Afficher le menu
Information and comments (0)
<<   <   1, 2, 3, ..., 11, 12, 13, ..., 15, 16, 17   >   >>

[RP] Laços corrompidos

Beatrix_algrave


Diante da declaração de Nicole, Beatrix procurou se conter. Não queria que percebessem o quanto era sensível, nem que se importava, seja lá com o que fosse. Nicole evidentemente não se importava. Ela sabia quem aquele homem era e o que ele fizera. Ainda que não aprovasse os métodos dela, o que ela poderia fazer? Poupar o quase assassino? Ele não teria piedade dela se fosse uma situação reversa. Então, ela procurou demonstrar mais frieza e respondeu.

- Se você diz que ele merece... Eu sinceramente não sei o que ele merece. Só sei que posso ser mais útil fazendo outra coisa. Faça o que tem que ser feito e me chame quando acabar. Vou fazer algo também. Algo em que sou mais útil.

Beatrix disse aquilo a Nicole e saiu antes de ouvir as últimas vociferações de Russel sobre os pais mortos de sua prima. Aquilo não era coisa dos Nunes de Aragão ou dos Algrave, era coisa dos Casterwill e dos Russel. Em outro momento Nicole iria dar-lhe explicações, isso iria.

Mas agora...Beatrix se afastava da arvore. Ela foi até onde estavam os inimigos mortos, e começou a revistá-los. Camisa, calças, cada bolso em busca de algo que pudesse trazer alguma informação sobre eles e o mandante. Se havia algo de valor ela pilhou. Uma vez mortos, o que tivessem seria mais útil à família do mercenário que eles assassinaram covardemente na tocaia. Podia ser justo ou não, mas essa era a sua forma de fazer justiça. Dentro de alguns bolsos ela encontrou papéis que separou, em alguns achou anéis de ouro e moedas.

- Que a terra lhes seja leve. Agora os enterrem em uma só cova e rápido. Quero chegar a Santarém ao anoitecer.

Ela disse e ordenou aos mercenários assim que terminou a "pilhagem".

_________________
Lady_moon
Nicole sorriu diante as palavras do mercenário, observou o seu guarda Arnold, uma das poucas pessoas que poderia confiar, sua expressão era serena mesmo tendo castrado o amante de sua avó, provavelmente as palavras que proliferou ao mercenário também afectara o seu fiel guarda e companheiro.
-Obrigada pelo elogio, alegra me o que pensa de mim.-olhou para a sua adaga.-Como prefere morrer?
_________________

This character is INACTIVE.Please, do not sent any Pm.
--Russel
O mercenário sabia que o seu tempo acabara.

O tempo que passara neste mundo não fora muito, mas todas as vivências foram únicas e intensas. Falhara apenas uma vez e vivera atormentado com as consequências daquele erro. O amor que nutria pela avó de Nicole não chegara para o impedir de procurar a vingança que tanto desejava. Falhara novamente... Agora todos os seus pensamentos se focavam na morte e no eterno silêncio que o esperava. Nada mais desejava além de pôr um fim àquela dor.


Em combate... - disse apelando à sua réstia de honra.

Não seria tratado como um animal indefeso, erguer-se-ia e lutaria até ao último sopro.
--_narrador_


A perda de sangue de Russel fora intensa, principalmente com o golpe de Arnold. Se ele fosse abandonado ali provavelmente morreria se esvaindo em sangue, seria uma morte lenta, dolorosa e cruel, pois com o cair da noite, se ele ainda estivesse vivo, poderia ser presa de animais selvagens.

O pedido que ele fizera a Nicole parecia certamente fruto do desespero por uma morte mais rápida mas principalmente menos ignominiosa. Ele sabia que não havia chances de ter algum êxito em combate naquelas condições. Simplesmente ficar de pé já se constituiria em um grande esforço e sacrifício.

