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A Casa da hera - Número 30

Celinho


Celinho esta cada dia mais feliz, quase não se lembra dos momentos difíceis que viveu na rua. O menino que outrora nada tinha, hoje tem um lugar para chamar de casa.

Celinho olhando para tia pensa : Papai do Céu muito obrigado por colocar essa pessoa especial em minha vidinha.

O menino sente uma enorme vontade de chamar a tiaaa Irises de " Mãe ", sentimento natural por uma pessoa que lhe cuida como se fosse realmente fruto dela.

Sem dizer nada o miúdo abraca bem forte Irises e depois de mais um dia de afazeres dorme com um sorriso no rostinho.

Logo amanhece e Celinho se prepara para ir trabalhar na padaria.

Pula da cama e se espreguiça olhando o dia nascer pela janelinha. Como de costume da um beijo na tiaa, pede que papai do Céu lhe proteja e corre para mais um dia cheio de aprendizagem.
Irises



Era sábado, e Irises adorava as manhãs de sábado! Recebeu o abraço de Celinho e teve a impressão de ter notado uma emoção diferente nos olhinhos do menino. Celinho tinha carinho por todas as tiaas, notadamente Vivian, Madalena, Juana, Lorena, Joana d’Arc, Nocas, Francisca... eram tantas as tias que o enchiam de mimos!

Mas Irises percebia que o afeto do menino por ela era diferente. Talvez por ter sido ela a primeira pessoa que o acolheu com ternura, numa época em que vivia pelas ruas, as roupinhas gastas, tiritando de frio no pesado inverno que viveram. Foram criando vínculos aos poucos, enquanto ela sempre pensava que as crianças eram aborrecidas, ou mimadas ou choronas, Celinho por sua vez teve uma vida difícil, vivendo nas ruas, sem um lar, apanhando de adultos e dos meninos mais velhos.

O carinho foi crescendo devagar, junto da confiança e da descoberta de afinidades. Gostava dele como de um irmãozinho... ou não, gostava mais! Gostava dele como pensava que um dia gostaria de um filho!
Esta descoberta assustou-a um pouco. Fez com que entendesse todo o zelo que tinha, o desejo de ver o menino feliz, os cuidados com sua saúde e com o fortalecimento dos maravilhosos dons de caráter que o pequeno demonstrava.
Estava auxiliando a polir uma pedra preciosa, tomando para si a responsabilidade pelo menino. Assumia Celinho como se fosse mãe dele... e sim, gostaria mesmo de ter sido!

Mas, será que não poderia vir a ser? Poderia adotar o miúdo, fazer um documento para o Cartório de Registro Civil... sorriu ao pensar na ideia. Ia sondar, com calma, se este seria o desejo de Celinho, conversar com Kalled e, importante: verificar se o menino seria bem recebido por todos da família.

Sabia que todas as coisas ganham força e começam a encaixar-se perfeitamente quando estamos no rumo certo, e o coração de Irises dizia a ela que estava seguindo seu destino.

Aodh


Era já o fim de uma bela tarde de primavera e ao redor daquele estanque ancestral as flores da noite começavam a se abrir e a a exalar seu doce aroma. Foi com regozijo que senti o perfume daquele pequeno paraíso.

Junto a uma árvore me detive a observar os últimos raios do sol vespertino cruzar a abóboda de verde folhagem sobre minha cabeça. Entre os galhos mais altos os pássaros entoavam as últimas melodias daquele dia.

As estrelas começavam a despontar; a primeira, como sempre, foi aquela brilhante que não piscava como as outras estrelas do firmamento. Aquilo era algo que lhe chamava muito a atenção. Em todos os seus recorridos, desde que tinha memória, se lembrava de que quando caia a noite, sempre se detinha alguns momentos a observar as estrelas. E há tantas e cada uma é diferente, única, algumas brilhavam sem piscar, outras brilhavam com cores, vermelho, alaranjado, azul, e havia ainda uma que ficava quieta, enquanto o resto do céu dançava ante meus olhos.

E assim perdido em ensonhações, me assustei com uma presença, negra como a noite sem estrelas, e caí. Caí daquele galho onde havia subido para ver melhor as estrelas. Então lá estava eu, caído no chão. Tentei mover-me, mas cada pedaço do meu corpo doía. Mas então algo aconteceu. Aquela aparecição me ajudou. Agora devem estar a perguntar-se como pode ser que uma criatura daquelas possa ajudar a qualquer um de nós. Pois muitas vezes basta com um olhar no momento certo para dar-nos as forças necessárias para levantar.

