Afficher le menu
Information and comments (0)
<<   <   1, 2, 3, ..., 5, 6, 7, 8, 9, 10   >   >>

[RP] A Casa da Colina

Maria_madalena
Os braços de Madalena largaram os joelhos e a meretriz assumiu uma posição mais digna.

Porquê? Porque estais a fazer isso? Porque não acabais logo com o tormento? Ambos sabemos o que desejais! Vá, esqueça lá os paninhos quentes e as ervas milagreiras! Arrumemos agora mesmo esse assunto! - às últimas palavras Madalena já quase gritava.

A meretriz começou a desapertar os botões da blusa.

_________________
Zeca, o Floresta , roleplayed by Maria_madalena
Zeca olhava embasbacado a mulher, completamente perdido e a leste de tais dizeres. Foi somente quando a mulher começou a desapertar os botões que o Floresta tomou uma acção.

QUIETA! - gritou-lhe ao segurar-lhe as mãos.

Madalena olhou-o corajosamente e naqueles olhos viu raiva e receio.


Não, não sabeis o que desejo... - disse-lhe, tentando acalmá-la, a voz dele era baixa e havia uma nota de desilusão
_______________
Maria_madalena
Madalena deixou as mãos afrouxarem e Zeca largou-as.

A meretriz não compreendia absolutamente nada, se não queria matá-la, se não queria tomá-la e possui-la ali mesmo? Que desejava ele? Para que servira a perseguição? O beijo?


Que desejais? - inquiriu num fiapo de voz.
_________________
Zeca, o Floresta , roleplayed by Maria_madalena
Será que ela não percebia que ele estava a tentar ser cortês? A tratá-la como uma senhora? Não, ao que parece não era capaz de formular tal raciocínio e continuava a provocá-lo de todas as formas possíveis, incapaz de perceber como o empurrava para o abismo.

Ao ouvir a pergunta Zeca franziu o lábio superior e a sua expressão facial foi similar à de um animal enraivecido. Da sua boca não saiu qualquer tipo de som coerente, mas as suas mãos empurraram os joelhos de Madalena contra o chão, distendendo-os.


Quieta, mulher! - avisou num tom de voz que não inspirava segurança.

Apesar do aviso a jovem abriu a boca para reclamar, irritado com a situação, Zeca segurou-lhe o queixo entre os dedos e ciciou:


Calada, mulher, esteja calada...
_______________
Maria_madalena
O rosto dele estava próximo demais, Madalena podia sentir o bafo quente e húmido que escapava por entre os dentes cerrados dele embater contra os seus lábios entreabertos. O aperto da mão de Zeca era forte e praticamente impossibilitava-lhe a fala. Os olhos dele estavam fixos nos seus e eram detentores de um desejo selvagem e de um brilho furioso.

A meretriz deixou escapar um breve suspiro por entre os lábios e as veias no pescoço dele tornaram-se visíveis, o aperto no queixo aumentou e uma mão agarrou-lhe a nuca. A pele da mão dele era dura e áspera em comparação com a sua pele macia, e o roçar rude dos dedos dele contra si, deixou-a ofegante.

O comportamento animalesco e primitivo dele, despertara emoções em Madalena há muito esquecidas. Qualquer réstia de pensamento coerente esvaíra-se com o aperto embrutecido. A meretriz não conseguia controlar as reacções do seu corpo arfante e cálido, pelo que aproximou os lábios dos dele....

_________________
Zeca, o Floresta , roleplayed by Maria_madalena
Aquela mulher deixava-lhe a cabeça a andar à roda. Os seus actos eram desprovidos de qualquer tipo de coerência e as congeminações daquela mente eram fruto de uma visão deturpada do mundo. Todavia, era aquela ousadia tão feminina que o deixava encantado. As palavras agressivas, a coragem para o enfrentar, o medo tímido na sua face, o desejo ardente quando lhe tocava, certamente que Madalena não era uma mulher comum.

Assim que os lábios da jovem se aproximaram dos seus, Zeca retraiu-se e largou o corpo frouxo e quente dela. As suas mãos ergueram-lhe o vestido até meio da pernas e Madalena de imediato levou as mãos ao peito, preparando-se para o expor.


Não, não quero ver, tape-se.

Os lábios dela arquearam-se numa expressão de espanto, mas aceitou as ordens. Primeiro expressara-lhe o seu medo por uma violação, agora ali estava, disposta a entregar-se... Como conseguiria compreendê-la?