O vento roçava em seu rosto suado e sujo e balançava as folhas da árvore. O clima tenso do interrogatório e das acusações mútuas preservaram incógnita a presença que se ocultava na densa copa, logo acima das cabeças dos contendores.

Beatrix ainda lançara um olhar aos céus quando ordenara aos mercenários que cavassem a cova dos inimigos, mas como ela havia buscado o alento divino e não a observação de algo concreto, apenas divisara o horizonte em que a árvore se desenhava, mas sem percebê-la de fato e sem notar a presença ali oculta.

Quanto à Nicole, se antes ela possuía alguma dúvida sobre os pais estarem mortos, as palavras do mercenário pareciam esclarecer tudo. A afirmação dele soara verídica demais em meio a tantas coisas que ele dissera, certamente não haveria possibilidade deles estarem vivos e qualquer conjectura em contrário seria absurda e uma mera ilusão.
Lady_moon
Nicole olha para o mercenário descrente, um outro qualquer teria pedido mesircordia ou mesmo uma morte rápida, este parecia lhe querer lutar pela sua honra, era confuso para Nicole, sempre vira a honra como um objeto que se podia comprar dependendo do valor desta, mas aquele mercenário lhe mostrava um versão diferente do que já vira dos Russel, e era estranho para esta, preferia dar lhe uma morte lenta e dolorosa sem ter de se cansar com o mercenário.

-Solte o Arnold, e dê- lhe uma espada.-Nicole ordena e segura a sua espada.
_________________

This character is INACTIVE.Please, do not sent any Pm.
--Russel
Arnold aproximou-se de si e cortou as cordas que o prendiam. Desconfiado, Russel fitou para Nicole que o olhava de espada em riste. Não esperava que a jovem lhe concedesse aquele último desejo, mas parecia-lhe determinada em cumprir a sua palavra.

Levantou-se entre gemidos e expressões de dor. Devido ao movimento as feridas redobraram o sangramento e por instantes a visão falhou e o mundo ficou turvo. Foi somente o desejo de combate que o manteve em pé.

Foi-lhe entregue uma espada e com ela veio a sensação de satisfação de saber que morreria dignamente.
--_narrador_


O combate iniciou e terminou a um só tempo, praticamente. E o seu desfecho não trouxe nenhuma surpresa.

Nicole foi a primeira a atacar, e não houve condição alguma de Russel defender-se do golpe preciso da espada que perfurou com sua lâmina fria, o peito de Russel, varando-o de lado a lado. A espada era a única coisa que o mantinha ainda de pé, e quando ele sentiu o aço frio deixando o seu peito, ele sentiu também o último sopro de vida deixando seu corpo. Depois disso a escuridão que se estendeu sobre seus olhos foi absoluta, total e eterna. O homem caiu morto com a espada na mão que ainda ficou presa pelo último ricto de dor que percorreu seu corpo, e que se seguiu ao alívio profundo da morte.

Russel caiu ao chão, já morto, e seu sangue manchava a espada de Nicole. No fim, ele teve a morte que sempre quis e desejou, uma morte honrada e em batalha. Teve mais honra ali do que talvez em toda a sua vida.

Quando Beatrix virou seu rosto novamente para aquela direção, só viu o corpo de Russel já tocando o solo.
Arnold, roleplayed by Lady_moon
Arnold ressentira no diálogo ou monólogo de Nicole, se não soubesse o historial daquele Russel talvez sentisse pena por se rever na situação de perder um protegido. As palavras proferidas por aquele mercenário fizera com que perdesse a compostura e o castrasse, e voltasse a imobilidade ignorando os gritos do mercenário.

Arnold estava também atento a possíveis ameaças, viriam mais homens para os atacar, os Russel sempre terminavam o seu serviço mesmo que significasse enviar os seus exércitos para atacar uma única pessoa, o ataque sofrido era apenas uma pequena amostra do que eram capazes.

Os cortes que Nicole praticava no mercenário, relembrava épocas passadas quando o recrutaram para ser um homem dos Casterwill, entre divagações, entrega a sua espada ao mercenário e assiste à sua morte.