E naquele momento vi nos olhos dele um atisbo de entendimento. Já novamente de pé, fiquei ali, olhando para ele enquanto ele olhava de volta para mim. Assim ficamos por longo tempo até que ele produziu alguns sons incomprensiveis, mas havia bondade em sua voz, e ela era melodiosa, mas lhe faltava o refinamento do canto dos pássaros, agora silenciosos. Movido por aqueles sons, fui ao encontro dele. Daquele homem chamado Aodh.
(Poe, por Yochanan)


...que pegou no pássaro cuidadosamente, reforçando a confiança natural que parecia ter despertado naquele ser. Estava um pouco machucado, uma asa recolhida e a outra ligeiramente entortada, mas estava calmo. Segurando com firmeza, examinou a asa que pendia, não parecia partida.
Enrolou a ave no manto, que fechou os olhos, em contentamento e repouso.

Celinho


Celinho voltava para casa depois de mais um dia de aprendizado na padaria.Vinha pela estrada sentindo a brisa do final da tarde e o perfume das flores da primavera, pássaros fazendo alvoroço, animais voltando para suas tocas e esconderijos, o céu alaranjado dando lugar ao cinza escuro.

Logo o menino de cabelos ruivos nota que perto da fonte Aodh segura algo nas mãos. O menino curioso segue sorrateiramente ja pensando em fazer travessura, talvez assustar o tiuoo Aodh, pois o mesmo estava distraído.

Chega na pontinha dos pés, cuidadosamente, sorri maroto e puxando o mento de Aodh diz:

Eiiiii tiuoooo que você esta fazendo???

Nesse momento o pássaro negro que repousava grita e o traquinas leva o maior susto, arregala os olhinhos e sai em disparada, deixando para trás um naco de pão que trazia.

Correndo como um raio sem olhar para trás, o menino chega em casa assustado e tremendo, tranca a porta e procura pela tiaa irises.

Tiaaaaaaaa socorrooooooooo tem um monstro atras de mim, ele tava pegando o tiuoo Aodh. Diz o traquinas tremendo.

A encontra preparando o jantar, puxa ela pela mão levando-a ate a janelinha.

Olha la tiaa 'e um monstro gigante, desta tamanhão, negro como a noite sem lua e grita assim ...GRAAAAAA GRAAAAAAA.

Irises olha assutada pela janela, tentando encontrar o tal "monstro" do qual o traquinas falava balançando os bracinhos afoito e agitado.
Irises


Ouvindo os gritos de Celinho, Irises largou a preparação do jantar e foi até a janela, mas antes que chegasse ali Celinho já estava dentro de casa, tinha metido a tranca na porta e olhava para ela muito assustado!
- Olha la tiaa é um monstro gigante, deste tamanhão, negro como a noite sem lua e grita assim ...GRAAAAAA GRAAAAAAA.

Pegou Celinho no colo, tremia muito! Aos poucos foi se acalmando, então começou a contar o que vira no bosque. A moça não conseguia identificar o que seria, mas pela descrição de Celinho percebia que havia ali uma boa parte de imaginação.
Devia ir verificar, retirou a panela do fogareiro e pegou um bastão.
Nããão tiaaaa! Leva a espada! E o machado também! disse Celinho, com a voz ainda alterada.

Com a espada no cinto, pegou do candeeiro e foi até o bosque. Andou uns poucos metros pela trilha e chamou por Aodh. Ele apareceu rápido, já devia estar vindo atrás de Celinho.
Trazia no ombro uma ave negra, um corvo adulto. Aodh pegava pequeninos pedaços de pão, que a ave bicava com delicadeza.
O monstro descrito por Celinho, de imensas asas que obscureciam o céu, com gritos de gelar a alma, dentes e garras afiados... era um corvo!

Sentiu um puxão na camisa, ali estava Celinho, bem atrás dela, com uma expressão desapontada, mas não se deu por achado:
- Tiooo Aodh, onde está o monstro? Você é bruxo, não é? E transformou-o neste passarinho aí, não é? Conta pra tia, conta!

Irises


O grande “perigo” alardeado por Celinho passara, assim como a noite, e outras noites mais tranquilas.

O corvo que decidiram chamar Poe integrara-se à vida dos habitantes da casa, sempre estava com algum dos moradores. Ficava com Aodh no bosque muito tempo, mas à chegada de Irises voava para o ombro da moça. A rosa que ela trazia nos cabelos despertava-lhe curiosidade, mas a moça nunca o teve de repreender por cuscar o precioso adorno. Gostava de subir na cabeça de Celinho e bicar suavemente os cachinhos vermelhos, Celinho erguia as mãozinhas, pegava Poe e colocava no chão para brincarem, o corvo seguia o miúdo como faria um cãozinho.

