[RP]Uma mendiga sentada à porta do salão de festa.

Lobo nao sabe bem que festa esta a decorrer no salao mas como nao perde oportunidade para beber umas canecas dirige-se a porta onde encontra uma jovem de aspecto muito mal tratado mas de semblante gracioso que o aborda.- Senhor tem uma moeda que me possa dispensar?
lobo olha para a jovem e apesar de nao o fazer, o seu ar humilde e gentil leva-o a dizer.
- Nao sou um lorde ou alguem abastado mas nao consigo ficar indiferente,deixa-me ver o que tenho nos bolsos!
retira umas moedas que encontra espalhadas no seu bolso e sem as contar mete-as na mao da mendiga.
- Aqui tem espero que a possa ajudar,agora vou ver o que se passa ali dentro e tentar me divertir,tenha uma boa noite!

- Jah lhe pague, senhor!

Rosinha pensa: Puxa, devo estar mesmo muito suja, seu Lobo nem me reconheceu! E é meu amigo! Vai ver não olhou direito, eu bem podia dar um sustão e anunciar um assalto só pra ver a cara dele. Melhor depois da festa, hihihi vai dar um pulo de susto!

- HA! HA! HA! HA ! Olha aqui seu cara de coruja, eu tenho uma ave que é muito pior que esse seu porquinho viu! Ela come minhocas da melhor qualidade, milho das melhores safras e é treinada! Uma bicada da minha perua seria mortal para seu porco! Nem vou buscar minha Ofélia Matadora porque seu porquinho não tem culpa pelo dono que tem.

(Rosa respira fundo)

- Toma, essa moeda eu tenho guardada aqui há muito tempo pra dar a ti, foi a Irises que mandou antes de ir para a França ficar no luxo lá. Na verdade era mais de uma, mas nunca mais te vi, andas agora montado no porco pela madrugada nas salas do conselho fazendo rebeldia.

(Entrega a moeda aproveitando-se das sombras do local e torce para que ele não perceba que é um botão e se acalme)

-Você devia fazer consultas, tem uma gripe rondando aí que tá terrível. Você pode sempre mandar fazer escalda-pés e comer canja q se não melhorar, pior não fica, já dizia a vó do nó. Isso sim, não vir pra cá pedir esmola pro porco e me estragar o negócio.

(Rosa respira fundo e se acalma)

- Bem, como dividimos o espaço de forma justa, doutorzinho?

- Então vamos dizer que somos um casal e que o porco é nosso filho, o Junior, Que sofre de uma doença rara chamada "Caradiporcus Grunhidonis" e que você deixou o emprego pra cuidar dele, e precisamos de dinheiro pros remédios dele. E ai inventamos qualquer coisa conforme forem perguntando. Que tal isso?

Beatrix passou por ali, e notou que Rosa estava de lado de um porco, conversando com um homem.

- Oi! Rosa, como está o baile?

Olhou bem para o porco.

- E esse porco? Agora vai criar porcos além de perus?

- Com vossa licença, senhorita Rosita...

Apesar de falar muito bem o português, possuía um forte sotaque espanhol. Inclina-se até a menina de aparência rude e sussurra:

- Este ponto era meu! Quero decir... Esta zona!

Ao ver que enrolava-se ainda mais, decidiu falar às claras:

- Escuta... eu sempre veng0 cá tirar minhas cartitas... Toda la gente se consulta com Yo. Yo tiro mui bien mis cartitas! Agora usted vem aqui e pensas que vai tomar meu lugar? E com este porco? E com este outro porco? - referindo-se ao rapaz.

Fez-se um breve silêncio. Então a cigana, que tinha metade dos dentes da boca de ouro puro e o pulso esquerdo era tomado de pulseiras de prata pura, propôs:

- Hacemos un trato. Yo te ensino a tirar las cartitas e tambiém a enganar alguna gente. Non todos, porque gente honesta tiramos a cartita a sério. Gente que no vale nada nosotras enganamos e tiramos os cruzaditos! Tudo o que usted ganhar metade vem para mi bolsito. Tudo que yo ganhar metade vai para tu bolsito. E cuesto rapaz, yo no sei, yo o mandaria para lejos!

Terminou com uma sonora gargalhada.

Outra! - Diz Rosinha batendo a mão na testa, quando vê e ouve a cigana.

Com meiguice para a senhora Beatrix fala de forma calma, com um sorriso, lembrando do lindo vestido que ganhou:

- Dama Beatrix, espere só mais um momentinho que vou limpar o ambiente para a senhora ver melhor o sofrimento do meu filho querido. Só um instante. Pode conversar aí com o Junior que eu ja venho. - E aponta o porco.

Conversa em tom baixo com Cientista:

- Amigo, vamos pegar essa cigana? Eu puxo os cabelos, e seguro pelos braços, você pega pelas pernas e levamos pra próxima esquina? Olha, eu deixo você ficar com todos os dentes de ouro dela se quiser, não me interessam. Vai, homem, honre suas calças, me diz aí como a gente tira essa mulher daqui! Se a deixarmos entrar no negócio daqui a pouco estaremos dividindo esmolinha com a cambada de arruaceiros toda dos reinos. Preciso da sua força, homem. Vai?

Beatrix espera a Rosa despachar a cigana.

- Filho? Como assim filho?

Ela arregala o olho ao ouvir aquela história. Depois comenta.

- Fiz tantas roupas e nem fiz uma fantasia bonita para mim.

Se lamenta ao ouvir os sons vindos do baile.

Nota os planos que fazem para a cigana. Quanta concorrência por esmola. Trabalhar que é bom, ninguém quer, né José?

- Dama Beatrix, como não fez? Eu vi uma moça com os cabelos ruivos embaixo do chapéu, pensei que era a senhora. Ups, não que eu fui lá, tou aqui né, nessa vida sofrida, só vi passar... Eh... mas porque não vai dar uma olhadinha, eu vi um sem máscara, foi de Adão. De repente a senhora pode ir de Eva que nem precisa roupa. Ah, não se zangue comigo, senhora, só estou falando essas coisas porque estou nervosa com essa cigana fajuta.

Quanto ao filho, pois é, ninguém ficou sabendo mas na verdade a culpa é desse moço magrelo que aqui está! Eu esperando nenem desejei muito comer um porquinho, ele não me deu, o filho nasceu assim.

- Ele é o pai?

Pensa que o filho é a cara do pai, que criança mais feia.

-É sim, senhora. A cara de um, focinho do outro.- Disse a dama Denise passando a caminho da festa.

Joga boa quantidade de moedas para os dois, sorri a dama Beatrix e fala ao padrinho Ci:

- Nunca pensei ver-te nessas condições, que vergonha.