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Salão de Baile do Solar dos Camões em Alcobaça

Dinaman


Nos jardins do Solar uma brisa suave se sentia, as camélias estavam lindas e ajudaram a que um sorriso tímido no rosto de Dinaman se abri-se.
Os Marqueses tinham enviado o convite, mas até ao último instante Dinaman sentiu-se relutante em ir, mas lembrou-se que era causa nobre, uma festa de batizado. -Oh Jah! Tantos a que já assisti e a benção ainda não me foi dada!! Também para quê? Para bater no ferro! Para arar o campo?-pensou a jovem. Afastando o pensamento , dirige-se às portas do Solar entrando logo para o salão! Um dos criados passa com uma bandeja de Absolut Deusa e Dinaman aproveita e pega num copo provando a fresquinha!
Observa os demais convidados, pouco reconhecendo algumas caras!
Estava Dinaman a levar o copo à boca quando sofre de um susto ao ver as crianças a correr para a mesa dos doces e raspando as suas saias acabadinhas de engomar! ...............Recuperada a jovem.... vê Dom Vega_adc a falar com a filha e se dirige a ele agradecendo o convite e elogiando o salão e a decoração! Mesmo dotada de uma educação fraquinha dá os parabéns a Dom Vega pelo baptismo de Dinis. Olhando na direcção da Marquesa Chrisya faz uma vénia e cumprimenta também com um aceno de cabeça!
O Marquês sendo-lhe um nobre de grande estima agradece os elogios e mais ainda enaltece a presença da jovem ferreira na festa . Após a troca de elogios e de alguma conversa de circunstância , Dinaman vê Maxavis e Morgaine em conversa animada e encaminha-se até lá bebendo um pouco de Absolut Deusa, despedindo-se com um até já ao Marquês e sua filha !

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Lorena_davila


Ao ouvir o elogio de Dinis, a moça sorri e sente o coração bater muito depressa outra vez. " Mas que sensação esta! Porque será que eu reajo assim ao pé dele?"

Ia para responder às doces palavras que ele lhe tinha dirigido, mas vendo-lhe a atrapalhação e as bochechas para onde tinha afluido todo o sangue, não reprimiu uma gargalhada. Era realmente um cavalheiro.

- Dinis, obrigada. Gentileza tua. - e procurando os seus olhos, acrescentou - mas eu é que nunca tinha visto um cavalheiro tão bonito ficar tão atrapalhado. - diz sorrindo.

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Fitzcavalaria
Fitz ouviu falar de uma grande festa aberta ao povo e decidiu seguir as longas filas de gente que para ela se dirigiam. nunca perderia uma hipótese de encher o estômago de graça e esse foi o seu intuito.

assim que entrou pelas portas do grande casarão, percebeu que o ambiente não era o seu. sentia-se como um peixe fora de água.

dirigiu-se à mesa e começou a comer um pouco de tudo que lhe cabia na boca.

pelo canto do olho, tentava perceber quem seriam os anfitriões daquela festa.
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Kitscat
- Provemos então... Hmmm... Acho que hoje tenho as danças todas reservadas... Eheheheh! Imagina com quem... Pode ser que, se lhe pedires muito, ela te ceda uma.

Era bom ver o pai sorrir.

- Nah! Ela é muito melhor dançarina e a probabilidade de eu te dar uma pisadela é muito maior. - depois calou-se por momentos - tenho saudades de vos ver dançar - acrescentou.

Perdia-se nos seus pensamentos, quando viu Dinaman aproximar-se. Kitscat fez uma vénia e cumprimentou a notável dama, que ficou a falar com o pai por algum tempo.

