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[RP] Casa da Babilónia

--Zeca
Do local onde estava, Zeca conseguia ouvir com nitidez os gritos provenientes da Casa da Babilónia. Sabia, com toda a certeza, que os insultos eram dirigidos a Madalena apesar de não conseguir entender a grande parte das palavras. Em nenhuma ocasião ouviu doce voz de Madalena, talvez por esta ainda não ter falado, talvez porque a ocasião a levou a sussurrar.

Trááááááááás...

O som intenso de uma chapada fez-se ouvir e algo feroz despertou no interior de Zeca que olhou expectante para a porta.
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Maria_madalena
Lágrimas grossas escorriam-lhe pelo rosto abaixo, ardendo na região magoada e a meretriz não conseguia parar de soluçar, o seu corpo em constantes abalos. Pelo menos estava sozinha na sala e ninguém veria o seu pranto e decadência. Vinte e dois anos de convivência com a proxeneta dever-lhe-iam ter ensinado que nada era mais importante para Júlia do que os rendimentos obtidos com o bordel. Não havia uma ponta de humanidade ou compaixão naquela mulher. Com aqueles pensamentos em mente, Madalena conseguiu dominar o sufoco em que estava.

Lentamente, a meretriz levou ambas as mãos à face maculada, palpando delicadamente. Era possível sentir algum inchaço e certamente que a mão de Júlia permaneceria marcada na sua face esquerda durante alguns dias. Aquele pensamento levou a que os seus olhos se humedecessem de novo. Por momentos, momentos mais longos do que pretendia, desejou ter ficado na floresta com Zeca, pelo menos ele era delicado com ela.

Madalena não acatou a ordem de Júlia e sentou-se numa das poltronas da sala, envolvendo o corpo na sua capa.

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Nuno Resende, roleplayed by Dvd
Nuno não pregou olho a noite toda, aguardando uma mensagem do fazendeiro, esperando que trouxesse boas novas.

O pombo adentra pela varanda até ao gaiolão, onde se encontravam algumas sementes. Nuno, já vestido e arranjado, vê o seu pequeno mensageiro chegar. Pega no papel e olha-o, mas apenas estava riscado, o que contribuiu mais para a sua fúria. Esquecera-se que o fazendeiro era iletrado.

De um modo atabalhoado sai do quarto disparado como uma flecha, para a porta. Antes de sair, olha de soslaio para uma peça brilhante à esquerda da porta, era um artigo de colecção que os seus pais teriam comprado numa das viagens ao oriente, uma bela adaga decorada no cabo por ouro. Sem pensar no assunto, agarra-a e deixa a casa com o seu corpo possuído pela raiva e o ódio, sentia-se um humilhado.

Por fim, chega à Casa da Babilónia. Encontra o fazendeiro num local mais afastado e vai até ele. O fazendeiro indica-lhe que a viu entrar e tenta explicar que vinha com um aspecto desarranjado e descuidado, mas Nuno não queria saber. Deixa-o sozinho a falar e segue até ao edifício. Empurra a porta mas esta não abre, já vermelho com toda esta situação pontapeia a porta causando um estrondo e entra irritado.

Olha em frente e vê Madalena sentada na poltrona, não dá importância ao seu aspecto, apenas o facto dela estar ali, sentada, fazia a adrenalina dele crescer, pensava que ela o estava a enganar, a fugir dos desejos que ele tanto pagava.


- Por onde andaste!? Pensas que me podes fazer isto? Pensas!? - Grita, dirigindo-se a ela a toda a velocidade. - Tu pertences-me, não te pago para descansar ou saires quanto te apetece!

Agarra nela e levanta-a, com a sua estrutura forte domina-a e atira-a com violência contra a parede. Maria choca contra a parede e cai no chão, Nuno volta a aproximar-se, recua a perna direita e balança-a para a frente, atingindo a meretriz na parte abdominal. Retira o cinto das calças e segura-o firmemente com as duas mãos, a adaga que estava segura no cinto, cai no chão e tange no pavimento.

- Vais ter o que mereces! Sua fútil! - Indica-lhe e envolta o seu cinto pelo pescoço fino dela. Puxa o cinto para si, apertando cada vez mais o pescoço da meretriz.
Maria_madalena
Madalena olha assustada para a porta que cai estrondosamente no chão da Babilónia, instintivamente leva as mãos ao peito, sentido o coração bater desenfreadamente, o seu corpo tenso pela descarga de adrenalina. Presa pelo medo, a meretriz permanece sentada na poltrona, vendo-o aproximar-se de si a toda a velocidade. Vem furioso e corado, narinas dilatadas pela respiração acelerada, corpo tenso e olhar vidrado.

