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[RP] Casa da Babilónia

Maria_madalena
Madalena aceitou prontamente a caneca de vinho com especiarias e beberricou, tentando não repetir o gesto com demasiada frequência.

- Oh, é um dos que gosta de sigilo e secretismo. Geralmente são casados e severamente controlados por esposas possessas e frígidas.

A viagem estava a tornar-se longa, Madalena não tinha bem a noção do tempo, mas já estavam naquele coche há pelo menos uma hora, parecia-lhe.

- Ainda demoramos?
Leticia


- Provavelmente. Mas ele não usava aliança.

Ela comenta e nota a preocupação de Maria e tratou de tranquilizá-la. Mesmo por que as duas já estavam chegando ao destino.

- Não se preocupe. Creio que já estamos chegando.

Ela disse e pela primeira vez abriu a cortina. Madalena reparou que estavam fora da cidade e que logo passariam por um portão grande.

- Esse lugar é propício aos nossos treinos. Não seremos incomodados. Você já matou alguém, Maria?



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Maria_madalena
Madalena arregalou os olhos e bebeu um pouco do vinho de especiarias.

- Não, nunca matei ninguém... até hoje.

O seu coração palpitava fortemente no peito.
Leticia


A carruagem parou no meio de um pátio. Aquilo parecia um castelo ou um palacete. O pátio era amplo e havia no centro uma fonte com um anjo ao centro. O cocheiro abriu a porta da carruagem e segurava um archote que iluminava o lugar.

Letícia desceu e convidou Madalena a acompanha-la. Havia algumas fortalezas e torres ali nos arredores, mas era difícil saber exatamente qual seria aquele. A carruagem dera algumas voltas na cidade para desnortear Maria. O céu estava nublado e nem as estrelas ajudariam como orientação àquela noite, caso Madalena soubesse usá-las.

- Este lugar me foi emprestado por um amante por algum tempo, sem perguntas. Ele foi bem pago, não em dinheiro, é claro. Mas teremos liberdade para os nossos treinos e isso é bom, pois eles não serão nada ortodoxos.


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Caio, o lacaio, roleplayed by Ludie


O Lacaio dos Condes do Restelo pára em frente a porta de entrada da Casa. Caio sentia um misto de curiosidade e apreensão em entrar naquele lugar. Durante uma discussão na praça na qual a Sapa se exaltou, o filho caçula dos Sapos havia se esgueirado das mãos da mãe e correu para o lugar afim de se esconder e fazer alguma travessura.

Agora, tenho de entrar. Hahahaha!!! Era essa a minha oportunidade de ver como é!!!

Logo, encorajou-se e entrou.
Narração, roleplayed by Beatrix_algrave


Enquanto isso na Babilônia, as mulheres lá dentro continuavam a prantear a tragédia que se abatera sobre aquele lugar...

Quando o jovenzinho tentou abrir porta, que durante a noite estava sempre aberta, deparou-se para a sua decepção com uma porta trancada. Lá dentro em meio ao silêncio havia choro e soluços de desespero.

Aquilo não parecia ser uma casa de festas, de alegria, nem de devassidão, ao menos não naquela noite
Maria_madalena
Madalena espreitou pela janela, apercebendo-se de que já estavam longe da cidade. Não tardou para que passassem por um portão e entrassem numa propriedade de grandes dimensões. O coche parou num pátio amplo centralizado por uma fonte.

O cocheiro abriu a porta e Madalena saiu atrás de Letícia, observando com atenção as redondezas. Não conhecia aquele local e nada ali havia que a pudesse guiar. Estava perdida, sozinha com uma mulher misteriosa e capaz. Aquela não fora uma ideia sábia, quis-lhe parecer.

O céu estava nublado, as estrelas cobertas e, portanto, a única luz provinha do archote que o cocheiro segurava e não era tão boa quanto Madalena desejava que fosse. Tinha um mau pressentimento.

