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Casa n.º 11 - Solar dos Espinheiros

Dinis_de_camoes


- Eu gostava de ir para a Universidade. Eu sei que não é o que se espera de uma senhora, que o lugar dela é na cozinha e a cuidar dos filhos. Mas Dinis, não temos filhos e a Piedad desenvencilha-se bem na cozinha até ver e eu não aguento mais passar os dias entre o quarto e a cozinha e o jardim e o mercado.

Dinis escutou tudo o que Lorena lhe dissera no mais profundo silêncio. Com ar sério olha demoradamente para a esposa.

- Sinceramente... - faz uma pausa e de semblante sério fixa o olhar em Lorena. - Acho isso uma excelente ideia. E o que pensas estudar? - pergunta-lhe, finalmente com um sorriso rasgado no rosto.

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O Solar dos Espinheiros - Casa n.º 11 - Consultório
Lorena_davila


Lorena sentia o coração a bater muito, enquanto esperava pela resposta de Dinis.

- Acho isso uma excelente ideia. E o que pensas estudar?

Lorena sorriu e apertou carinhosamente a mão de Dinis sobre a mesa, depois levou o olhos ao prato:

- Gostava de seguir Ciência, eventualmente Medicina. Talvez possamos estudar juntos e partilhar o consultório, um dia.

A conversa prolongou-se acerca dos projectos futuros, mas foi bruscamente interrompida por Gilafonso. O mordomo trazia uma carta selada nas mãos e pediu licença para falar. Dinis fez-lhe sinal para que avançasse:

- Senhor marquês, dona Lorena - disse meneando ligeiramente a cabeça - peço desculpa pela interrupção, mas chegou uma carta para vós, selada pelo Conselho de Sintra. Julgo ser importante.

Dinis recebeu-a e abriu-a.

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Dinis_de_camoes


- Olha afinal não é para mim, mas sim para ti. Afinal que raio quererá o Conselho de Sintra de ti?

Sorrindo entrega a carta a Lorena:

Quote:



                    DECISÃO OFICIAL



A Corte dos Nobres do Reino de Portugal representada pelo Conselho de Sintra na figura de seu Presidente, usando das atribuições que lhe são conferidas pelas normas estatutárias vigentes


Ao sexto dia do mês de Setembro do ano de Jah de 1462, foi apresentado ao Conselho de Sintra pela mão de Dom Dinis de Camões, II Marquês deVila Real e Baronete de Azenha e Mós, o pedido para que a sua esposa, Dama Lorena d'Avila de Camões, use em carácter de cortesia, seus escudos, bem como o título inerente.

Aplicadas os períodos estatutários de discussão, não houve qualquer oposição ao pedido.

Sendo assim, fica APROVADO o pedido de Dom Dinis de Camões, II Marquês de Vila Real e Baronete de Azenha e Mós.


As razões apresentadas constam dos documentos da discussão que serão enviados ao Arquivo do Conselho de Sintra e estarão disponíveis para leitura pública.

Redigido em Sintra, ao décimo primeiro dia do mês de Setembro do ano da Graça de Jah de 1462.

D.John Martins de Almeida Miranda e Sousa Coutinho,
Marquês de Fronteira,
Presidente do Conselho de Sintra



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O Solar dos Espinheiros - Casa n.º 11 - Consultório
Lorena_davila


Lorena leu a carta duas vezes, incrédula. Não sabia do pedido feito por Dinis, por isso a missiva constituía uma dupla surpresa.
Sem querer acreditar, pousou a carta sobre a mesa e levantou-se para abraçar Dinis e beijá-lo.

- Obrigada, meu amor! Estou tão feliz!

Mas depois, afastou-se dos braços dele e encarou-o, com o semblante sério:

- Mas, será que vou estar à altura da primeira Marquesa de Vila Real?

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Dinis_de_camoes


- Mas, será que vou estar à altura da primeira Marquesa de Vila Real?

Dinis sorriu e beijou-a.
- Meu amor, eu sei que tu estarás a altura da primeira marquesa. E a minha mãe sempre soube que tu estarias, ela nunca se enganou.

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O Solar dos Espinheiros - Casa n.º 11 - Consultório
Lorena_davila


Lorena saiu depois de jantar, com a conivência de Dinis, e encontrou o primo Capeside, e os amigos Richelieu e Leito numa conceituada casa de chá do Porto.
A conversa estava animada e bem regada a cerveja, mas Lorena nunca tinha bebido antes.
Sentia-se tonta, o mundo a girar à sua volta. Ria-se com facilidade.
Tentou levantar-se e dirigir-se à porta do estabelecimento, não tinha ordem para chegar tarde, mas o álcool tinha sido mais que a conta e ela bate contra a porta e cai desamparada no chão.

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Leito


Leito que já tinha observado que Lorena não estava bem e quando a vê cair levanta-se rapidamente dirigindo-se até à porta onde Lorena estava caída e tenta ajuda-la a levantar-se, preocupado pergunta...

- Senhora Lorena, você está bem??? Consegue levantar-se e ir até casa??? Eu ajudo-a!

