Afficher le menu
Information and comments (0)
<<   <   1, 2, 3, ..., 7, 8, 9   >   >>

Casa n.º 11 - Solar dos Espinheiros

Criado_gilafonso


O tempo passa. O seu amo tinha partido com o primo de regresso ao solar da família. Mais uma vez ele tinha a casa à sua responsabilidade, como sempre, tratava de tudo como se o seu amo lá estivesse. Nada serviria de desculpa para não fazer o seu trabalho que tanto gostava.

-----------------------------

Entretanto em Alcobaça, uma nova etapa da vida aguardava o seu amo. Ficara decido que iria ser baptizado e essa seria a ocasião para uma grande festa, com algumas surpresas pelo meio,
Dinis_de_camoes
------------------------------------------------------------------------------------------

Entretanto em Alcobaça

------------------------------------------------------------------------------------------




Era a véspera do baptizado de Dinis, por isso ele e a família decidiram fazer uma pequena celebração na taverna de Morgana. Conforme tinham combinado Dinis encontrou-se lá com Lorena. Assim de forma mais informal ficava a conhecer a família.

Depois de sairem da Taverna ~*~O Templo da Deusa~*~, Dinis e Lorena passeiam pela vila. Aqui e ali Dinis apontava-lhe os locais onde se divertira em criança e dos quais ainda hoje sentia pavor.

- Aqui é o Internato para as crianças rebeldes. O meu irmão Beau passou aqui uma longa temporada. Traquinices de miúdos que deram p'ro torto. - diz-lhe - É um local medonho...

Percorrem a vila e ao fundo ja se dislumbram as primeiras árvores do Pomar.

- Vamos?




{mumia}: movido a pedido do autor
_________________

O Solar dos Espinheiros - Casa n.º 11 - Consultório
Lorena_davila
Lorena estava encantada com a vila. Realmente vê-la de passagem não era o mesmo que ter um guia para quem cada local dizia tanto e estava tão repleto de memórias. Dinis revelou-se um exímio contador das peripécias que por ali tinham acontecido e ela não se cansava de o ouvir e de olhar o seu rosto, mal iluminado pela parca luz das ruas.

O Pomar desenhava-se ao fundo e ela deu-lhe a mão:

- Vamos!

Árvores de fruto, algumas ainda em flor, outras já com pequeninos frutos começavam a aparecer, cada vez mais ordenadas e mais espessas.
_________________
Dinis_de_camoes
Percorrem o Pomar. No meio, numa clareira povoada por ervas e flores, que com a luz do luar, não eram mais do que pálidas sombras indecifráveis, Dinis pára, colhe duas maçãs de uma árvore ali perto e senta-se no chão. Com a mão indica a Lorena para que se sente junto dele.

- Nunca sonhei que um dia estaria assim aqui, com alguém tão especial como tu.
_________________

O Solar dos Espinheiros - Casa n.º 11 - Consultório
Lorena_davila
Lorena sorri-lhe e olha-o. Tira-lhe uma das maçãs das mãos.

- Nem eu. Mas estes momentos é que fazem tudo valer a pena.

Delicadamente, dá uma trincadela na maçã. Um sumo doce alcança-lhe os sentidos. O piar de um mocho rasgou a noite e ela aspirou o ar perfumado do pomar. Fechou os olhos e, com a sua mão, alcançou a de Dinis.
_________________
Dinis_de_camoes
Dinis sorri, observa o seu rosto iluminado pelo luar e sente os seus dedos a serem suavemente entrelaçados pelos dedos de Lorena. Sem conseguir resistir, toca com os seus lábios nos dela e rouba-lhe um fugaz beijo.
_________________

O Solar dos Espinheiros - Casa n.º 11 - Consultório
Lorena_davila
A rapariga deixou-se ficar por momentos com os olhos fechados. Mordeu o lábio inferior e sorriu. Aquele beijinho roubado deixara-a com o coração a bater descompassado e quase que podia ouvi-lo misturado com os sons da noite.

