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[RP] Instintos Cruéis

Juliana_nunes



- Por que envolver essas crianças nisso, William? Seu problema é comigo, elas nada te fizeram. É a mim que você odeia e despreza. Não posso apagar o passado e nem mudar as decisões que tomei. Se alguém tem que pagar que seja eu. Se ainda há algo de humano em você atenda ao meu pedido. Poupe-as e faça comigo o que quiser.

Ela disse e suspirou, sem muita esperança que suas palavras pudessem comovê-lo. Os olhos castanhos de Juliana miraram os olhos de William mais uma vez, em busca de algum sentimento que não fosse ódio ou vingança. Era difícil acreditar que aquele homem alguma vez a amara.
Lady_moon
A impaciência crescia dentro de Nicole, a tentativa de mantê-las vivas desvanecia a cada palavra proferida por sua prima e por sua irmã.


-Caladas, ou ficarão sem língua.-Nicole deu às suas familiares um olhar irado, ignorando os insultos.-Eduarda pode ser moldada, não será como eu, mas nos será útil.-Olhou para seu avô.-Afinal ela também é descendente de Juliana.


Observou todos os guardas que permaneciam em silencio, principalmente Adrian e Arnold, seria a sua ultima cartada.

-Além de que precisamos de dar diversão aos nossos guardas, em Inglaterra teremos os Russel para caçar, se eliminarmos agora todos os Nunes, perderíamos a caça.Uma tradição que nenhum dos patriarcas abdicou, nem eu, como futura pretendo abdicar da caçada humana.Deixemos os nossos guardas divertirem-se por um longo tempo, e como bonus teremos os nossos negócios a crescer por cá-Ao ouvir os murmúrios de Juliana, apelou.-Matemos os anciãos em troca da vida das jovens Nunes, se não resultar, eu mesma aceito as consequências.-Nicole olhou para Madalena.-Nem que seja a morte, meu Lorde.
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Lady_moon
Arnold mantivera as suas mãos em punha, ele tentava conter o seu ódio, mas naquele momento teria de ser o mais calmo, Beatrix e Madalena estavam furiosas, e Benoit em estado de choque.

Ao notar o estado de Madalena segurou o seu braço, numa tentativa de ajudá-la ao mesmo tempo que murmura baixo para as duas
:-Ela sabe o que faz, permaneçam caladas, por favor.

Talvez elas o ouvissem, visto que seria o que iria sofreria mais no final da história.
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Beatrix_algrave


Aquele pedido de Arnold soava tão absurdo que Beatrix olhou- com ódio e desprezo em seus olhos. Ela teria que se ajoelhar e sujeitar à corja Casterwill como se fosse um cão? E mesmo assim não havia garantia nenhuma que eles poupariam seus entes queridos. Aquilo era ultrajante e repulsivo. Sua mágoa maior era Nicole a quem ela defendera todo aquele tempo e tentara ajudar como podia a fugir dos inimigos Casterwill que a caçavam. Arriscara a vida por ela e para quê? Para que ela assassinasse parentes na sua frente, e ameaçasse suas primas?

Como estava farta daquele circo, Beatrix fez o que Arnold pedira, mas sentia desprezo por ele, por Nicole e por si mesma, por não cravar um punhal no coração negro de William Casterwill. Ainda bem que ele não a tocou, ou ela não teria se calado e o chamaria de covarde.

Tudo que fizera até então era apenas um circo armado para Nicole se sobressair como a favorita de William e obter o poder que era a única ambição dos Casterwill. Todo o resto era sem importância.

As palavras de Juliana a deixaram perturbada, mas ela procurava a custo se conter.

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William Casterwill, roleplayed by Maria_madalena
As palavras de Juliana deixaram-no desconfortável. Coçou a barba nervosamente e aproximou-se dela, enfrentando-lhe o olhar que se esforçava por comovê-lo. Noutra altura qualquer aquela súplica teria sido o suficiente para o fazer ceder. Apesar da tentativa de frieza, o seu batimento cardíaco precipitara-se numa corrida desenfreada. Uma leve brisa empurrou o perfume de Juliana para si e, incapaz de se controlar, fechou os olhos por breves instantes.