Assim que ele a agarrou, Madalena tentou debater-se, esbracejando e esperneando violentamente, mas ele era simplesmente forte demais. De seguida, ele atirou-a contra a parede, o ar saiu-lhe violentamente dos pulmões e o mundo girou à sua volta, toldado pela dor e hipoxia momentânea. Encostada à parede, de olhos fechados e corpo encolhido pela dor, a meretriz espera silenciosamente pelo próximo golpe. O pontapé surge repentinamente, uma estocada de dor que lhe percorre todo o corpo, incapacitando-a de sentir algo mais além de sofrimento.

Num torpor sem fim, Madalena é novamente levantada e um objecto de couro aperta-lhe agora o pescoço. Os seus pés não tocam o chão e as mãos tentam desesperadamente soltar o laço que a sufoca. Os gritos, nascidos na mágoa, não lhe chegam a abandonar os lábios.

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--Zeca
Do canto onde está, agachado entre os barris, Zeca vê outro homem chegar. É um homem alto, bem vestido, de cabelos negros lisos que lhe caiem para os lados, traz ao cinto uma adaga ricamente decorada e dirige-se para o fundo da rua em passo acelerado e furioso. À sua esquerda um outro homem, grosseiro e brutamontes, emerge das sombras. Cauteloso como é, o Floresta permanece à escuta, atento àqueles homens.

Eles cruzam-se em frente à Babilónia e palavras ininteligíveis são trocadas. Mesmo assim, é fácil perceber que o homem mais grosseiro tenta dissuadir o outro, que gesticula intensamente, alteando a voz por diversas vezes, certamente que o homem grosseiro é seu inferior. De seguida, o homem de cabelos negros arromba a porta da Babilónia e dirige-se a toda a velocidade para Madalena.

Incapaz de se controlar, Zeca abandona o seu esconderijo e corre em auxílio da meretriz.

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Fazendeiro, roleplayed by Dvd
Após a pequena conversa com o seu senhor, Josué fica preocupado com o rumo das coisas. Nuno nunca fora um homem bondoso, mas dava trabalho e dinheiro. Observa as acções dele esperando que não cometa nenhuma loucura.

Sente outra presença e quando olha para o seu lado, vê um homem a correr com os olhos fitados em Madalena, rapidamente, Josué apercebe-se que virão problemas. Então, vai atrás dele. Zeca não se apercebe da vinda do fazendeiro e é abalroado pela lateral, caindo com o homem em cima dele.
O brutamontes esmurra a cara de Zeca repetidamente... Apesar dos fortes murros dele, o outro homem resistia, com o lábio ensanguentado e cortado, Zeca, parecia ter muita força guardada dentro de si.
Josué pega numa pedra de média dimensão e atinge Zeca na cabeça duas vezes, no fim, ele já não se mexia, tinha o seu corpo inanimado com sangue a escorrer pela nuca.

Para evitar que alguém visse Zeca, o fazendeiro arrastou o corpo para um campo, atirando-o para um monte de despojos e estrume. E desaperece do local.
--Zeca
Quando dá por si, Zeca é atirado ao chão, o homem brutamontes sobre si, esmurrando-o repetidamente. Sob os golpes violentos os lábios do Floresta não resistem abrindo-se, o sabor férreo invade-lhe a boca e o líquido vermelho flui pelos cantos da boca dele, mesclando-se entre os pêlos negros da sua barba. Por diversas vezes tenta libertar-se do aperto do homem, mas os golpes atingem-no constantemente, turvando-lhe a visão e fazendo a cabeça de Zeca girar.

O homem grosseiro pega numa pedra e o mundo cai na penumbra...

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Nuno Resende, roleplayed by Dvd
Nuno vê que Maria não consegue respirar, tem vontade de matá-la mas não o faz. Quando ela deixa de resistir, pega-a ao colo e retira-a da sala, levando-a até um dos quartos. Aí, amarra-a com cordas com o corpo voltado para baixo, prende-lhe os braços com força nas duas extremidades da cama.
Nuno vê Maria inanimada, mas isso não chega. Usa um pano como mordaça, incapacitando-a de falar, em seguida, entorna pela cabeça da meretriz um jarro de água que se encontrava ao lado direito da cama como decoração.

