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[RP] A Casa da Colina

William_algrave


- De certo não estamos livres dos Casterwills. Por isso é preciso que busquem a proteção da Ordem de Azure. Infelizmente, não tenho como permanecer aqui por muito tempo. Queria levar minha irmã comigo, mas ela estaria em um perigo maior do que aqui. Pensei em arranjar-lhe um casamento na França, mas temo que ela não se adaptaria, entre todas as suas qualidades há uma que é ao mesmo tempo um sério defeito. Ela tem o fogo dos Algrave. Não somos fáceis.

Ele disse entre sorridente e preocupado.

- Uma vez que nos aproximamos, e que de certa forma somos partes da mesma família, espero poder contar com você. Saiba que também poderá contar conosco sempre que precisar.

Maria_madalena
Madalena assentiu, reconhecendo a verdade nas palavras do primo.

- Os Casterwill não dão descanso a nenhuma alma, quanto mais àquelas que odeiam. A Ordem de Azure providencia alguma segurança, mas para derrotar um Casterwill... temo que seja necessário mais do que isso. No que toca ao casamento, Beatrix nunca aceitaria um casamento arranjado, é uma mulher demasiado espirituosa e viva. Acho que o casamento lhe cairia como uma guilhotina.

Bebeu um pouco mais do whisky.

- Poderá contar comigo para o que for necessário, William. O meu ressentimento para com os Casterwill não tem fim.
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William_algrave


- Fico feliz em saber que posso contar com você. Se houver algo em que eu possa ajudar enquanto estou aqui, não se acanhe em pedir. Sei que não te deram muitas escolhas e que os Nunes também foram cruéis com você. Os Algrave não são assim.

William diz, e bebe mais um gole do whisky.

- Imagino que as pessoas falem coisas, por Beatrix relacionar-se com você. Há uma certa mulher, uma tal Darcília, que anda a difamá-la. Algo sobre um tal Demétrio.
Maria_madalena
Madalena sorriu, fitou por instantes a mesa e depois voltou a enfrentar o olhar verde de William.

- As minhas relações familiares sempre foram conturbadas. Julgo que os meus anos mais felizes foram aqueles em que desconhecia todos estes graus de parentesco.

Encolheu os ombros e manteve uma expressão séria durante o comentário seguinte.

- Verdade que a minha fama me persegue, mas garanto-lhe que a vossa irmã é tida em elevada estima. - Uma estima mais elevada do que aquela que merece, pensou Madalena. - O que tem dito essa Darcília?
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William_algrave


- Ela disse disparates, acusa minha irmã de ter corrompido o sobrinho dela, um rapagão que anda desaparecido. O rapaz é mais velho que Beatrix, tem quase vinte anos, trabalhava para ela como guarda. Essa velha também fez comentários sobre o primo Arnold, o capacho de Nicole, que inacreditavelmente tem sangue Algrave. Não posso crer que minha irmã tenha se envolvido com algum destes. Velha louca.

William comentou enquanto olhava Madalena nos olhos. O que será que a velha Darcília teria contado de fato? O quanto será que William sabia a respeito?
Maria_madalena
Era em momentos como aquele que Madalena agradecia os longos anos de treino na arte do fingimento. Manteve uma expressão impassível e sorriu como se as palavras que William proferia fossem um autêntico disparate. Evitou pensar nos acontecimentos da noite de Natal, não fosse a recordação vaga dos mesmos fazê-la perder a compostura. Contudo, não podia deixar de se sentir intrigada com a revelação de William. Teria Demétrio contado à tia os pormenores? Não, não podia ser. Demétrio era um rapaz algo tímido e inocente, mas compreendia perfeitamente as implicações daquela noite na reputação de uma mulher como Beatrix, além que Darcília era uma mulher deveras púdica e temente a Jah e o sentinela saberia que contornos da ceia de Natal não deveriam ser mencionados a pessoas assim. Teria Darcília assistido à noite? O coração de Madalena sobressaltou-se ao constatar que tal seria possível. Tinham estado todos demasiado embrenhados noutras actividades, ninguém ficara de vigia. A única coisa que poderia fazer pela prima era negar veementemente, e assim o faria.

