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[RP] Cerimónia de Inauguração da Ordem da Bússola d'Ouro

Monsterguid


O velho Conde-Vigário sorriu após ouvir as palavras de seu amigo Prior. Talvez o velho reino de Portugal nunca tenha recebido tamanha inteligência quanto recebera na contemporaneidade, pois muitos eram os jovens com ideias significativas.

- Realmente, Jah é bondoso para com seus filhos, pois deu-me a oportunidade de o rever, caro Yochanan. E vê-lo bem, na plenitude da idade e nas funções que lhe são mais que merecidas. Deu-lhe dois leves tapas no ombro esquerdo. - Precisamos de um tempo maior para conversar, mesmo assim, coisa ou outra podemos adiantar ainda hoje, durante o jantar.

Assim que as belas damas o foram apresentadas, o clérigo fez nova vénia.

- É um prazer estar na presença de Vossas Senhorias! Dama Beatrix Algrave eu já tive o prazer de conhecer anteriormente, e posso afirmar que é sempre uma honra revê-la.

Ao distanciar-se um pouco - não sem antes pedir as devidas licenças -, o Vigário foi cumprimentar sua tia com um beijo em suas mãos.

- Tia, peço-vos perdão. Não saio muito de Aveiro, gosto de minha biblioteca e da vida simples que levo. Poucas vezes durante o ano visito meu Condado, pois é sempre necessário para dar notícia ao povo de que ainda continuo vivo. Ao ouvir a intervenção, o clérigo ficou curioso. - Titi, vais matar este clérigo de curiosidade! Precisamos conversar, realmente. Quando quiseres deixar a cerimónia, avisa-me.

Antes que pudesse se despedir de sua amada tia, foi interceptado por outra grande amizade.

- Minha querida Marih, há quanto tempo não a vejo. Disse, enquanto abria os braços para um abraço apertado. - Tenho de dizer que é muito bom que tenhas vindo. Reservo uma das danças para ti?

- Veja só quem aproxima-se
Disse, em abrupto. - Talvez meus olhos me enganem, mas é a querida Amber! Outra dama que também não vejo há muito tempo. Hoje está a ser um dia realmente excelente.

Ao ver que parte dos convidados entravam para a residência de Óbidos, o clérigo convidou as damas amigas para que entrassem com ele. Ficar muito tempo em pé lhe era cansativo, o peso a mais lhe trouxe prejuízos. O peso acumulou-se com o tempo, e os problemas derivados dele também. De onde estavam - os jardins - já era possível ver a imponente entrada da residência. A distância era curta, e os passos foram fortes o suficientes para chegar até o portão antes mesmo que percebesse. Possivelmente a felicidade de rever os amigos e parentes lhe resgatou a juventude de outrora, que permanecia no sangue Albuquerque, mas que o corpo corruptível perdia as capacidades de o liberar em completude.

Já dentro do Castelo, o clérigo foi recebido por seu sobrinho. Não podia, por impedimento eclesiástico, ter filhos, mas Sylarnash sempre foi seu herdeiro e braço direito em todos os momentos.
Este momento, a inauguração da Ordem, lhe era o cume da primeira parte da vida, e acreditava que em breve ele alcançaria ainda mais. Bons homens eram necessários em todos os lugares, e Sylarnash era o mais bem preparado para receber as funções dotio no momento de sua reforma.


- Bons olhos o vejam também, Monsenhor! Vejo que a hospitalidade Albuquerque é realmente uma herança de nosso nobre sangue. O velho aproximou e sussurrou. - Tenho boas notícias para ti, vindas de Roma. Depois da curta frase, retornou à posição anterior. - Antes de qualquer coisa, agradeço à disponibilidade e, devo dizer, sinto-me honrado pela condecoração que me cedeste. O tempo é bom demais para alguns, e cruel em igual proporção para outros. Jah o abençoe pela acção.

- Vou andar um pouco pela residência e ver as tuas riquezas, Monsenhor. A sede de um governo próspero como este deve ter algum segredo físico e um metafísico, o físico desconheço, talvez seja a localização, mas o metafísico é evidente: Jah.

