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[RP] Casa da Babilónia

--Julia_campos
Assim que o viu entrar na Babilónia, Júlia vacilou. O copo vazio que segurava numa mão caiu ao chão e o seu coração começou a palpitar descontroladamente. Olhou em volta, esperançosa por encontrar Madalena em qualquer um dos recantos da sala, por momentos julgou vê-la a entrar pela pronta da frente, mas os seus sonhos não se concretizaram. Ele aproximou-se, altivo, imponente e carregado de moedas. A cada solavanco do corpo dele, Júlia podia ouvir o tinir das moedas que tanto lhe agradava. As palavras violentas e apressadas que ele lhe dirigiu fizeram-na estremecer e suar. Parada no meio da sala, Júlia viu-o dirigir-se ao quarto habitual.

- Ai Jah! Que bou fazer?! Eu mato aquela desgraçada!! - praguejou a proxeneta enquanto procurava a melhor forma para o abordar.

Júlia ajoelhou-se para apanhar o saco de moedas que ele atirou para o chão guardando as moedas que saltaram no seu interior. Depois, passou as mãos pelos cabelos manchados de cinzento, respirou fundo e foi em direcção ao quarto.

- Sôr? - chamou à entrada do quarto segurando o saco de moedas em frente às saias.
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Nuno Resende, roleplayed by Dvd
Nuno, que aguardava impaciente a sua diversão, preparava-se para o acto, já sem camisa, aguardava deitado, na confortável cama de lençóis vermelhos.

Ouve a voz de Júlia...


- Diga lá... Porque ainda não está cá a Maria e o vinho? É preciso mais dinheiro?
- Diz num tom hostil, olhando para ela com um ar superior. - Pegue aquele saco de moedas e vá, desapareça daqui.
--Julia_campos
Júlia pigarreou desconfortável com aquela situação. A noite já ia alta e Madalena ainda não tinha chegado, pensou em todas as raparigas que ali trabalhavam, tentando lembrar-se de alguma que fosse parecida com a pretendida do senhor Nuno, nenhuma era tão bonita ou formosa... Pensou em virar as costas e fugir dali, mas isso iria apenas piorar a situação. A proxeneta respirou fundo e deu um passo em frente, pousando o saco de moedas que tinha nas mãos ao pé do outro saco de moedas.

- A Maria não tá cá hoje, sôr. - informou Júlia numa voz praticamente inaudível e de olhos postos no chão.
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Nuno Resende, roleplayed by Dvd
Ele via, admirado, Júlia entrar dentro do quarto. Percebe algumas das palavras que ela diz, rapidamente, o seu temperamento torna-se ainda mais agressivo, fica com o rosto rosado, envergonhado, como seria possível que a única mulher que lhe dá prazer não estivesse disponível?
Levanta-se inquieto, atirando com as coisas que se encontravam em cima da mobília do quarto, começara a destruir tudo o que encontrava, depois pára, olha para Júlia e berra:


- O quê!? Eu ouvi bem? Aquela miserável... aquela desgraçada não está cá? Onde ela anda? Diz-me, sua velha e asquerosa! - Enquanto grita, caminha em direção a Júlia, com os olhos enraivecidos.
--Julia_campos
Mal Nuno começou a destruir o quarto, Júlia encostou-se à parede mais próxima, cobrindo o rosto com as mãos e assumindo uma posição agachada. Em todos aqueles anos, a proxeneta nunca vira um homem exaltar-se tanto por saber que a sua meretriz favorita não estava disponível. Era bem verdade que ele pagava valores exorbitantes pelos serviços de Madalena, mas nada a fizera prever este tipo de reacção. A voz dele ressoava como um trovão no quarto que agora lhe parecia tão pequeno. Por momentos, deixou de ouvir objectos a serem quebrados e ousou olhá-lo. Ele caminhava em direcção a si, furioso, o corpo retesado em fúria e os olhos enraivecidos. A proxeneta soergueu-se ligeiramente, tentando recuperar um pouco da confiança e audácia que lhe eram características.

- Acalma-se sôr! - Júlia estendeu as mãos para a frente num sinal de paz - Posso arranjar-lhe outra moça... quem sabe duas... as que quiser... Num tem de pagar, num tem, é por conta da casa. Quando eu puser os olhos em cima da Maria, juro que a esfolo viva! - a voz de Júlia elevou-se ao mencionar Maria e os seus olhos negros faiscaram.
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Nuno Resende, roleplayed by Dvd
Enquanto caminhava, Júlia informa que poderia arranjar outras pessoas para o satisfazer, mas ele continuava insatisfeito...

