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[RP] Casa da Babilónia

--Vanessa


Vanessa era a viva imagem de uma menina-moça, seus cabelos castanho-cobreados lhe caiam soltos até a cintura, vestia um vestido azul claro de mangas longas mas que deixava os ombros à mostra, apenas as estreitas alças que por vezes teimavam em cair-lhe. Apesar de já ser uma mulher feita e direita ainda tinha aquele ar jovial e inocente de menina, um rasgo que seus seios pequenos apenas pareciam aumentar.

Normalmente ela servia as mesas em uma tasca próxima, e varias vezes a antiga madame da Babilônia, que falecera recentemente, havia tentado levar-la a trabalhar ali, algo que ela sempre recusou. Não que ela fosse uma jovem por demais recatada, mas fazer da libertinagem uma forma de vida não era algo que ela desejava para si.

Mas naquele dia era algo mais que a levava para aquela casa. Ela tinha uma mensagem para uma "hospede" da Babilônia.

Ela tocou três vezes na porta do quarto onde Letícia ficava.
--.joaquim


Joaquim notou aquela jovenzinha adentrando a Babilônia, com seus cabelos castanho-acobreados, ar inocente e pequenos seios que mal se via o volume através do vestido. Achou-a uma tentação deveras deliciosa para a rejeitar. Quem sabe não seria ele o primeiro cliente dela. Uma vez que aquele piteuzinho ali só poderia ter um propósito vindo à Babilônia.

Antes que ela desse a terceira batida na porta de Leticia, Joaquim agarrou-a pela cintura e encostou-a a parede.

- Vamos para o quarto florzinha.

O homem tentava pressionar sua boca contra a de Vanessa, e tinha cheiro de bebida e ausência de banho, a barba preta e densa dele era mal cuidada e arranhava. Ele ainda por cima tinha uma barriga "de cerveja" que empurrava mais ainda a mocinha contra a parede.
--Vanessa


Vanessa estava acostumada a tratar com os bêbados da tasca e suas mãos bobas, mas aquele homem a havia surpreendido agarrando-a daquele jeito e por alguns poucos momentos não soube o que fazer além de evitar que aquele gordo e sujo tocasse nela.

Então reunindo toda suas forças empurrou o abusado livrando-se de seu agarre, e antes que ele pudesse fazer um novo embate lhe disse gesticulando com as mãos o dedo em riste:

-Na, na, não, meu senhor. - e sua voz era doce e suave. - Não sejas apurado. - disse forçando-se seu melhor sorriso. - Espere em vosso quarto que já serás atendido. Apenas preciso buscar algo com minha amiga aqui.- Concluiu com um risinho tentando convencer-lo que se fosse. Naquele preciso momento para sua salvação a porta do quarto se abriu.
Leticia


Antes que o homem fizesse uma segunda tentativa de agarrar Vanessa, Letícia abriu a porta do quarto para ver o que estava se passando.

- O que há? Solte-a Joaquim, ela não trabalha aqui. E depois eu vi pela janela que a Darcília vem vindo. É hora de você se esconder.

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"Sabe o medo que algumas pessoas tem da escuridão? Às vezes ele é verdadeiro. Nunca negue seus instintos, pois eles não mentem."
--.joaquim


Mal ouviu o nome da mulher, Joaquim saiu dali correndo para pular alguma janela do bordel.

- Desgraçada! Mal me diverti já vem me estragar a noite.

Ele disse enraivecido enquanto corria dali para fugir da mulher.
Leticia


Depois que Joaquim foi embora Letícia chamou a moça para entrar em seu quarto.

- Sorte sua que era o Joaquim, ele não passa de um bobão, mas há homens perigosos aqui. Todo cuidado é pouco.

Ela diz e suspira. Assim que a moça entra ela fecha a porta.

- Quem te mandou aqui me encontrar teve uma péssima ideia. Haveriam lugares mais discretos e seguros. Tem algo para mim?

