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Coroação de SMR Lucas I de Portugal

Darcilia


Dona Darcília estava vindo da feira e notou o alvoroço na praça. Ao ver a movimentação de pessoas bem vestidas resolveu ver o que era.

Darcília usava um lenço nos cabelos escuros, era feia, mal vestida e atarracada, mas ainda assim, vaidosamente arrumou o avental e tentou compor-se. Ali de onde estava foi acotovelando a multidão, pois alguém gritou que o rei passava.

Ela notou uma dama da alta sociedade as voltas com tomates ali naquele espaço tão solene e passou-lhe pela cabeça que a mulher estava planejando uma sem-gracice qualquer com o rei.

- Onde já se viu? Que desrespeito. Hunf!

Darcília continuava admirando o cortejo, quando vislumbrou uma cabeça ruiva de mulher. Ao ver que era a Beatrix da tecelagem ficou possessa.

- Mas essazinha tem muita coragem. Dar-se ao desfrute de aparecer em público com essa pompa toda! Depois de ter desgraçado meu sobrinho Demétrio. Ah! Mas ela me paga, essa sirigaita.

Darcíli tirou um belo de um nabo da sua cesta da feira, fez mira e sem pensar duas vezes atirou contra a cabeça de Beatrix que passava carregando a orbe real.

A arauto moveu a cabeça justo nessa hora e o nabo acertou em cheio um dos pajens, que gritou alarmado.

- Estão atacando o rei!

Darcília ainda não havia se dado conta do que estava a promover e tomada pela raiva disparou um segundo nabo que bateu na cabeça do senhor Yochanan, que se deu conta do que estava a acontecer.
Yochanan


Um dos pajens havia sido acertado por nabo em plena cerimonia de coroação do Rei, o Viana temeu pela segurança da comitiva real. Não lhe foi possível discernir dali se o jovem era a vitima pretendida ou apenas a vitima de uma má pontaria do atacante. Mas o grito de "Estão atacando o rei!" foi suficiente para transformar aquela solenidade em grande alboroto.

Momentos depois um segundo nabo lhe atingia a cabeça. - Às armas! Protejam o Rei! Ao Palácio!! - foi questão de momentos entre o golpe e que cercado pela guarda de honra o Rei foi levado de regresso à segurança do Palácio, seguido pelos Arautos e os membros do clero, em meio a brados de calma e paz e vegetais voadores.

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John_of_portugal


O conde que se encontrava sentado à espera do desenvolvimento da cerimónia, ficou impávido e sereno, enquanto os esvoaçante nabo atingia o medroso pajem e o histerismo explodia na guarda real. Sumamente divertido com o sucedido o nobre levantou-se do seu lugar e após ordenar ao seu serviçal que carregasse o seu confortável assento, colocou as mãos nos bolsos dirigiu a palavra à dama Ludie:

Caríssima dama nunca pensara eu ouvir falar, quanto mais ver, a realeza escapulir-se perante um nabo pseudo homicida. Estranhos correm os dias no nosso Reino. Visto não haver cerimónia aceita o convite para ir-mos à taberna mais próxima comer alguns nabos cozidos? É nosso dever patriótico dar caça e devorar esses atentatórios tubérculos.

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Alminha
Enquanto se deslocava por entre a multidão- esta gosta muto duma multidon toda distraidinha-, no seu desporto preferido- a caça à bolsa- vê cair a seus pés um grande legume branco, já um pouco amolgado.

Toma-lhe o peso e acena com a cabeça em agrado, já pensando na sopa da noite, e instintivamente guarda o nabo num dos vários bolsos escondidos nas pregas da sua saia.

As cores exuberantes de um belo manto chamam-lhe a atenção mais à frente e ela dirige-se sorrateiramente à sua próxima vitima...
Beatrix_algrave


Beatrix estava a ser alvo dos nabos e nem se dera conta, até ser empurrada pelo pajem que levou a primeira "nabada" na cabeça e que quase a fez derrubar a orbe real. Será uma pena se a orbe caísse e rolasse ao chão como um nabo maduro.

Ela a segurou com firmeza, temendo o pior e protegeu-se atrás do Rei de Armas que por isso levou o segundo nabo. Só então Beatrix percebeu a fonte daquele ataque desvairado de legumes voadores. Era dona Darcília, a tia maluca de Demétrio e esposa de Joaquim, um ávido frequentador da Casa da Babilônia. Maria Madalena já lhe contara algumas histórias a respeito, mas aquilo passava de qualquer limite quanto à descrição da loucura de Darcília.

- Não, não pode ser aquela louca.

Beatrix murmurou enquanto era levada, empurrada pelo cortejo real para dentro do palácio. Não só o rei tinha que ser protegido, mas também as jóias da coroa, às quais ela estava carregando. A coisa ganhara proporções inimagináveis.

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Darcilia


Ao errar o segundo arremesso, Darcília ficou vesga de raiva, o que a tornava ainda mais pavorosa. Notou que Beatrix se escondia atrás do Rei de Armas, mas conteve um terceiro ataque ao perceber que as coisas tinham se tornado deveras caóticas, fugindo totalmente de seu controle.

Diante do grito do pajem, vítima do seu primeiro ataque, houve um grito de alarma. A coisa se transformara em uma ameaça a integridade real e não em uma desavença pessoal entre Darcília e a tecelã.

Darcília se arrependera da sua loucura mas agora era tarde.

Alguns moleques ao verem os gritos começaram a jogar coisas no cortejo. Coisas que eles acharam no chão e nos bolsos, coisas que alguns trouxeram dentre os restos da feira.

Assim, logo ao nabo somaram-se tomates murchos voadores, repolhos de precisão e toda sorte de hortifrútis se somaram àquela vasta munição.

Antes de passar pela porta do palácio, Beatrix ainda viu um pedaço de pão duro como uma pedra passar zunindo perto da sua cabeça. Por pouco que um ovo não tingiu o elegante tabardo do arauto John Rafael. Era preciso sair dali.

Aquilo passara dos limites e agora os nobres também eram alvo da turba de moleques que adoravam uma bela algazarra. Uma nobre senhora teve seus chapéu atingido por um resto de maçã. Uma laranja já devidamente chupada encontrou o peitoral da armadura de um nobre cavaleiro. A molecada só cessou seu ataque quando finalmente o último membro do cortejo adentrou o palácio.

Quanto à Darcília, ela caminhava agarrada à sua cesta, torcendo que ninguém suspeitasse que fosse ela a causadora do tumulto.
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