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[RP] Laços corrompidos

Beatrix_algrave


Beatrix se aproximou mais e disse a Nicole em voz baixa.

- Bem que eu queria ver alguém a tentar me montar como seu fosse uma cabrita. Iria estender a esses a mesma gentileza que teu camarada fez ao Russel. Deixe de mão o mercenário e não te irrites com ele. A ideia dele foi boa pois não sabendo sobre nossa chegada, eis que pegamos o Rodrigues de surpresa e não perdemos tempo com que não merece nossa atenção.

Ela disse e tomou um gole de rum de um odre seu.

- Quando quiseres partir os homens estão prontos.

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Lady_moon
Nicole riu com o comentário de Beatrix, e concordou com esta.

-Podemos partir agora, levarei os pedaços do Russel para um mercador de confiança, que os entregará pessoalmente aos Russel.

Nicole sorri em resposta à interrupção de Arnold, de seguida montou o seu cavalo e esperou que os mercenários retomassem a viagem.
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Eleazar


Ele observou com cuidado, e escutou cada palavra com atenção. Assim que o grupo partiu ele esperou um pouco mais, e então desceu de seu esconderijo e rumou pelo caminho atrás deles.

Tinha observado como as meninas tinham sobrelevado aquele pequeno embate, e pensava se elas tinham sequer ideia de onde estavam por se meter.

Naquela noite um ave voaria levando um mensagem aos seus superiores. A missão continuava, e ele continuava a observar.

Grandes provações se aproximavam... e esse era somente o começo do que ainda estava por vir...
Valjean.
Olhos postos no balançar dos quadris da jovem ruiva sobre a montaria, Valjean pensava obscenidades, as quais dissipava com longos goles do uísque que surrupiara do barril da outra. Os mercenários seguiam em duas filas, uma antes e uma depois das moças e daquele velho asquerosamente correto que as acompanhava... Em outros tempos matara tipos como aqueles por causa de meio copo de vinho.

Chegando à cidade, foi com Norman até uma tecelã, onde compraram algumas peças baratas, para sobrar mais dinheiro. Aqueles trapos davam-lhe coceira, não era um assassino qualquer de beira de estrada para usar ráfia tão surrada, mas estava sendo pago por aquilo. Trocou de roupa lá mesmo e voltaram para onde a comitiva os aguardava. Atirou o saco com as roupas que tinha antes aos pés da ruiva.

-Aqui, dona. E se precisar de ajuda para vestir, estou ao vosso inteiro dispor. - Petulante, obsceno e orgulhoso, aquele homem que já nascera bandido, e abandonou o bando de seu pai aos quinze anos, nos últimos dez anos não se importava com nada daquele monte de esterco que eram as brigas dos nobres. Comer até encher-se, beber até cair, amar até cansar, aqueles eram os únicos desejos de Valjean.
_narrador_


A viagem foi tranquila e sem mais nenhum acontecimento que merecesse menção. O clima no entanto mudou. Os mercenários que antes estavam mais descontraídos e sorridentes pelo dinheiro fácil, diante do ataque que sofreram estavam mais atentos. O que aconteceu no entanto, trouxe mais lucro aos que permaneceram, e graças a pilhagem que foi feita nos mercenários inimigos, cada um havia ganho bem mais do que o previsto.

Beatrix cavalgava silenciosa e não percebeu em nenhum momento os olhares maliciosos de Valjean. Ela certamente tinha coisas mais importantes com que se preocupar. Em sua mente ela traçava um plano sobre como pegariam o tal Rodrigues e descobririam os planos da avó de Nicole para prejudicar os Nunes de Aragão. O que mais a preocupava era se seu irmão estaria a salvo na Irlanda ou se ele corria algum perigo.

Durante o trajeto ninguém percebeu que alguém observava a caravana, mas de vez em quando Arnold sentia uma sensação estranha e olhava em busca de algo errado, temendo algum novo ataque.