- Que parvoíce, William! - Disse quase como se sentisse ofendida por aquela insinuação. - Demétrio é um homem bastante respeitoso, seria incapaz de corromper a vossa irmã ou de ser corrompido com ela. - Mentiu de forma convincente. Demétrio revelara-se um completo depravado e Madalena tinha o pressentimento que não era necessário whisky Casterwill para o deixar naquele estado. - Arnold é recatado, algo taciturno, seria impossível que algo acontecesse. Além de que ele é demasiado velho, Beatrix nunca se sentiria atraída por um homem assim. - Quase colapsou ao recordar-se do jeito como as coxas de Beatrix envolveram Arnold, mantendo-o junto de si, enquanto os corpos se movimentavam um contra o outro. A imagem fazia-a pensar em demónios ruivos, entregues à luxúria e ao prazer carnal. - Nada, nada aconteceu. - Afirmou mais para se convencer do que a William. - Darcília é uma mulher muito religiosa, não me espanta que tenha alucinado. Julgo também que não perderia oportunidade para espalhar um bom boato, pois o marido dela passa as noites na Babilónia. - Sorriu.
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William_algrave


William ouviu as palavras de Maria e pareceu convencido com suas negativas. Ele sorriu e então continuou.

- Agora entendo melhor a situação dela. Foi exatamente o que pensei quanto a Arnold. Minha irmã não se envolveria com alguém como ele. Isso fez com que eu duvidasse completamente das palavras da mulher. Não conheço o tal Demétrio, mas pelo que me informei é um jovem bastante atraente. Onde será que ele anda? Será que foi também assassinado pelos Casterwill? Tive raiva e ao mesmo tempo pena da pobre mulher. Ela estava muito preocupada com o sobrinho.

Ele fez uma pausa e tomou um gole, secando o copo onde estava o whisky.

- Desculpe por trazer essas questões, é que ainda não consigo me acostumar com a ideia de que minha irmãzinha cresceu. Ainda por cima, quando voltei, encontrei-a a beira de um rio, aos beijos com um rapaz, um jovem militar que garantiu estar cheio de boas intenções. Fui rude e briguei com ambos. Você deve imaginar como isso foi difícil para mim.

Maria_madalena
Madalena pousou a taça de whisky sobre a mesa e sorriu abertamente para William.

- Sim, Demétrio é realmente um homem atraente. Apesar disso, nunca vi interesse romântico por ele da parte da vossa irmã. Nem outro tipo qualquer de interesse. - Esclareceu. - A tia dele não devia preocupar-se tanto, pois não seria o encontro com uma mulher que faria mal a Demétrio. Na verdade, só lhe faria bem, como a qualquer homem. - William poderia entender aquele último comentário de forma errónea, mas Madalena estava demasiadamente habituada a dar segundos sentidos às palavras para aperceber-se do que acabara de dizer.

Bateu descontraidamente com os dedos na mesa.

- Não tendes de pedir desculpas, é um prazer esclarecer estes boatos e limpar a reputação da minha prima. - Voltou a mentir, desta vez curiosa com os encontros de Beatrix com o tal militar. - Um jovem militar? Ao pé de um riacho? - Voltou a sorrir. -Essa história podeis ter a certeza que não conhecia.

Madalena não compreendia verdadeiramente o sentido de protecção de William.
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William_algrave


- Se estivesse em minha terra, esse militar não respiraria mais, pode ter certeza. Nada aconteceu pois fui interrompido por Eleazar, o líder dos Grigori. Sorte a dele, sujeitinho arrogante. Minha irmã garantiu-me que não era nada demais e saberia se cuidar. A verdade é que me considero um pouco pai de Beatrix, pela nossa diferença de idade e por ter cuidado dela quando meu pai partiu. Doeu demais tê-la deixado em um convento. Não sei até que ponto tenho o direito de controla-la, uma vez que a fiz viver tanto tempo sem mim.

William suspira, parecendo manifestar uma certa culpa pelo que houve com Beatrix, por tê-la deixado no convento. E em seguida, muda de assunto.

- Desculpe tomar seu tempo com esses assuntos de família. Gostaria que soubesse que vou fazer de tudo para descobrir sobre o crime que ocorreu com sua amiga.
Maria_madalena
Arregala os olhos surpreendida com atitude extremosamente protectora do primo. Todos os casais de namorados se enrolavam nas moitas e Madalena tinha a certeza que William não era uma excepção.

