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[RP] Casa da Babilónia

Maria_madalena
Madalena arqueou a sobrancelha perante o sorriso de Lília.

- Não te rias! Isto não tem piada alguma!

Subitamente endireitou-se.

- Ai meu bom Jah! Vamos até ao quarto, quero ver com os meus olhos.

Em passo rápido, seguiram pelo corredor da Babilónia até chegarem ao quarto.

Madalena entrou e os seus olhos repousaram sobre o corpo real que jazia inerte num leito agora quase tão branco como a pele de alabastro do rei. Deitado daquela forma parecia até que era esculpido em mármore, tão inerte e pálido estava. No rosto de Sua Majestade havia um sorriso de contentamento discreto e mórbido. Os cabelos acinzentados caiam-lhe sobre o rosto e estavam ainda empastados em suor, exaltando o vigor daquela última cavalgada que o conduzira até ao céu. Era certo que o seu corpo já não fazia suspirar mulher alguma, estava velho, enrugado e ligeiramente flácido, e do porte régio de outras alturas pouco ou nada restava.

Letícia estava sentada segurando um copo de vinho do qual beberricava ocasionalmente. Madalena agarrou numa das garrafas e emborcou um longo trago do líquido escuro e frutado.

- Como foi que isto aconteceu? - Inquiriu enquanto agitava a garrafa na direcção do rei.

Pobre homem, nem tivera tempo de provar aquele vinho de boa casta.
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Leticia



Letícia concordou com as palavras de Lília, Diante do comentário sobre serem regicidas, ela limitou-se a sorrir e comentar.

Letícia, a regicida, até que soa bem. Lília, a regicida, também. Sem dúvida usamos uma arma bem criativa.

Em seguida ela ficou ali e aguardou que Lília retornasse com Maria Madalena, enquanto isso, bebericava do vinho. Respondeu-lhe a pergunta do mesmo modo que declarara a morte do rei.

- Ele morreu durante o ato, eu estava sobre ele e notei que não se mexia mais. Ele parecia tão satisfeito e cheio de disposição. O que o matou não foi o ato, foi a falta dele por tanto tempo. Achegou-se com muita sede ao pote. O pote quebrou.

Leticia ia falando com a taça na mão, ainda estava completamente despida e em pé ao lado da cama, com a mesma calma irritante, como se aquilo não fosse nada.

- Em algum momento ele ia ter que morrer, pelo menos morreu satisfeito e se divertindo. Garanto que muitos o invejarão. Acho que muitos hão de nos invejar também. Fizemos com o rei o que muitos adversários gostariam de fazer faz tempo.

Ela disse com um sorrisinho safado no rosto e tomou outro gole do excelente vinho.

- Melhor trazer o criado real aqui, pois ele precisa saber que o rei morreu e mais importante, precisa levar o corpo daqui. Antes que esse lugar fique com o cheiro da morte.

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"Sabe o medo que algumas pessoas tem da escuridão? Às vezes ele é verdadeiro. Nunca negue seus instintos, pois eles não mentem."
Rita, roleplayed by Beatrix_algrave


Enquanto isso, na sala, Rita foi chamada para atender o barão do cruzeiro e cuidar do movimento, enquanto Maria Madalena resolvia um problema.

Depois da noite em que Marilu morrera, Rita ainda estava ressabiada e sobressaltada. A saída repentina de Maria, chamada por Lília, deixou Rita preocupada, mas ela evitava demonstrar isso e preparou um belo sorriso para recepcionar o barão.

- Boa noite, Dom Dalur, Barão do Cruzeiro. É uma grande honra recebermos vossa graça novamente. Como posso agradá-lo essa noite?

--Lilia
Lília seguira imediatamente atrás de Madalena e assim que entraram no quarto fechou a porta e sentou-se sobre um baú de madeira, esperando que a proxeneta algo dissesse. Madalena observou o cadáver do rei por alguns instantes e depois precisou de tomar uma golada de vinho. Lília aproveitou aquele momento para encher a sua taça e beber um longo trago. Parecia-lhe que a noite seria comprida.

Lília acenou à primeira resposta de Letícia e completou:

- Raras vezes vi um homem tão afoito. Não fosse ele casado e com herdeiros e tê-lo-ia julgado virgem, tal era o entusiasmo. - Gargalhou delicadamente. - Ouvi dizer que se passarmos muito tempo sem praticar recuperamos a pureza.

Voltou a gargalhar e depois molhou os lábios no vinho.

- Talvez fosse melhor vesti-lo, também.
Leticia


- Ele deve ter feito os filhos através do lençol furado.

Letícia riu-se ao lembrar da animação do rei.

- Sei muito bem o que acontece com os que ficam sem praticar. Criam calos nas mãos, isso sim.

Ela continuou bebendo, sentou-se em uma cadeira, cruzou as belas e longas pernas e ficou observando o rei defunto.

- Põe um lençol e deixa que o criado o vista. Meu trabalho é só despir os clientes.