Quando chegaram a Santarém, já anoitecia. Valjean e Norman entraram na cidade e seguiram o plano refente ao disfarce. De posse das roupas dos mercenários, Nicole e Beatrix poderiam passar desapercebidas e Arnold faria o papel de rico mercador em trânsito.
Beatrix_algrave


Ao receber as roupas de Valjean, Beatrix fuzilou-o com seus belos olhos verdes. Entretanto, ela não era de explodir ou ter ataques de fúria. Aquilo não era momento de ter desavenças. O mercenário era petulante, era desagradável, mas era bom no que fazia, então o resto pouco importava.

- Eu sempre me vesti sozinha e se fosse querer uma ama agora, certamente não seria você. Só espero que não tenham piolhos ou algo pior.


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Valjean.
Ignorando toda a pompa da mulher, que se fazia de durona e lhe cuspia negativas com alguma formalidade, tirou a camisa que vestia e pegou a que estava no saco.

-Se crês que a minha camisa tem pulgas, vista a que comprei agora, está mais limpa. Sou bandido, mercenário, assassino, mas não sou porco. Só estou aqui pelo vosso pagamento, não para ser insultado. - vestiu de volta sua camisa e pôs-se em cima do cavalo -Quais são as ordens, patroa? Pôs-se numa postura servil, de maneira visivelmente muito forçada

Valjean podia representar qualquer papel que quisesse. O talento da observação que na infância fizera dele grande imitador, juntou-se à agilidade em aprender e na variedade de produtos de seus roubos, dando-lhe assim uma exímia capacidade de atuar. Já fora mendigo, médico, padre, nobre e até mesmo mulher.

No entanto não representara muito daquela vez. Ofendera-se de verdade, pois não era nenhum bruto, muito pelo contrário, era letrado. Mas em qualquer outra ocasião, quem lhe ofendia ia dormir e não tornava a acordar. Deixou aquela mulher de mão (por quanto tempo, isso não sabia...), e foi repartir o ouro entre os seus companheiros de trabalho.
Arnold, roleplayed by Lady_moon
Arnold sentia se estranho como se os tivessem a vigiar, redobrara a sua atenção entre as estradas e Nicole, e reparou que a sua protegida continuava a beber o seu Whisky.
Arnold questionava como Nicole arranjara mais alguns odres, tivera o cuidado de esconder o maldito e predilecto odre dela, tal pai tal filha, pensou.

Aproximou se de Nicole, e observou as suas feições.


-Devia de beber menos, não sabe o que vai acontecer em Santarém.

- Não se preocupe, divirta se a torturar o tal Rodrigues, precisa de descontrair, quer?

Arnold bufou ao mesmo tempo que sua protegida lhe oferecera um gole. Tomou lhe o odre e bebeu vários goles de Whisky.Percebeu que ela iria dar um dos comentários ironicos.

-Não se atreva, é a minha senhora mas tenho ordens para lhe dar um correctivo se preciso.

Arnold seguiu o olhar para o mercenário e a Beatrix tal como a sua protegida e atreveu se a sorrir após o comentário de Nicole.

-Tem concorrência meu querido, pelo vistos a Beatrix não se irrita só contigo. Cuide da Beatrix, eu tenho os restantes mercenários e a mim mesma, acho que o rapaz ficou deveras irritado com ela.- Olhou para Nicole incrédulo.- Não me olhe assim, não sabemos o que os Russel querem com ela, e não temos peões suficientes para nos ajudar contra outro ataque.

-Vá buscar as roupas e vista se...-Arnold ordenou a sua protegida enquanto guardava consigo o odre.[b]- Chega de bebida por hoje.[/b]
Beatrix_algrave


Diante do que o mercenário disse, Beatrix pensou.

Tanto faz, se tivesse piolhos ou pulgas elas já estariam na camisa nova. Mas prefiro a mais usada e gasta. Mesmo por que, essa camisa nova que ele comprou foi a pior que ele deve ter achado no mercado.

Beatrix olhou para ele calmamente e respondeu com seus modos um tanto peculiares, antes que ele trocasse de camisa, aproveitando para observar-lhe displicentemente o físico, pois que cega ela certamente não era.

- Não, não quero a sua camisa nova, prefiro a mais gasta e surrada, fica mais convincente. Eu realmente não tencionava ser tão ofensiva nem te insultar, ainda que esse tenha sido o efeito. Conheço uma pessoa que é prefeita de uma cidade e tem pulgas, eu mesma poderia ter pulgas, mas vou queimar essa roupa depois, então você não precisa se preocupar.

