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A Casa da hera - Número 30

Irises


De posse das chaves, Irises foi conhecer a casa por dentro. Já se havia encantado com os três carvalhos centenários no jardim, e as paredes cobertas da mais verde e brilhante hera.

Abrir a porta não foi fácil, emperrada que estava. Há muito tempo que não morava ninguém ali. Entrou numa pequena sala conjugada com a cozinha, e não havia mobiliário algum na sala além de alguns tocos de árvore que serviriam de bancos. Mas a cozinha, que surpresa! Contava com um bom fogão, em excelente estado. Panelas, tigelas reforçadas, vários copos, facas, tábuas de cortar e cestos! Um varão onde poderia pendurar ervas para secagem emoldurava a cozinha. Tudo muito empoeirado, mas nada que água, sabão e areia não resolvesse...

Saindo da cozinha,encontrou um pequeno quarto, com duas janelas que abriam para o jardim e a sombra dos carvalhos. A parede, onde havia um nicho que poderia servir de cama, ficava colada ao fogão. "Bom para espantar o frio", pensou. Ao lado um cubículo, serviria bem como casa de banho. Não havia mais que isso, nem precisaria de mais.
O telhado estava em bom estado, aparentemente. O chão, forrado de grossas tábuas de madeira de cerne, ficaria perfeito depois de lavado e algumas demãos de cera de abelhas.

Enquanto observava a casa e a estrutura, ia fazendo seus planos:
“Aqui, neste cantinho, uma estante para guardar a comida. Com algumas pedras e tábuas resolvo isso facilmente. E outra, mais pequenina, no quarto, para os livros. Sim, a parede parece bem seca. Não há risco de umidade...

Encostado à parede, um monte de madeira. Já ia levar para o fogão e acender o fogo para testar a chaminé, quando percebeu que havia ali muitas partes de madeira trabalhada. Separou estes pedaços da lenha e foi começando intuitivamente a uni-los, até que viu uma roda e percebeu logo que tratava-se de uma roca de fiar! Terminou de montar, já sabendo do que se tratava não levou muito tempo. Uma ferramenta de trabalho tão cara e difícil de se conseguir, estava ali esperando por ela.
A moça acreditava na guarnição de Jah e da Deusa, e também em sinais. Percebeu logo que ali estava se descortinando uma profissão para o futuro, um trabalho mais delicado e compatível com sua estrutura física.

Sorrindo e cheia de entusiasmo saiu para o jardim. Queria examinar a vegetação e as árvores, escolher um lugar para suas flores, para a pequena horta que pretendia fazer, e ainda descobrir um lugar onde deixar diariamente algumas frutas e pão para o pequeno Celinho, menino abandonado de quem a moça tanto gostava. Sabia que o menino era arredio e gostava de liberdade, se pudesse vir e pegar a comida quando quisesse não se sentiria preso. E Irises gostava de saber que seu pequeno amigo não passaria mais fome.

Encontrou uma parte oca no carvalho que ficava mais afastado, limpou cuidadosamente os restos de madeira e ficou satisfeita. “Um farnel bem embrulhado cabe direitinho aqui e não fica à vista dos passantes. E vai ser fácil para o pequenino alcançar!” pensou.

Voltou à casa para fechar tudo até trazer as poucas coisas que possuía, quando notou uma janelinha. Não havia visto antes, a janela estava encoberta pela hera e não deixava entrar a luz. Saindo ao jardim localizou a janela e começou a retirar delicadamente os ramos que a cobriam. Longos ramos de hera espalhados pelo chão, e a janela enfim apareceu!
Cansada, a moça sentou-se numa pedra a contemplar o trabalho. Distraidamente pegou alguns ramos e começou a trançar, acabando por formar uma grinalda. Lembrou-se então de um belo poema, que escutara em menina, e do qual nunca se esquecera, por ser a impressão que tinha do que seria o amor.

"Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.

Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.

A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.

Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.

E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,

E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia."