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"Sabe o medo que algumas pessoas tem da escuridão? Às vezes ele é verdadeiro. Nunca negue seus instintos, pois eles não mentem."
Maria_madalena
Maria Madalena fazia ouvidos moucos à conversa que Lília e Letícia tinham. Ao fim e ao cabo tinha o Rei de Portugal morto num dos quartos do seu estabelecimento e o desgraçado tinha logo de morrer quando estava sozinho no quarto com as duas meretrizes. Como iria provar que o diacho do homem tinha morrido de causas naturais e não tinha ali sido assassinado? O olhar de Madalena repousou longamente sobre Letícia, talvez aquela mulher o tivesse envenenado, pois tirando a idade, parecia-lhe um homem perfeitamente saudável.

- O rei bebeu ou comeu alguma coisa? - Interpelou e bebeu mais um longo trago de vinho.

Ergueu a sobrancelha ao último comentário de Letícia e disse vagamente:

- Talvez o teu trabalho seja mata-los. - Para evitar que o ambiente se tornasse pesado, acrescentou rapidamente. - Onde anda o criado do rei? Sabem se ficou lá fora? O melhor é chama-lo antes que o homem arrefeça.
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Dalur


O barão, que esperava finalmente conhecer Madalena, ficou curioso ao ver o rosto conhecido de Rita. Também não via ninguém na recepção, o que era ainda mais intrigante, dado que na noite anterior havia sido muito movimentado. Mas afinal não estava lá pelas suas ânsias investigativas, e sim pela mesma razão existencial do bordel, pelo prazer.

- Está um tanto parado hoje, o dia que ansiava descrição era cheio, hoje que não importo-me com tais bobagens está vazio... Que prazer temível tens todos vós em contrariar-me não?

Rindo um pouco com sua própria observação, nota uma certa apreensão em Rita, mas nada inquere sobre isto, afinal ela tem o direito de ter suas preocupações

- Gostaria de companhia para a noite, parece um tanto deserto, será que há mulheres disponíveis hoje?

Brinca o barão, seu humor era muito bom, e seu espírito tinha tamanha paz que nada tiraria sua alegria. Não havia bebido, ou feito outra coisa que elevasse seu ânimo, apenas estava alegre, contente sem razão alguma, e era esta mesma alegria que gostaria de divertir com uma mulher, no calor de uma cama, embrenhado em lençóis.
--Lilia
Com um ar divertido sugeriu:

- Acho que o devíamos cobrir com um lençol marital. - Soltou uma risada safada. - Deixamos apenas a parte mais feliz deste real cidadão a descoberto.

Lília levantou-se e aproximou-se da cama do rei, sentou-se na beirada, fazendo-a ceder ligeiramente sobre o seu peso, e pegou numa das mãos do rei inspeccionando e depois na outra.

- Oh, este nem calos nas mãos tinha. Se calhar era mesmo virgem.

Voltou a gargalhar, divertida com a situação.
Leticia


Letícia não se continha com as brincadeiras de Lília.

- Essa parte vai ficar assim "feliz" até o velório. Quem o preparar vai ter que deixá-lo novamente em repouso. Morreu com a lança em riste e mesmo morto a conserva na mesma posição.

Disse, quase se engasgando com o vinho.

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"Sabe o medo que algumas pessoas tem da escuridão? Às vezes ele é verdadeiro. Nunca negue seus instintos, pois eles não mentem."
Rita, roleplayed by Beatrix_algrave



Rita continua a atender os clientes, totalmente alheia ao que está acontecendo na suíte especial.

- Estamos procurando voltar à animação, mas é um pouco difícil de início. -Rita comenta, procurando mostrar-se o mais calma possível e afastar seus temores.

- Claro, vossa graça, sempre temos excelentes companhias disponíveis para os mais refinados gostos. O senhor tem alguma preferência especial para essa noite?

Ela pergunta antes de trazer uma bela jovem para agradar o barão.
Maria_madalena
Madalena revirou os olhos aos comentários insolentes de ambas as mulheres.

- Vou chamar o criado. Antes que o assunto comece a feder.

Bebeu um pouco mais de vinho.

- Pelo andar das coisas, no final da semana temos a Babilónia a arder.

Dirigiu-se à porta que dava acesso ao exterior e abriu-a, saindo. A carruagem real estava ainda parada ali e Madalena chamou:

- Oh da guarda!
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Criado real, roleplayed by Beatrix_algrave


O Criado estava em frente a carruagem, aguardando que o seu senhor terminasse o que o havia trazido aquele lugar.

Ficou surpreso ao ver Maria Madalena o que ele julgava um tanto cedo demais.

- Já? Pensei que fosse demorar mais um pouco. Houve algum problema?

Ele diz ao notar o olhar apreensivo da mulher.
Maria_madalena
Madalena arrepende-se de não ter trazido a garrafa de vinho consigo.

- Sua Majestade morreu. - Diz de um fôlego só. - Foi demasiada actividade para o seu coração já envelhecido.
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Criado real, roleplayed by Beatrix_algrave


Ele ouvi atônito as palavras de Maria. Custa-lhe a acreditar em tal coisa. Ele estava tão animado, parecia uma ideia tão boa para distrai-lo das preocupações.

- Que notícia terrível. Como isso foi acontecer?

Ele se pergunta e dá uma volta em círculos, tremendamente nervoso.

- Leve-me até lá, imediatamente.
Maria_madalena
Madalena abriu a boca para falar, mas demorou algum tempo até que saísse algum som.

- Bem, foi durante o acto, Sua Majestade deve ter-se empolgado demais, não sei. Venha comigo, então.

Dito isto, guiou o homem até ao quarto.
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