- Os meus problemas sempre foram contigo. - Admitiu numa voz baixa e fraca, parecia introspectivo. - A guerra entre os nosso clãs é quase tão violenta como aquilo que senti por ti um dia... - Falou-lhe sem timidez, observando-lhe o rosto de feições delicadas. Perdeu-se por breves instantes nos olhos castanhos dela, mergulhando na profundidade de um sentimento que julgava perdido há décadas. As suas convicções para aquele dia vacilaram. - Dizes-me para poupar as crianças e fazer de ti o que quiser, não houve sangue que apaziguasse a dor que me provocaste, isso é verdade. Tenho dúvidas de que o teu fosse capaz de fazê-lo, talvez queira algo mais de ti, algo que já não me podes dar. - O seu olhar aumentou de intensidade e William Casterwill deslocou-se em círculos, rodeando-a e mantendo-a sob o seu escrutínio atento. Por fim, pareceu tomar uma decisão. - Nicole, mata os restantes Nunes que vieram para o banho de sangue e deixa a Juliana comigo, eu trato dela. Ah, e outra coisa, tira-me essas duas da frente, antes que te ordene a sua morte.
Maria_madalena
Madalena havia perdido a fé em Nicole. A sua meia-irmã arrastara-a para aquele circo de horrores e as possibilidades de escapar com vida pareciam-lhe cada vez mais nulas. O olhar de Nicole para si, não foi suficiente para lhe restituir a confiança e as palavras de Arnold, meias sussurradas, e de Lorde Casterwill não a apaziguaram. Continuava a ser tratada como um ser inferior.

Um sentimento negro crescia-lhe no peito e era cada vez mais difícil controla-lo.

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Lady_moon
-Yes, my lorde.*

Nicole assentiu, recusou a ajuda de Adrian, assassinando a mãe de Arnold, de uma forma rápida e indolor, e por fim o pai de Arnold.

-Preparem os cavalos, vou escoltá-las.

Ordenou a um dos guardas enquanto olhava para Arnold.

-Venham comigo...-Pediu a Beatrix, Benoit, e Madalena.
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Beatrix_algrave


Beatrix olhava para a avó. Se ela era mesmo culpada de algo tão terrível em seu passado, ao menos sua postura em querer poupar a neta e a sobrinha-neta eram dignas.

Beatrix sentia-se de mãos atadas ali. Nada que fizesse ou dissesse poderia mudar o que iria acontecer. Ela segurou na mão de Maria tentando acalmá-la e a si mesma também.

Olhou para Nicole e esperou para ver se ela cumpriria as ordens do Lorde Casterwill, e ela de fato o fez.

Beatrix seguiu com Maria em silêncio, despediu-se da avó com o olhar. Nada que dissesse ali poderia expressar o que sentia por dentro. O pobre rapaz francês também não proferiu palavra e parecia mesmo em estado de choque.

De certo modo as coisas que Beatrix já havia presenciado em sua vida a haviam tornado mais "resistente" e dura para aquele momento. Mas nada de fato poderia tê-la preparado totalmente para aquela situação. Ela sofria, mas não chorava, ou mesmo não expressava de forma tão óbvia o tormento que havia em sua alma.

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Juliana_nunes


Juliana ouviu as palavras de William Casterwill e percebeu que apesar de tudo ela ainda o conhecia. Era capaz de perceber que seu olhar e suas palavras ainda que não o demovessem totalmente ainda eram capazes de afetá-lo. Mas onde algum dia já houve algum amor, agora só havia dor e violência. Ela não teria como escapar daquele destino, mas ainda poderia salvar o que lhe era mais precioso. Se o preço fosse doloroso ao menos valeria a pena. Se suas crianças ficassem a salvo.

Diante das palavras dele ela fechou os olhos por alguns instantes, como se preparasse para a morte. Em seguida os abri novamente e notou o olhar de Beatrix e viu a neta ser levada, enquanto mais sangue era derramado.