Fernando Pessoa





Levantou-se, colocou a grinalda nos cabelos, o contraste entre o verde e os cabelos ruivos, o espírito leve e feliz, seguiu para o casebre onde vivera até então.
Sentia-se muito bem e contente. Agora tinha um lar, a “Casa da hera”

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When the night is overcome, you may rise to find the sun
Celinho


Celinho segue a tiaa de longe...espreitando entre as arvores.....Ve ela sorrindo...

Fecha os olhinhos e agradece : Obrigado papai do ceu por fazer a tiaa feliz

Deixa uma lembrancinha para a tia ao lado de um dos carvalhos





Depois sorri e volta correndo para que ela nao veja ele...
.
Irises


É uma linda manhã de domingo e Irises acorda com um sorriso, lembrando-se do dia anterior, sua casinha a espera de cuidados!

Lavou-se rapidamente, a água gelada demorava a esquentar no fogo e ela não via a hora de voltar à Casa da hera.

Juntou seus poucos pertences, que na realidade nem eram tão poucos. Tinha estocado praticamente duas colheitas de milho, havia ainda alguma madeira que ia utilizar para fazer as estantes. "Vou precisar de pedir uma carroça, ou fazer no mínimo tres a quatro viagens", pensou.
Mas isso podia esperar, estava levando consigo os poucos pertences pessoais, balde, sabão, escova e ainda preparara dois lanches simples e saborosos, um para si e outro, bem embrulhado, que iria depositar no lugar que escolhera no dia anterior, para que Celinho tivesse acesso.

O sol ia nascendo e fazia a neve brilhar, enquanto derretia e ensopava as botinas de Irises. Grossas gotas do degelo das árvores caiam sobre ela, - Uiii, tão frias! Mas nada disso podia atrapalhar a felicidade da moça, que observava cada pedaço do caminho com atenção, percebendo a beleza em cada detalhe.

Aproximando-se da casa, antes de entrar foi até o carvalho onde deixaria o farnel para Celinho. Ali, no lugar que escolhera, encontrou um pequeno ramo de flores silvestres, caprichosamente embalado com folhas. "Ahh, que maroto! - pensou em quanto abria um largo sorriso - já percebeu que será aqui o local que disse a ele que escolheria... Será que anda por aqui? olhou em torno e nada viu. Ficou emocionada com a gentileza e carinho, aquela criança parecia adivinhar todas as coisas que a faziam sorrir.

Pegou com carinho no maçinho de flores, colocou o farnel no lugar. Entrou em casa e colocou o raminho na água, num lugar especial, onde pudesse enxergá-lo durante todo o trabalho de limpeza que teria pela frente!

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When the night is overcome, you may rise to find the sun
Celinho


Celinho vê a tia indo em direção a nova casa...Seguindo-a de longe acompanha todo o caminho como se quisesse protege-la...Observa a felicidade estampada em seu rosto....Chegando próximo a casa procura um lugar onde nao possa ser visto..se abaixa...Percebe que a tia encontrou o raminho de flores que ele ali deixara....sorri e diz baixinho: Ela encontrou
Quando a Tiaa entra na casa, Celinho se aproxima e vê que no embrulho havia um lanche...feliz e faminto...senta atras do tronco da arvore e come o delicioso lanchinho que seu `` anjo `` preparara.
De barriguinha cheia Celinho se levanta cuidadosamente para não ser visto.
Devolve o pratinho que estava o embrulho...colocando-o de cabeça para baixo pensando que assim a Tiaa entenderia que ele nao viria no outro dia...
Antes de voltar correndo para brincar na praça..O menino fecha os olhinhos e diz: Querido Papai do céu....protege a Tiaaa Irises enquanto eu estiver viajando..

Sorri como se tivesse recebido resposta e volta correndo para a praça brincar com os outros meninos....
Celestis_pallas


Fazia um friozinho ameno quando Celly decidiu visitar sua nova amiga Irises:



E foi assim que partiu em visita à jovem. Uma carruagem com o brasão dos Viana estaciona à frente da casa, ainda em visível reforma. Como o clima não estava tão gelado, Celestis desceu a levar o casaco num dos braços. O cocheiro de seu primo John perguntava-lhe se era "lá mesmo", pois parecia desabitada, como quando alguém tranca a casa para passar os dias de frio em local menos invernal.