-Lady prepare se para retornar a viagem, eu cuido do corpo, deseja enviar alguma parte do corpo para os Russel?

Arnold questionou, sabendo que era hábito dos Casterwill enviarem "presentes especiais" para os seus inimigos.

- Desta vez não, se fosse assim tão importante ela não o deixaria viajar para cá, ou talvez sim.[/color]- Notou o olhar confuso e cansado de sua protegida devido às ultimas palavras do mercenário.- [color=darkred]Numa próxima Arnold...numa próxima....

-Os Russel aprenderam a ser exímios manipuladores, não se deixe influenciar...
Beatrix_algrave


Beatrix viu o homem tombar. Ela não entendeu exatamente o que aconteceu ali. Sua cabeça estava confusa em relação à Nicole e Arnold. Deixar o homem se defender em um último combate era sem dúvida um gesto que Beatrix prezava. Ao final o desfecho daquilo fora melhor do que ela imaginou. Só não sabia se a prima havia conseguido com que o homem falasse algo que fosse de serventia. Ela ainda estava com os itens que recolhera dos mercenários, entre eles alguns papéis e o que parecia ser uma carta meio rasgada, que ela apressadamente abriu e leu. Talvez houvesse algo interessante naquele Russel também. Mas isso que ela havia achado, certamente já valia bem a pena.

- Creio que terminaram. Vou revistá-lo se me permitirem. Não o enterrem ainda. Vejam isso.

Ela estendeu a Nicole e Arnold a carta que recolhera com um dos mercenários onde havia a seguinte mensagem.


"Assim que terminarem o trabalho, me encontrem no lugar de sempre, na Travessa das Borras. Lá receberão o pagamento pelo que me trouxerem como prova da conclusão do trabalho. Espero que o façam com muita diversão e alegria.

Rodrigues"


_________________
Lady_moon
Após ler a mensagem entregue pela Beatrix, suas feições demonstravam confusão, não havia apelido, ou talvez Rodrigues fosse o seu apelido, para Nicole ainda era mais confuso.

-Se ele quer uma prova, ele a terá.-Olha para Arnold.
-Mudança de planos, enviaremos presente à minha avó e à sua família.- Nicole em tom sarcástico.-Seria uma má neta se não enviasse algumas lembranças à minha querida... Alguém que corte os dedos e termine também o serviço de castrar o mercenário.Ah e cortem a língua também.


Nicole deu ordens a um dos mercenários para concluir aquelas surpresas.

_________________

This character is INACTIVE.Please, do not sent any Pm.
Beatrix_algrave


Antes do mercenário preparar as "lembrancinhas" para a família Russel e para a avó de Nicole, Beatrix procurou por qualquer coisa relevante nos bolsos e na roupa do homem morto. Além de um bom saco de moedas de ouro e de um conjunto de cartas de baralho, ela achou uma carta perfumada. Supondo tratar-se de uma carta de mulher ela abriu e não se enganou também sobre quem seria a autora.

- Achei algo mais. Uma cartinha que parece ser da amante dele, mais especificamente da tua avó. Não traz nada significativo. Ela também pede uma recordação nossa, e o resto são juras nojentas de amor.

Ela diz e entrega o papel para Nicole e olha para o mercenário que vai fazer o serviço que Nicole pediu.

- Ele agora é todo seu.

Depois volta suas atenções para Nicole.

- Você conhece esse Rodrigues? O que você acha de o "visitarmos"? Esse local que ele cita na carta, se eu não estou enganada, é uma rua de má fama em que há alguns bordéis, em Santarém.

_________________
Johnrafael


[Porto, naquela tarde]

-Que modorra. Espero que ao sul Nicole e Beatriz também estejam trabalhando nos escudos dos nobres.

A chuva batia na torre do Solar das Telhas Azuis, onde John Rafael despreocupadamente lia um armorial de Inglaterra.