Algumas vezes Irises ia à Praça com Poe no ombro, algumas pessoas diziam que não era bom agouro, outras evitavam chegar perto dela. A moça não se importava, não acreditava que um animal tão dócil poderia ser portador do mal que apregoavam e não ligava que alguns se afastassem, nunca tivera mesmo muita paciência com covardias!

Nestes dias felizes, foi realizado o casamento de seus padrinhos, Richelieu e Vivian estavam radiantes e era notável o laço de amor e companheirismo que os unia.

Cientista oferecera uma festa de aniversário para Maria Madalena, uma noite deliciosa, para recordar! Bons amigos, bom vinho e demonstrações de carinho, Irises ficou muito feliz em ver o quanto a amiga era querida.

Recebera um convite para uma viagem, a primeira que faria de barco, estava ansiosa. Obtivera a permissão de Kalled, permissão onde vinham embutidas muitas condições, que pretendia cumprir para não desagradar a família e reforçar a confiança que Kalled demonstrara.

Em resumo, dias felizes! Irises ria-se ao pensar nas pessoas que diziam que Poe era mau presságio, para ela teria sido um amuleto da sorte, se fosse acreditar nisso!
Celinho


Celinho acorda com os gritos de Poe, abre um dos olhinhos e sente o bico do pássaro puxar-lhe os cachinhos.

Ahhh não Poe, sai sai xooo, vai ver a tiaa Irises vai. Diz o menino ainda com soninho.

Poe continua puxando-lhe os cabelos ate que o miúdo rende-se ao incansável pássaro.

Celinho então sorri, espreguiça-se e como de costume coloca a ave no chão para que o siga.

Logo lembra-se da viagem, e sai correndo procurar a tiaa Irises.

Irises já estava arrumando as malas quando Celinho se aproxima.

Tiaaa tiaaaa já vamos sair agora? posso ir fechando as janelas? quer ajuda com as malas? Estava mesmo muito empolgado o pequeno.
Irises


Tiaaa tiaaaa já vamos sair agora? posso ir fechando as janelas? quer ajuda com as malas? Estava mesmo impaciente o miúdo.
Irises estava terminando de ajeitar a bagagem. Nunca tinha viajado de barco, não sabia bem o que ia levar. Preparou alguns agasalhos e também roupas mais leves, um farnel bem servido com tudo o que Celinho gostava, e a bagagem acabou por ficar bem maior do que o esperado.

Celinho correu para o quarto, veio com o cavalinho de madeira e um pergaminho enrolado. Ao abrir, Irises viu que era uma carta náutica, valiosa e rara!
Querido, onde arranjou isso? perguntou apreensiva, um objeto de tamanho valor não deveria estar nas mãos de uma criança...
Tio Manel me pediu para dar de presente ao capitão do barco, tiaaa! Disse que não vai mais fazer barquinho para ele, coitadinho... e que era para entregar ao tio Luz.

Terminaram de fechar as janelas e fazer as últimas arrumações. Irises ainda foi ao bosque, entregou a Aodh as chaves da casa e do pequeno depósito onde guardava o trato dos carneiros e as ferramentas para as vinhas. Sabia que a Casa da hera estaria bem cuidada em sua ausência, Aodh revelara-se um excelente e prestativo amigo!

Seguiram para a estrada, onde esperariam Cientista e seu grupo. Partiriam para o início de uma longa jornada!
Aodh
Os carneiros estavam particularmente dificeis neste dia. Não aceitavam a alimentação e Aodh foi em busca de ervas frescas para variar o cardápio. Não queria que Irises ficasse chateada ao retornar, sabia que a moça tinha muito zelo pelos bichinhos.
Ao voltar, encontrou o pombo com uma mensagem. Era uma carta de Irises.
Respondeu à carta imediatamente, confirmando o recebimento.

Teve uma idéia, reuniria todas as cartas, formando uma espécie de diário, que entregaria a Irises quando retornasse. Seria o registro da viagem, ela certamente gostaria de guardar!
Encapou uma pasta, nela guardaria as cartinhas que recebesse.




    By Madá
Irises


Desde que chegara Irises não tinha parado um minuto sequer. Os trabalhos da mentoria, a construção nas terras da família, a preparação para a adoção de Celinho, todas estas coisas demandaram seu tempo e pouco ficou em casa.
No primeiro dia mais tranquilo foi até o bosque, convidar Aodh para um lanche. Trazendo Poe (que desde o retorno estivera em companhia de Aodh) seguiram para casa.

