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Casa n.º 11 - Solar dos Espinheiros

Lorena_davila
Enquanto Morgaine regressava à taverna, Lorena bebeu o extracto de papoila que esta lhe dera. Era amargo, com um travo acre, que a fez arrepiar. Mas, tal como ela lhe prometera, ao fim de alguns minutos, tinha entrado num torpor agradável que lhe aliviava as dores do pé.

Como Morgaine ainda não vinha, Lorena aproveitou para expor as suas preocupações e sussurrar a Dinis:

- Como faço? Não tenho onde dormir esta noite. Quando cheguei do Porto, não arranjei logo estalagem. Não conheces nenhum sítio?
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Dinis_de_camoes
- Como faço? Não tenho onde dormir esta noite. Quando cheguei do Porto, não arranjei logo estalagem. Não conheces nenhum sítio?

- Poderias ficar lá em casa... mas depois os falatórios disparavam em flecha. - diz-lhe sorrindo. - Podemos ver se a Morg tem algum quarto onde possas ficar.
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O Solar dos Espinheiros - Casa n.º 11 - Consultório
Lorena_davila
Lorena abanou a cabeça.

- Não, em tua casa não, nem pensar! Iam arrastar-me pelo pó das ruas.

E mais animada, acrescenta:

- Ah, não sabia que a Morgaine hospedava. Se ela puder arranjar um quartinho, era óptimo. Já lhe pergunto.

E olhando para ambos os lados da rua, certificando-se que não vinha ninguém, roubou um beijinho fugaz a Dinis.
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Morgaine
Morgaine corre para o exterior. Um monte de panos na mão direita e a tina debaixo do braço esquerdo. Mantinha à entrada da taverna um barril cheio de água fresca, que lhe poupava o trabalho de ir ao poço, situado no largo em frente à Casa do Povo. Enche a tina de água límpida e pousa-a junto de Dinis e Lorena.

- Bom, vamos lá limpar este pé e ligá-lo, assim poderás levantar-te sem correr o risco de piorar ainda mais a situação. - ajoelha-se e mergulha um pano na água fresca - Dinis, por amor da Deusa, pega num pano e limpa-te também, pareces um mendigo... Sabes que as pessoas gostam de falar, se te vêem assim...

Passa o pano no pé de Lorena e arrepia-se ao ver o inchaço.

- Já dói menos? Prometo que é só ligá-lo e depois arranjo-vos umas roupas, podem vestir-se ali nos arrumos do Templo, assim ninguém vos vê entrar nesse estado... - diz, apontando para uma pequena porta, logo após as janelas da taverna.

A lama sai facilmente e não demora muito até que o pé esteja completamente limpo. Morgaine estende a mão e alcança uma ligadura de linho, tecido que deixará a pele respirar e manterá o pé numa posição correcta. Olha para Lorena, pedindo-lhe desculpa com o olhar.

- Pronta...? É capaz de doer um bocadinho...
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Lorena_davila
Lorena assentiu, mas nada a preparara para a dor que vinha a seguir. Morgaine colocou o pé na posição correcta e ligou-o. As lágrimas vieram aos olhos da rapariga e soltou um grito que fez virar as cabeças de quem passava.
A solução foi segurar a mão de Dinis com todas as forças que lhe restavam.
Quando Morgaine lhe disse que tinha terminado, Lorena respirou fundo muitas vezes e tentou colocar o pé no chão.
Ainda doía, mas de uma forma mais suportável. Sorriu:

- Obrigada, Morgaine. - e acrescentou, lançando um olhar a Dinis - ouvi dizer que alugavas uns quartinhos aqui no Templo. Tens algum disponível? É que... bem... não tenho onde passar a noite.
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Morgaine
Morgaine sorri a Lorena.

- Qual Templo! Tinhas que aturar os bêbedos todos, coitada... Eu tenho um quarto a mais lá em casa, de propósito para as visitas. Podes ficar o tempo que precisares, sempre estarás mais confortável e...mais perto do Dinis! - pisca o olho à moça - A não ser que prefiras mesmo ficar aqui, a escolha é tua, mas quero que saibas que estás à vontade!

Dando algum tempo ao casal para decidir o que fazer, Morgaine gesticula, informando-os que vai apenas à loja pegar em alguma roupa. Ficava logo ao lado, pelo que encontrou rapidamente roupas que servissem aos dois e dirigiu-se à entrada do Templo de novo.
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Lorena_davila
Lorena ficou aliviada com a proposta de Morgaine. Realmente, passar a noite nos fundos de uma taverna também não convinha a uma menina de respeito, mas há falta de melhor...
Quando a taverneira se afastou para ir buscar as roupas, Lorena sondou Dinis com o olhar:

- Aceito? Ela foi um amor comigo, mas eu conheço-a pouco ainda. Não será abusar da boa vontade dela?
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Dinis_de_camoes
- Aceito? Ela foi um amor comigo, mas eu conheço-a pouco ainda. Não será abusar da boa vontade dela?

