudo aquilo que ouvida, um cheiro pungente enchia-lhe as narinas e provocava-lhe náuseas. Estava desorientado e magoado, mas não ousava abrir os olhos, pois fazê-lo parecia-lhe uma tarefa muito complicada. Doía-lhe o corpo, doía-lhe tanto a cabeça... Alguns minutos passaram e Zeca sentia-se incapaz de raciocinar ou movimentar um músculo que fosse. Talvez tivesse morrido...

Uma súbita claridade atinge-lhe o rosto e a penumbra que o envolvia é lentamente quebrada. Num esforço colossal, Zeca força-se a abrir os olhos, o céu azul sobre ele e o sol brilhante no horizonte. Não podia estar morto. Apoia ambas as mãos no chão, tentando soerguer-se, o que não se avizinha uma tarefa fácil, o chão parece-lhe húmido e escorregadio. Quando por fim o faz olha em volta tentando reconhecer o local. Está num campo de pasto, ao longe vacas e cavalos alimentam-se. As moscas estão à sua volta e Zeca apercebe-se que está deitado em cima de dejectos de animais. Cautelosamente, sai do amontoado e leva às mãos à cabeça, palpando o cabelo empastado. As mãos voltam vermelhas de sangue. É então que a realidade o atinge e os seus pensamentos focam-se todos em Madalena.

Tonto e debilitado, não consegue correr, mas em passo rápido procura um caminho até à estrada. Não podia estar muito longe da Casa da Babilónia. Os minutos vão passando e o Floresta fica cada vez mais impaciente, nervoso e cheio de expectativas, morre de preocupação por aquela mulher. Chegado à estrada corre disparado, descendo e subindo ruas, chocando contra pessoas e ignorando qualquer instinto de auto-preservação. Não demorou mais do que vinte minutos, mas o tempo soube-lhe a semanas.

A porta da Babilónia estava arrombada, tal como se recordava. Não a encontrou na sala, pelo que seguiu acelerado pelo correr abrindo portas e procurando em todos os recantos. Foi por uma porta entreaberta que a viu. Deitada de barriga na cama, com mãos e pernas atadas e as costas flageladas, marcadas de vermelho, o chicote caído no chão.

Aproxima-se cautelosamente e ajoelha-se ao lado dela.


- Madalena? - há um tremor na voz dele.
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Maria_madalena
Madalena escondeu o rosto por entre os cabelos longos e desalinhados. Perguntou-se porque ele estaria ali, como saberia onde ela trabalhava e o que acontecera, as perguntas formavam-se umas atrás das outras, mas a meretriz não tinha coragem para vocalizá-las. Acima de tudo, não queria que ele a visse assim, humilhada e maltratada, sentia vergonha.

- Sim? - a voz dela tremia e não tardou para que o seu corpo se abanasse em soluços.
--Zeca
Zeca tocou-lhe no braço, tentando chamar-lhe a atenção. Quando ela começou a chorar o seu coração apertou-se mais, o sufoco que o acometia era indescritível. Com cuidado para não a magoar, o Floresta desatou as cordas que lhe prendiam as pernas e os braços e voltou a ajoelhar-se ao lado dela, a mão dele apertada sob a dela.

- Madalena... - chamou baixinho na voz mais meiga que conseguia.
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Maria_madalena
Quando ele começou a soltá-la Madalena enterrou bem o rosto na cama, escondendo as lágrimas que lhe lavavam o rosto. Toda a dor e rebaixamento que sentira com Nuno chegavam agora a si, e a meretriz era incapaz de controlar o choro e a tristeza que a acometiam. A voz e os gestos dele eram doces, tão doces e preocupados que Madalena não ousava enfrentá-lo, não era digna de tal atenção.
--Zeca
Zeca pousou a mão no rosto dela, desviando delicadamente os cabelos.

- Madalena, vamos sair daqui. Tenho... só... de... - as falas perderam-se algures no seu pensamento e Zeca olhou em volta à procura das roupas dela, apenas para descobrir que estavam rasgadas e completamente inutilizáveis.

Enquanto pensa, o Floresta encosta o rosto no dela, ambos precisavam de conforto.
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Maria_madalena
O reflexo de Madalena assim que sente os dedos dele na sua face, é esconder de imediato o rosto. Com algum auto-controlo, a meretriz permanece imóvel, deixando-o perscrutar a sua face, devia-lhe isso pelo menos. Ele não precisa de terminar a frase para ela perceber o que ele procura, numa voz baixa, praticamente inaudível, uma vez que ele estava encostado a si, diz:

- Atrás da porta... Capas...
--Zeca
[A actualizar]
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--Zeca
Zeca apressou-se a pegar nas capas e envolver delicadamente o corpo de Madalena com elas. Podia ver no rosto dela que, apesar da vergonha, ela não desejava permanecer muito mais tempo ali.

Amparou-lhe o corpo magoado com o seu e beijou-lhe os cabelos antes de abandonarem o quarto e a Babilónia, percorrendo as ruas do Porto em direcção à casa da colina.


A acção continua no tópico Casa da Colina.

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--Enrico
O homem entrou no lugar, que parecia um tanto estranho. Olhou no salão, e não viu ninguém. Olhou numa e noutra porta. Ninguém. Encontrou então uma que parecia estar limpando o lugar, pelos trajes um tanto manchados.

-Bom dia. Venho em busca de uma moça. Meu senhor está viajando e gostará de uma companhia. Aqui estão as suas exigências, e aqui está o pagamento do traslado até Santarém. - retirou uma carta amassada do bolso e um saquinho de moedas.



Enviem-me uma moça para Santarém. Meu criado Enrico estará aguardando para fazer que ela chegue a mim. Estarei em viagem, então uma que não sofra de náuseas. E que não seja morena. Ser lhe á paga a viagem até o ponto de encontro. Depois, pago lhe o resto no acto e envio na de volta.


Dito isto, o mensageiro voltou para o salão, e ficou esperando até trazerem-lhe uma resposta.
Adelma, roleplayed by Maria_madalena
Adelma varria pesarosamente o chão da Babilónia quando um homem entrou e se dirigiu a ela. Ficou sobressaltada e nervosa, talvez ele a confundisse com as moças que ali trabalhavam e subjugavam os corpos à vontade masculina. Agarrou a vassoura de modo defensivo e encarou-o, pronta a afasta-lo se fosse necessário. Ela apenas limpava e deixaria isso claro.

Quando o homem falou as intenções tornaram-se claras, embora Adelma tenha mantido o olhar desconfiado o tempo todo. Aceitou o papel e o saco com as moedas, palpando discretamente.

- Irei chamar a patroa. - informou-o, encostando a vassoura à parede e subindo as escadas imediatamente à direita daquele quarto.
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