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Casa n.º 11 - Solar dos Espinheiros

Vega_adc
- Hmmmm...

Com uma ligeira mesura, Vega_adc saudou a dama:

- Prazer em conhecê-la. dama Lorena. É sempre um deleite privar com os amigos de nossos filhos. Eu e a Marquesa teremos todo o gosto em recebê-la em nossa casa mais tarde.

Voltou-se depois para Dinis:

- A Miss Pomar? O que me intriga mais é o que disseste antes... "fomos arrastados pela corrente até ao cais. Lá conseguimos chegar a aqui e a Morg nos emprestou estas roupas"... Estavam sem roupas? A Miss Pomar ameaçou-vos e tiveram de se desnudar? Ai, ai, Dinis... Ai, ai!
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Lorena_davila
Lorena sobressaltou-se com a interpelação do Marquês. Involuntariamente dá um passo atrás, mas Dinis segura-a firmemente pela mão e apresenta-a ao pai.

A medo, esboça uma vénia e estende a mão a Dom Vega.

- Gosto em conhecê-lo, senhor.

O Marquês continuava a olhar para as suas vestes de soslaio e Dinis começou a explicar. A Lorena, parecia-lhe uma noite surreal. Parecia que tinha saído há séculos da taverna da Morgaine, aceitando o convite de Dinis para um passeio no pomar e todos os acontecimentos subsequentes atropelavam-se, baços, no seu pensamento.
Era Dinis quem punha agora alguma ordem na sua memória.

Ansiosa, aguarda a reacção do patriarca Camões, que não se fez esperar, mas parecia ainda mais confuso com a explicação.
Lorena remeteu-se ao silêncio e esperou que Dinis esclarecesse tudo, pois parecia-lhe que cada vez se afundavam mais.
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Dinis_de_camoes
- A Miss Pomar? O que me intriga mais é o que disseste antes... "fomos arrastados pela corrente até ao cais. Lá conseguimos chegar a aqui e a Morg nos emprestou estas roupas"... Estavam sem roupas? A Miss Pomar ameaçou-vos e tiveram de se desnudar? Ai, ai, Dinis... Ai, ai!

- Não... foi nada disso. - diz gaguejando - A Lorena caiu ao rio, vestida, e eu fui salva-la. O problema foi a forte corrente do rio que nos arrastou até ao cais e estragou as nossas roupas. Nunca faltei ao respeito à Lorena.
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O Solar dos Espinheiros - Casa n.º 11 - Consultório
Vega_adc
- Bom... Acredito nessa versão... por agora...

Foram então caminhando...

- Vou pedir que te tragam umas roupas do Solar ou preferes andar andrajoso pelas ruas?

Olhou depois para a dama Lorena e disse:

- Se a dama desejar posso mandar trazer alguns vestidos de minhas filhas ou netas que estão no Solar e a dama escolhe os que mais lhe aprouverem.
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Dinis_de_camoes
- Não vale a pena, pai. - responde-lhe. - Vou levar a Lorena a casa da Morgaine e depois sigo para o Solar. Já se faz tarde e amanhã é o baptismo. Depois a Lorena junta-se a nós no Solar, para a festa.

Dinis sorri para a Lorena e voltando-se para o seu pai diz com um ar sério:

- O pai não nos quer acompanhar? É que com o que nos aconteceu hoje não sei se chegaremos inteiros às nossas casas.
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O Solar dos Espinheiros - Casa n.º 11 - Consultório
Vega_adc
- Não vale a pena, pai. Vou levar a Lorena a casa da Morgaine e depois sigo para o Solar. Já se faz tarde e amanhã é o baptismo. Depois a Lorena junta-se a nós no Solar, para a festa.

- Ok, vou convosco. Tenho de ver se a Morgaine já tratou da encomenda da mammy e da Violante_ para amanhã.


Vão então em direcção da casa de Morgaine.
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Lorena_davila
Lorena sorriu:

- Hmm, senhor. A Morgaine ficou na taverna. Ainda tinha lá gente quando saímos, mas concerteza não deve tardar.

Fizeram o caminho em silêncio, não só pelo cansaço, mas pelo respeito que impunha o Marquês. Lorena segurava nas saias, que arrastavam pelo chão. Chegados ao destino, a rapariga fez uma vénia a Dom Vega, mas não ousou cruzar o olhar com o dele. Depois estendeu a mão a Dinis, que esboçou uma mesura.

- Até amanhã ao baile - sussurrou-lhe ele ao inclinar-se sobre a mão dela.

Lorena sorriu-lhe.

- Boa noite, senhores. Estou entregue. Muito obrigada.

Esperaram que entrasse em casa e seguiram, pai e filho, rumo ao Solar.
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Criado_gilafonso


Os dias passam e Gil Afonso recebe uma carta do seu amo:

Quote:

Meu fiel mordomo Gil Afonso,

Infelizmente terei de ficar por Alcobaça mais tempo do que o previsto. Minha mãe faleceu, e como tal, ficarei por cá mais uns dias para ajudar e apoiar o meu pai.~

Espero que tudo por aí esteja bem e assim que eu tiver para regressar informar-te-ei.


Dinis de Camões

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"Um aristocrata sem criados tem tanto uso para o condado como um martelo de vidro."
Dinis_de_camoes
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De regresso ao Porto

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Após ter deixado Lorena em casa, Dinis regressa ao seu lar.

- Hoje estou muito cansado. - diz ao criado - Não quero ser incomodado por ninguém. Excepto se for a menina Lorena.

