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[RP] Um Desastre de Natal

Beatrix_algrave


- Aqui está o peru. Creio que a Madalena deve fazer as honras pois estamos na casa dela. O senhor Arnold poderia abrir o vinho.

Beatrix propõe para que possam servir a ceia.

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Maria_madalena
Madalena sorriu para a prima e empunhou uma grande faca de trinchar carne, com golpes mais certeiros e precisos do que se julgava capaz cortou o peru em pequenos pedaços que serviu aos convidados.

- Não tenham piedade!

Estava bastante feliz.
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Lady_moon
Antes de servir se, Nicole coloca na mesa duas garrafas de vinho inglês, sob o olhar de Arnold, explicou-se.

-Michael enviou para o solar, pertence a adega particular do meu avô, é delicioso, costumávamos roubar algumas da adega do pai de Michael.-Nicole sorriu com a lembrança.-Espero que gostem.

Nicole sentou se e serviu se do perú, após desgustar a refeição, piscou o olho para Arnold, e dirigiu se a Beatrix:

-Está muito bom, estás contratada para ser cozinheira do Arnold, ele sozinho não sobrevive.
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Beatrix_algrave


Beatrix pisca para Nicole.

- Eu já tenho muito trabalho no atelier, mas se ele quiser, pode vir a minha casa e provará as tortas celestiais da Laurinda.

Ela diz e se serve de um belo pedaço de peru e de um generoso copo de vinho.

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--Demetrio


Demétrio agora estava mais calmo, ele também se serve de uma boa fatia de peru, e enche a caneca de vinho e se serve novamente de bebida e de comida. Ele nem se dera conta de o quanto estava sedento e faminto.

Quanto mais ele bebia mais os pensamentos pecaminosos lhe tomavam. O sabor do peru, o sabor do vinho, o sabor da ruiva, o sabor da morena...
Lady_moon
Arnold abanara a cabeça discretamente em negação, conhecia muito bem aquele vinho, era um dos melhores vinhos e com a capacidade de abater um cavalo.

Tal como os restantes, Arnold serviu se de uma porção de perú, olhou de soslaio, num tom divertido murmurou:


-Pelo menos conseguimos sobreviver nas minhas mãos, se fossemos esperar que pelos os teus cozinhados, passaríamos bastante fome.

Revirou os olhos após Nicole mostrar lhe a língua, de seguida respondeu a Beatrix.

-Terei todo o gosto de voltar a provar as tortas de Laurinda, não vou dispensá-las por nada...
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Beatrix_algrave


Beatrix sorriu, e antes de comer e beber fez uma silenciosa prece, pois sabia que nem todos ali partilhavam da sua fé, e preferiu ser discreta. Então, assim como os demais, ela começou a comer e a beber. Aproveitando todas aquelas dadivas que lhe eram oferecidas, a boa comida, a boa bebida, e acima de tudo a presença de familiares e entes queridos.

Ela serviu um generoso pedaço de peito de peru para Eduarda.

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--_narrador_


O peru posto sobre a mesa já mostrava seus ossos. Várias garrafas de vinhos haviam sido abertas, os barris de cerveja enchiam as canecas.

Havia uma alegria embriagante envolvendo a todos, até mesmo Arnold. Eduarda estava adormecida, e apenas comera um pouco de peru e do bolo de reis, do qual sorteara o anel e depois fora se deitar, cansada da viagem e desabituada a atividades noturnas.

A festa estava agora entregue aos adultos.

Beatrix bebia a sua terceira ou seria quarta caneca de vinho e agora se servia de cerveja. Também havia comido do peru, da rabanada e do bolo de reis.

Todos bebiam e iam ficando cada vez mais alegres e descontraídos. Cantigas de natal e de taverna foram entoadas na casa de Madalena enquanto a noite seguia.

Demétrio também bebia, como todos ali, despreocupadamente. Ele puxou Maria Madalena e depois Beatrix para dançar. Enquanto Demétrio dançava com Maria, Beatrix puxava Arnold para embriagados passos de dança.

O vinho era forte e bom, e misturado com a cerveja e o whisky foi o suficiente para levar aqueles convivas a um estado de embriaguez que faria com que na manhã seguinte, mal lembrassem do que havia acontecido. Todos, no entanto, depararam-se assustados com os resultados daquela noite, que de festiva e feliz, passaria à desastrosa por conta do abuso do vinho forte dos Casterwill.

Maria Madalena e Beatrix acordaram deitadas uma ao lado da outra, ambas com frio e desnudas, em um celeiro, que ficava perto de um lago, há pouca distância da casa de Maria Madalena.

No mesmo local em que as mulheres despertaram, estavam também Arnold e Demétrio, ambos próximos a elas, e igualmente sem roupas. Demétrio ainda teve o desprazer de acordar abraçado a um porco. A cabeça de todos ali latejava pela ressaca do vinho.

Na casa de Madalena, Nicole despertou, e o seu despertar foi igualmente perturbador.

Ela estava banhada em sangue. Perto de sua mão estava uma faca e caído diante de si estava um homem, que levara várias punhaladas. Nicole nunca vira antes aquele homem, mas pelas roupas, parecia ser um nobre ou alguém importante.

Havia sangue pelo chão e tudo indicava que havia acontecido uma luta, mas Nicole não estava ferida, também de nada lembrava.

Não havia sinal algum da presença de Eduarda, ela desaparecera da casa e ao perceber aquele cenário, Nicole ficou desnorteada, ainda mais por não ver ali sinal nem de Maria, nem de Beatrix, de Demétrio ou Arnold. Havia apenas roupas espalhadas pelo chão da sala e sobre a mesa onde a refeição fora servida.

Diante daquela situação constrangedora e assustadora, nenhum dos convidados da festa lembrava de absolutamente nada da noite anterior, após Eduarda ter se recolhido.

Agora seria preciso recolher os cacos da memória e tentar lembrar o que teria acontecido àquela noite, mas será que alguém iria mesmo querer tais recordações?


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Felizmente Eduarda foi encontrada horas depois na floresta, pois fugira assustada com o ataque de Nicole ao homem que entrou na casa de Maria.

A identidade desse homem, no entanto, para o bem de todos continuará um mistério. Quanto ao resto, é melhor esquecer. Às vezes o esquecimento é uma bênção.

FIM
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