- Os vossos amantes são homens poderosos, Letícia.- Observou mais para se distrair e acalmar o seu nervosismo. - Nunca tive dúvidas quanto ao secretismo dos treinos e... bem... aos seus riscos. - Engasgou-se um pouco nas últimas palavras e lembrou-se da sua meia-irmã, também ela fora uma assassina, embora Madalena duvidasse que Nicole tivesse usado o corpo tantas vezes quanto ela ou Letícia como moeda de troca. Talvez apenas com Adrian. - Estou pronta.
Caio, o lacaio, roleplayed by Ludie


Caio colocou a mão na maçaneta da porta e tentou abrir. Em vão, estava trancada. Num momento sentiu uma tristeza por todo seu ser. Não sabia o que era, mas de certeza ele já sentia que algo lá dentro não ia bem. Colocou uma das mãos ao peito, fez o sinal da cruz e deu as costa afim de ir buscar pelo menino aos arredores da casa. Estava trancada, era certeza que por alí ele não havia entrado.
Leticia


Leticia atravessou o pátio em companhia de Maria. Ela foi seguindo por um portão que dava acesso a parte interna do castelo. Foi descendo por uma escadaria. Ali embaixo havia uma espécie de masmorra. Havia um salão amplo e um corredor que talvez desse para as celas.

Ela levou o archote até as tochas que estavam presas nas paredes e as acendeu para iluminar o lugar. Havia duas de cada lado.

- É aqui que treinaremos propriamente.

Agora era possível ver melhor aquele lugar. Havia uma mesa grande com seis cadeiras no lado oposto a entrada, sobre a mesa haviam armas de vários tipos e alguns itens que mais pareciam objetos de tortura. No canto direito havia uma mesa com materiais de alquimista, ou pelo menos era isso que parecia. Havia alguns bonecos de treino, e no centro do salão estava um boneco em pé, com marcas feitas a tinta sobre o tecido. Ele era de pano e provavelmente forrado com palha.

- Esse é René, nosso ajudante. Você vai treinar com René um pouquinho, antes de termos algo mais realista.

Ela disse apresentando o boneco a Maria. Em seguida ela aproximou-se da mesa e chamou Maria para observar o que havia ali.

- Maria, eu não sou apenas uma Medali, sou também uma Azrai. Em certas missões, mais vale entrar e sair sem ser notado, mas nem sempre temos essa sorte. Mas se tiver que matar para ocultar o segredo, que seja rápido e em silêncio. Você aprecia a misericórdia?

Ela pergunta enquanto suas mãos tocam delicadamente as lâminas que ali estão.

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Maria_madalena
Madalena seguiu Letícia. Atravessaram o pátio e um portão que lhes deu acesso à parte interna do castelo. De seguida, desceram um comprido lanço de escadas até estarem num piso subterrâneo. Estavam num salão amplo que dava acesso a um estreito corredor. O ar era húmido e bafiento e Madalena suponha que estivessem numa masmorra, apesar de nunca ter estado em uma anteriormente.

Assim que Letícia iluminou o local acendendo os archotes, Madalena observou com cuidado o salão. Sobre uma mesa estavam expostas armas e outros objectos cortantes e de tortura. Apesar de não estar familiarizada com aqueles instrumentos não lhe era difícil imaginar o seu propósito. Olhou-os com uma curiosidade ávida, mas não se aproximou, tinha um certo receio de que Letícia se sentisse tentada a usa-los. As suas atenções focaram-se então numa mesa mais pequena onde estavam dispostos alguns fracos e objectos que Madalena já tinha visto alquimistas a usarem.

- René? - Perguntou e procurou por outra pessoa na sala, quando os seus olhos pousaram sobre o boneco, sorriu. - Só um pouquinho? Talvez treinemos muito com o René, tenho pessoas que precisam de mim viva. - Gracejou e encarou o boneco.

Pelo menos parecia que iriam começar por algo simples. Seguiu Letícia e atentou nas palavras dela, o seu coração precipitou-se um pouco e o descanso aparente que o boneco lhe trouxera desvaneceu-se rapidamente.

- Alguns merecem misericórdia, outros não. - Disse numa voz afectada, a sua meia-irmã nunca mereceria a sua misericórdia, muito menos o seu perdão.

Letícia era uma assassina e uma espia. Como nunca se tinha apercebido disso?
Beatrix_algrave
erro
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Leticia


Enquanto observava as armas, Letícia ouvia as palavras de Madalena. Havia um sorrisinho perverso quando ela comentou que queria treinar muito com René.