Ela disse em um tom que parecia mais uma simples constatação do que propriamente um pedido de desculpas ou qualquer coisa do tipo. As palavras soavam com uma sinceridade inocente, que era quase infantil. Também não havia medo nem apreensão. Certamente ela não aparentava ter noção do perigo que corria.

Então, ela simplesmente se afastou pegou as roupas que estavam no saco e foi em direção a Nicole para que as duas se trocassem.

- Tomara que ele ache mesmo que eu tenha pulgas e fique longe de mim com esse olhar de cão faminto.


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Eleazar


Ficar de olho em alguém não era o mesmo nas estradas que nas cidades, era muito mais complexo no segundo caso, e ele sabia muito bem disso. Mas ele tinha suas ordens, e então seguiu o grupo de longe, e ficou observando.

Ele já sabia onde elas terminariam por ir naquela cidade, mas ainda assim devia cuidar de que nada saísse errado até que elas tivessem ali chegado.

Observou de longe, havendo deixado de lado no começo daquela missão as roupas que caracterizavam a quem servia, pelas roupas aparentemente comuns dos viajantes. Sua espada, agora oculta em suas roupagens era uma das poucas peças que distavam da personagem que ele havia adotado.

Misturado na população que transitava as ruas ele as observou e as seguiu, e enquanto elas se trocavam, ele aproveitou para passar algumas instruções para o grupo que o acompanhava, um pouco mais afastado. Eram cinco no total, e aos quatro que acabavam de chegar ele mandou diretamente à Travessa das Borras, e que ali esperassem ocultos.

O tabuleiro estava pronto, as peças estavam em seus lugares. E a movida era delas.
Norman.
Norman era assustador.

O seu rosto másculo, de malares eram bem definidos, queixo saliente, lábios finos e olhos redondos, vivos era a personificação do horror. A sua face era dividida em duas por uma cicatriz transversal com início imediatamente abaixo do olho direito, passando pelo nariz, e terminando junto do lábio, no lado esquerdo da cara. O seu corpo, forte e robusto, estava marcado por dezenas de cicatrizes grosseiras. Algumas foram conquistadas em combate, outras inflingira-as ele mesmo, pelo prazer de ver o sangue correr e de sentir o aço frio estilhaçar-lhe o interior.

O mercenário acompanhou Valjean na compra das roupas e não gostou. Por diversas vezes sentiu vontade de lhe esmagar o crânio contra o chão e apertá-lo até ouvir o quebrar dos ossos... Valjean falava demais, falava do que não devia, revelava mais do que seria necessário, tecia comentários e opiniões desnecessários. Os melhores assassinos não falavam, não precisavam de falar, pois o tinido do metal, o sangue derramado, os uivos de dor e, por fim, o sopro da morte, eram as únicas expressões e sentimentos dignos de louvor. Nada lhe dava mais prazer do que matar, sentir a vida esvair-se no seu aperto.

O vício começou quando Norman era apenas um rapazinho. Não podia ter mais de 8 anos quando roubou a primeira vida a uma pessoa. Norman sorriu com a lembrança e murmurou:


Joel...

Joel era um rapazinho tão maltrapilho e pobre quanto Norman fora um dia. Vizinhos, crescidos na mesma aldeia e educados nos mesmos costumes, os dois rapazes passavam horas em brincadeiras e ilusões conjuntas. Foi num dia escuro e chuvoso de Abril que Norman sentiu o apelo, um simples gracejo despoletou uma chacina violenta. O mercenário espancou Joel até à morte e, pela primeira vez na sua vida, gargalhou genuinamente. Uma gargalhada repleta de prazer e êxtase. Nesse dia, Norman libertou-se, sentiu-se mais vivo do que nunca e um prazer arrebator percorreu-lhe o corpo. Desde então as palavras eram desnecessárias.

Mas ali, naquele grupo peculiar, Norman sentia que esperavam a sua palavra.