- O primo nunca esteve com uma mulher do vosso agrado em locais recônditos? - Interpelou e sorriu divertida. - A Beatrix sabe perfeitamente tomar conta de si, não me parece que esse tal militar conseguisse obrigá-la a fazer o que quer que fosse contra a vontade dela. E essa tenacidade dela é o resultado da sua estadia no convento, longe da família. Acho que tem o direito de preocupar-se, mas ela é tão capaz...

A mudança de assunto não agradou particularmente a Madalena que voltou a segurar a taça de whisky depois de beber um pouco.

- Toda a ajuda será bem-vinda, não quero deixar passar em branco um crime tão hediondo. - Baixou o olhar e fitou tristemente a mesa de madeira. - A Marilu era uma rapariga tão doce e bonita...
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William_algrave


Diante da pergunta de Maria, William atrapalhou-se. Ele que era tão seguro de si era interpelado de forma direta por Maria, o que ilustrava que nesses julgamentos costuma haver pesos e medidas diferentes.

- Não sou nenhum santo, nenhum homem o é, mas as coisas são vistas diferentes quando é com a nossa irmã.

Muito sem jeito ele sorriu. Depois desculpou-se por ter trazido um assunto tão desagradável.

- Sei que é uma lembrança ruim e muito recente a da sua amiga, mas faremos justiça, ao menos é o máximo que podemos a essa altura. Mas a senhorita precisa tomar cuidado.
Maria_madalena
Madalena apreciou o atrapalhamento de William e retrucou:

- Essas mulheres poderiam ser irmãs de alguém e sem dúvida alguma que eram filhas de alguém. Não vos lembraste disso? - Gargalhou e abanou a cabeça em negação, pois nenhum homem algum dia se lembrava daquela situação parental.

Aceitou as desculpas de William com facilidade. O primo não tinha por intenção ofendê-la ou magoá-la, apenas ajudá-la.

- Obrigada, primo. Tinha pensado em mandar reforçar a segurança nas janelas do piso térreo e contratar uma equipa de guardas. - Madalena utilizou aquela palavra, mas sabia que o primo depreenderia o verdadeiro sentido: os seus guardas eram mercenários.
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William_algrave


Ele disse brincando com ar divertido.

- Não, em verdade que não pensei nessa possibilidade. Havia coisas mais interessantes para se pensar no momento. Agora vejo a situação por outro ângulo

Diante dos comentários sobre guardas e outras medidas de segurança, William comentou.

- Fico mais tranquilo em ouvir que tomaste providências. Cuidado nunca é demais. Não creio que essa tenha sido uma ação dos Casterwill, pode ter sido apenas um fato isolado, mas mesmo assim, estamos sob constante ameaça. Não nos exponhamos a mais perigos do que o necessário.

Maria_madalena
Afinal, o primo William era como todos os homens que conhecia.

- E confrontado com uma bela mulher, a amnésia voltaria. - Piscou-lhe o olho, conhecedora daqueles assuntos.

Madalena assentiu preocupada.

- Conheci a Babilónia toda a minha vida e nunca havia acontecido algo assim. - Suspirou demoradamente. - E tudo tinha de acontecer sob o meu comando... - Esvaziou a taça de whisky, mas não voltou a enchê-la. - Não sei como teria lidado com a situação se não tivésseis aparecido. Estou imensamente agradecida pela ajuda. - Fez uma breve pausa. - O convívio com a meia-irmã no último ano ensinou-me diversas coisas, tornei-me muito mais cautelosa. Não quero que as minhas mulheres se sintam inseguras, muito menos quero espantar a clientela.
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William_algrave


- Não me considere indiscreto, mas eu também soube que você foi vítima de violência. Por isso tanta preocupação de minha parte. Não quero tomar muito de seu tempo, sei que deve ter muitos afazeres. Mas vim aqui para que saiba que pode contar comigo, com os Algrave e com os Azure. Agradeço por ter me recebido. Atentarei para seus conselhos.

Ele diz para Maria, indicando que talvez seja hora de partir, pois Maria parece ter acabado de acordar e deve ter um dia longo pela frente, e uma noite mais longa ainda.
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