- Oh! Não, René é só um começo, logo o deixaremos de lado.

Diante do comentário de Maria sobre misericórdia ela ouviu atenta.

- Sim, de fato alguns não a merecem. Mas não é desses que trataremos hoje. Tudo depende é do que eu preciso no momento. Se eu quero apenas remover um "obstáculo" de forma rápida e silenciosa, a "misericorde" é uma boa escolha. Mas é preciso saber aplicá-la. Precisa penetrar a vítima em um único ponto sensível e vital, e esse único golpe deve matá-la rápida e silenciosamente. Mesmo que o seu alvo use uma armadura completa, armaduras possuem brechas e devem ser aproveitadas.

Ela diz enquanto segura uma espécie de adaga de gume reto e fino, de ponta aguçada e empunhadura arredondada.

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Maria_madalena
Madalena observou com algum espanto a arma que Letícia segurava.

- Misericorde... - Murmurou lentamente.

O gume era recto e fino e a ponta aguçada, havia uma certa delicadeza e elegância naquela lâmina.

- Não conheço os pontos sensíveis e vitais. - Admitiu ligeiramente envergonhada. - A única arma que alguma vez empunhei foi um pequeno punhal, mas essa só me foi útil para os homens mais arrogantes.

Nesse mesmo instante, Madalena questionou-se se seria capaz de retirar a vida de alguém.
Leticia


- Mas essa arma não é para simples ameaça. Ela deve ser empunhada apenas se seu destino for matar alguém. O ideal é que nem sequer ela seja vista, mas se o for, certamente será a última coisa que a vítima verá. Ela era usada normalmente para dar fim a um guerreiro que estivesse agonizante. O chamado golpe de misericórdia, para uma morte piedosa. Mas meu propósito com ela é bem menos piedoso e mais mortal. O que me vale o bom uso dela é a distração do meu oponente. Enquanto a minha vítima admira um belo decote, ou se deleita com meu corpo, mal sentira o que lhe atingiu, mas aí será tarde.

Letícia Diz, ainda segurando a adaga. Em seguida entregou-a à Madalena.

- Vamos começar com René. Agora ele será a sua vítima. Quero ver como irá apunhala-lo.

Ela disse e em seguida seus olhos observariam atentamente a postura que Madalena teria ao segurar e usar a arma.

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Maria_madalena
A explicação de Letícia não lhe trouxe qualquer tipo de calma. Retirar a vida a alguém era uma questão que a deixava ligeiramente apreensiva. Verdade que fora molestada e violentada, verdade que sentira vontade de matar o seu agressor, mas nunca reunira a coragem ou a perícia necessárias para tal hedionda tarefa. Agora que a oportunidade lhe era concedida, Madalena questionava-se acerca da sua capacidade. Fora instruída na arte da sedução e do prazer, mesmo que esse prazer implicasse algum tipo de dor.

- Uma morte rápida e limpa. - A voz era baixa e havia uma profunda introspecção no olhar de Madalena.

Meditou acerca das últimas palavras de Letícia. Sentia-se capaz de seduzir um inimigo, distrai-lo com o seu corpo, porém nunca o fizera com o propósito de o matar. Talvez já tivesse tirado vantagem da sua feminilidade para reunir informações, talvez já tivesse conseguido vantajosas recompensas, monetárias e não só, mas matar nunca estivera nos seus objectivos. A situação mudara, Madalena conhecera a sua meia-irmã e o seu mundo sofreu uma reviravolta. Estava na hora de se tornar completamente capaz.

Aceitou a adaga que Letícia lhe entregou. Tomando-lhe o peso e estudando a melhor forma de a segurar antes de aquiescer ao pedido da sua mentora. Segurou firmemente a adaga com a mão direita, talvez com uma firmeza excessiva. Aproximou-se de René, a sua nova vítima preferida, e flectiu o cotovelo, encarando-o brevemente antes de impulsionar o braço e fazer a adaga penetrar numa região que corresponderia ao coração. Pensou em Nicole naquele último momento e em como ela a dilacerara.
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