Aodh entregou a ela todas as cartas que recebera e ficaram comentando os acontecimentos, com mais precisão e riqueza de detalhes. A tarde passou rápido, Irises agradeceu pela ajuda, pelo carinho em guardar as cartinhas e recomendou-lhe Celinho, pois estava de partida, logo na manhã seguinte, para o Convento de Santa Clara, atendendo ao convite que recebera das madres.

A Casa da hera estava confiada a Aodh e Celinho, e Poe, claro!


A jogadora estará com pouco acesso e sem disponibilidade para o RP pelas próximas semanas, limitando-se a atender aos deveres de cidadania, da Mentoria e do Instituto Hospitalar
Mestre_de_cerimonia
O Mestre de Cerimônias chega à Casa da Hera.
Fazia tempo que o velho poeta não via uma casa tão bela.
Não era cheia de pompa, tampouco coberta de ouro.
Mas sua fachada era suave e exalada uma formosura sincera.

Ele bate à porta, aguardando ser recebido.
No bolso trazia uma nota,
Pequenas palavras rabiscadas dentro de um livro.


- Minha cara Dama, muito boa tarde.
Trago-lhe uma nota, mas nada de alardes!
São palavras vindas de alto mar,
que minha patroa fez questão de mandar.

Segundo ela um grande amor se declarou,
Ao que entendi da missiva,
Finalmente uma profecia se realizou.

A Condessa de Cantanhede manda os parabéns aos amigos,
Diz que sempre soube que seriam felizes unidos.


Com o recado entregue o Mestre segue,
Caminha distraído na noite,
Sorrindo por ver um casal tão alegre.
Irises


A bagagem era pouca, Irises caminhou da praça da cidade até a Casa da hera sem dificuldade.

Sentira muitas saudades, não via a hora de encontrar Celinho, Aodh, os familiares e amigos.

Logo na entrada da casa estava a mensagem deixada pela querida amiga. Não fazia idéia do tempo que se passara desde a visita do célebre mensageiro, mas para ela parecia já fazer muito tempo,a sonoridade dos versos ecoava como quando emitimos algum som num espaço grande e vazio. Assim que pudesse tentaria agradecer aquela manifestação de carinho!

A casa estava em perfeita ordem, suas plantas cuidadas, depósitos cheios de alimentos, de lãs e de peles. Poderia retomar o trabalho na oficina de tecelagem assim que reassumisse a mentoria e as funções com as quais havia se comprometido.

Desfez a bagagem rapidamente, comeu um cacho de uvas voltou para a cidade. Pretendia avisar a madrinha de seu retorno, e fazer uma surpresa para Celinho, na padaria.

Assim que voltou, redigiu o documento de adoção de Celinho e encaminhou para o Cartório de registro Civil. A partir daquela data seria "oficialmente", para todos os efeitos, a mãezinha do pequenino.
Perguntava-se se algo mudaria, e descobrira que a única mudança que haveria seria que o fato de estarem unidos para sempre agora tornava-se oficial. Apesar de pouco afeita às convenções, no fundo Irises gostou disso!


Yochanan


O grupo se aproximou devagar, o passo dos cavalos ecoando nas pedras da rua calçada. Na distancia já se via a bela casa coberta de heras verdejantes com o passar da primavera.

Eram três os que por ali andavam, levando suas montarias pelas rédeas e a um quarto animal, um potro jovem, e manso. A montaria própria para uma criança. Dos quatro, um ressaltava, sua pelagem negra e reluzente, e seu porte majestoso não deixava duvida que aquele era Itzal, o puro-sangue do Prior da Ordem de Azure. Por se houvesse duvidas acaso, os homens que os levavam vinham cobertos pela capa negra característica da Ordem.

Chegaram então, o Prior e dois de seus cavaleiros junto ao cerco da Casa da Hera.

Ô de casa! - chamou o Prior, batendo as palmas duas vezes.

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Irises


Irises já tinha percebido a movimentação na estrada, e ao ouvir as palmas veio de tras da casa, do redil, que estava preparando para voltar a criar carmneirinhos.

Ao ver o Prior e a pequena comitiva em frente a porta fez uma vênia, ficou contente em rever o amigo querido!

Sejam bem vindos! na saudação um arzinho de curiosidade, e continuou:
A que se deve a honra da visita?
Celinho


Celinho que estava no banho apos o dia na padaria, ouve uma voz conhecida e o relinchar de cavalos.

Uiaaaa, cavalinhos. Diz o miúdo enquanto se enxuga.

O menino sai colocando a roupinha meio atrapalhado enquanto segue ate a porta.

Ao longe vê o tiuoo Yoch e corre ate ele para cumprimenta-lo

Abraca-o e logo vai ter com os cavalinhos enquanto a Mãe e o tiuoo conversam.
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