Cuidadosamente, Zeca espalhou o cataplasma pelos cortes nas pernas da mulher. Tentou não se concentrar excessivamente nas formas curvilíneas e sensuais daqueles apêndices, precavendo-se de uma nova perda de controlo. Assim que todos os cortes ficaram generosamente cobertos pelo cataplasma, Zeca rasgou-lhe alguns dos fiapos do vestido e com eles envolveu-lhe as pernas.


Pronto, Madalena...
_______________
Maria_madalena
Madalena parecia ter acordado de um transe. As suas faces estavam extremamente rosadas e a respiração saía-lhe em pesadas e ruidosas golfadas pelas narinas e lábios entreabertos. Lentamente apercebeu-se de que aquele estranho homem já não lhe tocava, o torpor pareceu desaparecer... Subitamente, a meretriz deu conta do calor húmido que lhe envolvia as pernas e para lá dirigiu as suas mãos apalpando e explorando. As fitas estavam demasiado apertadas e provocavam-lhe desconforto, mas Madalena sentiu-se incapaz de reajustá-las.

Obrigada... - disse numa voz baixa e taciturna.

A boca pareceu-lhe seca e Madalena levantou-se com cuidado e caminhou bambaleante até ao rio. Ajoelhada na margem, a meretriz banhou o rosto nas águas frias do Douro.
_________________
--Zeca
Zeca observou-a enquanto apalpava as fitas que envolviam o cataplasma, os olhos dela estavam distantes e o peito movimentava-se de forma errática, a respiração rude de Madalena preenchia o silêncio que os envolvia. Por dentro ele também se sentia assim, descontrolado e febril. Os pensamentos e sentimentos atropelavam-se e a confusão adensava-se.

Não estava preparado para a voz dela, o som abafado e exausto fê-lo estremecer, arrastando-se no seu ouvido, ecoando e reverberando, provocando-lhe desejo e esticando as finas cordas que o seguravam. Foi incapaz de retribuir o singelo agradecimento com palavras, limitou-se a abanar a cabeça, um sinal de reconhecimento. Não era o adequado, mas foi tudo o que conseguiu.

Seguiu-a com o olhar quando ela se levantou. Os passos incertos, o corpo mole, quis ajudá-la, mas de imediato sacudiu esse pensamento para longe, já fizera mais do que aquilo que era esperado de si.

_______________
Maria_madalena
A água gélida e cristalina do rio pareceu avivar-lhe os sentidos, quis mergulhar, entorpecer o corpo e a mente, desaparecer, voltar atrás no tempo. Não gostava das sensações que aquele homem lhe provocava e estava disposta a esquecê-las. Com cuidado, sentou-se na margem do rio, costas voltadas para ele e olhar fixo na outra margem. A fraca luminosidade não a deixava ver muita coisa, não importava, pois só queria ignorá-lo.

Pensou na Babilónia, estavam à sua espera e ela não apareceria. Os clientes iriam ficar desagradados, mas era com Júlia que estava preocupada. A proxeneta não era uma mulher afável e benevolente. Aquela falha custar-lhe-ia caro.

_________________
Narrador, roleplayed by Maria_madalena
Ela não voltou. Sentou-se ao pé da margem e ali ficou, de costas voltadas e faces escondidas.

Ele não se mexeu. Tão concentrado estava em observá-la.

O tempo passou e o silêncio cresceu, a noite caiu e os corpos permaneceram imóveis, naquele jogo de vontades e teimosia.
--Zeca
A luz bruxuleante da fogueira iluminava parcamente a clareira e Zeca mal conseguia enxergar o local onde Madalena se encontrava, o corpo encolhido da meretriz mais não era do que um vulto. Num gesto mecanizado, adicionou outro ramo à fogueira e a chama, tímida e franzina, ganhou um novo vigor.

Zeca não gostava daquela distância, sentia-se ainda mais solitário do que quando estava realmente sozinho. Num impulso, chamou por ela.


- Madalena! - o chamamento foi alto, mas a sua voz não tinha qualquer réstia de autoridade, nem tons de ameaça.
_______________
Maria_madalena
A vocalização assustou-a e o corpo da meretriz sacudiu-se num tremer involuntário. Não o olhou de imediato, esperou até que o seu coração acalmasse e o controlo voltasse a ser seu, só então se inclinou para trás, palmas das mãos abertas e assentes nos chão, braços esticados, cabeça inclinada para o lado esquerdo, um discreto movimento de olhos e pôde vê-lo. Estava sentado ao pé da fogueira de rosto voltado para o local onde ela se encontrava, tinha uma mão em cada joelho e transmitia serenidade.