Maria acorda arrepiada e aflita, tentando-se libertar. Nuno consumido pela cólera, rasga o resto das roupas e decide que deve fazer algo que a faça lembrar que deve estar sempre na Babilónia à sua espera.


- Agora... Agora vais ver! Tu és minha! - Fala tremendo e rindo-se no final. Desce a mão até á cintura procurando a sua adaga, mas ela não está lá. Irrita-se ainda mais por não ter aquilo que quer, olha para todos os lados e vê no armário entreaberto adereços do bordel, entre eles, um chicote. Agarra fortemente o chicote e ataca Maria Madalena com toda a força e fúria. As suas costas vão ficando cada vez mais marcadas e vermelhas.

Nuno cansa-se e larga o objecto. Desce as calças e aproveita-se da indefesa meretriz.


- Agora vais dar-me aquilo que me deves à muito! - Diz enquanto realiza os movimentos.
Maria_madalena
As inspirações cada vez mais forçadas e custosas em nada resultavam, o aperto de Nuno era demasiado forte. Lentamente, o corpo de Madalena deixou de se debater, uma nuvem negra descia sobre si, impedindo-a de pensar com coerência ou controlar os seus movimentos. Minutos depois, a consciência abandona-a.

Acorda sobressaltada, com um líquido frio a escorrer-lhe pelo rosto, pescoço e costas. Estava deitada numa das camas da Babilónia, com os membros amarrados à cama e uma mordaça na boca. Com todas as suas forças tenta gritar e estrebuchar, disposta a não desistir. Nuno está ali, furioso como ela nunca viu, num movimento brusco ele rasga-lhe o resto das roupas. Uma sombra de medo cobre a meretriz.

A voz cruel dele fá-la tremer incontrolavelmente, não consegue vê-lo mas pressente a fúria e a cólera que o consomem. Sem aviso prévio, um chicote atinge-lhe as costas, rasgando-lhe pele e carne, um urro profundo trespassa-a de um lado ao outro apenas para morrer abafado na mordaça. Com força a meretriz morde o próprio lábio rasgando-o e sentindo o sabor férreo invadir-lhe a boca. A cada golpe, os uivos tornam-se menos intensos e a a dor atinge uma sensação de torpor.

Quando ele sobe para a cama e a possui com brutalidade, Madalena já nada sente.

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--Julia_campos
Júlia acordou assustada com o estrépito que fez tremer o edifício da Babilónia. Deitada numa das camas da cave, a proxeneta olhou intrigada para o tecto. A voz acalorada de um homem fazia-se ouvir nitidamente. Resignada, levantou-se e subiu para o piso térreo, onde foi recebida por uma corrente de ar fortíssima.

- Quem raio abriu as janelas... - murmurou para si mesma enquanto percorria o longo corredor.

A boca da proxeneta abriu-se em espanto quando viu a porta principal tombada sobre o chão, olhou em volta mas não encontrou vivalma. Um objecto de brilho dourado chama-lhe a atenção e Júlia sorri maliciosamente. Sem qualquer tipo de hesitação volta a atravessar o corredor parando em frente ao último quarto.

Madalena estava amarrada à cama, amordaçada e de costas ensanguentadas, Júlia sentiu uma pequena náusea, que de imediato foi esquecida. Finalmente a meretriz estava a pagar pela sua impertinência. Voltou-se para partir, mas antes pousou a mão sobre o seu ventre, parecendo hesitar. Havia dúvida e um ténue vislumbre arrependimento nos olhos da proxeneta, com um sacudir de ombros Júlia enterrou esses pensamentos e voltou a descer. Madalena estava por sua conta e risco.

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Nuno Resende, roleplayed by Dvd
Os momentos passados com a meretriz eram curtos, Nuno Resende, era um homem com poucas qualidades atractivas e o seu acto não era, de facto, muito bom ou duradouro, como pensava ela, apesar, de nunca o demonstrar ou dizer. Em poucos minutos, Nuno parou... Volta a vestir-se e utiliza mais umas vezes o chicote no corpo de Madalena. Por fim, tira um punhado de cruzados e atira contra ela.

- Aí está o teu pagamento, é isso que vales... Uns míseros cruzados! - Diz num tom ríspido enquanto abandona o quarto.

