Beatrix estava no prédio elaborando uma arte que fora encomendada pela Mestre-de-armas. A chuva também a impedira de ir para a sua casa e ficara ali. Enquanto tomava uma caneca de chá quente para espantar a friagem da noite chuvosa, notara o alvoroço dos pajens.
Quando se aproximava para ver o que estava acontecendo ouvira o barulho de uma parte do teto que cedera graças a uma goteira que deveria ter sido cuidada há tempos e que fragilizara aquela estrutura de argamassa e pedra.
Deparou com a situação de vários pajens tentando socorrer o pobre colega sobre quem caiu parte do teto e que agora tinha a perna presa sobre escombros. Ela se propôs a também ajudar da forma que pode.
- Removam os escombros com cuidado, e vamos levá-lo a outra sala e colocá-lo sobre a mesa.
Ela disse e pediu que um deles fosse avisar Nicole e outro fosse chamar um médico imediatamente.
Assim que os rapazes o fizeram, Beatrix tratou de pôr em prática o pouco que sabia sobre cuidados médicos, para estancar o sangue que afluía da perna fraturada. Era uma fratura exposta e se o socorro não fosse imediato o pobre rapaz poderia morrer de hemorragia ali mesmo. Assim, rasgou um pedaço da anágua do vestido e improvisou um torniquete.
Um dos pajens tentou espiar quando ela levantou um pouco a saia, mas levou um safanão do colega que percebeu o problema que aquilo ia dar se Beatrix percebesse.
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