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"Sabe o medo que algumas pessoas tem da escuridão? Às vezes ele é verdadeiro. Nunca negue seus instintos, pois eles não mentem."
--Vanessa


Vanessa viu como a cor desaparecia daquele homem ante o nome da que devia ser a esposa e riu baixinho enquanto ele fugia. Estava agradecida à Leticia por ter aparecido naquele preciso momento, não sabia se poderia se desvencilhar de um segundo embate de Joaquim caso sua treta não funcionasse.

Depois do homem ir embora seguiu Leticia para dentro do quarto.

- Tens razão Dona Leticia, ainda bem que abristes a porta, não saberia se poderia me desvencilhar tão facilmente uma segunda vez. - respondeu Vanessa. - Mas a ideia de vir aqui lhe encontrar foi minha. - confessou algo encabulada. E então como se lembrando do que havia ido fazer ali disse: - Me pediram para lhe entregar isso e dizer-lhe algo. Como era? - fez um esforço com a memoria enquanto tirava um pedaço de papel dobrado e lacrado com a marca de quem Leticia recebia suas ordens - Ah sim. - Lembrou-se - este é o nome de vossa menininha, cuide-a bem. - recitou sorrindo ao final. - Não quero ser indiscreta Dona Leticia. Mas tens uma filha?
Leticia


Ela ouviu aquilo e não atinou sobre o que era a principio. Aquele código lhe escapava. Não podia ser o que ela estava pensando. Não era possível que lhe pedissem isso.

- Não. E não sou nada maternal, mas provavelmente terei uma filha postiça em breve.

Ela disse e sorriu um sorriso sincero, algo raro para ela.

- Agora vá e tome cuidado. Há muita gente cruel nesse mundo.

Ela disse e abriu a porta para a mocinha.
--Vanessa


Vanessa saiu sem demora, mas dedicou um sorriso juvenil à Leticia antes de desaparecer no corredor. Não se deteve por nada e logo já estava de volta ao abrigo da conhecida taberna.
Leticia


Leticia ainda observou se a jovem saia em segurança do bordel, e só entrou voltou ao quarto, trancou a porta e foi ler a mensagem. Ela estava curiosa sobre quem lhe haviam destinado.

Assim, abriu a mensagem e leu o que estava escrito. Quando leu o nome da sua "filhinha" levou um susto. Muito perto, perto demais.Não gostava disse nenhum pouco. Seria alguma armadilha?
--Darcilia


Enquanto refletia sobre a mensagem recebida, Letícia foi surpreendida por uma mulher que adentrou seu quarto esbaforida, sem nem ao menos bater na porta. Ela carregava uma mala pesada de couro em uma mão e um cabo de vassoura na outra. Usava um lenço amarrado nos cabelos escuros, era feia, mal vestida e atarracada.

- Onde está aquele miserável do Joaquim? Sei que ele entrou aqui.

Disse enquanto fuçava debaixo da cama de Letícia.
Leticia


Leticia ficou surpresa com a ousadia de Darcília. Aquilo certamente estava passando dos limites. Era difícil no entanto não rir daquela situação. Se Letícia estivesse com um cliente, no entanto, as coisas seriam diferentes.

Letícia arrumou o chale vermelho e ficou observando a mulher sofrendo para levantar-se depois de ter se abaixado para procurar o marido embaixo da cama da meretriz.

- Quer ajuda?

Ela perguntou e estendeu a mão para a mulher, que preferiu sofrer em orgulho com sua artrite do que ser ajudada pela meretriz.

Letícia foi até a janela, e observou que Joaquim estava acocorado embaixo de uma cerca, não muito longe dali, apenas esperando a mulher sair para voltar ao bordel. Ele sem dúvida abusava da sorte naquela noite.

- Mas que coisa, Dona Darcília. Não é o seu marido ali escondido atrás daquela cerca?

Letícia disse controlando o riso.
--Darcilia


Ao ouvir as palavras de Letícia, Darcília foi até a janela e firmou a vista.

- Ah! Velho safado, miserável. É hoje que eu te curo, Joaquim.