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Lorena_davila


Lorena encolheu os ombros, com o olhar preso no vazio. Sentia que a sua cabeça não fazia parte do corpo. Tinha uma sensação estranha no braço que tinha batido contra a porta, mas não era dor.
Leito estendeu-lhe a mão e ela aceitou-a, cambaleante.

- Senhora Lorena, você está bem??? Consegue levantar-se e ir até casa??? Eu ajudo-a!

Lorena assentiu e deixou-se levar.

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Leito


Leito ao ver Lorena confusa e magoada tenta ajuda-la levantando-na mas como vê que ela não se aguenta de pé segura-a por baixo dos braços e pega em suas pernas elevando-a a seu colo... abrindo a porta da tasca leva Lorena no colo levando-a de volta para sua casa que ficara a alguns minutos da aldeia "Pinhal do Ruivo" onde eles se situa-vão, entretanto a noite era fria e Leito para que Lorena não tivesse frio abrigou-a num manto grande e quente e seguiu o seu caminho...

- Vai ficar tudo bem, não se preocupe... Eu levo-a a Casa, seu marido deve estar preocupado e zangado com razão pois já é bastante tarde!!

Disse Leito com algum receio do marido de Lorena.

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Lorena_davila


Lorena aconchegou-se na manta e começou a rir. Depois, conseguiu dar um jeitinho ao pé que pendia dos braços de Leito e atirou com o sapato para longe, rindo ainda mais.

- O meu sapato! Uhuuuu! *Hips* Sapato voadoooor! *Hips*

E começou a gritar cada vez mais alto pelo seu sapato, prestes a acordar os vizinhos que já cochilavam a sono solto.

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Leito


Leito já cansado de andar e meio tonto com o que já tinha bebido também tenta acalmar Lorena pousando-a um pouco no chão.

- Senhora, *hips* tem de ficar sossegada e parar *hips* de gritar senão acorda a vizinhança toda e *hips* nunca mais chega-mos a sua casa... fique aqui sossegada, eu vou buscar o seu *hips* sapato!!


Dizia leito com um tom de voz mais levado para que Lorena entendesse a gravidade da situação.

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Lorena_davila


Leito parecia um pouco chateado. Pousou-a no chão e ela sentou-se, brincando com dois pauzinhos. Lorena viu o amigo entre uma moita de silvas, praguejando contra os picos.
Encolheu os ombros e começou a cantar:

- Oh rama, oh que liiiiinda raaaaama! Oh raaaama da oliveeeira! O meu par é o mais liiiindo, que andaaa aqui na roda inteeeeira!!

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Leito


Leito entra pelo meio das silvas em busca do sapato que Lorena tinha atirado e fica concentrado no canto dela para não lhe perder o rasto.

- CONTINUE *hips* CANTANDO, EU ESTOU PERTO DO SEU SAPATO!!!

Grita Leito enquanto procura o sapato de Lorena, arranhando-se nas silvas ele continua até que encontra o sapato em cima de uma árvore grande e alta...

- Agora é que isto fico bonito *hips*, raio das mulheres, nunca fazem os que lhes é pedido *hips*.

Chegando junto à árvore Leito estuda a melhor maneira de subi-la e tirando a sua camisola enrolando-a nas mãos feridas das silvas ele sobe pela árvore tentado alcançar o desgraçado do sapato.

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Dinis_de_camoes


Aproveitando que Lorena tinha ido sair, Dinis resolveu por os estudos em dia. Algum tempo depois, já com as palpebras a querem fechar-se de cansaço, Dinis repara nas horas e apercebe-se que Lorena ainda não havia chegado. Aflito veste o casaco e sai à rua para ver se tinha acontecido algo.

A meio caminho entre o solar e o centro da cidade Dinis escuta uma cantoria.

- Oh rama, oh que liiiiinda raaaaama! Oh raaaama da oliveeeira! O meu par é o mais liiiindo, que andaaa aqui na roda inteeeeira!!

"Parece ser a voz de Lorena." pensa ele. Acelera o passo e segue em direcção de onde vinha o som. Finalmente depara-se com uma figura sentada no chão, aproxima-se e reconhece a sua esposa.

- Lorena meu amor, o que se passa? - pergunta-lhe aflito. - Estás magoada? Fizeram-te mal?

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O Solar dos Espinheiros - Casa n.º 11 - Consultório
Lorena_davila


Lorena viu aparecer Dinis no meio da penumbra.
Riu-se e estendeu-lhe as mãos, para que ele a ajudasse a levantar.

- Estou *hips* óptima, amor. Estou à espera *hips* do Leito, que anda atrás do meu sapato.

Dinis ajudou-a a por-se de pé. Tinha o vestido sujo e o cabelo desalinhado. Leito apareceu com o sapato e, uma vez que Dinis chegara, recebeu os seus agradecimentos e regressou à aldeia.

Lorena, ainda cambaleante, amparou-se no ombro de Dinis, enquanto este a tentava levar de volta ao solar.

O marquês suspirou, ainda tinham um longo caminho a percorrer até casa.

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