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Marih


Ao ouvir as palavras do amigo, Marih abre os braços e abraça bem apertado, matando as saudades..Meu querido quanto tempo, quanta saudade..é claro que vamos dançar sim, alias se assim não for, ficarei chateada ..Diz Marih ao Guido, sorrindo sempre..
Após cumprimentar seu querido amigo, Marih avista a ruiva e sorri, indo em sua direção..

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Celestis_pallas


- Que imensa alegria poder revê-la, Irises! Nunca me esquecerei daquela interminável faxina em sua residência! Pois são os momentos mais corriqueiros, que às vezes nem damos valor, os mais recordados!

Deixou para abraçar Yochanan por último, tinha muito a dizer-lhe e também tinha muitas saudades a suprimir em seu aconchegante ombro paterno. Apesar da correria, conseguiu citar algumas paragens visitadas e pessoas incríveis que conhecera, mas que talvez nunca mais reencontre. Também mostrou-se feliz ao perceber que o Porto estava quase como o deixara, inclusive, as pessoas que já conhecia.

Notou que Beatrix olhara para si e talvez esboçara um movimento em sua direção. No momento oportuno, certamente seria devidamente cumprimentada. Estava elegantemente vestida. Também vira Marih, a mãe de sua querida madrinha e necessitava revê-la tão logo conseguisse.

Uma dama em especial chamara a sua atenção. Era Madalena e também trajava vermelho, o que Celestis considerou, inevitavelmente, como de extremo bom gosto. Talvez a conhecesse, não sabia bem de onde. Ainda estava a pensar em quais partes de suas viagens contaria a seu pai e talvez fosse de bom tom omitir certos eventos. Caso realmente a conhecesse, esperaria o momento oportuno, mas de qualquer forma simpatizara-se com a jovem.

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Maria_madalena
Madalena retribui o abraço da prima com efusividade e corou ligeiramente quando Beatrix lhe elogiou o vestido, informando-a prontamente:

- Foi a Nicole que mo ofereceu. - disse passando as mãos pelo delicado tecido e alisando a saia.

Aceitou a taça de vinho tinto que Beatrix lhe ofereceu com um sorriso e beberricou um pouco do líquido, desfrutando do sabor ligeiramente frutado.

- Não perderia este evento por nada do mundo. - o seu olhar percorreu o salão e um sorriso travesso surgiu-lhe no rosto. Um lugar como aquele, repleto de homens nobres e ricos, era o local de eleição para uma mulher como ela. Tinha a certeza que Beatrix tinha compreendido os pensamentos que lhe surgiam naquele momento.

- Falamos por carta, confirmou-me que vinha, não deve tardar a chegar. - contemplou o rosto da prima por breves momentos e comentou - Pareces-me cansada...
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Tiaguuuh


O Barão de Castelo de Paiva andara aqueles dias completamente atarefado e por isso Tiaguuuh ansiava por aquela cerimónia. Queria voltar a estar junto de alguns dos seus familiares e amigos e definitivamente sair da tensão que vivia nos últimos dias. Tiaguuuh Miguel deixara bem definidas as ordens a seguir durante a sua ausência, e partiu para as suas propriedades feudais em Castelo de Paiva. Acompanhado pela belíssima Ava, sua namorada, o atual Tesoureiro Portuense durante a viajem tentava já adiantar relatórios e afins para que não se atrasar muito nas suas funções. Ava dá um beijo e lhe diz:

-Tu preocupas-te de mais com o trabalho.

E realmente estava o barão estava preocupado! Não conseguia o Miranda d´Albuquerque pensar em quase mais nada que senão no Trabalho que deixara para trás; estava tenso mas a sua companheira fazia-o relaxar o quanto podia.