- Sim, tenho certeza de que Irises está aqui e que certamente está a arrumar toda a casa! Deixa-me aqui, vem buscar-me logo após o almoço.

Ainda desconfiado, o homem deu ordem para que os cavalos arrancassem com vigor. Estava traumatizado desde a última vez que saíra com a menina e fora assaltado. Celestis avançou pelo chão nevado, a sorrir, lembrando-se das peripécias de Celinho na tasca e no quanto Irises gostava dele.

Bateu à porta dois pares de vezes e aguardou. Sua sacola estava cheia e pesada e suas costas começavam a doer, mas se deixasse-a no chão certamente molharia tudo o que trouxera! Irises ficaria feliz com a surpresa!

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Irises


Nuvens de poeira levantavam de cada objeto movido por Irises. Abrira as janelas da parte traseira da casa, tencionando começar a limpeza por ali. A moça espirrava, olhos marejando, e não havia outro remédio se não colocar a cabeça para fora da janela para respirar melhor após cada acesso de espirros.

Numa destas vezes viu aproximar-se uma carruagem, na qual reconheceu o brasão dos Viana. Gostou de ver que havia algum movimento, por alguns momentos tivera receio de ser ali um local isolado demais.Teve a impressão de que a carruagem diminuía a marcha, mas pensou consigo: "Bah, ando tendo impressões demais!"

Continuou o trabalho quando pensou ter ouvido uma batida, mas não tinha certeza se era o som da lenha que derrubara. Tentando empilhar tudo novamente, viu um pequeno camundongo saindo de sob as toras cortadas.
O susto foi imenso! Não era covarde, mas a visão do intruso, a correr desordenadamente, ora em direção a ela, ora em redor da lenha, foi demais! Era o único animal que causava pânico à moça!

Praticamente voou até a porta de entrada, atrapalhou-se com o fecho e quando finalmente abriu encontrou a querida menina Celestis na porta. Não pensou e segurando no braço da menina correu para fora da casa.
Já ao pé do carvalho, caiu em si: Celestis olhava para ela assustada, segurando uma pesada sacola, com os olhinhos arregalados.

Irises respirou fundo e explicou o que se passara, ainda um pouco trêmula do susto e gaguejando bastante. Ficou aliviada quando viu a menina soltar uma deliciosa gargalhada, e Irises não sabia se era motivada pelo seu pavor infundado e bastante ridículo ou se Celestis também tinha medo de camundongos e entendia, apesar de achar graça.

Riram muito, e , tentando recompor-se, Irises lembrou-se de convidar a amiga para conhecer a casa, depois lembrou-se do ratinho, ficou estática, olhando para a porta, para a amiga, e lembrando-se do “pavoroso monstro” que havia ali dentro. O que pode fazer foi oferecer-se para segurar a pesada sacola, o que Celestis aceitou com uma expressão de alívio.
Johnrafael


-Ah, essa minha prima... sempre se esquecendo de suas coisas. Saiu daqui com o saco pesado e esqueceu a bolsinha de mão. E ela ainda há de dizer "Mas primo, devias ter lembrado-me..." - imita a voz de Celestis. - Eu vou passar por lá e entregar no caminho para a imobiliária.

[Minutos depois]

Tristan não era robusto como um cavalo de batalha, mas também não era lento como um cavalo de transporte. Isso lembrou-lhe de uma coisa. Celestis já tinha idade para ter seu próprio cavalo. Mandaria trazer Tânder de volta de Monte Córdova para a prima. Mas logo aquele pensamento foi interrompido por Irises e Celestis, que entraram olhando assustadas para a porta da casa da primeira. Desceu do cavalo, amarrando-o num galho do carvalho e perguntou

-O que as senhoritas tem? Prima Celestis, esqueceste de tua bolsa de mão. - E olhando em volta, tenta descobrir o motivo de tanta agitação.