Quando estiverem prontos... - disse virando as mãos para cima, em jeito de quem delega a decisão - Anseio pelo fervor do combate. - completou ao levar uma das mãos à espada.

No interior das suas calças algo se avivou.
_narrador_


Quando a noite caiu na cidade de Santarém e as ruas começaram a esvaziar, um grupo de sete "homens" caminhou pelas ruas sujas da cidade, dirigindo-se à Travessa das Borras.

Seus trajes surrados e o jeito mal-encarado da maioria deles não chamava atenção ali, e não denotava nenhuma diferença em relação aos frequentadores habituais daquela área da cidade. Havia entre eles, dois homens um pouco mais baixos e delicados, mas suas expressões e o rosto meio encoberto por um chapéu, fazia com que não fossem percebidos enquanto diferentes e não destoassem do conjunto.

Beatrix havia sugerido alguma maquilhagem, que tornasse as sobrancelhas mais espessas e fizesse as vezes de uma barba malfeita, dando um ar mais masculino àqueles rostos imberbes, algo que tornasse a pele menos delicada, limpa e saudável. Isso era o suficiente na escuridão das ruas mal iluminadas, para iludir quem prestasse mais atenção naqueles dois sujeitos, além é claro do chapéu desabado sobre a cabeça e que encobria os longos cabelos das duas. O resultado apesar da improvisação ficou excelente.

Quando chegaram à Travessa das Borras, eles sabiam que haveriam pelo menos três bordéis em que valia a pena procurar. Na carta não havia indicação de qual deles era o local onde Rodrigues se abancava. Teriam que procurar um homem de quem não sabiam sequer a descrição física e que deveria estar acompanhado de guardas mercenários.

O único que realmente teria alguma ideia de em qual dos antros Rodrigues se esconderia era Norman, e ele não poderia entregar a informação assim tão fácil. Certamente não poderia levantar suspeitas sobre o que fazia ali. Ao encontrar Rodrigues também não poderia ser reconhecido, ou isso poria tudo a perder.

Além dos bordéis, haviam meretrizes muito sujas e desgrenhadas que se ofereciam nas ruas. Algumas de tão mal-amanhadas não eram sequer aceitas nos pulgueiros daquela zona, e portanto tinham que trabalhar ali na sarjeta.

Duas delas firmaram os olhares em Nicole e Beatrix, que apesar das roupas e maquilhagem, pareceram a elas como dois mui belos rapazotes, talvez castos, que caso não rendessem um bom dinheiro proporcionariam um verdadeiro deleite a elas.

As meretrizes se acercaram das duas, e de longe era possível sentir um terrível hálito de cebola misturado com o rum mais ordinário, ao ponto de Beatrix tapar o rosto com asco.

Uma delas tentou puxar o braço a Nicole, e desabotoou os cordões grosseiros da blusa encardida, oferecendo um corpo ressequido e sem atrativos.

Arnold empurrou a mulher que tocou em Nicole, com grosseria, derrubando-a ao chão, e foi alvo dos piores xingamentos até exibir a espada que carregava. O mesmo fez Diogo, um dos mercenários para aquela que se oferecia à Beatrix. Com receio de confusão, as mulheres se afastaram do grupo ainda soltando blasfêmias.
Valjean.
"Esse homem, Norman, é um tipo muito do perigoso". Valjean pensava. Norman era um homem com prazer na barbárie, um homem cruel, bruto e sem modos. Fora feito para a batalha e não para a vida de fora-da-lei. Qualquer comandante de exército teria gosto de colocar Norman na vanguarda, a não ser que ele próprio matasse a vanguarda. "É uma gárgula em formato de homem, e pode me matar se eu estiver desprevenido... Mas quanto mais alto, maior o tombo. Se ele me atacar, eu o mato antes."

Entrou na taverna junto com os outros. Conhecido do taverneiro, tratou de pedir cerveja para todos.Quando não estava de olho na face horrenda de Norman, estava de olho "nas carnes" de Beatrix, disfarçadas sob sua calça velha, mas nem por isso imperceptíveis. Aquela mulher estava mexendo com sua cabeça. "Tenho que tirar o olho, isto é um homem." Virou a caneca de cerveja e sentou-se num dos bancos. Todos os demais olhavam em volta em busca do tal Rodrigues, quando ouviram a voz do Taverneiro.