Não queria que ela a visse morrer e agradeceu em silêncio por terem levado sua neta dali em companhia da bastarda, a pobre criança enjeitada sobre a qual ela nada fizera.

Era hora de enfrentar o seu destino, e isso se daria da pior forma possível.
Yochanan


Sangue havia sido derramado, um grande mestre estava morto mas seu legado seguia com vida e agora ele tinha diante de si, no cais do porto de Alcácer os antigos inimigos reunidos. Ao longo do porto começaram a aparecer as negras vestes dos Azure nas ruas e nos telhados das edificações próximas, como sombras negras a cruzar a distancia que os separavam. Em sereno silêncio ele caminhou a distancia que o separava de Lord Casterwill. Ele tinha certeza que as três jovens o reconheceriam se o vissem, mas isso não lhe importava mais, o que o havia levado ali sobrepassava o que elas poderiam chegar a pensar dele.

Lord Casterwill podia ter muitos defeitos, e decerto os tinha, mas se havia algo que o Casterwill presava mais que sua propria vida era a sua palavra quando empenhada. E assim essa proteção protegia a ambos de que mais sangue fosse derramado naquele lugar.

Ele se aproximou sem ser pertubado pela escolta de Lord Casterwill, e quando o encontrou nenhuma vênia foi feita, nenhum gracejo foi trocado. Entre aqueles homens havia apenas o frio e a memoria de muitas mortes.

- Lord Casterwill - ele começou - Ambos hemos cumprido com o nosso acordo até agora, espero que continues a cumprir com a vossa parte uma vez que deixes nossas costas. Já tens o que viesteis buscar, não tardes muito em partir. - sua voz era calma e fria, com promessas veladas em cada palavra. - Ela é verdadeiramente sua neta, Casterwill, mas ainda tem muito o que aprender. - disse já de costas ao Casterwill e assim os Azure desapareceram novamente em meio a movimentada feira do peixe.

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Maria_madalena
Madalena mordeu o lábio inferior, tentando controlar o turbilhão de emoções que a acometia. Apertou com força a mão da prima e agarrou-se com todas as forças àquela réstia de contacto humano. Naquele ambiente carregado de crueldade e injustiças foi apenas a presença da prima e os pensamentos acerca daqueles que ainda esperavam por si que a mantiveram firme.

Seguiu com a prima e o francês atrás de Nicole. Nada disse, aquela poderia ser a única oportunidade que teria de sair dali com vida. Contudo, não deixou de pensar nas palavras amargas que daria à sua meia-irmã assim que estivessem num local mais isolado.

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M.benoit
Tudo ocorrera rapidamente. Sua aproximação à Nicole, pessoas estranhas movimentando de um lado para outro, chegadas inesperadas, Benoit realmente estava confuso. Aqueles bárbaros do norte demonstravam a cada gesto seus a sua intenção. O jovem francês não estava diante de cavalheiros, messieurs, mas sim lordes, lordes saxões, bárbaros resumindo teu pensamento nada amistoso a ingleses. Sua hesitação se torna mais latente quando a jovem Juliana é incomodada. Ele veio decidido a não se intrometer nos longos e tumultuosos assuntos de família, mas ele não dispensa uma briga com um maldito saxão. As atitudes de Nicole por outro lado não o surpreende. Ele havia permanecido imóvel e indiferente, e esta seria sua postura, a que ele idealizou, o melhor pra todos, à sua maneira.

— Irei convosco, mas antes... moi.. . — ele interrompe sua caminhada, se volta para os saxões, principalmente ao irritante que tomava a frente nas decisões e agressões, e dispara com toda a graça e requinte francês:

— Je vous déteste, oui messieurs?
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je vous déteste, oui? - eu odeio vocês, tá?
Moi - eu
Beatrix_algrave


Beatrix olhara mais uma vez para trás, e a cena que viu deixou-a perplexa. O prior dos azure chegou e trocou breves palavras com Lorde Casterwill. Pela distância que ia, não haveria a menor condição de ouvi-los. Mas aquela presença no porto, sem que houvesse guerra trouxe-lhe uma impressão que ela não apagaria tão cedo, a de que não podia confiar em ninguém.