Sem se preocupar com o que as outras pessoas possam descobrir, sai altivo e grandioso da Babilónia, como se nada passasse. Estava mais calmo e um pouco cansado, então, decidiu ir para uma das várias casas que possuía e descansar um pouco.
Maria_madalena
Apesar do torpor em que se encontrava, Madalena tinha certeza de uma coisa: Nuno não demoraria muito. Era um homem com pouco auto-controlo e as noites que com ele passara ensinaram-lhe que o ele lhe pagava era mais do que um exagero pelo pouco esforço que a meretriz tinha de empregar. Desta vez não foi diferente. Ao fim de alguns minutos Nuno estava satisfeito, a respiração ofegante dele o único ruído audível. Madalena tinha o rosto vermelho do choro e do esforço para suportar a dor, a mordaça, outrora de um tom bege, estava agora tingida de vermelho, assim como os lençóis da cama. Algum do sangue que lhe cobria as costas começara já a secar formando pequenas crostas.

O padecimento dela não tinha acabado por ali. Antes de abandonar o quarto Nuno atinge-a com o chicote mais algumas vezes, reabrindo feridas e avivando dores. Madalena controla-se em todos os momentos, mordendo os próprios lábios e abafando os gritos na mordaça. Por fim, sente as frias moedas embaterem-lhe no corpo, o sentimento de esperança é renovado, talvez ele agora vá realmente embora. As palavras que ele lhe atira já não a magoa, tem o corpo mutilado e alma humilhada, nada mais a incomoda.

O silêncio volta a encher o quarto, está enfim só.

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Valjean.
Manhã. Outros estariam saindo, mas ele estava entrando. A porta estava entreaberta, e foi o suficiente para que o homem entrasse. A expressão era um misto de tédio e sono. À noite estivera "a serviço". Andou pela sala vazia, sentou-se num banco e aguardou que alguém aparecesse.

Valjean era assassino de profissão. Violento, promíscuo, bruto, irritadiço e brigão. Três vezes já fora esfaqueado, e essas eram só algumas das cicatrizes que trazia... Mas trazia em si a chamada "alma de rico". Lhe agradava poder tomar banho, vestir-se adequadamente, receber cuidados e "favores" de uma criada... Fingir que era importante lhe envaidecia. E foi com esta vaidade que chegou à Babilónia.

-Alguém aí que me sirva? - disse, olhando em volta, esperando que alguém aparecesse.
Violeta , roleplayed by Maria_madalena
Não podia ter passado muito tempo desde que Violeta se deitara no dos quartos do piso térreo para dormir, a cabeça ainda lhe doía e os olhos estavam pesados do sono. Aquela noite não fora uma boa, os clientes dispersaram cedo por conta da confusão com Nuno Resende, alguns sem pagar. O de Violeta pusera os pés fora do bordel assim que a confusão despoletara, deixando-a meia despida e ofegante sob o leito. A manhã não se fizera mais calma e Violeta já desistira de tentar adormecer. Lentamente, sentou-se na cama e esticou o corpo com preguiça, sentindo-se mais relaxada, depois levantou-se e abriu a porta do quarto, espreitando para o corredor. Uma corrente de ar forte embateu contra si, desalinhando-lhe os cabelos e colando-lhe a camisa de noite semitransparente ao corpo de formas esguias. Pé ante pé, caminhou na direcção do vento, movida pela curiosidade.

Foi com espanto que viu a porta principal da Babilónia estatelada no chão, ficando a olhar o cenário por alguns momentos. Depois, voltou-se e sorriu para o homem que estava sentado num dos bancos, pose altiva e sorriso promíscuo. Violeta aproximou-se vagarosamente, meneando o corpo como só uma mulher sabe, os seus olhos, de um azul violáceo, iam fixos nos dele.


- Vai desejar alguma coisa, senhor? - disse de forma sugestiva enquanto levava o dedo indicador à boca e o mordia.
Valjean.
Após alguns minutos, uma mocinha apareceu por uma das portas do local, ainda em trajes de dormir, os quais marcavam-lhe os contornos da pele. Ao notar a presença do homem, começou a revelar seus encantos.

-Vai desejar alguma coisa, senhor?

-Bom dia mocinha. Primeiro desejo uma cerveja, depois disso gostaria de um banho e uma manhã bem relaxante numa cama, de preferência consigo. Não consegui pregar o olho toda a noite. Posso saber vosso nome?
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