Abriu os olhos. A lua altiva iluminava-lhes as feições e não pode deixar de adivinhar o sorriso dele e ver como ficava bonito quando sorria. Encostou novamente os lábios aos dele, desta vez num beijo mais demorado.
_________________
Miss_pomar
Ali ela não se esgueirava: caminhava altiva. O Pomar de Alcobaça era o seu reino, o seu domínio, o pedaço de chão que melhor a acolhia neste mundo. E por ali vagava, orgulhosa, quando escuta vozes sussurradas. Caminha lentamente, procurando não pisar em galhos grandes, e escondida atrás de um tronco grosso os observa. Um dos meninos Camões beijava uma moça, ali sentados, como se o mundo lhes pertencesse. Estreita os olhos, invejosa e furiosa. Então um filho dela vinha ali para lhe fazer desfeita... até ali... Sai de trás do tronco, dá-se à visão e aproxima-se rapidamente do casal, pára bem em frente a eles e dirige-se ao rapaz:

- Ora, ora, que surpresa, um Camões no Pomar... como se aqui não viessem muito. Foi aqui que conheci teu pai, há muitos anos... ele bem gostava de me encontrar aqui mesmo, bem onde estás sentado. Mas que grosseria a minha, nem me lembrava de perguntar, e a tua mãe, como vai? Ouvi dizer que tem a saúde frágil e que não se demora muito sobre esta terra... que pena... lamento muito saber... espero que estejam todos conformados.

Suas palavras cheias de fel cumprem o objetivo. O rosto do rapaz empalidece ao ouvi-las e ela se regojiza ao notar que as mãos dele tremem. Coloca um sorriso maldoso nos lábios e espera pela resposta.
Lorena_davila
O beijo foi interrompido pela aparição de uma senhora de aspecto quase fantasmagórico e impetuoso. Falava como se conhecesse bem Dinis e as palavras soltavam-se-lhe dos lábios como dardos envenenados. Tinha um riso maquiavélico e o olhar era tão frio e duro, que fez arrepiar Lorena.

Dinis empalidecia à medida que a mulher falava e as mãos tremiam-lhe entre as mãos da rapariga. Lorena manteve-as entre as suas e acarinhou-as tentando apaziguá-lo. Não sabia o fundamento das insinuações que acabavamde ser feitas ao Visconde, mas isso e o ataque à Marquesa deixaram-no visivelmente perturbado.
_________________
Dinis_de_camoes
Dinis tremia de raiva. Todas aquelas palavras rancorosas em relação aos seus pais e em especial à sua debilitada mãe o enchiam de ódio.

- Como se atreve a falar assim de tão honradas pessoas. Devia lavar essa boca antes de ousar pensar em falar dos meus pais. Por mais anos que viva jamais conseguirá chegar aos seus calcanhares. E se essas insinuações que faz sobre o meu pai contêm um pingo de verdade, só demonstra mesmo que você não estava, não está, nem estará à altura da minha mãe.

A raiva era tanta que os pés não obedeciam à sua vontade de sair dali para fora com Lorena. Segurou-lhe a sua delicada mão para ganhar forças.
_________________

O Solar dos Espinheiros - Casa n.º 11 - Consultório
Miss_pomar
Ela respira fundo, não se abala... não agora. Sente-se forte, invencível. Os insultos tem o poder de lhe avivar o sangue. Aproxima-se mais um passo, quase toca o peito dele, agora tão próximo do seu, e responde em voz alta e firme:

- Lavo a minha boca todos os dias, rapazote, e não por um reles fedelho me dizer para assim o fazer. A tua valiosa mãezinha não estará à minha altura mesmo... em pouco tempo. Estará alguns palmos abaixo, não é isso que dizem? Sete palmos. Mas estarei lá para consolar a família... faço muita questão disso.


Ela dá uma gargalhada tenebrosa e então passa por entre os dois enamorados, afastando-se dali. Minutos depois ainda podiam ouvi-la cantando pelo pomar, a voz cada vez mais longe.
Lorena_davila
Lorena estava boquiaberta e assustada. Sem saber o que dizer, abraçou Dinis e beijou-lhe o rosto, enquanto lhe afagava os cabelos.

- Que mulher odiosa! Quem é?