Ela ia caminhando com Madalena, e notou que o jovem francês estacou e antes de partir, disse palavras ofensivas em francês para o Casterwill. Ele só poderia estar louco, para naquela tensão dizer que odiava o Lorde Casterwill. Preocupada que mais uma morte pudesse ocorrer, ela puxou o francês, que mais que arrogante, devia estar perturbado para naquele meio ter aquela audácia.

- De toute évidence vous êtes fou. Allez! Allez!

OOC: Certamente és louco. Vamos! vamos!
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Maria_madalena
Ao ver a sua prima voltar-se para olhar para trás, Madalena seguiu-lhe o olhar e ficou muito espantada ao encontrar o prior da Ordem de Azure em reunião com Lorde Casterwill. Vultos negros e discretos estavam espalhados pelo recinto, alguns em posições mais elevadas, observavam de forma privilegiada tudo o que acontecia. As observações não lhe duraram muito tempo, pois algo inusitado aconteceu e uma voz arrogante e desafiadora ergueu-se no silêncio.

Madalena lançou um olhar de reprimenda ao francês que acabara de berrar a plenos pulmões que odiava o Lorde Casterwill. A meretriz abanou a cabeça em descontentamento e bufou chateada. Parecia-lhe que aquela estrangeiro era um desmiolado, três pessoas haviam sido ali mortas e a sugestão de muitas mais mortes pairava no ar. O que ele tinha dentro da cabeça, Madalena não sabia, mas certamente não lhe devia dar muito uso.


- Calado, guarda as tuas efusividades para outro momento. - Resmoneou numa voz baixa mas autoritária. - Essa ousadia ainda te vai custar caro. - Informou mantendo a postura.

Trocou um olhar de soslaio com a prima e suspirou.

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William Casterwill, roleplayed by Maria_madalena
Nicole havia abandonado o local com uma pequena comitiva. Lorde Casterwill estava em fim só com Juliana, a escolta que os rodeava não era mais do que uma pequena sombra sua, as suas vontades ajuramentadas à sua. Circundou a antiga matriarca dos Nunes durante mais alguns momentos até que parou em frente a ela, segurando-lhe firmemente o rosto com uma mão e forçando-a a encara-lo.

- Não te matarei aqui. - Olhou demoradamente os homens que o rodeavam e aproximou o rosto do dela, até a sua boca estar encostada contra o ouvido dela. - Entre nós, todos os assuntos são privados. Não quero que estes homens vejam os suspiros que soltarás enquanto a vida te abandona.

Foi nessa altura que uma comitiva de homens vestidos de negro se aproximou. O prior da ordem, seu conhecido de outras alturas, passou por todas as escoltas com facilidade, os seus guardas haviam aprendido bem as suas lições e sabiam perfeitamente a quem devia ceder passagem e a quem não deviam ceder. Um sorriso ocupou-lhe o rosto e esperou calmamente que o outro homem se aproximasse de si. Não houve qualquer tipo de cumprimento formal e o prior falou de forma incisiva, evitando qualquer tipo de rodeios. Lorde Casterwill não lhe respondeu, limitou-se a encara-lo e ouvir atentamente as palavras do prior, o sorriso de escárnio nunca lhe abandonou os lábios. Era verdade que era um homem de palavra e aquela havia sido dada muitos anos antes, embora a condição temporal não a tivesse tornado menos válida. Ficou satisfeito pelo prior reconhecer em Nicole as características de bom Casterwill e era verdade que a sua neta ainda tinha muito para aprender, William asseguraria que as suas lições fossem tidas dentro do clã. Assim como chegara, o prior também partiu, envolto em silêncio e rapidamente.

Umas palavras gritadas em francês chamaram a atenção de William Casterwill. Não era fluente naquela língua, mas o tom irado e desafiador não lhe deixou margens para qualquer tipo de dúvida.


- Arrow! - A voz autoritária não deixou margem para dúvidas.
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