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[RP] Casa da Babilónia

John_of_portugal


O Príncipe Real ia a passar perto da Casa da Babilónia acompanhado por alguns membros da Guarda Real. Ao ouvir a gritaria que decorria em frente do famoso estabelecimento, Dom John encaminhou a sua montada naquela direcção. Ao ver a Dama Beatrix, Dom Lucca, Barão de Cruzeiro e um grupo de mercenários meio engalfinhados exclamou: - Mas que raio se passa aqui meus senhores!?

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Filipe
Filipe , vendo aquilo tudo , diz para D.Beatrix e Jonh_of_Portugal :

- D.Beatrix , tem toda a razão . E Dom Jonh_of_Portugal , é uma história longa e desinteressante para uma pessoa como você . Por favor meus senhores , baixem as armas ... será isto necessário ?
Beatrix_algrave


- Alteza!

Beatrix desmontou e fez uma reverência ao príncipe John. E se dirigiu a ele respeitosamente.

- Príncipe John, Jah é testemunha que eu tentei dialogar com esses homens e explicar a situação e os motivos pelos quais o estabelecimento de minha prima não pode ser aberto.

Ela faz uma pausa, tentando se acalmar e depois continua a explicar.

- Mas eles não quiseram me ouvir, e me atacaram mesmo eu estando desarmada. Ameaçaram me sequestrar se não os atendesse. Isso é um ultraje. Se eu realmente quisesse confusão, já teria dado ordem aos mercenários da minha prima para expulsarem os homens daqui, mas não quero violência. Por favor, alteza, interceda por mim junto a esses homens.

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Filipe
Filipe , vendo que o Príncipe estava presente , tentou aproveitar-se da situação , dizendo-lhe :

Nossa Alteza , por favor faça qualquer coisa para evitar danos por favor ! Acredite que ajudará ! - disse isto com o ar mais honesto e humilde possível .
John_of_portugal


Dom John ouve as palavras de Dama Beatrix, ficando gradualmente mais supreendido enquanto a dama ia decorrendo sobre o sucedido. Terminada a fala de Beatrix o Príncipe virou-se para os cavalheiros: - Meus senhores! Como é possível terem atacado a dama?! Ora há limites! Dois nobres a comportarem-se desta forma! A atacar uma dama!! Francamente! Virando-se novamente para a ofendida dama: - Minha cara peço imensa desculpa pelo comportamento destes jovens nobres. O desespero por algum amor pago parece ter-lhes enovoado o juízo, mas com certeza não procederam com mau fito. Devo dizer-lhe que a dama está especialmente deslumbrante.

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Filipe
Filipe ainda não conseguia ficar calado .

Desculpe interromper , mas Nossa Alteza , acho que Dom Dalur e Dom Luccas Peres deveriam ser acusados por tentativa de sequestro . Para quem não sabe , Dom Luccas Peres atacou D.Beatrix , levantou o seu machado e disse : " - Se não abrirem o estabelecimento irei matar esta rapariga ! " ... e Dom Dalur foi sem qualquer dúvida um bom cúmplice ... !
Beatrix_algrave


- Eu não vou acusar ninguém de nada, desde que eles cessem as hostilidades e vão cuidar das vidas deles. Eu já disse que não quero confusão aqui. Se quisesse já estaria jorrando sangue.

Beatrix disse montando o seu cavalo Desheret novamente.

- Muito grata a Vossa Alteza pela intervenção. Eu agora vou para a casa de minha prima para cuidar dela. Os mercenários ficarão aqui zelando pela integridade do estabelecimento até sua reabertura. Não farão nada contra ninguém, se ninguém fizer nada contra eles ou contra a casa.

Ela agradeceu novamente ao príncipe com um aceno de cabeça e fez o mesmo a Felipe, ainda que não gostasse de todo da intervenção dele, a intenção era ajudá-la. Lançou um olhar reprovativo para o barão Dalur e Lucca e partiu escoltada por dois dos mercenários retornando para a Casa da Colina. Os demais mercenários e erelins ficaram vigiando a Babilônia.


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Filipe
Filipe , vendo que a coisa acalmara , disse para todos :

Meus senhores , é melhor irmos todos embora .

De seguida . afastou-se uns metros e sentou-se num muro .
Narrador, roleplayed by Beatrix_algrave


Aos poucos a multidão que acompanhava os dois homens que iniciaram as manifestações se dispersou. Os mercenários e erelins que ali permaneceram para manter a ordem desencorajaram os ainda resistentes.

E a casa permaneceu fechada, por todo a sexta-feira e também o sábado sem que nenhuma das mulheres ali aparecessem.

Apenas no domingo, suas "moradoras" retornaram. Rita voltou bem disposta e tranquila, após ter passado alguns dias com sua irmã que dera a luz.

Maria Madalena estava mais bem disposta, tanto que Beatrix finalmente partiu, despedindo-se dela mais tranquila.

Em um domingo radiante, a Casa finalmente preparou-se para reabrir suas portas. Trazia algumas novidades, entre elas, um serviço bastante inusitado, destinado aos clientes mais abastados e curiosos que pretendessem vivenciar as emoções que colocaram a galope o coração já frágil de Sua Majestade, o falecido rei D. Lucas I, naqueles últimos momentos de vida.