Olhou à sua volta e viu toda a gente feliz, sorrindo e conversando. A mãe, apesar das olheiras mal disfarçadas e do andar inseguro, ia distribuindo cumprimentos com a sua habitual graciosidade. As crianças acercavam-se dos doces. Viu Dinis ao fundo a conversar com uma bonita dama. Não saíra de roda dela a noite inteira, decerto seria a causa dos suspiros mais recentes. Viu rostos que não conhecia, outros bem conhecidos, outros ainda que vira de relance no mercado, nas ruas, nas tavernas. Era encantador ver aquele baile cheio de gente e risos fáceis, de mesuras e elogios, de gente bem vestida e toucados compostos, cheio de pompa e circunstância, para abençoar a família tão magoada nos últimos dias.

Pegou num folhadinho e saboreou-o longamente.

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Pedrito


Pedrito aproximava-se do local que a sua noiva tinha indicado por carta. No entanto, como tinha-se perdido pelo caminho, receava estar num evento errado. Cruzava-se com várias pessoas, olhando com atenção para todos os rostos que olhavam para ele com curiosidade. Apesar de conhecer muitas pessoas em vários contextos, Pedrito não conseguia reconhecer uma única cara. Isto era uma situação que não estava habituado, normalmente está sempre rodeado de amigos. No entanto este desamparo é-lhe familiar. Num casamento recente, em que nem os noivos conhecia, teve a oportunidade de andar perdido por Santarém à procura de Dinaman.
Pensa em voz alta:
-Ai Dinaman! Onde tu gostas de me meter.
Depois de ver tanta gente e de não reconhecer ninguém, Pedrito começa a pensar se não será melhor perguntar a alguém.

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Alminha
Que os Marqueses tivessem aberto as portas do Solar ao povo era, sem duvida, a melhor noticia que Alma poderia ter ouvido desde a sua chegada a estas paragens. Para lá se dirigiu, e ao chegar, ainda insegura de ter caminho livre, tentou não dar nas vistas, encostando-se às paredes de fora da mansarda e parando de arbusto em arbusto.

eheheheh... bai ser cá uma festança, bai - pensava ela sempre olhando para os lados, incerta ainda de algo tão fácil

Assim que entrou no salão, tentou misturar-se com as gentes que ali circulavam e dirigiu-se à mesa das comidas.

Olhou para um lado, olhou para outro, incrédula.

Agarrou num prato e virando-o, deixou cair todos os bolos que nele se encontravam. Bateu-lhe com a unha... Ena Pá!!!! Procelanas das boas... tantas... , pensava enquanto tentava esconder o prato no bolso falso que tinha no casaco.

Bem no meio da mesa, um castiçal de prata atirou o seu brilho provocar aos olhos da pobre Alma... e ela piscou-lhe o olho, de forma marota.
Morgaine
Morgaine conversava animada com Max quando a sua atenção é desviada por um monte de bolos a cair em cascata. Ao ver a figura que segurava o prato, não consegue evitar o riso.

"Quem será? Nunca a vi antes, era impossível esquecer-me de uma figura tão peculiar..."

Divertida, dá uma leve cotovelada a Max e chama-lhe a atenção para a situação.
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Dinaman


Dinaman finalmente encontrou os seu vizinhos, a Baronesa Morgaine e o Marquês Maxavis e juntou-se a eles cumprimentando-os com uma vénia suave, pois sabia que gostavam de se fazerem de altivos, então fê-lo por puro reflexo devido ao meio onde se encontrava . Dinaman é interrompida por um burburinho na sala ao ver a figurinha desastrada ! Ao mesmo tempo vê o seu amado na porta da sala acabadinho de entrar.

-Estás a ver?! Ele sempre veio!

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Morgaine
Distraída com o comportamento da jovem, sente alguém aproximar-se. Assim que Dina se começa a curvar para uma vénia, belisca-lhe o braço.

- Quem veio? Conheces aquela pessoa..? - Morgaine apercebe-se que Dina fita o outro canto do salão e acompanha o seu olhar - Ah, é o teu noivo? Que bom, chama-o! Quero conhecê-lo! Além disso, ele não pode perder isto...

Morgaine volta a acompanhar os movimentos da estranha figura que se apresentara no baile.
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Dinaman
-Ah, é o teu noivo? Que bom, chama-o! Quero conhecê-lo! Além disso, ele não pode perder isto...


