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[RP] Casa da Babilónia

Maria_madalena
Assim que se sentou, o homem à sua frente desceu o capuz e Madalena perscrutou-lhe atentamente o rosto. No seu âmago sabia que conhecia aquele olhar azul de algum lado. A sua mente estava em rebuliço e foi apenas quando o ouviu falar que a proxeneta o reconheceu.

- De... Demétrio? - Inquiriu incrédula.

Aproximou a face um pouco mais para lhe estudar o rosto escondido por trás da barba bravia.

- Oh meu Jah! Julguei-te morto e enterrado! Desapareceste depois do natal, sem deixar qualquer rasto. Por onde andaste? - Roubou-lhe a caneca de cerveja das mãos e sorveu um trago. Precisava de auxílio para digerir aquela revelação. - Essa barba não te fica nada mal.
--Demetrio


- Sim, sou eu.

Ele disse e pediu que ela falasse em voz baixa.

- Andei por muitos lugares. Eu tive que fugir, afinal, perdi minha senhora e não queria voltar mais para minha mãe e a tia Darcília. Também tive receio de acabar envolvido com você sabe o que. Aquele sujeito parecia importante. Podia acabar sobrando para mim.

Ele disse e suspirou.

- Mas não estou nada mal. Arrumei uns contratos como mercenário.

Demétrio pediu mais uma caneca de cerveja.

- E como vocês estão? Tem visto a Beatrix?
Maria_madalena
Após o pedido de Demétrio, Madalena baixou o tom da sua voz.

- Compreendo perfeitamente. A Beatrix ficou muito zangada e seria complicado que ela continuar a aceitar-te como seu vassalo. Se alguém soubesse... seria uma mácula na sua reputação. A atitude correcta foi cortar a ligação. Embora a tua tia tenha andado a espalhar boatos. O irmão da Beatrix apareceu por aqui não vai muito tempo querendo saber se as histórias que ouvira da boca da Darcília eram verdadeiras. - Madalena fez uma pequena pausa e acrescentou numa voz ainda mais baixa. - Aquele sujeito que a Nicole... bem tu sabes, deu problemas. O meu primo da França foi acusado do seu "infortúnio", pobre rapaz.

Prendeu uma mecha dos cabelos atrás da orelha e bebeu um pouco da cerveja antes de perguntar com surpresa:

- Mercenário? Não julguei que fizesses esse tipo de contratos.

Enquanto Demétrio pedia uma nova cerveja, Madalena foi-lhe respondendo às questões.

- A Beatrix partiu para a Alexandria em viagem com um mestre italiano. Um homem odiável que lhe ensina a arte da tecelagem. A última vez que a vi foi quando ela esteve a cuidar de mim aqui no Porto. Fui esfaqueada.
--Demetrio


Demétrio pareceu bastante surpreso com as notícias.

- Espalhando boatos? Que tipo de boatos? Eu nunca disse nada.

Ele perguntou curioso e em seguida pareceu perplexo em saber que alguém estava sendo acusado pelo crime de Nicole.

- Como assim? Pensei que tivessem escondido bem o...,enfim.

Ele tomou um gole de cerveja e em seguida comenta.

- Então, ela está viajando. Desejava vê-la, ainda que seja perigoso com um irmão ai a solta. Queria desculpar-me. Foi uma noite louca e nenhum de nós fez nada por mal. Ainda tenho pesadelos acordando abraçado com um porco.


Ele diz e acaba rindo a lembrar-se de como a noite acabou tragicomicamente. Em seguida ele acaba por chocar-se com a ideia de Madalena ter sido esfaqueada.

- Esfaqueada? Quem te fez isso? Por Jah, aposto que foi aquela serpente da Nicole.
Maria_madalena
- A Darcília afirmou que a Beatrix vos tinha corrompido. Disse também que a minha prima tinha estado envolvida com o Arnold. Não sei como ela soube disto. Tenho certezas que nenhum de nós falaria. Terá ela visto alguma coisa?

Disse muito nervosa, também ela não gostava de ter recordações daquela noite.

- Ao que parece não estava assim tão bem escondido. O meu primo encontrou-o, juntamente com dois campónios. Preparavam-se para cultivar aquele terreno. É um homem estranho aquele meu primo, além de que era um habitante recente na povoação. As suspeitas de imediato recaíram sobre ele. Uma infelicidade. Mesmo depois da partida continua a amaldiçoar-nos aquela Casterwill diabólica.

Madalena suspirou.

- Não sei se a Beatrix deseja voltar a ver-te. Ficou tão constrangida com a situação.

Levou a mão ao local no ventre onde tinha sido ferida.

- Aqui, na barriga. - Disse. - O golpe não foi fundo, mas foi o suficiente para me fazer tombar e perder os sentidos. Estive de cama alguns dias, retornei somente hoje ao trabalho. Por pouco apanhavas a Beatrix. - Sorveu um trago de cerveja e descreveu sumariamente os acontecimentos daquele dia. - Estávamos numa cerimónia hexista. Um casamento triplo, um homem e duas mulheres. Nem sei como a minha prima foi, é o membro mais bem comportado da família. Apareceu um fanático religioso e alguém ateou fogo ao templo, no meio da confusão o aristotélico esfaqueou-me. Foi um matrimónio trágico. Mas a Nicole não está envolvida. Não desta vez.
--Demetrio


- Isso é muito estranho. Ela sempre odiou a Beatrix, mas daí a imaginar algo assim...

