- Acordou-se, era tarde da noite. Silêncio. Tudo estava escuro. Andou até as escadas. No salão, sua família. Esposa, pai, mãe, irmãs, a prima Celestis e Yochanan, vestidos de preto, de luto. no centro, um enorme esquife de gelo, ladeado de quatro velas. Desceu.
-Senhora minha mãe? - Vívian olhou para ele e depois abaixou a cabeça.
-Senhor meu pai? - Richelieu, imponente, com um coronel de visconde na cabeça, olhou para o bloco. John andou em direção a Fllora, sentada no velho cadeirão de veludo carmesim, com uma grande barriga de gravidez e Celestis a consolar-lhe. Ela olhou-lhe nos olhos, com o rosto molhado de lágrimas, e disse:
-Não devias, marido. Disse-lhe que não devias ter matado-o.
Olhou para Yochanan. Sua expressão era grave. Fitado com olhar de desaprovo, ouviu do tio:
-Que lhe disse? Disse-lhe que não deixasse o aço lhe dominar!Aproximou-se do incomum caixão. Mas quem estava ali dentro? O traje era preto, como o da Ordem de Azure. Passou-lhe o pior na mente. Matara o mestre. Mas como? Esfregou a mão no gelo e para ver a figura que ali jazia.
HORRORIZADO, VIU QUE ERA ELE PRÓPRIO! ESTAVA MORTO! Como? Por quê? O que significava aquilo tudo? O que estava acontecendo ali?
Num átimo, tudo desvaneceu. Só havia névoa cinzenta e o bloco. E de repente, a mão do cadáver rompeu o gelo e agarrou-lhe os dedos.