-Morgaine é que é já a seguir!- diz Dinaman


Dinaman alegre acenando para Pedrito se juntar a eles.
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Alminha
Enquanto enfiava uma chavena envolta num belo guardanapo de puro linho pelo decote a dentro ,sentindo-se observada e olhou em volta. Deu com uma marmanjona bem vestida que a olhava. Sem saber como agir, parou, estática.

Aialma Inocencia, olha pra ti, mouça, numa casa tan grande... esta uma e tê pai sempre assonharam quirias ter uma casa assim... sempre assoubemes qu'irias longe, mulher. Adalberto, acourda home, vê lá tua filhe....

Oh não, mã, tá caladita agora, mã...- abanou a cabeça com força até que as vozes se calassem. Apareciam sempre nos momentos mais inconvenientes. Ainda bem que seu pai ainda dormia...

Ainda tonta agarrou-se à mesa e pelo cantinho do olho observava a marmanjona que se distraia com a chegada de alguém.

O castiçal continuava a emanar-lhe o seu brilho... desgraçado castiçal, que não parava de a tentar.
Morgaine
Enquanto Dina tentava chamar a atenção do seu noivo, Morgaine fita atentamente a jovem moça que subtraía de forma ávida as porcenalas e linhos do salão.

"Estranho, ninguém diz nada, ninguém faz nada... Serei só eu a reparar? Será que é conhecida da família?"

Olhando para os vizinhos, comenta:

- Será que devemos chamar a atenção dos marqueses? Já enfiou umas quantas peças pelo decote e no casaco, e ninguém faz nada...
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Dinaman
-Será que devemos chamar a atenção dos marqueses? Já enfiou umas quantas peças pelo decote e no casaco, e ninguém faz nada...

Ao qual Dinaman responde :

-Meu Marquês de Viana vá lá voçê falar com a escamoteadora ! Os Marqueses de Vila Real ,penso eu de que.... , ........não devem ser incomodados com estas gentes neste momento !
Continuando a observar a mulher que deita os olhos ao castiçal para o rapinar! Esperando Pedrito chegar na sua beira para se acalmar da situação constrangedora!
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Miss_pomar
Ela continuava a se esgueirar, entrava e saía por portas, ocultava o rosto em cortinados, fugia de qualquer semblante vagamente conhecido. Não queria ser identificada, ainda não, mas em breve... em breve tudo aquilo seria dela! Dela e do Veguinha, claro. E então algo lhe chama a atenção. Uma criatura andrajosa, desdentada, roubando, roubando, ROUBANDO a prataria, as porcelanas, tudo em que conseguisse deitar as mãozinhas sujas.... ela sente a ira crescer em seu peito, aquilo tudo seria seu! Não permitiria que ninguém lhe tomasse SUAS pratarias, SUAS porcelanas, louças finas, linhos e sedas... sai como um raio em direção à criatura, agarra-lhe o braço magro e finca as unhas nas carnes moles.

- Mas onde é que pensas estar, criatura repugnante?
Alminha
Não conseguia mais resistir, o desgraçado brilhava de proposito directo à sua cornea.

Enquanto se dirigia ao centro da mesa onde ele a aguardava, toda ela rangia em clangs, plins e troncs, numa melódia assombrante de porcelanas e talheres.

Agarrou no castiçal com as duas mãos e espetou-lhe o unico dente que lhe restava.

Bah, false... - dizia enquanto cuspia o sabor metalico que lhe ficou na boca.

Sentiu então uma dor no braço, e alguem a intepelou. Uma gabirua com ares de perua falou algo enquanto lhe cravava as unhecas na carne. Alma encarou a moça e seus olhos faiscavam:

Larga já esta, ou levas um'adentada. Crave-te os dedes nos olhes, e puxe-te esses cabeles até ficares careca.

Agarrou um garfo *pling* *tronc* e virou-o pra galifana, enquanto levantava o queixo em desafio.
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