- Não! Não quero mais nenhuma! Quero a Maria e é já! Onde ela está? Diga-me já! - Sai de rompante pela porta do quarto e começa a vasculhar a Babilónia, entra em quartos, arromba portas, procura em todo o lado pela mulher que quer. Volta até Júlia e entrega-lhe algumas moedas:

- Vá procurá-la! Só apareça aqui com ela, vocês enojam-me! - Afirma desprezando todas as pessoas que olhavam para ele.

Depois saí da Babilónia e vai procurar em outros sítios...
--Julia_campos
Júlia não previu a situação que se seguiu e por instantes permaneceu encostada à parede do quarto enquanto ouvia portas a bater violentamente, gritos femininos de horror, palavras maldosas bradadas aos quatro ventos, uma algazarra sem fim. O tempo pareceu parar para a proxeneta, as vozes arrastavam-se, prolongavam-se, repetiam-se. Desesperada, levou as mãos ao rosto, uma vã tentativa de clarear as ideias, pois simplesmente não sabia como resolver a situação.

- Senhora?! - perguntou uma voz que tão bem conhecia, mas não era a que procurava.

- Que foi? - respondeu bruscamente, olhando em volta para encarar Josefina.

A rapariga hesitou antes das próximas palavras, a boca aberta em expectativa mais tempo do que seria necessário.


- Hum... Ah... Bem... Al.. al...guns... clientes tão... tão... a ir embora... - gaguejou nervosamente Josefina.

Júlia suspirou, não se dando sequer ao trabalho de reclamar com a rapariga. Abandonou o quarto e entrou no corredor principal da Babilónia. As suas moças corriam nuas atrás dos homens que as requisitaram, imploravam, davam desculpas, prometiam mundos e fundos, prazeres sem fim, experiências únicas. De nada adiantava, os homens iam-se embora, furiosos e danados, praguejando e berrando. Mais de que um antro de prazer, a Babilónia era um local de discrição e sigilo, o ambiente promíscuo que ali se vivia era dotado de um carácter silencioso. Confusões daquelas não eram boas para o negócio.

Foi então que ele se dirigiu novamente a si, vinha como um animal enraivecido, quase espumando da boca. Entregou-lhe duas moedas, vociferou mais uns quantos insultos e uma ordem bem específica, e depois foi-se embora. Júlia não tentou impedir os outros clientes de abandonarem o seu bordel, não deu indicações às raparigas que se aglomeravam à sua volta, bombardeando-a com questões, dentro de si crescia uma fúria sem precedentes. Madalena iria pagar pelos danos que estava a causar.

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Nuno Resende, roleplayed by Dvd
Nuno que abandonara a Babilónia, após uma grande destruição e confusão com todos os clientes e zabaneiras, dá uma breve passada pela cidade à procura da meretriz mas sem sucesso. Regressa a uma das suas casas, empurra as grandes portas com violência, deixando incrédulos os seus servos.
A exaltação dele não deixava ninguém aproximar-se, andava de um lado para o outro a pensar no seu quarto, a tentar arranjar uma solução...
O resto dos habitantes da casa deixaram de ouvir os passos dele na madeira, assim que o viram, mostraram-se ocupados com as diferentes tarefas da casa.
Nuno procura o homem arrogante, feio e misterioso que tratava dos seus terrenos, o fazendeiro.


- Tenho uma tarefa para si, vá até à Casa da Babilónia e espere até esta pessoa chegar. - Faz uma pausa no seu discurso e mostra um retrato da Maria. - Assim que ela chegar, envie-me um pombo e, faça o que fizer, não a deixe escapar!

Nuno Resende entrega umas moedas para o trabalho do fazendeiro e regressa ao seu quarto para um banho quente e uma roupa nova e lavada. Enquanto o outro esperava a chegada de Madalena, discreto e atento.
--Julia_campos
Os primeiros raios de sol espreitavam por entre uma cortina entreaberta e Júlia estava sentada num dos sofás da sala da Babilónia, a cabeça enterrada entre as mãos. Após o incidente que marcou a noite, a maioria dos clientes abandonou lentamente o edifício, muito antes do alvor a Babilónia era já um lugar deserto e desprovido de vida. Algumas meretrizes dormiam nos quartos do piso superior e apenas a proxeneta permaneceu acordada toda a noite. Não se preocupou em procurar Madalena, a desgraçada haveria de aparecer, viva ou morta.

- Se t' apanho Madalena... - as palavras baixas estavam carregadas de violência.

Levou o tempo a pensar no que haveria de lhe dizer ou fazer, em todos aqueles anos Madalena nunca lhe falara, mas Júlia era uma mulher tempestuosa e avença a erros.

Um leve tremor da porta principal chamou-lhe a atenção e Júlia levantou o rosto.