-E os dois rapazes aí, vão fazer a gentileza de retirar os chapéus por si ou vou ter que pedir mais de uma vez?

Agora sim, agora teriam problemas.
_narrador_


Astolfo era careca como um ovo e diante da cisma com os "rapazes" se perturbou, pois logo iam cismar com seu chapéu também, e a careca era sua vergonha.

- Tirar o chapéu? E isso cá é uma igreja? Eu também fico com o meu chapéu e ninguém se mete com isso. Deixa os rapazolas em paz.

Ele disse em um tom zangado e ameaçador que deixou o taverneiro desconcertado, principalmente quando ele encarou o rosto feio e mal encarado de Norman a fitá-lo.

Norman sentiu-se particularmente irritado, pois a primeira tentativa do grupo era errada. Ele sabia que não era ali que Rodrigues frequentava. Aquele taverneiro era um cão nojento que costumava urinar no barril de cerveja da taverna e se ria dos bêbados que dele se serviam sem notar o gosto peculiar.

O taverneiro afastou-se temeroso que houvesse uma briga feia e aqueles sujeitos quebrassem tudo ali. Brigas eram comuns, mas ele sentia que aquele grupo estava a procura de problemas.
Norman.
Ao ver aquelas meretrizes imundas e mal-constituídas, Norman sentiu apenas o apelo de matá-las. Não pode evitar pensar como seria mutilar aqueles corpos nauseabundos, doentes e enfezados. Inconscientemente, a mão direita assomou-se do cabo da espada e envolveu-o num aperto feroz. A lâmina brilhante e fria chegou mesmo a deslizar alguns centímetros por entre a bainha, mas por fim apercebeu-se do que estava a fazer e controlou o impulso. Haveriam outras. Agora tinha apenas de concentrar-se naquela missão, não podia entregar-se aos prazeres. O seu corpo já retesado voltou a amolecer e o brilho doentio nos seus olhos desapareceu.

Depois daquela abordagem, o grupo seguiu para uma das muitas tabernas da Travessa das Borras. Naquela rua, não havia pedra que não pecasse. Desde os bêbedos às meretrizes todos se entregavam com ardor aos vícios do corpo e da alma. Norman meditava sobre estes assuntos quando a dianteira do grupo seguiu para a primeira taberna. O mercenário sabia que esta não era a certa, o Rodrigues costumava frequentar o Casebre da Alice, um bordel de grande reputação, dirigido por uma tal de Alice. O mercenário permaneceu silencioso e deixou que o grupo entrasse.

Já no interior da taberna, Valjean pediu cervejas para todos. Astuto, Norman cheirou o líquido amarelo servido naquela caneca. O odor deixou-o nauseado, pelo que optou por voltar a pousá-la. O mercenário tinha reparado há muito nos olhares que Valjean lhe lançava, ao que parece alguém naquele grupo tinha por fim percebido o quão perigoso ele era. Era bom que o temesse, pois o Norman não gostava de línguas soltas e comportamentos teatrais.


A seu tempo... a seu tempo... - sorriu, ao pensar como seria bom cortar-lhe aquela língua.

Não tardou para que o taberneiro soltasse a língua. Pelo jeito, Valjean e ele deviam ser amigos do peito. Afinal, eram similares nos modos e no gosto por aquele líquido amarelo. Norman lançou alguns olhares carregados de ódio e violência ao ousado homem. Os músculos do seu corpo estavam contraídos e prontos para a acção. Mais uma vez, recorreu ao seu auto-controlo, não chegara ainda o momento, teria de esperar. Quando por fim o taberneiro se afastou, Norman pensou em como iria abordar o grupo, teria de ser discreto, não podiam aperceber-se da sua ligação ao Rodrigues.


Aqui não vamos encontrar nada. - constatou numa voz séria e grave - Bando de bêbedos que bebem mijo de rato. - apontou com o dedo para um canto da sala - Vejam estas mulheres, piores que as que vimos lá fora, devem ter sarna.

Fingindo-se enjoado cuspiu para o chão.
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