Gil Afonso ficou a tratar da carruagem, do cavalo e da bagagem. Sobe ao seu quarto e abre a janela. De lá de fora vem o aroma dos pinheiros trazidos pela suave brisa que se fazia sentir. Deita-se na sua cama e finalmente sente todo aquele peso a sair de cima dos seus ombros. Depois da morte da sua mãe não tivera oportunidade de fazer o luto de forma a apaziguar o seu espírito. Preocupara-se com os seus irmãos mais novos e com o pai, quisera apesar de tudo proporcionar uma estadia normal em Alcobaça para Lorena. E com isto tudo não tivera tempo para sarar as suas feridas.

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O Solar dos Espinheiros - Casa n.º 11 - Consultório
Dinis_de_camoes


Depois de um sono agitado, em que sonhara com a sua mãe a fazer-lhe uma enorme lista de recomendações, a qual deveria seguir escrupulosamente à risca, caso contrário a Marquesa viria puxar-lhe as orelhas, Dinis acorda estranhamente bem-humorado. No fundo ele sabia que a sua mãe sempre estaria com ele e o apoiaria.

Dinis desce e vai para o seu escritório, havia que pôr os estudos em dia e acabar a sua formação. Antes de pegar nos livros olha pela janela, para a Casa da Cerejeira, aquela hora Lorena já deveria estar a descansar. Enviou um beijo e murmurou um "boa noite", em seguida pegou num dos enormes compêndios, soltou um profundo suspiro e começou a estudar.

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Lorena_davila


Aquele dia de Outono amanhecera cinzento, mas a agitação das ruas fazia esquecer o frio que teimava em se entranhar nas capas. Lorena deu uma volta pela cidade, regateando os legumes e a carne que queria cozinhar para o almoço. Hoje era um dia especial.
À chegada à Casa dos Espinheiros, tocou a sineta do portão. Não teve que esperar muito por Gilafonso que, de pronto, a convidou a entrar.

- Entre, menina Lorena. Vou já chamar o senhor.

- Não, Gilafonso, não vá. - declarou Lorena peremptória. - Mostre-me o caminho para a cozinha, que hoje eu mesma prepararei o almoço.

Gilafonso assentiu, com alguma estranheza estampada no rosto, mas nada disse e indicou-lhe a respectiva porta:

- Tenho a certeza que as criadas terão todo o gosto em ajudá-la e em mostrar-lhe onde estão as coisas.

Lorena agradeceu. Depois de reconhecer o terreno, temperou a carne, pediu que a grelhassem. De imediato, a puseram ao fogo, enquanto a rapariga salteava os legumes. Depois, enquanto o almoço cozinhava, preparou a sobremesa: uma velha receita de família que Maria lhe ensinara. Tinha a certeza que Dinis iria gostar.
Pediu que pusessem a mesa para dois e aguardou a chegada do noivo.

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Dinis_de_camoes


Dinis passava os dias no moinho, nestes últimos tempos o trabalho não faltava e já tinha o armazém bem cheio de sacas de farinhas. A hora de refeição aproximava-se, por isso decidiu fazer uma pausa e encaminhou-se para casa. Entrou pela porta da cozinha e as criadas olharam-no com um sorriso suspeito.

Será que tenho alguma mancha de farinha na cara?- interrogou-se.

Atravessa a cozinha e quando ia a subir as escadas do atrio depara-se com Lorena sentada à mesa. Entra na sala de jantar e beija-a ternamente.

- Amor, que surpresa! E a que se deve este banquete? - pergunta-lhe.

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O Solar dos Espinheiros - Casa n.º 11 - Consultório
Lorena_davila


O dia iluminou-se quando Lorena viu Dinis chegar e desfez-se num sorriso. Retribuiu o beijinho terno com que o noivo a brindara e abanou a cabeça divertida:

- Não acredito que nem te lembraste! Parabéns, meu amor! - e passando-lhe afectuosamente a mão no rosto, acrescentou - hoje ganhaste mais uma ruga.

Depois fez-lhe sinal para que se sentasse.

- Anda, vamos comer! Tenho um miminho para ti, mas está lá fora.

E colocando o guardanapo no colo, acrescentou:

- Deves vir cansado e cheio de fome. Como corre o trabalho no moinho? Eu passei a noite a fazer pão. Quando tiveres mais sacas de farinha, diz-me, que vou precisar.

E sorrindo a Dinis, aguardou que Gilafonso os servisse.

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Dinis_de_camoes
A sorrir Dinis senta-se no seu lugar.

- Meu amor, com tanto trabalho nem dei conta que dia era hoje. - enquanto falavam Gil Afonso servia-os. - Sabes, tenho tido algumas encomendas do Prefeito, mas mesmo assim tenho alguns sacos reservados para ti. Mais logo levo-os à padaria. Felizmente que tudo nos está a correr bem, a mim com o moinho e a ti com a padaria. Até nisso fazemos uma bela dupla.
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Lorena_davila


Lorena assentiu. Era bem verdade, tudo lhes corria de feição e em breve se uniriam com a conivência de Jah. Só tinham motivos para celebrar. Almoçaram por entre risos e conversas e Dinis elogiou largamente a sobremesa que a rapariga tinha preparado especialmente para ele.

No final, Lorena esqueceu as aulas de etiqueta que estava a ter com Maria e levantou-se antes de Dinis. Rodeou a mesa e deu-lhe a mão.

- Anda, amor, anda ver o que tenho lá fora para ti.

E, segurando-lhe a mão, encaminhou-o para as traseiras da casa, onde ficavam os estábulos. Gilafonso, de sobreaviso, selara já dois cavalos.

- Este é mais mansinho, menina Lorena. Leve este.

A moça seguiu o conselho de Gilafonso e, com a sua ajuda, subiu para o cavalo e indicou a Dinis que se aproximasse do outro que o mordomo lhe selara. Dinis parecia confuso e sem entender, mas Lorena sorriu-lhe. A sela tinha sido encomendada para ele e Lorena certificara-se que a sua confecção tinha sido cuidada.

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