Quando Tiaguuuh chegara a Castelo de Paiva, para realmente eles se prepararem, o Barão reparou que não tinha ainda a menor ideia como se vestir. Tiaguuuh começara então por retirar do seu armário um chapéu de penas importado de Flandres trazido por um mercador Irlandês com o qual tinha extremos contactos durante o período de produção dos seus vinhos, e um colete preto de couro que lhe assentava que nem uma luva. Pensava Tiaguuuh: -Não estarei eu a começar pelo fim? De facto o Albuquerque, estava um pouco cabeça no ar, então escolheu umas meias brancas e vestiu umas calças azuis e vermelhas à escocês, combinando perfeitamente com uma camisa vermelha com colarinho branco e por cima vestiu o colete e completou com um belo manto roxo com pintas pretas em fundo branco por dentro, que o seu primo Sylarnash lhe aconselhara a experimentar. Por fim calçou as botas acastanhadas e abrilhantou-se com o formoso chapéu de penas. Como cereja no topo do bolo, perfumou-se com um delicado perfume oriental que a sua amiga e colega Anokas lhe oferecera nos seus anos. Tiaguuuh olhava-se ao espelho de vaidade, e apesar de o seu estilo acabar por ser um pouco estranho esquecera-se das suas preocupações com tanta vaidade. Ava observava-o e ria-se de tanto aprontamento, e o Barão deu-lhe repentinamente um beijo apaixonante e pergunta-lhe:
- Já estás pronta?
- Já há mais de meia hora seu pomposo! Respondia Ava.
Tiaguuuh cora e depressa lhe dá outro beijo. De seguida depois de terem mandado preparar o seu belo e apertadinho coche para duas pessoas, Tiaguuuh e Ava embarcam então para Óbidos, condado de seu primo onde iria ser medalhado pela ordem na qual iria trabalhar em prol do país.

Dormia descansado Tiaguuuh no colo de Ava quando chegaram a Óbidos, depois de uma longa viajem. O cocheiro conduzia-os então nos últimos momentos de viajem pela entrada do Esplendido Castelo de Óbidos onde iria decorrer a cerimónia. Lá já teria vivido o Grandioso Rei Nortadas, tio de Tiaguuuh , e a partir de sua morte, o seu primo Sylarnash realmente tinha dado conta do recado e fez daquelas terras, terras fartas, coisa que Tiaguuuh ainda não tinha conseguido em Castelo de Paiva, devido também ao seu desleixo mas também às sua ocupações na cidade do Porto.

Parou então a carruagem perto de onde se realizava a cerimónia e prontamente Tiaguuuh ajudou Ava a descer do coche. Seguidamente foram abordados por um criado da cerimónia para que fossem servidos, mas como Tiaguuuh não tinha fome, apenas bebeu um pouco de água fresca para o avivar da delongada viagem.

Tiaguuuh logo tinha avistado alguns dos seus familiares e amigos. Primeiramente, avistou Irises que logo a reconheceu, cumprimentou-a logo de seguida e sorriu. Perto dela estava também o seu Irmão Kalled que lhe deu um aperto de mão já que também iriam ser colegas nesta nova ordem. Seguiam-se logo os seus tios Albuquerque, Guido e Gwen, que Tiaguuuh os adorava. Há tanto tempo que Tiaguuuh não os via que ele pensava: -De certeza que a tia Gwen me deserdou, não falha! Ao tio Monsterguid beijou-lhe o enorme anel eclesiástico e lhe disse: -Tio Fico muitíssimo contente de o ver de novo, parece-me mais fidalgo não? Sorriu ele por momentos. De seguida Tiaguuuh cumprimentou a sua tia favorita com muita alegria. – Já tinha muitas saudades suas Tia, é impressão minha ou parece mais jovem? Brincava assim Tiaguuuh com delicadeza. Depois de por momentos os seus tios observarem a jovem moça ao seu lado, Tiaguuuh anuncia-lhes: -Gostaria lhes apresentar a minha namorada, a Ava. Por momentos se apresentavam e de seguida o Barão deu-lhe um abraço ao seu primo Sylar, talvez não fossem atos muito ordinários para a ocasião em questão, mas Tiaguuuh fazia questão de o cumprimentar fervorosamente, pois raramente se viam e para além de primos estabeleciam uma amizade muito sólida. Finalmente cumprimentou também alguns dos outros seus conhecidos presentes na cerimónia e permaneceu junto de sua amada e perto de seus familiares.

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Ava
Finalmente chegou o tão esperado dia para Tiaguuuh.

Há uns bons tempos que só falava da cerimónia e de regressar às suas propriedades em Castelo de Paiva para substituir a criadagem.

Ava não consegue descansar durante viagem, vai o caminho todo ansiosa por finalmente conhecer toda a familia do seu amado.

Também tem medo que Tiaguuuh descubra que conseguiu esconder os puffins nas malas e os levou para que estes pudessem conhecer um sitio novo e não se sentirem tão tristes com a sua ausência.