Dinis sorri-lhe:

- Aceita sim. A Morg é uma excelente pessoa, além disso é como se fosse familia. E depois de hoje bem que precisas de uma cama confortável para dormires.
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O Solar dos Espinheiros - Casa n.º 11 - Consultório
Lorena_davila
Lorena assentiu e quando Morgaine se aproximou com as roupas, comunicou-lhe a sua intenção de aceitar a proposta.
Dinis ajudou-a então a dirigir-se aos fundos da taverna, que a amiga disponibilizara para eles mudarem de roupa. O pé ainda doía terrivelmente, mas agora era muito mais suportável andar.
Despiu o trapo roto e preparava-se para enfiar o vestido que Morg emprestara, quando se apercebeu do olhar de Dinis, que também mudava de roupa no cubículo.

- Ei, vira-te pró outro lado! Olha o que vão dizer as más línguas se sequer desconfiarem que me estás a espiar.
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Dinis_de_camoes
- Ei, vira-te pró outro lado! Olha o que vão dizer as más línguas se sequer desconfiarem que me estás a espiar.

Dinis sorri a Lorena.

- Provavelmente iriam dizer o mesmo se desconfiassem que tu também me estarias a espiar.

Dito isto solta uma sonora gargalhada.
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Lorena_davila
Lorena riu-se também. Realmente não evitara um olhar de relance quando se apercebera que Dinis estava prestes a vestir a camisa e, de outra forma, não o teria apanhado a fitá-la. Os músculos delineados do cavaleiro fizeram-na desviar o olhar e corar como um pimentão.

- Vá, veste-te! O que os teus pais vão dizer, se souberem que estiveste até esta hora comigo?

Lorena deu um risinho nervoso. Morria de medo da marquesa. A sua reputação precedia-a e nem por um momento conseguia já por a hipótese de perder Dinis.

- A tua mãe não há-de gostar... - disse num sussurro.
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Dinis_de_camoes
- A tua mãe não há-de gostar...

Uma ligeira sombra passou pelo rosto de Dinis ao ouvir a menção à mãe. Mas o sorriso de Lorena eclipsou esses pensamentos.

- Ui! A Marquesa desancava-me. Ia logo pensar que eu teria feito coisas impróprias. Tenho de chegar de mansinho a casa, para ela nem sequer desconfiar.
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Lorena_davila
Lorena estremeceu só de pensar nas desconfianças da mãe de Dinis. O pai dele parecia mais bonacheirão e não lhe inspirava tanto temor.
Acabou de se vestir. A roupa ficava-lhe larga e dava-lhe um ar um pouco andrajoso, mas pelo menos, não estava feita em farrapos.
O rapaz amparou-a enquanto saíam da taverna. Morgaine dera-lhe a chave e confiara o trajecto a Dinis. A lua já ia alta.
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Vega_adc
Ao andar por Alcobaça, Vega_adc de Camões repara em dois vultos a saírem da taverna não querendo ser notados. Através das pedras amuralhadas dá para ver que são pedintes ou quem sabe os tais salteadores de estrada dos quais já ouvira falar. Vai discretamente a segui-los até que os apanha a atravessar a rua. Com eles de costas voltadas para si, Vega_adc empunha a sua espada e diz em voz forte:

- Identifiquem-se ou preparem-se para uma ida ao quartel!

Os dois dão um salto e, quando Vega_adc vê que um deles é o seu filho, o Marquês gagueja:

- Di... Di... Dinis?? Que preparos são esses? Quem é essa dama? Que fazem vocês assim vestidos? Explicações!!!
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Dinis_de_camoes
- Di... Di... Dinis?? Que preparos são esses? Quem é essa dama? Que fazem vocês assim vestidos? Explicações!!!

Dinis envergonhado dirige-se ao pai

- Pai, esta dama é Lorena D'Avila é minha vizinha no Porto e eu convidei-a para vir à festa no Solar, pois prentendo apresenta-la à família. - pegando na mão de Lorena apresenta-lhe o pai. - Lorena este é o meu pai D. Vega de Camões, Marquês de Vila Real.

Olhando para as vestes começa a explicar.

- Resolvi mostrar Alcobaça à Lorena, percorremos a cidade e passamos no Pomar. O pai nem imagina quem encontramos lá... a Miss Pomar que começou a ameaçar-nos e essa foi a primeira de uma serie de desgraças. A Lorena caiu ao rio e eu tentei salva-la e fomos arrastados pela corrente até ao cais. Lá conseguimos chegara aqui e a Morg nos emprestou estas roupas. Agora ia levar a Lorena à casa da Morg onde ela está alojada. Só espero que daqui até lá não nos aconteça mais nada.
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