A Casa da Babilônia possuía um importante papel de equilíbrio social para aliviar os espíritos mais belicosos e substituir os instintos agressivos por outros bem mais aceitáveis e prazerosos. Sem isso provou-se que haveria o caos e a barbárie, a morte e a destruição.
Maria_madalena
Depois da morte de Marilu e da partida de Beatrix, Madalena julgou que não mais voltaria a reencontrar a prima. Quis o acaso que se voltassem a encontrar na cerimónia hexista onde se sagrou o casamento de Pekente, Antónia e Volúpia. Foi uma cerimónia que primou pelo estranho e pela tragédia. Entre as chamas que consumiam o templo, o ventre Madalena foi dilacerado pela lâmina fria de um aristotélico.

Durante o seu doloroso recobro, Beatrix permaneceu ao seu lado, tomando conta de si e zelando pela sua recuperação completa. A ruiva iria partir em viagem, juntamente com o seu mestre italiano, e aqueles foram os últimos dias que passaram juntas. Pelas histórias que a prima lhe contava, Madalena sabia que Gennaro era um homem horrível e, mesmo assim, ansiava por um dia ter a oportunidade de conhecê-lo. A reacção do pudico italiano ao conhecer uma prostituta seria sem dúvida impagável.

Rita, que habitualmente cuidava do bordel na sua ausência, tivera de se ausentar para conhecer o sobrinho. Por esse motivo, a Casa da Babilónia estivera fechada durante alguns dias. Um pequeno motim fora organizado por alguns dos clientes habituais, exigindo a reabertura do afamado bordel. Por impossibilidades que ultrapassavam a boa vontade de Rita e Madalena este permaneceu fechado durante mais alguns dias e reabriu ao público na noite de domingo.

Madalena chegou com o cair da noite. Uma luz vermelha e opulenta provinha das janelas da Babilónia e abrangia as ruas encobertas pela escuridão nocturna. O burburinho agradável das conversas, risadas e gemidos enchia o silêncio da noite e o mercenário posicionado na lateral da porta de entrada sorriu-lhe abertamente. Esperava que aquela fosse uma boa noite, longe da recordação da morte de Marilu e longe da dor que ocasionalmente ainda lhe rasgava o ventre. Naqueles dias, mais do que nunca, pensava nos vergões que lhe marcavam a pele das costas e, apesar de estarem cicatrizados há muito, havia momentos em que sentia pontadas de dor.

Rita estava atrás do balcão, recebendo os primeiros clientes.

- Bom olhos te vejam! Como está o teu sobrinho? - Perguntou e abraçou a companheira de longa data. Estava especialmente feliz por revê-la.
Filipe
Naquela noite , as tavernas estavam cheias . E era um dia em que Filipe cria beber 1 ou 2 canecas sozinho . Então , procurou algo com menos barulho e menos gente . A casa da Babilonia não estavam cheias , e havia lá cerveja e chá , por isso foi lá só mesmo beber uma caneca . Mal entrou avisou Maria Madalena do que queria fazer , e pediu uma caneca de cerveja , mas enchida com chá . Disse-lhe :

- Desculpe interromper , mas vim aqui dizer que só venho beber qualquer coisa . Um chá por favor . Se alguma das vossas raparigas vier ter comigo , ok . Só quero pelo menos conseguir beber alguma coisa num sitio onde não aja muito barulho .

De seguida dirigiu-se a um canto , e foi refletindo na vida .
--.rita.


Rita responde à Maria com um grande sorriso após abraçá-la.

- Gordito e chorão, como todo bebê. Só quer mamar e dormir. E as novidades? Ouvi cada coisa quando voltei. Que até fizeram protestos para a casa abrir, queriam pôr tudo a baixo. Isso que é desespero, pois não é que fazemos mesmo falta.

Ela comentava divertidamente quando foi interrompida pelo rapaz que entrava pedindo chá e sossego.

- Ah! Meu jovem, se queres chá e sossego vieste ao lugar errado. Aqui temos cerveja, whisky, mulheres e muita agitação, se bem me entendes. Ninguém aqui fica parado e meditabundo. Agora se queres beber e se divertir, estamos às ordens.
Filipe
- Então , eu fico só a beber . Eu lá sei o que significa agitação ou não pra mim . - respondeu Filipe .
Maria_madalena
Embora a experiência de Maria Madalena com bebés seja extensivamente nula, não consegue resistir ao impulso de sorrir ao imaginar o sobrinho de Rita, de bochechas gordas e adoráveis, como qualquer bebé.

- Que felicidade! Que felicidade! Imagino como a tua irmã deve estar satisfeita. - Comentou e lembrou-se da sua meia-irmã, Eduarda. Era já uma criança que caminhava a passos largos para a adolescência, mas o sentimento de amor devia ser similar. - Alguns dos nossos clientes zangaram-se com a ausência mais prolongada. Incrível como estes homens são pouco pacientes. Uma vez por outra, bem que podiam usar a mulher que têm em casa. - Gargalhou divertida. - Ainda bem que temos por cá os mercenários, acalmaram os ânimos mais exaltados.

Nisto, entra um rapaz que pede uma caneca de chá e explica que quer um lugar sossegado. Madalena franze o sobrolho muito espantada.

- Sossego e chá num bordel? Não temos cá disso. - Fez sinal a uma das mulheres que deambulava pela sala, servindo bebidas, e indicou-lhe que trouxesse uma cerveja para o rapaz. - A cerveja é por conta da casa. Senta-te, senta-te, pode ser que aprendas uma coisa ou duas com os homens mais experientes. Não tardas a descobrir que vais ouvir mais gemidos do que conversas.
Filipe
- Depende da maneira como conseguimos abstrairmos , e da maneira como interpretarmos as coisas . - disse Filipe . Ele sabia que iria encontrar isso , mas que haveria menos barulho . Foi por isso que veio .
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