Demétrio fica pensativo. Ele não acredita que a tia tivesse como saber de algo. Ao ouvir o resto ele fica preocupado.

- Espero que esse seu primo não seja punido por algo que não fez. Nenhum de nós estava lá quando a Nicole fez aquilo, mas podemos ser envolvidos também.

Diante do comentário sobre Beatrix, Demétrio concorda.

- Imagino que ela deve me odiar. Eu devia protegê-la tanto do Arnold quanto de mim. Falhei em relação aos dois. Acho que também te devo desculpas.

Ele olha preocupado para o ventre de Maria.

- Vocês não conseguem mesmo ficar longe de confusão. Isso foi um casamento ou uma orgia?
Maria_madalena
Madalena abanou a cabeça e sorriu delicadamente.

- Acho que nenhum de nós tem culpa do que aconteceu naquela noite. Não te culpes pelo que aconteceu com a Beatrix, naquele momento era o que ela desejava, embora tenha sido apenas isso, um desejo passageiro. Não te preocupes comigo, não fiquei tão fragilizada quanto ela.

Riu-se ao ouvir a questão dele sobre o casamento.

- Um orgia disfarçada de casamento, pelo que me pareceu. Não estive acordada tempo suficiente para ver a orgia.
--Demetrio


- Eu fico mais tranquilo em ouvir que não me guarda rancor. Gostaria de poder ouvir o mesmo de Beatrix, mas acredito que não será dessa vez.

Ele comentou em tom sério. Em seguida falou.

Talvez seja questão de tempo... Quem sabe a viagem não a faça esfriar a cabeça e ela me perdoe no futuro.

Ele tentou sorrir diante do comentário de Maria, mas ainda parecia um pouco tenso.

- Pelo visto perderam um festão.

Em seguida ele propôs.

- Que tal um brinde pelos velhos tempos?

Ele disse e pediu mais cerveja para ele e para Maria.
Maria_madalena
- Dá tempo ao tempo. A minha prima acabará por perdoar-te. Talvez da próxima vez que se encontrarem.

Madalena sorriu-lhe e tentou transmitir-lhe algum alento com aquele sorriso.

- Perderíamos de qualquer forma. A Beatrix não tem o menor desejo de repetir a experiência.

Piscou-lhe o olho de forma cúmplice.

- Brindemos, claro que sim.

Quando os copos com cerveja chegaram, Madalena ergueu o seu e propôs:

- Um brinde aos bons momentos do passado e que venham muitos mais assim. Um brinde às histórias para contar aos netos e que o futuro apenas as multiplique. Um brinde a nós!

Sorridente, levou o copo à boca e bebeu.
--Demetrio


Demétrio ergueu o copo sorrindo. Brindando ao que Maria propunha.

- Um brinde.

Disse, ergueu a caneca e depois de batê-la com a caneca de Maria, entornou a bebida goela a baixo. Enxugou os lábios com o lado oposto da mão. Em seguida pediu.

- Foi um prazer revê-la, Maria. Antes de ir, gostaria de experimentar esse novo serviço que está oferecendo, esse serviço real. O meu novo trabalho tem me rendido bastante creio que posso pagar por uma noite assim.
Maria_madalena
Madalena riu-se.

- O prazer foi todo meu, Demétrio. - Colocou-lhe uma mão no peito, na região do coração. - O teu coração está em forma? Não quero ter de enterrar o teu corpo amanhã. - Sorriu. - Preferência por loiras, morenas ou ruivas?
--Demetrio


Demétrio riu-se.

- Tenho um coração bem forte, não se preocupe. E quanto a minha preferência, vou querer uma morena e uma ruiva em homenagem aos velhos tempos.

Maria_madalena
Madalena levantou-se e fez uma vénia bastante floreada a Demétrio.

- Os vossos desejos são ordens, meu bom senhor.

Fez a sua caneca de cerveja meia-cheia deslizar para as mãos do agora mercenário e sorriu-lhe gentilmente uma última vez antes de ir procurar uma ruiva e uma morena que fosse do agrado do jovem. Depois do pequeno hiato, os homens tinham aparecido com vontades redobradas e não eram muitas as raparigas disponíveis naquele momento.

Entrou num pequeno quarto, localizado à direita do balcão, onde repousavam algumas das meninas da Babilónia. Olhou em volta e não encontrou Lília, a moça de cabelos ruivos e olhos azuis que acompanhara o rei na cavalgada final em direcção ao céu. Antonieta fora a outra rapariga de cabelos cor-de-fogo que ali trabalhara e há muito que Madalena não via a jovem que, durante alguns meses, ainda dormira na sua casa. Um dia, sem mais nem menos, a jovem de espírito selvagem desaparecera sem deixar rasto, levando consigo todos os seus pertences.

- A Lília? - Perguntou às mulheres que ali se encontravam.
Adelma , roleplayed by Maria_madalena
Adelma, andava por ali viciosamente a varrer e a limpar o pó, quando Maria Madalena entra no pequeno cómodo. A proxeneta parece ficar sobressaltada por não encontrar Lília.

- A menina Lília subiu com um senhor ainda agora.

Informou prestavelmente enquanto passava o pano do pó por uma mesa.
Maria_madalena
A expressão de preocupação no rosto de Madalena tornou-se mais severa.

- Oh diabo, isso é que não convém. Sabes que senhor foi, Adelma?

Perguntou, esperançosa que fosse um daqueles que acabam rápido.
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