Pantera_negra
- Toma, meu bem, vai comer ali mais sossegada para apreciar melhor a vista.
A palhacinha entregou-lhe um prato cheio de acepipes. Pantera Negra achou toda a solicitude um despropósito, mas educadamente agradeceu e deu dois passos em frente, com a intenção de se afastar da mesa. Não tardava, aquela palhaça ia pagar pela insolência.
Nesse momento, o impensável aconteceu. Sentiu uma leve resistência ao fundo das costas e, no momento seguinte, um barulho ensurdecedor de travessas a cair no chão, louça a partir-se, gritos.
- Ai, meu Jah! Que chegou o fim do mundo!
Assustada, virou-se de repente para tentar perceber o que acontecera. Nesse instante, a toalha acabou de se soltar da mesa, presa ao seu rabo e, num momento, o silêncio caiu sobre o salão e todos os olhares se voltaram para ela.
Ficou estática, imóvel, sentiu-se enrubescer por baixo da máscara. Envergonhada, quis afastar-se da mesa, mas a toalha, arrastando pelo chão, ia serpenteando ao sabor dos seus passos e ia deixando para trás, croquetes e bolos de bacalhau, que rolavam em todas as direcções.
, dirigiu se a jovem Pantera, afim de lhe perguntar se precisava de algo, mas o cavalheiro Radames também lhe prestava auxilio, decidiu afastar se, pediu licença ao Jovem e foi sentar se, pois aqueles sapatos estavam a morder lhes os pés a cada movimento. Quando, nisto a senhorita Arroz articulava umas palavras num dialeto meio estranho.
corre para casa para se mascarar
...
