Desde lá de cima, do condado mais a norte do pequeno reino, a viagem foi longa e agitada. O burro bem que podia puxar a carroça, mas quem reclamava eram as rodas em madeira, já macias e gastas.
Mas pouco a pouco, finalmente chegara. Mas o desconforto da viagem não era tão tortuoso como aquilo que viria a seguir.
Ao entrar na Catedral, Palladio fora invadido pela paz das grandes sombras. A luz rasgava a penumbra da religiosa solenidade criada pelas espessas paredes em pedra, salpicadas pela cor da rosácea. Era tão grande! Imponente, e majestosa. Mesmo ali. Ao fundo! Ali! Lá no cimo! Bem lá no cimo!
Mas cá em baixo... Oh cá em baixo...! a tristeza vagava em murmurio. Nem o mar. O nosso querido mar, possuía tanta água salgada como aquele espaço. O som do choro funde-se, como se fossem um só, com os cânticos litúrgicos.
Palladio suspirava largamente, voluptuosamente. Apesar de estar entre os presentes, alguns familiares, outros amigos, e outros... outros, ele simplesmente sentou-se, lá no fundo e olhou para o vazio sozinho, tal qual o fruto no interior do ventre - o exterior deixou-lhe de ter valor...
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By Aalish - Thanks =)