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Marramaque


Marramaque ia dando o seu passeio pela bela cidade do Porto, cumprimentando conhecidos, observando crianças a brincar, alimentando animais sem dono, passa pela casa da Hera. Casa essa facilmente reconhecida pelas heras que a rodeavam.

Um pouco mais à frente vê a dona da casa, Celestis e John junto a uma árvore e repara que as duas damas se encontram muito inquietas.

Preocupado, pergunta:

- Então? Que se passa?
Irises


Irises vê a chegada de John e do querido padre com enorme alívio! "Ahh, tenho mesmo a guarnição divina", pensa.

Tenta explicar, mas ainda está trêmula e só consegue apontar para a casa e balbuciar:
- Ali, um rato!- o dedinho em riste- Imenso... muito grande... e me atacou, eu acho...
Johnrafael


- Ali, um rato! Imenso... muito grande... e me atacou, eu acho...

Se segurou para conter o riso. O ratinho não tinha nem duas polegadas de tamanho, provavelmente devia ser ainda novo. John avançou em direção ao pequeno roedor e este fugiu, assustado.

-Pronto, já fugiu. Podem entrar. Irises, quando terminar de limpar a casa os ratos somem, procure não deixar umidade ou poeira. Eles tem mais medo de tu que tu d'eles. Não deixe que eles vivam aqui, e eles procurarão uma nova casa.

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Celestis_pallas


Tão logo saíram a correr em disparada - e Celestis parecia ainda mais assustada com tudo - surpreende-se com as explicações de Irises:

- Mas era um monstro! Um rato! Enorme!

Celly não conseguia mais parar de rir! Lágrimas geladas desciam pelos cantos dos olhos, as quais ela enxugava com as mangas bufantes de seu vestido. De repente a casa foi invadida por John com a bolsinha de mão da menina e pelo padre Marramaque. Foi aí que ela começou a ver mais graça ainda!

- Um rato, um padre e um homem com uma bolsa de mulher! Acho que estou a morrer!

John não gostou muito de seu jeito pândego e pediu para que explicasse os motivos de estar tão decomposta.

- Desculpa, desculpa - disse, enxugando novamente os cantos dos olhos - mas é que, imaginem vocês, eu quase apunhalei a Isis! Sabes aquele punhal que me destes, primo? Estava tão ansiosa com aquela arma à cintura que, tão logo ouvi os gritos de minha amiga, pensei ter um ladrão em sua casa! Aquele teu cocheiro, John, manda ele a um retiro espiritual, está a me meter louca com aquela conversa de bandido e tudo mais, até eu fiquei meio atarantada! Por sorte, Irises nem me viu com o punhal em riste, pegou-me pelo braço que estava livre e tive tempo de disfarçar o braço armado, atrás de mim!

A perceber que por um triz não ocorria um acidente; e tudo por causa de um rato, Irises pôs-se muito espantada! Celly guardou a arma na bainha, ainda a rir com tudo e prometeu a si mesma que só desembainharia quando o malfeitor se pusesse à sua frente!

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Irises


Já mais calma e muito sem graça, por apresentar-se no lastimável estado em que se encontrava, tentou sacudir a poeira das vestes e do cabelo, sem grandes resultados.
Pôde então cumprimentar a todos, convidando-os para entrar, e já explicando que a casa ainda não estava hábitável, e que seria bom evitarem encostar nas coisas, sob pena de mais nuvens de poeira. Mostrou a roda de fiar que encontrara, contou um pouco do que planejava fazer para deixar a morada aconchegante.

Sentia-se muito contente por contar com tres pessoas tão queridas como os primeiros visitantes de sua casa. Ainda havia pessoas das quais gostaria de receber visitas, e, é claro, o pequeno Celinho. Correu até o oco do carvalho, lembrando-se do lanche, para ver se estava seguro.

Encontrou o pratinho virado e logo entendeu que o menino partira numa de suas andanças. Não ficou triste. Apesar da saudade, sabia que tinha cativado um lugar no coração do pequeno, como ele cativara no dela.
Voltou para casa e tentou fazer com que os visitantes percebessem o quão eram bem quistos, e sentissem que sempre seriam bem recebidos.