Chegou a hora da saída para a cerimónia.

Ava vai chamar TIaguuuh ao quarto de vestir.
Qual Rei, qual Nobre ou Fidalgo! Tiaguuuh encontrava-se todo vestido à altura da cerimónia, o que deixou Ava envergonhada e a pensar que o seu vestido parecia um trapinho de limpar chão...

Mas agora não havia nada a fazer, apenas respirar fundo e seguir para a Cerimónia... Finalmente chegaram.

Ava da um último beijo a Ti e pensa no quanto está orgulhosa dele, respira fundo, sai do coche e deixa que toda a familia a conheça, na secreta esperança de ser aceite por todos...
Beatrix_algrave


Beatrix ouviu as palavras de Madalena e notou-lhe o olhar maroto de quem observava o salão, como se avaliasse o ambiente e principalmente seus frequentadores. Ela já a conhecia tempo o suficiente para compreender o significado sutil das suas palavras. Beatrix sorriu em resposta e corou um pouco ao imaginar as intenções da meretriz.

A verdade é que comparada à Madalena e Nicole, Beatrix era bastante ingênua, mas certamente não era tola. Ela sabia também que caso Madalena buscasse entre aqueles homens de nobreza e recursos, algum potencial cliente, o faria com a graça e a discrição exigidas.

Ela recebeu com satisfação a notícia de que Nicole viria.

- Só espero que ela não traga nenhuma "surpresa Casterwill".

Beatrix murmurou entre um gole e outro de vinho. Ela preferia um sabor mais seco e adstringente, mas sabia apreciar também aquele estilo mais suave e frutado, comum àquela região.

Ao ouvir Beatrix referir-se a "surpresas Casterwill", Madalena poderia muito bem supor que ela estava a se referir à aparição de Lilith no batizado de Anglys, a afilhada de Beatrix.

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Palladio


A jornada foi longa, e o andar descalço já começava a ser uma tortura com alguns anos, mas felizmente o quente chão em terra batida com pequenas pedrinhas, que más que elas eram, transformaram-se em frias e pálidas lajetas de mármore. E a luz que incendiava a atmosfera, deu lugar a uma penumbra, que só deixava reluzir os frios metais, desde dourados a prateados.
O portão, charneira de oposições de acontecimentos, demarca e fazia desenrolar o resto da história - finalmente, tinha chegado.

Palladio, ou coisa parecida,- hum... dado que talvez se chamado por este nome, ele não atenderia, fosse melhor o popular termo "Vagabundo", sendo de esperar que a nobreza não se importe - como todos os homens, gosta de inaugurações, onde tudo é à grande e as pessoas sorriem de um lado para o outro... Portanto, o vagabundo enche o peito, sorri e anda como um galo de um lado para o outro, onde vai cumprimentando mui cordialmente primeiramente os conhecidos...

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By Aalish - Thanks =)
Irises


Irises não tinha muito traquejo social, e por vezes fazia um esforço enorme para manter a postura digna de uma Ávila Guimarães, da origem da família herdada de seus antepassados.
Sabia como proceder, mas por vezes tinha vontade de abraçar nos momentos em que não podia, ou não fazer conta de pessoas que, ela sabia, não gostavam dela e a cumprimentavam com falsa polidez.

Tiaguhh e Ava eram parte do primeiro grupo, e a ruiba não se fez de rogada, abraçando a ambos e, em sussurro, recomendando o vinho tinto!

Depois de ver os amigos entrarem, felizes, apaixonados e bem recebidos, notou a presença de Yochanan a observá-la. Sorriu para ele, e o convidou a caminhar pelo jardim.

Foi quando ela notou a presença de Palladio.
Sempre ficara intrigada com tamanhas divergências. Seria ele um vagabundo sem pátria ou lar? Era o que se costumava dizer, mas se fosse, teria assumido uma função importante como a de Juiz do Condado do Porto?
Na verdade, á ruiba pouco importava o que quer que fosse ou tenha sido aquele que se intitulava "vagabundo". Para ela, por várias demonstrações de apreço e amizade, era ele um amigo.

