Dalur
O barão ajeitou seu corpo para que Cecilia sentasse em seu colo. Beijou seu ombro e fez carinho em seus braços, enquanto escutava atentamente a tudo quanto Madalena lhe dizia. Seu desejo por ela apenas crescia em seu peito, mas ele sabia controlar o suficiente para não mostrar-se afoito, até porque considerava isto prejudicial quando fazia amor. Ele sorriu e replicou a Madalena
- Infelizmente Franciko nada disse sobre a noite, é um rapaz tímido e tão logo saiu desta casa, dois dias depois arrumou uma namorada. Um desperdício deveras, pois não entendo a razão que os jovens querem tão avidamente prenderem-se...
O barão deu um tapa de leve nas ancas de Cecilia e prosseguiu a dizer, assim que Madalena indagou sobre seu irmão morto
- Sim, ele bebeu. Foi um veneno sutil, que passou desapercebido por todos. Apenas um médico versado nas artes botânicas saberia como utilizá-lo, o que chega a ser uma ironia. Mas estava com ele em suas últimas palavras, juntamente com sua esposa, que atualmente é minha mulher. Meu irmão disse algo em torno de "Estarei no inferno, se precisarem de mim", ele fora dramático até para morrer.
Afastando os cabelos de Cecilia de seu pescoço, o barão lhe deu um beijo terno e sussurrou em seu ouvido
- Pode me levar ao quarto agora, minha doce Cecilia.
E levantando-se devagar, ele olhou Madalena uma vez mais, com olhar firme e frio
- Quando resolvemos uma notícia como a morte de um irmão, temos de certificar-nos que ele morreu pessoalmente, talvez foi isto que me levou a ser médico e não padre. Sou mesmo o orgulho de seus pais.
Com a expressão travessa, entregou sua mão para a garota, para que ela o levasse a um canto onde aproveitaria o prazer e a felicidade.