-Canton, Carson, Carmichael, Casper, Casterwill, aqui. Vejamos de quem a nossa amiga mestre-de-armas descende...

_________________
Valjean.
Não foi muito trabalho arrancar os dedos do defunto. nem mesmo juntá-los. Para Valjean, era só mais um pedaço de carne. A língua é que deu algum trabalho. Os músculos iam endurecendo e a boca não ficava aberta. Quanto à terminar a castração... Bem, ele já havia castrado outros, na maioria vivos...

Entregou as partes que mutilara do cadáver à Arnold.

-Aqui estão, chefe. Dedos, língua e... Seja lá o que for fazer com isso, faça bom proveito. - Disse, com um sorriso de galhofa que poderia coalhar até o leite de tão ofensivo.

Valjean se orgulhava de sua petulância. Era melhor assassino que qualquer um ali, mesmo que a Casterwill. Ele aprendera, nos seus vinte e seis anos de vida, dezenas, ou até mais, centenas de formas de ceifar uma vida. Matara esposas adúlteras e maridos brutos, velhos avaros e rapazes atrevidos, moçoilas promíscuas e padres gatunos. Com a espada, com as mãos, com vinho, com machados, facas, punhais, garrafas, fogo... Sua conta era quatrocentos e doze agora, com o que matara à facadas há pouco.

Precisava aliviar-se, e foi o que fez. Abriu as calças e entreteu-se com o som do tejo que corria. Lavou as mãos e voltou para onde estava o grupo. De imediato foi em direção as senhoras.

-Senhoras, não creio que seja o mais digno a se fazer. Mulheres jovens, ricas e coradas como vós seriam montadas como cabritas na Travessa das Borras. Os brutos de lá tomam-vos as armas, rasgam vossas roupas e são capazes de deixá-las largadas na rua, para quem queira se aproveitar. Se querem mesmo ir a esse antro, sugiro que vão mais sujas e desgrenhadas. Ou que vistam-se de homens. Virou-se para voltar ao seu lugar ao lado dos outros silenciosos mercenários, Mas antes, teve tempo de dar mais um aviso.

-Sugiro que prefiram a segunda opção. As prostitutas das Borras são tão perigosas quanto os homens, não iriam gostar de "carne nova".
Beatrix_algrave


Beatrix ouviu com atenção as falas do mercenário e ainda que não apreciasse declarações de que ela e Nicole fossem mocinhas indefesas, ali estava alguém que sabia usar os miolos que Jah lhe dera.

- Pelo visto sabe usar a cabeça para algo além de chapéu e piolhos. Toma e quando chegarmos a Santarém compra duas roupas novas, uma para você e outra para um dos outros mercenários. Daí ficamos com as suas roupas velhas para usar como disfarce. O que sobrar pegue metade para você e o resto divida com os outros.

Ela disse e atirou o saco de moedas que achou com Russel e que devia ser a primeira parte do pagamento deles, a segunda parte deveria estar com Rodrigues.

_________________
Lady_moon
Nicole segurou um dos braços de Arnold que ficara irritado com o mercenário petulante, enquanto murmurou apenas para ele, "precisamos dele..."

-Sim faça isso, já que estamos em minoria...-Nicole resmungava algo para si sobre não poder atacar quem os possiveis brutos enquanto justificava emvoz alta o porque de terem de ir disfarçados.-...precisamos de nos manter ocultos e sem dar nas vistas.

Nicole percebeu se da sua loucura e decidiu beber o seu Whisky e ajudar o Arnold a "cuidar" dos presentes para as suas famílias e companhia.
_________________

This character is INACTIVE.Please, do not sent any Pm.
See the RP information <<   <   1, 2, 3, ..., 11, 12, 13, ..., 15, 16, 17   >   >>
Copyright © JDWorks, Corbeaunoir & Elissa Ka | Update notes | Support us | 2008 - 2024
Special thanks to our amazing translators : Dunpeal (EN, PT), Eriti (IT), Azureus (FI)