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♥by Yoch♥
Lady_moon
A indecisão perdurara nos pensamentos da jovem Casterwill durante a viagem até Óbidos, questionava se seria uma boa ideia comparecer na cerimônia, talvez por ser o último dia que teria em sua companhia Adrian, antes que este viajasse para Inglaterra, duvidava veemente que o reencontrasse brevemente, os negócios do clã eram dirigidos firmemente por ele, impedindo uma longa ausência pelo bastardo, e também seria a primeira vez que um Casterwill apresentava se frontalmente perante a Ordem.
No quarto da estalagem, Nicole banhava se sendo observada por Adrian que permanecia no leito, algo comum nos últimos encontros dos dois Casterwill. Algumas horas depois, Nicole vestia um vestido azul escuro com detalhes entrelaçados em fios de oiro, um presente provindo de Inglaterra, concretamente por seu avô, os seus cabelos negros caíam livremente em seus ombros, um colar de adornado com pedras preciosas ajustava se em volta do pescoço alvo da Casterwill,tal como Nicole, Adrian vestira-se como um típico nobre inglês.

Adrian e Nicole partiram em direção à Ordem da Bússola de Ouro, pelo caminho surgira contratempos, obrigando os a chegar um pouco atrasados à cerimônia.

Na entrada avistara Irises, Yochanan, John, e uma rapariga lhe desconhecida, a voz de Adrian a obrigara a desviar a atenção deles.


-What is your plan?- Nicole ofereceu lhe um sorriso temente e recolheu para si e para o seu acompanhante duas taça de vinho.

-Apenas divertir me…com o inimigo.- Deu um gole de vinho e desviou a sua atenção para a sua irmã e prima.-Finally...
Com o passo um pouco apressado dirigiu se a Beatrix e Madalena, desde aquele dia fatídico, evitava conversar com elas sobre os seus planos para com Casterwills.

-Hello ladies...-Erguera o sobreolho perante o cumprimento suave de Adrian, ele era tudo menos cordial.

Qual é o seu plano?
Finalmente
Olá damas

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| Clan Casterwill | Clan Nunes | |Les Nabis Artist|
Maria_madalena
O rosto de Madalena adquiriu contornos sérios e preocupados assim que a sua prima fez menção a "surpresas Casterwill", bebeu um longo gole do vinho e tentou controlar os pensamentos sobre Lilith, Adrian e Michael que lhe iam surgindo. Além da sua irmã, Nicole, aqueles eram os únicos Casterwill que conhecia e a perspectiva de ser introduzida a outros ou até mesmo rever os que já conhecia deixava-a ligeiramente desconfortável.

- Bonitos e letais... - murmurou numa voz muito baixa e com os olhos fixos no resquício de vinho que manchava o fundo do copo.

Pelo menos a sua prima, Beatrix, fazia com que se sentisse mais segura e apoiada.

Um leve restolhar de saias e movimento à sua frente, fez com que Madalena erguesse os olhos, na sua direcção vinha Nicole e um homem esbelto de cabelos negros e olhos azuis, evidentes traços Casterwill, que a meretriz reconheceu de imediato. O seu batimento cardíaco acelerou e Madalena trocou um olhar com a sua prima dizendo-lhe em voz baixa:


- Surpresas Casterwill...

No momento seguinte, eles estavam à sua frente.

- Hello ladies...

Madalena manteve o rosto inexpressivo e cumprimentou-o com um ligeiro aceno de cabeça:

- Um prazer rever-te. - mentiu sem contudo trair o disfarce com expressões faciais, a sua voz convicta e firme.

- Querida irmã. - disse-lhe enquanto a abraçava.
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Beatrix_algrave


Beatrix não podia deixar de notar a chegada de Nicole, acompanhada de um homem vestido a inglesa. Aqueles cabelos escuros e aqueles traços denunciavam de imediato a procedência Casterwill.

Quando ele se dirigiu a Beatrix e a Madalena em inglês perfeito, não lhe restavam mais dúvidas.

Aquele era de fato um belo homem, de boa estatura e que se vestia muito bem. Nicole como sempre, estava bela e impecável, naquele vestido azul escuro com detalhes de fios de ouro, que era um excelente exemplar do estilo tudor. Podia apontar-se inúmeros defeitos aos Casterwill, menos que lhes faltava elegância.

A entrada daquele casal despertou atenções no salão, que a essa altura já possuía um bom número de convidados.