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Maria_madalena
Madalena estava parada em frente à porta da Babilónia fazia já alguns minutos, por diversas vezes respirou fundo e estendeu a mão para a empurrar, outras tantas desistiu. A coragem parecia faltar-lhe, pois sabia que no interior Júlia estaria à sua espera. Um vento frio, com origem no mar que banhava a cidade, envolveu-lhe o corpo e a meretriz finalmente empurrou a porta.

- Dona Júlia? - a sua voz não era mais do que um fiapo. Desajeitadamente entrou e fechou a porta, aproximando-se incerta da proxeneta.
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Fazendeiro, roleplayed by Dvd
Josué, encarregado de vigiar a porta principal, aguardando o regresso da prostituta que Nuno desejava, vê uma mulher com um aspecto desmazelado, as roupas um pouco amarrotadas, a saia do vestido rasgada e o cabelo bagunçado. O fazendeiro percebe que é Maria Madalena que ali se encontra, parada, na porta da Casa da Babilónia.

Tira da pequena jaula o pombo domesticado e risca um pedaço de papel como forma de mensagem, pois, não sabia ler nem escrever. Depois, atira o pombo ao ar e vê-lo ir pelos céus em direcção à casa do seu senhor.
--Zeca
Aninhado por entre uns barris vazios, Zeca ficou a observá-la. Vinha no seu encalço desde a floresta, seguira-a através de ruas e vielas, por vezes escondendo-se atrás de alguma carroça, ou esperando em alguma esquina que ela se afastasse o suficiente. Em nenhum momento a perdeu de vista ou se sentiu desencorajado pela confusão, barulho e odor desagradáveis da cidade.

Aquela rua não era de todo movimentada e primava por uma pacatez, nitidamente contrastante. Estava ladeada por edifícios lúgubres de um lado e do outro e Madalena permanecia parada em frente a um deles. Uma sensação de nervosismo apoderou-se do Floresta e os pêlos no seu pescoço arrepiaram-se. Tinha um mau pressentimento.

Ao fim de alguns minutos, Madalena finalmente entrou na Babilónia e Zeca caminhou agachado, escondido por entre as sombras dos edifícios, até às imediações daquele onde ela entrou. Sobre a porta havia uma placa redonda de madeira onde se podia ler "Casa da Babilónia" em sensuais letras vermelhas, encostada ao "B" estava uma silhueta feminina. Pelo olhar do Floresta passou uma raiva fulminante, ele não tinha dúvidas quanto ao que ela ali fazia.


Grrrrrrou grou grou...

O súbito arrulhar de um pombo despertou-lhe a atenção e Zeca apercebeu-se da presença de outro homem, escondido, tal como ele. Preso à pata do pombo ia um pequeno papel.
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--Julia_campos
Júlia levantou-se do sofá e estendeu as mãos ao longo do corpo, apertando o tecido das saias entre os dedos. Perscrutou Madalena de alto a baixo, mas não sentiu qualquer tipo de compaixão. A meretriz trazia um vestido vermelho de meia manga, as saias rasgadas, as pernas enfaixadas e os cabelos soltos e desalinhados. Tinha o olhar cansado e triste, porém Júlia só pensava no transtorno que Madalena lhe causara.

- Onde tiveste? - a sua voz denotava uma calma mal controlada.

A proxeneta aproximou-se de Madalena aguardando por uma resposta.

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Maria_madalena
Júlia estava a escassos centímetros de si e Madalena podia sentir o bafo quente da proxeneta de cada vez que esta expirava descontroladamente.

- Ah... ah... hum... - os sons que emitia não se assemelhavam de todo a palavras coerentes, mas os seus pensamentos estavam numa amálgama, mais não se podia esperar.

Inspirou profundamente e fechou os olhos por breves momentos, tentando recuperar o controlo, estava toldada pelo medo e pelo receio. Por fim, conseguiu dizer:

- Fiquei presa na floresta, desculpe Dona Júlia... Só consegui sair de lá agora de manhã. - na sua voz havia um nítido tom de desespero.
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--Julia_campos
As palavras que Madalena lhe deu não eram justificativa suficiente, Júlia continuava zangada.

- Sua desgraçada ingrata! Dei-te casa durante todos estes anos! Alimentei-te! Cuidei de ti! E é assim que me retribuis?!?!? Sabes quem esteve aqui esta noite?!?!? Nuno Resende!!!!! E tu, tu não estavas! E foi um escândalo minha estúpida desprezível! - a voz da proxeneta elevava-se muito acima daquilo que era habitual e o chão estremecia ante a sua fúria - Sua besta!! - ao mesmo tempo que pronunciava a última palavra Júlia estendeu um braço para trás e, depois, com toda a força, fez chocar a sua mão com a face de Madalena.

- Sobe! Vai lá para cima e de lá não saias! - dito isto virou as costas e desapareceu no corredor.
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