Encontrou os três comentando o incidente, rindo muito, e pensou que aquela seria uma casa muito feliz.
Celestis_pallas


Celestis logo percebe a poeira no ar e começa a tossir. Livra-se dos flocos de neve da roupa com batidas de mão e veste o casaco. Não se pode brincar com a possibilidade de contrair um resfriado. Mas, pelo menos da alergia, não seria fácil manter-se longe.

A encontrar um pedaço de madeira aparentemente limpo, Celestis afrouxa a corda que prendia seu saco e começa a retirar vários alimentos: cenouras, legumes diversos, farinha de trigo, tomates, cebolas e especiarias. Também havia ali algumas sardinhas e uma garrafa que parecia conter leite. Antes que Irises perguntasse o que era tudo aquilo, a amiga respondeu-lhe:

- Ora, percebo o quão ocupada estivestes por estes dias! Faz-me bem ajudar uma amiga com o almoço e as demais refeições! Não te ocupa com o forno, vou preparar o almoço e o jantar de hoje com uma caldeirada de sopa de legumes! Para pequenas refeições, não só de hoje, mas dos demais dias, terás torta de sardinha e biscoitos de nata!

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Irises


Irises ficou muito contente! Já estava mesmo pensando em uma maneira de conciliar a arrumação da casa com o trabalho nas minas, campos e, é claro, a doação de um dia semanal de trabalho que se acostumara a fazer para a Igreja. Sabendo que teria os deliciosos alimentos estaria muito bem nutrida, variando a dieta!

Despediu-se de seus "salvadores", ainda bastante embaraçada pela cena que fizera. Com um sorriso, apertou a mão de Sr John e não resistiu em dar uma beijoca na bochecha do padre Marramaque! Virou-se para Celestis, que estava abanando a poeira com a sacola, agora esvaziada de todas aquelas delícias:

- Celestis, não tenho palavras para agradecer! Seu carinho e generosidade estarão para sempre em meus pensamentos! disse, enquanto admirava as qualidades de caráter já tão desenvolvidas na moça, quase ainda uma criança, e desejava do fundo do coração que aquela moça recebesse da Vida toda a felicidade que merecia.

Apressou-se na limpeza da cozinha, que logo estaria perfumada pelo delicioso cheiro de alimentos preparados com muito carinho – sempre o melhor tempero!



A “primavera” chegou antecipada, rsrs estou querendo fazer um ffw daqui para começar a plantar as flores

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When the night is overcome, you may rise to find the sun
Celestis_pallas


- Bondade tua, Irises! - agia Celly com modéstia, enquanto punha-se a chorar de tanto picar cebola.

- Ai, é hoje que eu derramo o mar pelos olhos! E olha que nem estou triste!

Rapidamente, picou os legumes, acrescentou a água e o tempero. A sopa já estava no caldeirão, bastava ferver. Celestis mostrava-se uma jovem muito prendada, mas parte disso era atribuída a Céu, a governanta de seu primo, tão habilidosa nos pratos e tão paciente ao ensinar a arte de cozinhar. O segundo passo foi preparar a torta, com bastante sardinha picadinha. Enquanto abraçava a tigela com o braço esquerdo e batia a massa com a colher de pau à mão direita, saia a andar pela casa, tagarelando sem parar e metendo reparo em tudo. Nem era por mal, só queria ver a casa da amiga cada vez mais arrumadinha:

- Precisamos providenciar umas toalhas...confere um outro ar aos móveis! Vi que tu tens um tear. Eu já sei bordar, se quiseres, posso adorná-las todas!

Após despejar a massa da torta em um tacho raso, passa discretamente os dedos pela tigela, a lamber os restos. Tinha vergonha de que a amiga visse aquela cena, ainda mais Celestis, uma mocinha tão comportada e educada no melhor convento, tão estudada, sendo ensinada por uma das melhores tutoras da região!

- Cuidado, vê se a sopa não está a queimar! - disfarçava...
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