Ela disse bufando de raiva e saiu às pressas do quarto de Letícia, tão rápido quanto entrou. Seu passo firme e ligeiro parecia ignorar a artrite e o que mais ela tivesse.

Da janela Letícia pode apreciar o espetáculo de Darcília perseguindo o marido. Ela jogou o cabo de vassoura e este não bateu na cabeça de Joaquim por muito pouco. Ele no entanto não conseguiu correr o suficiente para escapar de umas duas ou três bolsadas de Dona Darcília. Ele gritava e chorava, jurando inocência. Isso só enfurecia Darcília que batia com ainda mais força.
Leticia


Depois de se deliciar com aquele espetáculo hilariante, Letícia preparou-se para deixar a Babilônia. Certamente Rita reclamaria por não ter dado a ela nada, mas ela pouco se importava com reclamações ou explicações. Daria o valor do quarto e ela que se contentasse com isso. Se Julia se contentava, ela não seria diferente. Pensou um instante na morte de Julia. Isso ocorreu enquanto ela estava fora. Como a vida podia ser algo tão insignificante? Agora a Babilônia pertencia a Madalena e em sua ausência, Rita administrava a casa.

Então, ela arrumou os cabelos e olhou-se ao espelho, admirando sua imagem. Era uma aparência jovem, muito jovem, definitivamente ela não tinha cara de mestre velha e acabada, mas aquilo que ela ia ensinar não estava nos livros embolorados. Alguns até a tentaram reproduzir, mas na letra perdia-se o fogo, pois aquela era a sabedoria do mundo. Um tipo de sabedoria que não se podia transmitir assim tão facilmente, pois cada um vivia e experimentava a sua maneira. Havia é claro certos truques, coisas que aprendera e que se alguém tivesse mostrado teria lhe poupado tempo e dor, mas a dor também faz parte. Por mais que se diga em contrário, ninguém aprende sem ela...alguns mais outros menos.

Ela pensou e se encarou de novo. Quem diria que ela já vivera tanto?

Enquanto pensava nessas coisas escutou uma nova batida na porta. Foi abrir pensando se era Madalena ou alguma das meninas, pois a encrenqueira não voltaria tão cedo. Mas não era, era um cliente procurando por ela. Era um dos habituais. Ele normalmente estava lá nos dias em que Letícia costumava aparecer, às vezes ele tinha sorte de calhar com ela, às vezes não. Esse capricho parecia agradá-lo. E encontrar Letícia deixava-o animado. Se ela estava na casa, era apenas ela que ele aceitava e nenhuma outra.

Ao ver que dera sorte em encontra-la ali, o homem enlaçou-a envolvendo-a em um abraço. Ela sentiu os beijos que subiam pelo pescoço até a boca, e depois desciam novamente até o decote.

Então, sem dizer palavra ele a levantou pela cintura e carregou-a até a cama, onde eles continuaram o encontro. Ela atirou o xale vermelho sobre a cabeceira da cama e dedicou-se ao trabalho que mais apreciava.

- Tu ias embora sem nem ao menos um beijo?

O homem sussurrou enquanto desabotoava o vestido de Letícia.

- Não perca tempo com palavras, querido, a noite é curta.

Ela respondeu com um sorriso provocante e em seguida o calou com um beijo. Certamente ela teria que procurar sua "criança" em outra noite, pois naquela teria outras tarefas a realizar.
--_narrador_


Algumas semanas se passaram antes que Letícia pudesse encontrar com a sua pupila, pois Madalena estava viajando. Na ausência dela, Rita tomava conta da Casa da Babilônia. Durante esse período Letícia praticamente desapareceu. Apenas umas duas vezes ela foi vista ali. Talvez ela estivesse ocupada em outras missões ou atendendo clientes especiais.

Quando Maria Madalena retornou da França, Letícia tomou conhecimento disso e resolveu aparecer novamente na Casa da Babilônia.

Seu encontro dessa noite era deveras especial.
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