Beatrix ouviu as palavras de Madalena e concordou com um ligeiro meneio de cabeça. O vinho em seu copo estava pela metade, e ela entornou um bom gole, secando-o por completo. Preferia naquele instante que fosse uma boa dose de whisky a lhe queimar a garganta.

Diante do cumprimento de Adrian, Beatrix adotou uma postura similar a de Madalena. Em seu rosto inexpressivo, ela mantinha no entanto, duas chamas verdes que chispavam e encararam o "demônio casterwill", impassíveis. Ela lembrava bem do encontro desagradável com Lilith Casterwill e não recuaria nem baixaria a guarda.

Ela retribuiu o cumprimento cortês com um aceno de cabeça que era uma vênia discreta. Não deixou de notar que o olhar frio daquele homem lhe dava calafrios. Ele era belo sim, mas era principalmente assustador. Aquilo certamente era um mau presságio.

Deixou que Madalena cumprimentasse Nicole primeiro, e só então dirigiu-se a prima.

- Olá! Prima, estava justamente perguntando por você, se viria à festa.




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Marramaque


Marramaque acorda na cama da estalagem onde se encontrava para ir para a cerimónia de inauguração da ordem.
Levanta-se calmamente, veste-se e vai para a sala de jantar, para tomar o seu pequeno almoço. Pede algo para comer, ao que a empregada lhe responde:

- Já não estamos a servir pequenos almoços, já é muito tarde. Mas se quiser posso lhe arranjar algo.

-Como assim não servem pequenos-almoços? - Pensou Marramamaque carrancudo - Traga-me algo para matar a fome então - Disse de forma algo agressiva.
E a minha sobrinha, já acordou? - Perguntou

Ainda não, senhor reverendo - Respondeu a empregada, retirando-se.

A sua sobrinha predileta tinha-o acompanhado. Insistiu imenso dizendo: "Por favor tio, leva-me também. Vá lá. Já sabes que gosto dessas festas com pessoas importantes e nunca me levas! Vai lá estar toda a gente menos eu!"

Talvez não tenham sido estas as palavras exactas, mas servem para mostrar a vontade da rapariga de ir à festa. Marramaque, que já conhecia D. Sylarnash há muitos anos, sabia que este não se importaria de mais uma pessoa na festa. Assim sendo, levou a sobrinha consigo.

Enquanto esperava pela sua refeição foi à rua esticar um pouco as cansadas pernas. Ao olhar para o sol, fez as suas contas e pensou, dizendo para si, como se fosse ignorante:

-Espera aí... É meio dia... Oh meu Jah, estou atrasadíssimo!

Voltou a correr para a estalagem e gritou:

Arranje-me algo para comer na viagem! Para mim e para a minha sobrinha! Oh meu Jah, já vou chegar atrasado!

Dito isto, corre para o quarto onde estava a sobrinha, bate à porta fortemente e grita:
Arranja-te rápido e anda embora! Já estamos atrasadíssimos!

Marramaque correu para o seu quarto a arranjar a mala e trouxe-a para a entrada. Pagou a conta e guardou numa mala mais pequena alguns mantimentos para a viagem. Quando se encontrava a fazer isto, chegou a sua sobrinha que disse:

Para a próxima chama-me mais cedo, tio!

Marramaque quase nem ouviu e fez sinal para se dirigirem os dois para a carruagem que os ia transportar.
A estalagem não ficava muito longe da cidade de Óbidos. Cerca de quatro horas numa carruagem com cavalos frescos e vivaços. No entanto, já era tarde e Marramaque tinha a certeza que ia chegar atrasado. Já estava um pouco mal humorado.
Tirou a merenda para si e para a sua sobrinha que comeram enquanto faziam a viagem. Pouca conversa foi feita. Talvez pelo cansaço de uma noite pouco dormida, talvez pela má disposição causada pela falta de cumprimento de horários. No entanto, Marramaque foi sempre carinhoso para com a sua sobrinha, acolhendo a pequena sempre que esta mostrava necessitar. Marramaque teve até a impressão que Juana adormeceu por alguns minutos no seu ombro.

Chegados a Óbidos, vendo ao longe os jardins decorados disse para a sua sobrinha:

Estamos quase a chegar. Olha ali - Disse apontando para os jardins - Já se vêem os enfeites da festa. Estás contente?