Mas arrependeu-se de ter feito a pergunta no mesmo momento em que acabou de a proferir. Decerto ele não quereria falar daquilo, mas ela ficara curiosa.

- Deixa, já passou. Ela não merece nada de ti! Não dês importância.

Mas sabia que eram palavras balofas comparadas com o que tinham acabado de ouvir. Remeteu-se ao silêncio e manteve-o nos seus braços.
_________________
Dinis_de_camoes
A ternura que aquele abraço lhe transmitia era o suficiente para o acalmar e trazer de novo àquele momento especial.

- Desculpa, não devia ter deixado que aquela criatura viperina me tivesse transtornado desta maneira. Vamos até à beira do Alcoa, ali onde as àguas tocam no pomar. O perfume das maçãs, o som das àguas a correr e da brisa por entre as folhas tornam o pomar num local mágico à luz do luar.

Pegando na sua mão descem até à margem do rio, onde se sentam. Bem mais calmo e tranquilo Dinis conta-lhe a história da Miss Pomar.

- Acho que deves ficar a conhecer o que se passou. Eu não sei grande coisa, mas ao que parece o meu pai, antes de conhecer a minha mãe, teve uma aventura com esta mulher. Pelo que percebi houve em tempos o concurso de Miss Pomar e que foi ganho por esta mulher. Ora a festa foi animada e bem regada e... o resto imagina-se. - Dinis faz uma pequena pausa e sorri - Entretanto o meu pai conheceu a minha mãe e foi amor à primeira vista. E desde essa altura que a Miss Pomar, como passou a ser conhecida, jurou que iria infernizar as nossas vidas para todo o sempre.

Dinis olha para o rio, tudo contribuia para ele perder a sua timidez.

- Mas comigo podes estar descansada, não há nenhuma Miss Pomar ou Floresta ou Lago para beliscar a nossa felicidade.

Suavemente, Dinis junta os seus lábios aos de Lorena, num beijo carinhoso e apaixonado.
_________________

O Solar dos Espinheiros - Casa n.º 11 - Consultório
Lorena_davila
Dinis não lhe mentira. Ali junto ao rio, tudo parecia mágico e quase duvidava da aparição daquela mulher, não fosse a respiração ainda um pouco acelerada dele.
Anoitecera depressa e o luar reflectia-se agora nas águas. O silêncio era entrecortado pelo piar dos mochos nas árvores próximas e pelo som dos seus passos ao pisar nas folhas secas e nos pequenos galhos que não resistiam debaixo dos seus pés.
Sentaram-se na margem e Dinis contou-lhe a história da Miss Pomar. Conhecera Dom Vega fugazmente no baile e na taverna onde Dinis a apresentara. Custava-lhe a crer que aquele homem sério e respeitoso algum dia tivesse tido os seus devaneios, mas todos são jovens uma vez.

- Mas comigo podes estar descansada, não há nenhuma Miss Pomar ou Floresta ou Lago para beliscar a nossa felicidade.

Lorena sorriu. Ia responder, mas Dinis selou a promessa com um beijo. Os lábios quentes e doces dele surpreenderam-na, mas deixou-se levar e sentiu as mãos dele rodearem-lhe a cintura.

Ficou assustada. Afastou-se.
_________________
Dinis_de_camoes
Enquanto beijava Lorena, Dinis apercebe-se de um movimento sobre o vestido dela. Sem hesitar Dinis rodeia com o braço a cintura de Lorena e dá um piparote num aranhiço que amaranhava pelo seu vestido. Nesse instante Lorena afasta-se, um pouco.

- Oh! Desculpa, não estava com más intenções. - apontando para a aranha que se degladiava no chão por se endireitar - Vês. Aquela aranha estava a subir pelo teu vestido.
_________________

O Solar dos Espinheiros - Casa n.º 11 - Consultório
See the RP information <<   <   1, 2, 3, ..., 7, 8, 9   >   >>
Copyright © JDWorks, Corbeaunoir & Elissa Ka | Update notes | Support us | 2008 - 2024
Special thanks to our amazing translators : Dunpeal (EN, PT), Eriti (IT), Azureus (FI)