Madalena tinha frio e o corpo estava mortiço e dorido. Levou um dos joelhos ao chão e levantou-se devagar, sentiu dor nas pernas, mas reprimiu qualquer tipo de vocalização. Voltou a olhá-lo, desta vez procurou encará-lo directamente, naquele verde translúcido e selvagem não encontrou qualquer sinal de malícia, apenas a imperturbabilidade da noite. Com alguma confiança caminhou até à fogueira, os primeiros passos desajeitados, devido ao tempo que passara sentada, na mesma posição, ao pé da margem, os seguintes mais firmes.


- Vou sentar-me aqui. - disse e apontou para um local próximo da fogueira, mas do lado oposto onde Zeca estava sentado.
_________________
--Zeca
Zeca sorriu, um leve franzir de lábios que podia passar despercebido. Ela não retribuiu o sorriso. Talvez estivesse demasiado absorvida em pensamentos próprios, talvez não lhe quisesse dar essa satisfação, talvez não se tivesse apercebido, talvez, talvez... Nunca viria a saber, não fez questão de lhe perguntar. Este silêncio que agora os envolvia era reconfortante, diferente dos anteriores, mais próximo e afável, e Zeca não ousou quebrá-lo.

A noite já ia alta e o cansaço do dia envolvia-lhe o corpo, satisfeito por Madalena se ter sentado perto da fogueira, o Floresta rendeu-se à fraqueza. Deitado no chão daquela clareira, com as estrelas a embalá-lo, adormeceu.

_______________
Maria_madalena
Madalena permaneceu sentada por um tempo que pareceu eterno. O homem do outro lado da fogueira oscilava ao sabor de respirações lentas e pronunciadas, perdido em sonhos, murmurava ocasionalmente, sons que a meretriz não conseguia discernir. Cedo perdeu o interesse naqueles pequenos ruídos sem sentido. Doía-lhe o corpo e a cabeça, as pestanas estavam pesadas, carregadas de sono e cansaço, mas a meretriz não ousava relaxar. Tinha medo e estava assustada, não daquele homem, não da brutalidade tempestuosa dele, pois eram os gestos meigos e repletos de bondade que a petrificavam. Desejava-o e repugnava-se por sentir tal vontade.

- Madalena, Madalena... - a voz saiu-lhe mais alta do que o previsto, o tom era de desilusão e confusão.

Voltou a olhá-lo. Tinha as costas voltadas para ela e não pareceu incomodado pelo seu suspiro desajeitado. Desviou o olhar, era mais fácil assim. Do alto das copas um pio de coruja preencheu o vazio da noite, a meretriz não estremeceu, ansiava por poder exprimir-se tão livremente quanto aquela coruja. Colocou uma mão sobre o chão, esperou sentir o pulsar da vida, o gesto apenas serviu para lhe gelar a pele. Não estava uma noite fria, mas a ausência do sol fazia-se sentir, por sorte não corria vento.

Resignada com o silêncio da noite, Madalena estendeu o corpo sobre o manto de folhas. Fechou os olhos, mas não dormiu.

_________________
--Zeca
Acordou com os primeiros raios de sol e espreguiçou-se vigorosamente, anos e anos de dormidas ao relento tinham-lhe endurecido o corpo e o espírito. Com um pequeno salto levantou-se, e olhou em volta. Madalena estava deitada, desajeitadamente coberta por uma fina capa, os cabelos desalinhados cobriam-lhe parcialmente o rosto. Devido à proximidade do rio e à hora vespertina, estavam envoltos por uma densa neblina, fria e húmida. Zeca estava habituado às agruras de uma vida debaixo das estrelas, sequer conseguia lembrar-se da última vez que dormira sob um tecto, já Madalena tinha o ar de quem apreciava o conforto de uma esteira, quem sabe de uma cama.

Zeca aproximou-se cautelosamente da mulher, parecia-lhe adormecida e não tencionava acordá-la, em boa verdade a última coisa que desejava naquele momento era ver a confusão daqueles olhos encará-lo. Com cuidado, colocou a sua capa sobre o corpo imóvel de Madalena, espantado com a quietude da mulher. O rosto dela transmitia serenidade e beleza. As faces eram tão delicadas, as maçãs do rosto ligeiramente róseas contrastando com a alvura da sua pele. Ajoelhado em frente a ela, Zeca estendeu a mão e afagou-lhe o rosto...

_______________
See the RP information <<   <   1, 2, 3, ..., 5, 6, 7, 8, 9, 10   >   >>
Copyright © JDWorks, Corbeaunoir & Elissa Ka | Update notes | Support us | 2008 - 2024
Special thanks to our amazing translators : Dunpeal (EN, PT), Eriti (IT), Azureus (FI)