A sobrinha nem respondeu de tão concentrada que estava. No entanto, Marramaque reparou nos olhos brilhantes, ligeiramente lacrimejantes da sua sobrinha, que mostravam o contentamento desta por participar numa festa daquelas.

Chegados à festa de inauguração, começam a cumprimentar os conhecidos. Marramaque fez questão de se dirigir a Sylarnash, uma vez que já se encontrava atrasado, pedindo desculpas ao mesmo pelo seu atraso, ao mesmo tempo que contava a história da sobrinha. História essa que Sylarnash pareceu compreender e aceitar.
Após isso, Marramaque e a sua sobrinha dirigem-se aos seus conhecidos e familiares, cumprimentando o seu irmão mais velho, Kalled, e a sua irmã mais nova, Irises, ficando os quatro na conversa por alguns minutos.
Juana.


Depois de acordar com a agitação do tio Juana prepara se depresa, era o dia da cerimónia de inauguração da ordem onde o seu pai e tio pertenciam, cerimonia este que ia estar cheia de pessoas importantes e ilustre de todo o reino e Juana não queria perder por nada.

Ao entrar na carruagem Juana fica encantada com o seu interior, não estava habituada a espaços tão luxuosos,mas o melhor veio quando o tio mostrou a "pequena" merenda que trouxera, bolos e mais bolos .. Já de barriga cheia encostou-se ao ombro do tio e adormece por momentos...


"Estamos quase a chegar. Olha ali "

Acorda com as palavras do tio e olha pela janela da carruagem. Por momentos sente o tempo a parar, fica olhando para o grande e colorido jardim,nunca tinha visto nada assim tão belo.

"Já se vêem os enfeites da festa. Estás contente? "

Sim tio .. Vejo...é ..é..suspira por momentos enquanto olha tudo á sua volta.
é tão bonito. Obrigada tio por me trazeres.

Juana sai da carruagem com muito cuidado para não estragar o vestido que tinha comprado especialmente para a ocasião. Mete o seu braço em volta do braço do tio e segue até ao grande salão da festa.

Ao entra vê mesas cheias de boa comida e faz um pequeno sorriso maroto ao pensar Tanta comida para eu lev....provar.

Voltando se para a beleza e grandeza do espaço.. Segue com o seu tio e vai cumprimentando todos com uma vénia. Aproxima-se do seu pai e dá-lhe um beijinho e diz-lhe gentilmente: Pai estou aqui neste dia importante para te apoiar. De seguida vê a sua querida tia, aproxima-se e faz lhe tambem uma vénia Aprendi a fazer vénias com a melhor professora que poderia ter, obrigada tia.Diz feliz ao ver a tia.

Sem ninguem reparar começa a tirar uns bolinho vai comendo enquanto vê mais mais pessoas chegar.
Aproxima-se do tio e diz-lhe:Tio obrigada por me trazer,estou muito feliz mesmo. Adoro-o muito

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Yochanan


Yochanan havia estado pensativo desde que deixou a John e Celestis e acompanhou Irises a um passeio pelos jardins da propriedade. Ele havia visto de relance a dois novos convidados que chegavam, um deles ele reconheceu imediatamente, era Nicole uma das arautos do Colégio Heráldico, mas ainda mais, uma pessoa de interesse da Ordem de Azure. O outro lhe pareceu conhecido, não soube saber de onde, mas tinha quase certeza que deveria ser um Casterwill, como o era Nicole.

A ambiciosa família inglesa era uma antiga inimiga da Ordem da qual era Prior, e os embates entre ambos durante a geração anterior haviam causado suas perdas em ambos lados, mas o Viana agora estava tentando uma nova abordagem para resolver esse antigo conflito.

O sorriso de Irises afastou por momentos os pensamentos nefastos que lhe haviam acometido, e o caminhar pelo jardim ao lado dela lhe deu a paz para não fazer nada precipitado. Realmente providencial foi aquela saída pois encontraram com Palladio, um verdadeiro portuense, a quem Yochanan fez questão de cumprimentar.

- Bem vindo a Óbidos, Dom Palladio, é uma honra para os portuenses que cá estão contar com vossa presença nesse evento que celebramos no dia de hoje. - lhe disse com um sorriso sincero.

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